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ESTUDO ESBOÇO DE SALMO 31-40


ESBOÇO DO LIVRO DE SALMOS

PREFÁCIO


Quanto mais se lê e estuda Spurgeon, tanto mais se enche de admiração por este “pregador dos tempos,” notavelmente dotado. Em sua admirável biografia, The Shadow of the Broad Brim (A Sombra do Chapéu de Aba Larga), o Dr. Richard Ellsworth Day nos dá uma fartura de relances íntimos sobre sua vida, que é a vida de um dos gigantes espirituais de Deus.
Antes de sua morte, Spurgeon havia lido “O Peregrino” uma centena de vezes. Todo o seu estilo literário foi poderosamente influenciado por João Bunyan. Ele tinha apenas um propósito na vida: pregar a Cristo em toda a sua glória e poder. Ele não poupou o tipo de ministro de “reuniões elegantes”, quando disse: “Acautele-se de andar correndo desta reunião para aquela, contribuindo com sua parte para enfatuar ainda mais os fanfarrões. Sua primeira preocupação deve ser o preparo para o púlpito”.
O Sr. Spurgeon era um mestre da palavra falada e escrita. Atente-se para esta sentença do púlpito Metropolitan: “Quando este grande universo jaz na mente de Deus como futuras florestas no cálice da bolota”. Foi Dwight L. Moody quem confessou abertamente que sua veemência vinha da Bíblia e de Spurgeon – “Tudo o que ele já disse, eu li. Meus olhos se deleitam nele. Se Deus pode usar o Sr. Spurgeon, por que não deveria Ele usar a nós outros?”
Este volume de Esboços de salmos de Spurgeon foi extraído de seis volumes de originais com cerca de 2500 páginas, abrangendo os salmos. Ele está cheio, a ponto de transbordar. Recapitula dezenas de idéias para mensagens e estudos sobre os salmos. Cada salmo é introduzido brevemente, depois Spurgeon apresenta o que ele chama de “dicas para o pregador”, detalhando cada versículo com dicas para mensagens e estudos, tornando-se assim um material extremamente rico e cheio de possibilidades para o seu uso. Não se destinam ao pregador preguiçoso que despreza ou negligencia a preparação completa; destinam-se, antes, aos ministros, missionários, professores da Bíblia que precisam de uma centelha, para fazer o fogo arder e brilhar com novo calor e poder.
A ardente esperança e oração do editor deste volume é que todo aquele que o puser em uso, pense no Senhor Jesus Cristo.
O editor

PREFÁCIO DO AUTOR

Em diversas ocasiões formularam-me a pergunta: “Não poderia o senhor ajudar-nos com alguns esboços de discursos?” Ao que tenho respondido que há muitas obras desse tipo no mercado. Replicam, porém, que gostariam de algo mais simples e menos retórico. Sinto-me encorajado pela solicitação deles de tentar o que se poderia fazer nesse sentido.
Preparei estas estruturas, não para estimular a indolência, mas para ajudar o esforço sem metas; e só espero que não tenha escrito tanto, a ponto de capacitar qualquer homem a pregar, sem dar tratos à imaginação, nem tampouco a ponto de deixar sem auxílio a uma mente cansada.
Devem ser poucos os pregadores que podem prescindir inteiramente de esboços; se, porém, com sua pregação, eles atingem o objetivo, são homens felizes. Alguns andam de muletas e lêem quase todo o sermão; isto, como norma, deve ser um mau negócio. A maior parte dos pregadores precisa carregar um elemento de apoio, mesmo que muitas vezes não dependa dele. O homem perfeitamente capaz não precisa nada disso. Não sou um desses irmãos de primeira classe; “com meu cajado tenho atravessado este Jordão”, e assim o empresto a todos quantos sintam que podem prosseguir sua jornada, com a sua ajuda.
Da mesma maneira como despejamos um pouco de água numa bomba, para ajudá-la a trazer lá de baixo uma corrente de água, assim possam esses esboços refrescar muitas mentes exaustas e, então, pô-las a funcionar, de modo que desenvolvam os seus próprios recursos. Que o Espírito Santo possa usar estes esboços para ajuda de seus servos atarefados. A Ele seja todo o louvor e à sua Igreja, o benefício. Que somos nós, sem Ele? O que é impossível a nós, quando Ele está conosco? Possam aqueles irmãos que usarem esta pequena seleção de tópicos, desfrutar a presença do Senhor, ao assim fazerem.
Espero contribuir com um punhado de lascas e cavacos, ou, se preferir, um feixe de lenha, a um irmão, com o qual ele possa acender um fogo em seu próprio coração, e preparar o alimento para o seu povo. Possivelmente, algum irmão preguiçoso fará ferver sua panela com as minhas achas de lenha, mas também isso não devo deplorar, contanto que o alimento fique bem cozido.
Caso eu seja tão infeliz, a ponto de ajudar o homem totalmente ocioso, tentando-o a não ajuntar seu próprio combustível, ainda assim não devo ver o assunto com desespero, pois talvez o ocioso possa queimar os dedos na operação; e devo considerar que ele teria apanhado lenha de alguma outra pilha, se não tivesse encontrado a minha. Homem algum causará grande dano com os meus feixes de lenha, lidando com o fogo sagrado; as veredas contidas nesses esboços não farão mal a homem nenhum, se, honestamente, lhes for permitido que falem por si mesmos.
Espero e creio que esses esboços não serão de muita utilidade a pessoas que deixam de pensar por si mesmas. De tais “faladores” não tenho a mínima compaixão. Meus esboços pretendem ser auxílio à pregação, e nada mais […] Em todos esses esboços, a verdade evangélica está exposta tão claramente quanto sou capaz de expô-la. Isto prejudicará a minha obra na estima daqueles cuja admiração não cobiço; porém, não me causará alarme, pois o peso de sua censura não é grande.
Sejam quais forem os tempos, não haverá dúvida alguma quanto à posição que o escritor destes esboços assumirá, na hora da controvérsia. Nada sei, senão as doutrinas da graça, o ensino da Cruz, o Evangelho da Salvação; e escrevo somente para que essas coisas sejam publicadas mais amplamente. Se aqueles que crêem nessas verdades me honrarem, usando meus esboços, regozijar-me-ei e confiarei que a bênção de Deus acompanha seus discursos. Não é pequeno o prazer de ajudar os irmãos na fé a semearem a semente viva da Palavra de Deus, ao lado de todas as águas.
Nunca foi o meu propósito ajudar homens a entregarem uma mensagem que não seja própria deles. É mau sinal, quando os profetas furtam suas profecias uns dos outros, pois então é provável que eles – todos eles – se tornem falsos profetas. Mas assim como o jovem profeta tomou emprestado um machado de um amigo, e não foi censurado por isso, porquanto os golpes que ele dava com o machado eram seus próprios golpes, do mesmo modo possamos refrear-nos de condenar aqueles que encontram um tema que lhes seja sugerido, uma linha de pensamento lançada diante deles e, de todo coração os utilizem para falar ao povo.
Isso não se deveria constituir em um costume deles; cada homem deve possuir seu próprio machado, e que não tenha ele necessidade de clamar: “Ai! Meu senhor! Porque era emprestado”. Mas há momentos de pressão especial, de enfermidade física ou cansaço mental, ocasião em que o homem fica contente com a ajuda fraternal, e pode usá-la, sem nenhuma dúvida. Para tais ocasiões é que tentei prover.
Que eu possa ajudar alguns de meus irmãos a pregarem de tal maneira que conquistem almas para Jesus! O calor humano, o testemunho pessoal são muito úteis nesse sentido, e, portanto, espero que, acrescentando seu próprio testemunho sincero às verdades que aqui esbocei, muitos crentes possam falar, com êxito, a favor do Senhor. Confio meus humildes esforços a Ele, a quem desejo servir por meio daqueles. Sem o Espírito Santo, nada há senão um vale de ossos secos; mas se o Espírito vier dos quatro ventos, cada linha se tornará vívida de energia
Vosso irmão em Cristo Jesus,
Westwood, março de 1886

C.H. Spurgeon

 

SALMO 31

TÍTULO
Ao mestre da música - um salmo de Davi. A dedicatória ao mestre da música prova que este canto de compassos mistos e sons alternados de tristeza e angústia foi feito para ser um cântico público e, assim, faz morrer de vez a idéia de que nada senão louvor deve ser cantado. Talvez os salmos assim indicados pudessem ser rejeitados como lamentosos demais para o culto do templo, não houvesse o cuidado especial dado pelo Espírito Santo de indicá-los como designados para a edificação pública do povo do Senhor. Será que não pode também haver em salmos designados assim uma referência distinta especial ao Senhor Jesus? Ele, com certeza, se manifesta muito claramente no salmo 22, que leva este título; e neste que está diante de nós ouvimos claramente sua voz moribunda no quinto versículo. Jesus é o principal em toda parte, e em todos os cantos sacros de seus santos ele é o principal, o Mestre de músicos. As conjecturas de que Jeremias escreveu este salmo não precisam de outra resposta senão o fato de que é um "salmo davídico", um "salmo de Davi".

ASSUNTO
O salmista em extrema aflição apela ao seu Deus por ajuda com muita confiança e importunação santa, e logo encontra sua mente tão fortalecida que ele magnifica o Senhor pela sua bondade. Alguns opinaram que a ocasião em sua vida atribulada que levou a este salmo foi a perfídia dos homens de Queila, e nós nos sentimos muito inclinados a aceitar essa conjetura, mas, após refletirmos, parece-nos que seu tom muito lamentoso e sua alusão à iniqüidade deles pedem uma data mais tardia, e pode ser mais satisfatório ilustrá-lo pelo período quando Absalão se rebelou, e Davi soube que seus cortesãos tinham fugido dele, enquanto lábios mentirosos espalharam mil rumores maliciosos contra ele. Talvez seja até bom não termos a menção de uma época determinada, ou nos preocuparíamos tanto ao aplicá-lo ao caso de Davi que nos esqueceríamos de como se adéqua bem à nossa própria experiência.

DIVISÃO
Não há grandes linhas de demarcação; em todo ele o som ondula, caindo em vales de lamentação, e subindo com as elevações de confiança. No entanto, por conveniência, podemos explicá-lo da seguinte forma: Davi testificando sua confiança em Deus implora por auxílio, Sl 31.1-6; expressa gratidão por misericórdias recebidas, Sl 31.7-8; descreve seu caso particularmente, Sl 31.9-13; roga veementemente por livramento, Sl 31.14-18; confiantemente e muito agradecido espera uma bênção, Sl 31.19-22; e termina mostrando como seu caso tem que ver com todo o povo de Deus.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A fé expressa, a confusão desaprovada, o livramento procurado.
VERS. 1 (primeira cláusula). Confissão de fé pública.
1. Obrigações que a precedem, autocrítica.
2. Modos de fazer a confissão.
3. Conduta que cabe àqueles que fizeram a profissão.
VERS. 1 (última cláusula). Até onde a justiça de Deus está envolvida na salvação de um crente.
VERS. 2 (primeira cláusula). É uma grande condescendência Deus ouvir a oração.

VERS. 2 (segunda cláusula). Até onde podemos insistir com Deus quanto ao tempo.
VERS. 2-3 (última e primeira cláusulas). Por aquilo que temos ainda podemos procurar.

VERS. 3. Explique a metáfora de Deus como sendo uma fortaleza sólida da alma.
VERS. 3 (última cláusula).
1. Uma bênção necessária, guia-me.
2. Uma bênção que se pode obter.
3. Um argumento para ser concedido por amor do teu nome.

VERS. 4. O salvamento dos apanhados.
1. Os passarinheiros.
2. A colocação da armadilha.
3. A captura do pássaro.
4. O grito da ave presa.
5. O salvamento.
VERS. 4 (última cláusula). O fraco cingido com onipotência.

VERS. 5.
1. Morrer, no relato de um santo, é uma obra difícil.
2. Os filhos de Deus, quando se consideram agonizantes, se preocupam principalmente com seu espírito imortal que parte.
3. Estes tendo escolhido Deus para seu Deus, têm imenso encorajamento quando estão morrendo, para entregar o espírito que parte na mão dele, com esperanças de estarem salvos e felizes para sempre com ele (Daniel Wilcox).
VERS. 5. O réquiem, a música fúnebre do crente. Redenção é o fundamento de nosso descanso em Deus.

VERS. 6. Ódio santo, como virtude diferenciada de intolerância: ou, o bom odiador.

VERS. 7.
1. Um atributo amável é causa de regozijo.
2. Uma experiência interessante contada.
3. Um favor pessoal diretamente de Deus é motivo de regozijo.
VERS. 7 (cláusula central). Considere a medida, os efeitos, o tempo, a moderação, o fim e a recompensa.
VERS. 7 (última cláusula). A intimidade do Senhor com seus afligidos.

VERS. 8. A liberdade cristã, um tema para alegria.

VERS. 9. O lamento do enlutado.
VERS. 9 (última cláusula). Tristeza excessiva, seus efeitos prejudiciais no corpo, no entendimento e na natureza espiritual. O pecado dessa tristeza, a cura para ela.
VERS. 9-10. O gemido da pessoa doente, um lembrete àqueles que gozam de boa saúde.

VERS. 10. "Debilita-se a minha força, por causa de minha iniqüidade" (ARA). A influência debilitante do pecado.

VERS. 11. O homem bom de quem falam mal.

VERS. 12-15.
Esquecido como quem habita a sepultura,
Como pote quebrado sem conserto,
Por muitos difamado, de todo o lado o medo,
Pois contra mim conspiram! Ouça-me -
Ó Senhor, minha esperança: Eu digo:
Tu és meu Deus, em tuas mãos meus dias
Contra estes inimigos dê auxílio.
Minha alma é perseguida. Livra-me (George Sandys).
VERS. 12. O tratamento que o mundo dá aos seus melhores amigos.

VERS. 14. Fé especialmente gloriosa em tempo de grande tribulação.

VERS. 15. O crente é o cuidado particular da providência.
VERS. 15 (primeira cláusula).
1. O caráter da experiência terrena dos santos, "Meus tempos", isto é, as mudanças pelas quais passarei.
2. A vantagem dessa variedade.
(a) Mudanças revelam os vários aspectos do caráter cristão.
(b) Mudanças fortalecem o caráter cristão.
(c) Mudanças levam-nos a admirar um Deus que não muda.
3. Consolo para todas as estações.
(a) Isso dá a entender que as mudanças da vida são sujeitas ao controle divino.
(b) Que Deus sustentará seu povo debaixo dessas mudanças.
(c) E, conseqüentemente, o resultado disso é lucrarmos abundante-mente com isso.
4. O comportamento que deve nos caracterizar. Devoção corajosa a Deus em tempos de perseguição; resignação e contentamento em tempos de pobreza e sofrimento; zelo e esperança em tempos de trabalho (De Stems and Twigs, Elementos para sermões).

VERS. 16. Uma percepção do favor divino.
1. Seu valor.
2. Como perdê-lo.
3. Como conseguir renová-lo.
4. Como retê-lo.
A melhor recompensa do servo celestial.
VERS. 16 (última cláusula). Uma oração pelos santos em todos os estágios. Observe seu objeto: salva-me; e sua petição: Por teu amor leal. Cabe bem para os penitentes, os doentes, os que duvidam, os tentados, o crente avançado, o santo moribundo.
VERS. 17. A vergonha e o silêncio dos maus na eternidade. O silêncio do túmulo, sua grave eloqüência.
VERS. 19. Um sermão de Spurgeon: "David's Holy Wonder at the Lord's Great Goodness" (A admiração santa de Davi diante da grande bondade do Senhor).
VERS. 20. O crente preservado dos escárnios de arrogância por uma percepção da presença divina, e guardado da amargura da difamação pela glória do rei a quem serve.
VERS. 21. Eventos memoráveis da vida a serem observados, registrados, meditados, repetidos, tornados assunto de gratidão e base de confiança.
VERS. 22. Incredulidade confessada e fidelidade adorada. O mal que fazem as falas precipitadas.
VERS. 23. Uma exortação para que se ame o Senhor.
1. A matéria em si, amem o Senhor.
2. A quem se dirige, a todos vocês os seus santos.
3. Por quem é dito.
4. Com que argumentos é sustentado, pois o Senhor preserva.

VERS. 24. Coragem santa. Suas excelências, dificuldades, encorajamentos e triunfos.
TÍTULO
Um salmo de Davi, Maschil. Que Davi tenha escrito este salmo gloriosamente evangélico não se prova apenas por este cabeçalho, mas pelas palavras do apóstolo Paulo, em Rm 4.6-8: "Davi diz a mesma coisa quando fala da felicidade do homem a quem Deus credita justiça independente de obras". É provável que ao seu profundo arrependimento de seu grande pecado tenha se seguido uma deleitosa paz, que ele foi levado a derramar seu espírito na música suave desse cântico maravilhoso. Na ordem da história, parece seguir ao 51. Maschil é um título novo para nós, e indica que este é um salmo instrutivo ou didático. A experiência de um crente oferece instrução de peso para outros, revela os passos do rebanho, e assim consola e dirige os fracos. Talvez tenha sido importante neste caso prefixar a palavra, para que os santos que duvidassem não imaginassem ser o salmo uma fala estranha de um só indivíduo, mas pudessem apropriá-lo para si como lição do Espírito de Deus. Davi prometeu no salmo 51 ensinar aos transgressores os caminhos do Senhor, e aqui ele o faz com muita eficácia. Grotius acredita que este salmo devia ser cantado no dia anual da expiação dos judeus, quando uma confissão geral de seus pecados era feita.
DIVISÃO
Em nossa leitura, achamos por bem notar a bênção dos perdoados, Sl 32.1-2; a confissão pessoal de Davi, Sl 32.3-5; e a aplicação do caso a outras pessoas, Sl 32.6-7. A voz de Deus é ouvida por quem foi perdoado em Sl 32.8-9; e o salmo então é concluído com uma porção para cada uma das duas grandes classes de homens, Sl 32.10-11.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Bênçãos do Evangelho. Leia o salmo 1 com o salmo 32, mostre o doutrinário e o prático combinados harmoniosamente. Ou, pegue os salmos 1, 32 e 41 e mostre como nós vamos ler a palavra, para sentir o seu poder, e daí para viver com caridade para com todos os homens.
VERS. 1. Bem-aventurança evangélica.
1. A condição original de seu possuidor.
2. A natureza do benefício recebido.
3. O canal pelo qual veio.
4. O meio pelo qual pode ser obtida por nós.
VERS. 1-2. A natureza do pecado e as modalidades do perdão.
VERS. 2. Nenhuma imputação, uma doutrina admirável: Prove, explique, melhore-a.
VERS. 2. Nenhuma malícia. A honestidade de coração do homem perdoado.

VERS. 3. Segurar para nós mesmos as nossas aflições. A tendência natural de timidez e desespero; o perigo dela; meios de divulgar aflição, encoraja-mentos para fazer isso; a pessoa bendita que está pronta para ouvir confissão. O lamentador silente é o maior sofredor.
VERS. 3-4. "Sob convicção terrível e suavemente induzido a se abrir."

VERS. 4. As tristezas de uma alma que se sente condenada. Cada dia, cada noite, é convencida por Deus, sente-se pesada, fraquejada, em processo de destruição.
VERS. 4. (última cláusula). Seca espiritual.

VERS. 5. Os graciosos resultados de uma confissão completa; ou, confissão e absolvição explicados pelas Escrituras.

VERS. 6. Retrato do homem piedoso, desenhado com lápis bíblico (Thomas Watson).
VERS. 6. A experiência de um, o encorajamento de todos.
VERS. 6 (primeira cláusula). O dia da graça, como melhorá-lo.
VERS. 6 (versículo todo). O perdão de pecado, a garantia de que outras misericórdias serão dadas.
VERS. 6 (última cláusula). Dificuldades iminentes, livramentos eminentes.
VERS. 6 (última cláusula). A felicidade dos fiéis (Thomas Playfere).

VERS. 7. Perigo sentido, refúgio conhecido, posse reivindicada, alegria vivenciada.
VERS. 7 (primeira frase). Cristo, o esconderijo para não pecar, Satanás, a tristeza na morte e no juízo.
VERS. 7 (segunda frase). Tribulações das quais os santos serão preservados.
VERS. 7 (última frase). O círculo de canto - quem desenha o círculo, qual é a circunferência, quem está no centro.
VERS. 7. Cantos de livramento. Da culpa, inferno, morte, inimigos, dúvidas, tentações, acidentes, complôs. O divino mestre-escola, seus pupilos, suas lições, seus castigos e suas recompensas.

VERS. 8. O poder do olho (Henry Melvill). No qual ele tenta em vão provar batismos de infantes e episcopalismo, que não são expressamente ensinados na Escritura, mas que ele declara serem sugeridos como se fossem com o olho divino.

VERS. 9. Os freios e as rédeas de Deus, as mulas que precisam deles, e as razões pelas quais nós não devemos fazer parte do número.
VERS. 9. Até que ponto somos nós melhores em nossas ações, e até que ponto somos bem piores do que cavalos e mulas.

VERS. 10. As muitas tristezas que resultam do pecado. A misericórdia que cerca a vida do crente mesmo em suas horas de maior dificuldade. A porção dos maus e a sorte dos fiéis.

VERS. 11. A alegria de um crente. É primavera, "no Senhor"; sua vivacidade, "grite"; fica bem, é ordenado; seus belos resultados e seus abundantes motivos.
VERS. 11. Retos de coração, uma descrição instrutiva. Não horizontais ou rastejantes, não curvos, nem inclinados, mas verticais no coração.

SALMO 33

TÍTULO
Este cântico de louvor não apresenta título nem indicação de autoria; para nos ensinar, diz Dickson, "a olhar para a Escritura Sagrada como sendo totalmente inspirada por Deus, e não para avaliarmos pelos seus autores".

ASSUNTO  E       DIVISÃO
O louvor de Jeová é o assunto deste canto sagrado. Os justos são exortados a louvarem-no, Sl 33.1-3; por causa da excelência de seu caráter, Sl 33.4-5; e sua majestade na criação, Sl 33.6-7. Ordena-se aos homens temer Jeová porque os propósitos dele são realizados na providência, Sl 33.8-11. Proclama-se que seu povo é abençoado, Sl 33.12. A onisciência e onipotência de Deus, e o cuidado de seu povo são celebrados, em oposição à fragilidade de um braço de carne, Sl 33.13-19, e o salmo termina com uma fervente expressão de confiança, Sl 33.20-21, e uma oração sincera, Sl 33.22.

DICAS PARA O PREGADOR
Salmo inteiro. Este salmo é eucarístico: seu conteúdo é:
1. Uma exortação para que se louve a Deus, Sl 33.1-3.
2. Os argumentos para reforçar o dever, Sl 33.4-19.
3. A confiança do povo de Deus em seu nome, sua felicidade, e petição, Sl 33.20-22 (Adam Clarke).

VERS. 1. Regozijo - a alma do louvor; o Senhor - a fonte da alegria. Caráter - indispensável para o verdadeiro prazer.
VERS. 1 (última cláusula). O louvor é conveniente. Qual? O louvor oral, meditativo, habitual. Por quê? É tão conveniente quanto as asas são para um anjo, e nós subimos com louvor; como flores para uma árvore, é nosso fruto; como beca para um sacerdote, é nosso distintivo; como cabelo longo para uma mulher, é nossa beleza; como coroa para um rei, é nossa maior honra. Quando? Sempre, mas principalmente em meio à blasfêmia, perseguição, doença, pobreza, morte. Quem? Não aos ímpios, hipócritas ou irrefletidos. Viver sem louvor é como viver sem o adorno que mais nos fica bem.

VERS. 2. Música instrumental. É legítima? É oportuna? Se é, seus usos, limites e leis. Um sermão para melhorar a música da congregação.

VERS. 3 (primeira cláusula). O dever de manter o frescor de nossas devoções. Frescor, habilidade e entusiasmo, para serem combinados em nossos salmos e hinos de toda a congregação.

VERS. 4. A palavra e obras de Deus, sua conveniência e acordo, e nossa visão de ambas.
VERS. 4 (primeira cláusula). A palavra doutrinária, preceitual, histórica, profética, promissora e experimental, sempre certa, isto é, livre de erro ou mal.
VERS. 4 (segunda cláusula). A obra de Deus na criação, providência e graça, sempre em conformidade com a verdade. Seu ódio de tudo que é simulado.
VERS. 4-5. Um argumento quádruplo em favor do louvor, da verdade, fidelidade, justiça e bondade de Deus:
1. Pois a palavra do Senhor é verdadeira.
2. Ele é fiel em todas as suas obras.
3. Ele ama a justiça e a retidão.
4. A terra está cheia da bondade do Senhor (Adam Clarke).

VERS. 5. Justiça e bondade são igualmente visíveis na ação divina.
VERS. 5 (última cláusula). Um tema sem par para um olho observador e uma língua eloqüente.

VERS. 6. O poder da Palavra e do Espírito na velha e na nova criação.

VERS. 7. O controle de Deus das influências destrutivas e reconstrutivas.
VERS. 7. Os armazéns do Grande Fazendeiro.

VERS. 8. Motivos para culto universal, seus obstáculos, seus prospectos futuros, nossa obrigação em relação a ele.
VERS. 8. (última cláusula). Reverência e admiração - a alma de culto.

VERS. 9. A palavra irresistível de Jeová na criação, no chamar seu povo, em seu consolo e livramento, na entrada deles na glória.

VERS. 10. Pagãos educados e filosóficos estão ao alcance de missões.
VERS. 10-11. Os conselhos opostos.

VERS. 11. A eternidade, imutabilidade, eficiência e sabedoria dos decretos divinos. Os propósitos de Deus, "os pensamentos de seu coração", sua sabedoria e, mais ainda, seu amor.

VERS. 12. Duas eleições feitas por um povo abençoado e um Deus gracioso, e seu resultado feliz. A felicidade da igreja de Deus. O deleite de Deus em seu povo, e o deleite deste povo em Deus.

VERS. 13. A onisciência e suas lições.
VERS. 13-15. A doutrina da providência.

VERS. 15. O conhecimento que Deus tem do coração dos homens, e sua avaliação de suas ações. A natureza humana é sempre semelhante.

VERS. 16-18. A falácia da confiança humana, e a segurança da fé em Deus.

VERS. 18. Esperar na misericórdia de Deus - formas falsa e verdadeira distinguidas.
VERS. 18.
1. Os olhos do conhecimento de Deus estão sobre eles.
2. Os olhos de seu afeto estão sobre eles.
3. Os olhos de sua providência estão sobre eles (William Jay).

VERS. 19. A vida em tempos de fome, natural e espiritual, especialmente uma fome de esperança e satisfação legal.

VERS. 20. Esperar no Senhor inclui:
1. Convicção - estar persuadido de que o Senhor é o supremo bem.
2. Desejo - é expressa pela fome e sede de justiça.
3. Esperança.
4. Paciência - Deus nunca falha quanto à sua promessa (William Jay).
VERS. 20 (primeira cláusula). A posição do crente a cada hora.

VERS. 21. Alegria, o derramamento da fé.

VERS. 22. Uma oração para crentes somente.
VERS. 22. Medida por medida, ou misericórdia proporcional à fé.

SALMO 34

TÍTULO
Salmo de Davi, quando ele mudou seu comportamento diante de Abimeleque, que o mandou embora, e ele partiu. Dessa transação, que não soma ponto positivo em nossa lembrança de Davi, nós temos um relato breve em 1Sm 21.1-15. Embora a gratidão do salmista o tenha feito registrar com reconhecimento a bondade do Senhor em lhe dar um livramento que não merecia, ele não aborda nenhum dos incidentes do escape para constar dessa narrativa, mas se fixa só no grande fato de ter sido ouvido na hora do perigo. Com seu exemplo, podemos aprender a não alardear nossos pecados diante de outros, como certos vangloriosos confessores costumam fazer que parecem tão orgulhosos de seus pecados como velhos pensionistas militares o são de suas batalhas e suas cicatrizes. Davi fez o papel de louco com destreza singular, mas não foi um tolo tão real que cantasse suas próprias façanhas de tolice. No original, o título não nos ensina que o salmista compôs este poema na ocasião em que escapou de Aquis, o rei ou Abimeleque de Gate, mas que pretende comemorar esse evento, e foi sugerido por ele. É bom marcar nossas misericórdias com memoriais bem esculpidos. Deus merece o melhor de nossa arte criativa. Davi, em vista do perigo especial do qual foi salvo, caprichou neste salmo e o escreveu com considerável regularidade, quase de acordo perfeito com as letras do alfabeto hebraico. Este é o segundo salmo que segue a ordem alfabética; o salmo 25 foi o primeiro.

DIVISÃO
O salmo apresenta duas grandes divisões, no final de Sl 34.10, quando o salmista, tendo expressado seu louvor a Deus, se volta em discurso direto aos homens. Os primeiros dez versículos são um hino, e os últimos doze um sermão. Para auxiliar o leitor podemos subdividi-lo da seguinte forma: Em Sl 34.1-3, Davi professa bendizer ao Senhor, e convida o louvor de outros; de Sl 34.4-7, ele relata sua experiência, e, em Sl 34.8-10, ele exorta os piedosos à constância da fé. Em 34.1-14, ele faz a exortação direta, e dá seguimento com ensinos didáticos de Sl 34.15-22 até o final.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Decisão firme, dificuldades sérias para desempenhá-la, ajuda para sua realização, excelentes conseqüências de assim fazer. Seis perguntas: Quem? "Eu." O quê? "Bendirei." A quem? "Ao Senhor." Quando? "Em todo o tempo." Como? Por quê?
VERS. 1. Instrução para se fazer um céu aqui embaixo.

VERS. 2. O gloriador simpático e seu auditório edificado. Podemos nos gloriar no Senhor, nele mesmo, nas manifestações que ele faz de si, seu relacionamento conosco, nosso interesse nele, nas expectativas que temos dele. É dever dos crentes relatar sua experiência para a edificação de outros.

VERS. 3. Convite para se louvar em união.
VERS. 3. Magnificar, ou engrandecer, a obra de Deus, um exercício nobre.

VERS. 4. Confissões de uma alma redimida. Que sejam simples, que honrem a Deus, não procurem mérito e animem outros a buscá-lo também.
VERS. 4. Quatro estágios: "temores", "buscas", "prestar atenção", "libertação".

VERS. 5. O poder de um olhar com fé.

VERS. 6.
1. A herança do pobre: "tribulações".
2. O amigo do pobre.
3. O clamor do pobre.
4. A salvação do pobre.
VERS. 6. A riqueza do pobre.
A posição da oração na economia da graça, ou a história natural da misericórdia na alma.

VERS. 7. Castra angelorum, salvatio bonorum.
VERS. 7. O ministério de anjos. Em que sentido é Jesus "o anjo do Senhor".

VERS. 8. A experiência é o único teste verdadeiro de verdade religiosa.
VERS. 8. Paladar. O paladar santificado, a provisão preciosa (fr. recherché), o veredicto gratificante, a hoste celestial.

VERS. 9. A condição abençoada de um homem temente a Deus.
VERS. 9. Temor expulsando temor. Similia similibus curantur.

VERS. 10. Leões passando falta, mas os filhos satisfeitos. (Sermão de Spurgeon.)
1. A descrição de um cristão verdadeiro, "busca o Senhor".
2. A promessa apresentada por um contrato (pacto).
3. A promessa cumprida.
VERS. 10. O que é uma boa coisa?

VERS. 11. Um professor de fina estirpe, seus discípulos jovens, seu modo de instruir. "Vem"; sua matéria predileta.
VERS. 11. Trabalho de Escola Dominical.

VERS. 12-14. Como tirar o maior proveito dos dois mundos.

VERS. 13. Pecados da língua - seus males, suas causas, sua cura.

VERS. 14. (primeira cláusula). A relação entre o negativo e as virtudes positivas.
VERS. 14. (segunda cláusula). A caçada real. Os animais caçados, as dificuldades da caçada, os caçadores, seus métodos e suas recompensas.

VERS. 15. Nosso Deus observador. Olhos e ouvidos, ambos atentos em nós.

VERS. 16. O homem mau sofrendo xeque-mate na vida, e esquecido na morte.

VERS. 17. Aflições e a bênção tríplice que oferecem.
1. Obrigam-nos a orar.
2. Levam-nos ao ouvido atento do Senhor.
3. Dão-nos espaço para a experiência alegre do livramento.

VERS. 18. Deus está bem próximo de corações quebrantados, e há certeza de sua salvação.

VERS. 19. Preto e branco, ou seja, ruína e antídoto. Pessoas especiais, tribulações especiais, libertações especiais, fé especial como dever.

VERS. 20. A verdadeira segurança de um crente quando está em grande perigo. Sua alma, sua vida espiritual, sua fé, esperança, amor; seu interesse em Jesus, sua adoção, justificação, todos guardados.

VERS. 21. Maldade, seu próprio algoz, seu próprio carrasco, ilustrado por casos bíblicos, pela história, pelos perdidos no inferno. Lições deste fato solene. A condição triste do homem de espírito malicioso.
VERS. 21-22. Quem ficará e quem não ficará desolado.

VERS. 22. Redenção em seus vários sentidos; fé em sua preservação universal; o Senhor em sua glória sem rival na obra da graça.

SALMO 35

TÍTULO
Um salmo de Davi. Eis tudo o que sabemos sobre este Salmo, mas a evidência interna parece fixar a data de sua composição nos tempos turbulentos em que Saul caçava Davi subindo e descendo por montes e vales, e quando aqueles que bajulavam o rei cruel caluniavam o objeto inocente de sua ira; ou talvez se refira aos dias inquietos de freqüentes levantes quando Davi já era idoso. O salmo inteiro é o apelo ao céu de um coração corajoso e uma consciência limpa, irritado pelas medidas por opressão e malícia. Sem dúvida nenhuma o Senhor de Davi pode ser visto aqui pelo olho espiritual.

DIVISÃO
O modo mais natural de dividir este salmo é observar sua qualidade tripla. Sua queixa, oração e promessa de louvor são repetidas com notável paralelismo três vezes, até mesmo como nosso Senhor no Jardim orou três vezes usando as mesmas palavras. A primeira parte é Sl 35.1-10, a segunda vai de Sl 35.11 a 18, e a última de Sl 35.19 a 28; cada seção termina numa nota de cântico agradecido.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Jesus nosso advogado e patrocinador; nosso amigo nas cortes do céu e batalhas da terra.

VERS. 2. Jesus armado como defensor dos fiéis.

VERS. 3. Inimigos guardados à distância de um braço. Como o Senhor faz isso, e como isso é uma bênção para nós.
VERS. 3 (última cláusula). Plena segurança. Uma garantia positiva, pessoal, espiritual, presente, divina, completa, vinda por meio de uma palavra da parte de Deus.
VERS. 3 (última cláusula). O céu assegurou isso (Sermão de Thomas Adams).

VERS. 4. A confusão eterna do diabo.

VERS. 5. Que sejam como palha ao vento. Foram bastante rápidos para atacar, que sejam tão velozes assim para fugir. Que seus próprios temores e os alarmes de suas consciências os acovardem de modo à menor brisa de transtorno os jogar aqui e acolá. Homens ímpios são sem valor em caráter, e levianos em seu comportamento, sendo destituídos de solidez e fixação, é apenas justo que aqueles que se fazem de palha sejam tratados como se fossem palha. Quando essa imprecação é cumprida em homens sem favor divino, eles verão que é terrível estar para sempre sem descanso, sem paz de espírito ou pouso de alma, acossados de temor em temor, e de miséria em miséria. E que o anjo do Senhor os persiga. Anjos caídos os hão de afligir. Ser perseguidos por espíritos vingativos será a sorte daqueles que se deleitam em perseguições. Observe a cena toda como o salmista o esboça: o inimigo furioso primeiro é cercado, depois forçado a voltar, depois posto em fuga veloz, e acossado por mensageiros inflamados de quem não se pode escapar, enquanto seu caminho se torna escuro e perigoso, e sua destruição, irresistível.

VERS. 6. A horrível peregrinação dos ímpios.
VERS. 6. A trindade de perigos no caminho dos maus, seu caminho escuro de tanta ignorância, e escorregadio com tentação, enquanto atrás deles vem o vingador.

VERS. 8. Destruição de surpresa, um tópico terrível.

VERS. 9. Alegria em Deus e na sua salvação.

VERS. 10. Um Deus incomparável, e sua graça incomparável - estes são os temas. Um coração experimentado, completamente vivificado - este é o cantor, e disto vem música ímpar. A música de uma harpa despedaçada.

VERS. 11. A maldade, crueldade, pecaminosidade e baixeza da difamação.

VERS. 12. Como uma alma pode ser assaltada.

VERS. 13. Compaixão cristã até pelos obstinados.
VERS. 13 (última cláusula). O benefício pessoal da oração intercessora.

VERS. 13-14. Compaixão pelos doentes (C. Simeon).

VERS. 15. A conspiração vergonhosa dos homens contra nosso Senhor Jesus em sua paixão.

VERS. 17. O limite da paciência divina.

VERS. 18. "Eu te darei graças na grande assembléia." Livramento notável precisa ser registrado, e sua fama enaltecida. Todos os santos deveriam ser informados de como o Senhor é bom. O tema é digno da maior assembléia, a experiência de um crente é assunto adequado para um universo reunido ouvir. A maioria dos homens publica seus pesares; homens bons deveriam proclamar suas misericórdias. ["Eu te darei graças na grande assembléia."] Entre amigos e inimigos glorificarei o Deus de minha salvação. Louvor - louvor pessoal, louvor público, louvor perpétuo - deve ser o tributo diário do Rei dos céus. Assim, pela segunda vez, a oração de Davi termina em louvor, como na verdade todas as orações deveriam terminar.
VERS. 18. O dever, a bem-aventurança e a conveniência do louvor público.

VERS. 19. Ele ora com sinceridade como se não tivessem motivo para serem inimigos, também podem não ter motivo para se sentir vitorioso quer em sua tolice, pecado ou derrota. ["Não permita que aqueles que sem razão me odeiam troquem olhares de desprezo."] O piscar do olho era o sinal vulgar de parabéns para alguém arruinar sua vítima, e pode ter sido também um dos gestos de desprezo ao encararem aquele que haviam desprezado. Causar ódio é marca dos maus, sofrê-la sem causa é a sorte dos justos. Deus é o protetor de todos aqueles que são tratados injustamente, e ele é o inimigo dos opressores.

VERS. 22. Onisciência suplicada, uma palavra procurada, uma presença pedida, ação pleiteada, juramento reivindicado como direito.

VERS. 25. O deleite do homem ímpio, e o refúgio do homem justo.

VERS. 26. A roupa de condenado para os maus ["cubram-se de desonra"].

VERS. 27 (última cláusula). Qual é a prosperidade em que o Senhor tem prazer?

VERS. 28. Um tema bendito, uma língua apta, uma prédica sem fim.

SALMO 36

TÍTULO
Ao mestre dos músicos. Aquele que era encarregado do culto no templo era encarregado do uso desse canto no culto público. O que é responsabilidade de todos nunca é feito. Era por bem ter uma pessoa para cuidar especialmente do culto de cântico na casa do Senhor. De Davi, o servo do Senhor. Isso parecia indicar que o salmo cabe especialmente a uma pessoa que julga ser honra ser chamado servo de Jeová. É o CANTO DO SERVIÇO FELIZ; pessoa em quem todos podem se unir que levam o jugo leve de Jesus. Os ímpios são contrastados aos justos, e o grande Senhor dos homens piedosos é exaltado com entusiasmo; portanto, insiste-se em obediência a um mestre tão bom indiretamente, e condena-se claramente o rebelar-se contra ele.

DIVISÃO
Em Sl 36.1-4, Davi descreve os rebeldes; em Sl 36.5-9, ele exalta os vários atributos do Senhor; em Sl 36.10-11, ele se dirige ao Senhor em oração, e no último versículo, sua fé enxerga em visão a derrota de todos os que praticam a iniqüidade.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O que é o temor de Deus? Como funciona? Qual é o efeito de sua ausência? O que devemos aprender ao ver esses resultados tão vis? Ou seja, o ateísmo subjacente à transgressão.

VERS. 2. As artes, as motivações, as ajudas, os resultados e as punições do auto-engrandecimento, e a descoberta que o conclui.
VERS. 2. Elogios a si próprio. (Sermão de Jonathan Edwards).
VERS. 2. Sobre o engano no coração, com respeito à comissão de pecado (Dois sermões de Jamieson).

VERS. 3. Palavras más. Duas das muitas espécies.
VERS. 3 (segunda cláusula). A relação entre a sabedoria verdadeira e a bondade prática.

VERS. 4. A diligência em fazer o mal, sinal de depravação profunda (W.S. Plumer).
VERS. 4. O abuso de retirar-se para o leito para planejar seus maus propósitos, traço infalível de um pecador contumaz (N. Marshall).
VERS. 4. O pecador no leito, em sua conduta, em seu coração; e para isso, em sua morte, e no seu destino.
VERS. 4 (segunda cláusula). Caminhos que não são bons.
VERS. 4 (última cláusula). Neutralidade condenada.

VERS. 5-6. Quatro gloriosas comparações da misericórdia, fidelidade e providência de Deus. O pregador tem aqui uma profusão de imagens poéticas nunca superada.

VERS. 6. A palavra e obras misteriosas de Deus (C. Simeon).
VERS. 6 (segunda cláusula). Os juízos de Deus são:
1. Muitas vezes insondáveis - não podemos descobrir a base ou causa, e a origem deles.
2. Velejam em segurança. Navios nunca batem em rochas quando estão em águas profundas.
3. Escondem grande tesouro.
4. Operam muito bem - as grandes profundezas, embora a ignorância creia que aquilo seja tudo um desperdício, são uma das maiores bênçãos para essa Terra redonda.
5. Tornam-se uma estrada de comunhão com Deus. O mar é hoje a grande estrada principal do mundo.
VERS. 6. (última cláusula). A bondade de Deus aos animais inferiores bem com o homem.

VERS. 7. O objetivo, as razões, a natureza e a experiência da fé.
VERS. 7-8. Admiração! Confiança! Expectativa! Realização!

VERS. 8 (primeira cláusula). As provisões da casa do Senhor. O que são, sua excelência e abundância, e para quem são providenciadas.
VERS. 8 (segunda cláusula). O Hiddekel celestial - A origem desse rio, sua enchente, os felizes que bebem dele, como vieram a beber.

VERS. 9 (primeira cláusula). A VIDA, natural, mental, espiritual, procede de Deus, é sustentada, restaurada, purificada e aperfeiçoada por ele. Nele, ela habita com permanência, flui livremente dele, com frescor, abundância e pureza; a ele deve ser consagrada.
VERS. 9 (segunda cláusula). LUZ, o que é enxergá-la. Luz divina, o que é; como é o meio pelo qual vemos outra luz. A experiência aqui descrita, e a obrigação de que há aqui uma sugestão.

VERS. 10.
1. O caráter do justo - ele conhece Deus e é reto de coração.
2. Seu privilégio - amor e justiça.
3. Sua oração, contínua.
VERS. 10. A necessidade de suprimentos diários de graça.

VERS. 12. Visão de terem caído os poderes do mal, princípios e homens ímpios.

SALMO 37

TÍTULO
De Davi. Só há essa palavra para denotar a autoria; não somos informados se era cântico ou uma meditação. Foi escrito por Davi na velhice, Sl 37.25, e é de maior valor como o registro de uma experiência de vida tão variada.

ASSUNTO
O grande enigma da prosperidade dos maus e a aflição dos justos, que têm deixado tantos perplexos, são tratados à luz do futuro, e são, de forma impressionante, proibidos a impaciência e os lamentos. É um salmo no qual o Senhor silencia docemente as reclamações exageradamente comuns, e acalma suas mentes quanto ao seu tratamento atual com seu próprio rebanho escolhido, e os lobos por quem são cercados. Contém oito grandes preceitos, é ilustrado duas vezes com declarações autobiográficas, e está cheio de contrastes notáveis.

DIVISÃO
O salmo dificilmente pode ser dividido em muitas seções. Assemelha-se a um capítulo do livro de Provérbios, a maioria dos versículos sendo completos em si. É um salmo alfabético: em uma ordem um tanto quebrada, as primeiras letras dos versículos seguem o alfabeto hebraico. Isso pode não ter sido apenas uma invenção poética, mas um auxílio à memória. Pede-se ao leitor que o leia todo sem comentar antes de se voltar à nossa exposição.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A arte da tranqüilidade (W. Jones).
VERS. 1-2. Uma tentação freqüente, e uma corretiva dupla - a visão de pecadores na morte e no inferno.

VERS. 2. Como e quando os maus perecem.

VERS. 3.
1. Uma combinação descritiva do viver santo.
2. Uma combinação descritiva da vida feliz.
VERS. 3. O crente retratado.
1. Seu objetivo de confiança.
2. Seu modo de vida.
3. Seu lugar de habitação.
4. Sua certeza da provisão.
VERS. 3 (última cláusula). Leia-o de quatro maneiras:
1. "Desfrutará: certamente será alimentado" ou a certeza de abastecimento.
2. "Alimentado na certeza" ou a suficiência da provisão para alma e corpo.
3. "Alimentado na verdade" ou a espiritualidade da provisão.
4. "Alimentado na verdade", ou o dever de escolher tais provisões.

VERS. 4. Explique o deleite e o desejo do crente, e mostre a ligação entre as duas coisas.
VERS. 5-6. A vida mais elevada.

1. Baseada em resignação entusiástica.
2. Sustentada pela fé.
3. Constantemente desdobrada pelo Senhor.
4. Consumada em esplendor meridiano (do sol no ápice).

VERS. 6. Doce consolo para santos caluniados. Onde está o seu caráter agora. Quem o revelará. A maneira gradual, mas segura da revelação, e a gloriosa conclusão.

VERS. 7. Descanse no Senhor. O quê? Onde? Quando? Por quê? Como?
VERS. 7. Paz, paciência, controle próprio.
VERS. 7. Tranqüilidade em Deus (Bispo Wilberforce).
VERS. 7. Descanso no Senhor.
1. Descanse na vontade de Deus, pois o que quer que ele desejar é para o seu bem, seu mais elevado bem.
2. Descanse no amor de Deus, e medite com freqüência nas palavras de Jesus nesse ponto: "Tu os amaste como igualmente me amaste".
3. Descanse na misericórdia de Deus.
4. Descanse no relacionamento que teu Deus preenche para ti; ele é o Pai.
5. Descanse no Senhor como ele é manifestado em Jesus, teu Deus em pacto (James Smith).

VERS. 8. Um sermão para os irrequietos.
1. Acabe com a ira atual. É loucura, é pecado; exclui as nossas orações; aumenta e se torna malícia; pode conduzir ao pior.
2. Abandone-a daqui em diante. Arrependa-se dela, vigie seu gênio, discipline suas paixões.
3. Evite toda semelhança de sentimentos de mau humor, impaciência, inveja porque conduzem ao mal.

VERS. 9. Como os humildes são os verdadeiros senhores da terra.
VERS. 10.
1. Considere o que o pecador que partiu deixou. Posses, alegrias, honras, alvos, esperanças.
2. Considere aonde ele foi.
3. Considere se você estará partilhando a mesma sorte.
VERS. 10-11. Terror para os maus: consolo para os crentes (A. Farindon).

VERS. 11. O deleite do homem manso ou "a colheita de um olho tranqüilo".

VERS. 14. Conversação correta.
1. O que exclui. O horizontal ou terreno, o torto ou esperto, o enviezado ou sinistro.
2. O que inclui. Motivo, objeto, linguagem, ação.
3. O que realiza. Fica de pé como pilar; sustenta-se como coluna; sobe como torre; adorna como monumento; ilumina como farol.

VERS. 15. A natureza autodestrutiva do mal.

VERS. 16. Como fazer do pouco muito.
VERS. 16-17.
1. Os donos contrastados.
2. As posses comparadas.
3. A preferência dada.
4. As razões declaradas.

VERS. 17 (última cláusula).
1. As pessoas favorecidas.
2. Sua necessidade evidente, "serem sustentadas".
3. Sua bênção singular, "serem sustentadas" acima da tribulação, sob a tribulação, após a tribulação.
4. Seu Patrono augusto.

VERS. 18. Os consolos deriváveis de uma consideração do conhecimento divino. A eternidade das posses do homem justo.
VERS. 18.
1. As pessoas, "os íntegros".
2. O período, "os dias" deles (KJV, ARA). Estes Deus conhece.
(a) Conhece-os bondosamente e graciosamente.
(b) Conhece seu número.
(c) Conhece a natureza deles.
3. A porção: "a herança deles permanecerá para sempre".
VERS. 18 (última cláusula). O que é. Como o conseguem. Por quanto tempo o detêm?

VERS. 19. Boas palavras para tempos difíceis.

VERS. 21. Transações financeiras são testes de caráter.

VERS. 22. A bênção divina é o segredo da felicidade. O desprazer divino é a essência da infelicidade.

VERS. 23-24.
1. A predestinação divina.
2. O deleite divino.
3. O sustento divino.

VERS. 24. Aflições temporárias.
1. São de se esperar.
2. Têm seus limites.
3. Têm seus resultados.
4. Nosso consolo secreto em meio delas.
O que podem ser. O que não podem ser. O que serão.

VERS. 25. Memorando anotado de um idoso observador.

VERS. 26. A bênção da família do homem bom: o que é, e o que não é.

VERS. 27. É negativo, é positivo, é remunerador.

VERS. 28.
1. O amor da justiça que o Senhor tem.
2. Sua fidelidade aos justos.
3. A preservação infalível deles é duplamente garantida.
4. A condenação dos ímpios é assim assegurada.

VERS. 29. Canaã como um tipo da herança do homem justo.

VERS. 30. Nossa fala como um teste de piedade.

VERS. 31.
1. A melhor coisa.
2. No melhor lugar.
3. Com o melhor dos resultados.

VERS. 32-33. Nossos inimigos, sua malícia contumaz; nossa salvaguarda e justificação.

VERS. 34.
1. Uma admoestação dupla:
(a) Espere no Senhor.
(b) E siga sua vontade; espere e trabalhe, espere e ande, consiga graça e exercite-a.
2. Uma promessa dupla:
(a) Ele o exaltará, dando-lhe a terra por herança; Deus é a fonte de toda ascensão e honra.
(b) Quando os ímpios forem eliminados, você o verá; e eles serão mesmo eliminados (William Jay).
VERS. 34. Fé paciente, santidade perseverante e exaltação prometida.
VERS. 34 (última cláusula). Emoções causadas nos piedosos pela visão da condenação do pecador.
VERS. 34 (última cláusula). Os ímpios são muitas vezes decepados.
1. Mesmo em vida, de seus locais, e riquezas e expectativas de sucesso.
2. Na morte são removidos de todas as suas posses e confortos.
3. No último dia serão privados da "ressurreição da vida" (William Jay).

VERS. 35-37. Três cenas memoráveis.
1. O grandioso espetáculo.
2. O estrondoso desaparecimento.
3. O deleitoso êxodo.

VERS. 39-40.
1. As doutrinas da graça condensadas.
2. A experiência da graça concentrada.
3. As promessas da graça sumariadas.
4. A maior evidência da graça declarada: porque nele se refugiam.

SALMO 38

TÍTULO
Um salmo de Davi para trazer lembrança. Davi sentiu-se esquecido por seu Deus E, portanto, recontou suas tristezas e clamou fortemente por auxílio nessa situação. O mesmo título é dado ao salmo 70, em que, da mesma forma, o salmista derrama sua queixa diante do Senhor. Seria tolice aventurar uma suposição quanto ao ponto da história de Davi em que este foi escrito; pode ser uma comemoração de sua própria doença e de ter agüentado crueldade; por outro lado, pode ter sido composto para o uso de santos doentes e caluniados, sem referência especial à sua pessoa.

DIVISÃO
O salmo tem início com uma oração, Sl 38.1; continua com uma longa queixa, Sl 38.2-8; faz uma pausa para lançar um olhar ao céu, Sl 38.9; continua com uma segunda história de tristezas, Sl 38.10-14; intercala outra palavra dirigida esperançosamente a Deus, Sl 38.15; uma terceira vez derrama uma torrente de mágoas, Sl 38.16-20; e então termina como começou, com apelos renovados, Sl 38.21-22.

DICAS PARA O PREGADOR
Título: a arte do rememorar. Memórias santas. O proveito de lembranças sacras.

VERS. 1. A repreensão da ira de Deus.
1. Muito merecida.
2. Razoavelmente temida.
3. Protestada com sinceridade (B. Daries).
VERS. 1. As más conseqüências do pecado neste mundo.
VERS. 1. A mais amarga das amarguras, tua ira; por que protestada; e como escapada.

VERS. 2. Deus castiga amargamente muitos de seus filhos e, contudo, mesmo assim, ele nunca, nem por nada, os ama menos, nem lhes nega em tempos bons a sua misericórdia (Thomas Wilcocks).

VERS. 3 (última cláusula). O pecado causa desassossego. Só aquele que o cura sabe dar descanso. Estenda-se, dê ênfase aos dois fatos.

VERS. 4 (primeira cláusula). O pecado na sua relação a nós. Ao olho agradável. Ao coração decepcionante. Aos ossos irritantes. Sobre a cabeça esmagador.
VERS. 4. A confissão do pecador despertado.
VERS. 4 (última cláusula). Pecado.
1. Pesado - um fardo.
2. Muito pesado - um fardo pesado.
3. Pesado demais - pesado demais para mim.
4. Não é impossível de ser movido, porque embora pesado demais para mim, assim mesmo Jesus o carregou.

VERS. 5. Tolice. A tolice do pecado. Tudo o que um homem tem a ver com o pecado mostra sua tolice.
1. Brincando com o pecado.
2. Cometendo-o.
3. Continuando nele.
4. Escondendo-o.
5. Disfarçando-o (B. Davies).

VERS. 6. A convicção do pecado. Sua tristeza, sua profundidade, sua continuação.
VERS. 6. Estou encurvado e abatido. Estou de luto.
1. Razões ilegais para o luto.
2. Temas legítimos para a tristeza.
3. Alívios valiosos da tristeza.

VERS. 9. Os muitos desejos dos filhos de Deus: o fato de que Deus os entende mesmo quando não são expressos, e a certeza de que ele os concederá.
VERS. 9. Onisciência, uma fonte de consolo para os desalentados.

VERS. 13. A sabedoria, dignidade, poder e dificuldade do silêncio.

VERS. 15. Oração, a cria da esperança. A esperança fortalecida por confiança em que Deus responde as orações.

VERS. 17. Sr. pronto para dar um basta. Sua linhagem e enfermidade; suas muletas e sua cura; sua história e sua saída segura.
VERS. 18. A excelência da confissão penitente.
VERS. 18. Os filhos gêmeos da graça - confissão e contrição: sua revelação e reação mútua.
VERS. 18 (última cláusula). Há boa razão para tal tristeza, Deus fica satisfeito com ela. Traz benefício ao lamentador.
VERS. 19. A terrível energia e a indústria dos poderes do mal.


SALMO 39

TÍTULO
Ao mestre da música, para Jedutum mesmo. O nome de Jedutum, que significa louvar ou celebrar, era muito apropriado para um líder de salmodia sagrada. Ele foi um daqueles ordenados por ordem do rei "para canto na casa do Senhor com címbalos, saltérios e harpas" 1Cr 15.6, e seus filhos depois dele parecem ter permanecido neste mesmo trabalho santo, mesmo até data tão tardia como os dias de Neemias. Ter um nome e uma posição em Sião é honra nada pequena, e manter esse lugar através de uma longa ordem de transmissão por herança pela graça é uma bênção indizível. Ó, que à nossa família nunca falte um indivíduo para prestar serviço diante do Senhor Deus de Israel. Davi deixou este poema lamentoso nas mãos de Jedutum porque achou que ele seria o mais capaz de compor a música para a letra, ou porque ele distribuiria a honra sagrada de canto entre todos os músicos que, cada um por sua vez, dirigiam o coro. Um salmo de Davi. É tal como sua vida variada produziria na certa; desabafos que cabem bem para um homem tão tentado, tão forte em suas paixões, e contudo tão firme na fé.

DIVISÃO
O salmista, encurvado por doença e tristezas, está carregado de pensamentos de descrença que resolve silenciar para que nenhum mal suceda do fato de serem falados, Sl 39.1-2. Mas o silêncio cria uma tristeza insuportável, que, por fim pede expressão, e ele a obtém na oração de Sl 39.3-6, que é quase uma queixa e um suspiro por morrer, ou, na melhor das hipóteses, é um retrato muito desanimado da vida humana. Em Sl 39.7-13, o tom é mais submisso, e o reconhecimento da mão divina é mais distinto; a nuvem passou, evidentemente, e o coração do lamentador está aliviado.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1-2. Porei mordaça em minha boca.
1. Há uma hora em que silenciar. Ele foi capacitado a fazer isso quando repreendido e injustamente acusado por outros. Ele o fez por bem; outros poderiam atribuí-lo ao mau humor, ou orgulho, ou timidez, ou culpa; mas ele o fez por bem. Respire num espelho polido e vai evaporar e deixá-lo mais brilhante do que antes; tente passar um pano, e a marca permanecerá.
2. Há uma hora para se meditar em silêncio. Quanto maior o silêncio, quase sempre é maior comoção interna. "Meu coração ardia." Quanto mais pensava, mais quente ficava. O fogo de dó e compaixão, o fogo de amor, o fogo de zelo santo queimava dentro dele.
3. Há uma hora para falar. "Então comecei a dizer." A hora para falar é quando a verdade está clara e forte na mente, e o sentimento da verdade está ardendo no coração. As emoções explodem como de um vulcão, Jr 20.8-9. A linguagem deve ser sempre uma representação fiel da mente e do coração (G. Rogers, Tutor da Metropolitan Tabernacle College).

VERS. 2. Há um silêncio sétuplo.
1. Um silêncio estóico.
2. Um silêncio político.
3. Um silêncio tolo.
4. Um silêncio obstinado.
5. Um silêncio forçado.
6. Um silêncio desesperado.
7. Um silêncio prudente, santo, gracioso (Thomas Brooks).

VERS. 4. Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida.
1. O que podemos desejar saber sobre nosso fim. Não a sua data, lugar, circunstâncias, mas:
(a) Sua natureza. Será o fim de um santo ou de um pecador?
(b) Sua certeza.
(c) Sua proximidade.
(d) Seus problemas.
(e) Suas exigências. Na forma de atenções, preparação, passaporte.
2. Por que pedir a Deus que nos faça conhecer isso? Porque o conhecimento é importante, difícil de adquirir e pode ser comunicado efetivamente somente pelo Senhor (W. Jackson).
VERS. 4. Davi ora:
1. Pedindo que possa ser capacitado continuamente a ter em vista sempre o fim da sua vida: todas as coisas devem ser julgadas pelo seu fim. "Então compreendi o destino deles" (Sl 73.17). A vida pode ser honrada, e alegre e virtuosa aqui; mas o fim! O que será?
2. Que ele possa ser diligente na realização de todos os deveres desta vida. A medida de seus dias, como é curta, quanto há para ser feito, o pouco tempo para fazê-lo!
3. Ele ora para que possa ganhar muita instrução e benefício das fragilidades da vida. Para que eu saiba. Minhas fraquezas podem me tornar mais humilde, mais diligente, enquanto sou capaz para o serviço ativo; mais dependente da força divina, mais paciente e submisso à vontade divina, mais maduro para o céu (G. Rogers).

VERS. 5 (última cláusula). O homem é vaidade, isto é, ele é mortal, ele é mutável. Observe o quanto essa verdade é expressa enfaticamente aqui.
1. Todo homem é vaidade, sem exceção, o eminente e o humilde, o rico e o pobre.
2. Ele é assim no seu melhor estado; quando é jovem, e forte, e saudável, em riqueza e honra.
3. Ele é inteiramente vaidade, tão vaidoso quanto se possa imaginar.
4. Verdadeiramente, ele é assim.
5. A "pausa" é anexada como uma nota exigindo observação (Matthew Henry).

VERS. 6. A vaidade do homem, como mortal, é aqui exemplificada em três coisas, e a vaidade de cada uma é mostrada.
1. A vaidade de nossas alegrias e honras: Sim, cada um vai e volta como a sombra - caminha numa apresentação vã.
2. A vaidade de nossas tristezas e temores. Em vão se agita.
3. A vaidade de nossos cuidados e trabalhos. Amontoando riqueza, sem saber quem ficará com ela (Matthew Henry).
VERS. 6. A trindade do mundo consiste: 1. De honras infrutíferas: o que lhes parecem ser honras substanciais são apenas um show vazio. 2. Em cuidados desnecessários. Em vão se agitam. Cuidados imaginários são substituídos pelos que são reais. 3. Em riquezas inúteis; as que não produzem satisfação duradoura em si, ou quando passam para outros (G. Rogers).

VERS. 7. Que hei de esperar? 1. Onde está minha expectativa? Onde está a minha confiança? A quem olharei? Eu não sou nada, o mundo não é nada, todas as fontes terrenas de confiança e consolação falham: Que hei de esperar? Na vida, na morte, num mundo moribundo, num juízo vindouro, numa eternidade prestes a vir, do que é que eu preciso? (G. Rogers).

VERS. 8.
1. A oração deve ser geral: Livra-me de todas as minhas transgressões. Precisamos dizer de novo com freqüência: "Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador". As aflições devem nos lembrar dos nossos pecados. Se oramos para ser livrados de todas as transgressões, garantimos que somos livrados por aquele pelo qual a aflição foi enviada.
2. A oração deve ser específica: Não faças de mim um objeto de zombaria dos tolos. Não me deixe falar assim nem mostrar impaciência na aflição de modo a dar ocasião, nem mesmo aos tolos, de blasfemar. Pensar que muitos nos vigiam para ver se manquejamos deve nos preservar do pecado (G. Rogers).

VERS. 9.
1. A ocasião referida. Não posso abrir a boca. Não nos é dito qual o problema que houve, para que cada um possa aplicá-lo à sua própria aflição, e porque todos devem ser vistos na mesma luz.
2. A conduta do salmista naquela determinada ocasião: Não abri minha boca.
(a) Não em ira e rebelião contra Deus em murmúrios ou queixas.
(b) Não em impaciência, ou reclamações, ou sentimentos irados contra pessoas.
(c) A razão que ele dá para essa conduta: Pois tu mesmo fizeste isso (G. Rogers).

VERS. 10.
1. Aflições são enviadas por Deus. O teu açoite. São golpes de sua mão, não da vara da lei, mas da vara do pastor. Cada aflição é pancada dele.
2. Aflições são removidas por Deus. Remova. Ele não pede milagres, mas que Deus em seu próprio modo, com o uso de meios naturais, intervenha para seu livramento. Devemos buscar sua bênção sobre os meios empregados para nosso livramento tanto para nós mesmos como para os outros. "Afasta".
3. Aflições têm sua finalidade da parte de Deus. Fui vencido pelo golpe. Deus tem uma controvérsia com seu povo. É um conflito entre sua vontade e as vontades deles. O salmista se confessa vencido e subjugado no conflito. Nós devemos ser mais ansiosos para que se realize este fim do que para ver a aflição removida, e, quando isso for realizado, a aflição será removida (G. Rogers).

VERS. 11.
1. A causa de nossas aflições: "seu pecado". Ah, essa tribulação veio tirar meu consolo, minha paz de espírito e o sorriso divino! Não, tudo isso é o fruto para tirar seu pecado - a escória, nada do ouro -o pecado, nada senão o pecado.
2. O efeito de nossas aflições. Tudo o que ele avaliou como desejável nesta vida, mas não para seu bem verdadeiro, é consumido. Suas vestes que são valorizadas pelos homens estão destruídas por traças, mas a veste da justiça sobre sua alma não pode apodrecer.
3. O intento de nossas aflições. Não são aflições penais, mas repreensões amigas e correções paternas. Sobre Cristo nossa segurança, as conseqüências penais foram colocadas, sobre nós só os castigos paternais.
4. A razoabilidade de nossas aflições. "Na verdade todo homem é pura vaidade" (ARA Sl 39.5, NVI "um sopro"). Como, num mundo assim, alguém pode esperar ser isento de tribulações! O mundo é o mesmo para o cristão como antes, e seu corpo é o mesmo. Ele tem uma alma convertida num corpo não convertido, e como pode escapar dos males externos da vida? (G. Rogers).

VERS. 12. Davi defende as boas impressões causadas nele por sua aflição.
1. Fez com que começasse a chorar.
2. Fez com que começasse a orar.
3. Ajudou-o a se despegar do mundo (Matthew Henry).
VERS. 12 (última cláusula). Será que sou um estrangeiro e um hóspede com Deus? Deixe-me perceber, deixe-me exemplificar a condição.
1. Que eu procure o tratamento que tais personagens comumente encontram.
2. E certamente se alguém de minha própria nação estiver perto de mim, eu serei íntimo com eles.
3. Que eu não esteja enrolado nos afazeres desta vida.
4. Que meus afetos estejam colocados nas coisas que são de cima, e minha conversa esteja sempre no céu.
5. Que eu não esteja impaciente para chegar ao lar, e sim para valorizá-lo (W. Jay).

VERS. 13.
1. O assunto de sua petição - não que ele escape da morte e viva sempre nesta vida, porque ele sabe que precisa sair daqui; mas: 1. Que ele possa se recuperar de suas aflições; e, 2. Que ele possa continuar por mais tempo nesta vida. Tal oração é legítima quando oferecida em submissão à vontade de Deus.
2. As razões desta petição. 1. Que ele possa remover pela sua vida neste futuro, as calúnias que foram amontoadas sobre ele. 2. Que ele possa ter evidências mais brilhantes de seu interesse no favor divino. 3. Que ele possa se tornar uma bênção para outros, sua família e nação. 4. Que ele possa ter maior paz e consolo na morte; e, 5. Que ele possa "ter uma entrada ministrada mais abundantemente" (G. Rogers).

SALMO 40

TÍTULO
Ao mestre da música. Um salmo tão precioso foi entregue de modo especial ao mais hábil dos músicos sacros. A música mais nobre deve ser tributada a um assunto incomparável. A dedicatória mostra que o cântico foi feito para o culto público, e não foi composto para hino pessoal, como poderia se supor do emprego da primeira pessoa do singular. Um salmo de Davi. Conclusivo quanto à autoria: elevado pelo Espírito Santo à região de profecia, Davi foi honrado ao escrever com respeito de um muitíssimo maior do que ele próprio.

ASSUNTO
Jesus evidentemente está aqui, e embora possa não ser um exagero violento de linguagem ver tanto Davi como seu Senhor, tanto Cristo como a igreja, o comentário duplo poderia se enrolar em obscuridade, e por isso deixaremos o sol brilhar, muito embora isso possa esconder as estrelas. Mesmo que o Novo Testamento não fosse tão insistente sobre isso, nós teríamos concluído que Davi falava de nosso Senhor em Sl 40.6-9, mas o apóstolo, em Hb 10.5-9, tira toda possibilidade de conjectura em Hb 10.5-9, e limita o sentido àquele que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai.

DIVISÃO
Em Sl 40.1-3, há uma ação de graças pessoal, seguida da declaração geral da bondade de Jeová aos seus santos, Sl 40.4-5. Em Sl 40.6-10, temos um reconhecimento de dedicação à vontade do Senhor; Sl 40.11-17 contém uma prece por livramento de problema premente e pela derrota de inimigos.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Minha parte - orar e aguardar.
2. A parte de Deus - condescendência e resposta.

VERS. 2.
1. A profundidade da bondade de Deus para com seu povo. Acha-os muitas vezes numa cova terrível e em barro lamacento. Há uma certa aranha que forma uma cova em areia, e se deita no fundo, escondida, a fim de pegar outros insetos que caem ali. Assim os inimigos de Davi procuraram trazê-lo para dentro de uma cova.
2. A altura da bondade dele. Ele me tirou e colocou meus pés sobre uma rocha. A rocha é Cristo. Os pés são fé e esperança.
3. A largura de sua bondade estabelece minhas idas, restaurou-me ao meu lugar de antes no amor dele, mostrando-me como ainda tenho sido dele durante meu tempo de baixa. Ele foi o mesmo para mim, embora eu não me sentisse o mesmo para ele. Minhas idas se referem tanto ao passado como ao futuro.
4. A força de sua bondade estabeleceu minhas idas, fazendo com que eu me postasse cada vez mais firmemente depois de cada queda (George Rogers).
VERS. 2-3. A posição do pecador por natureza e seu salvamento pela graça.
VERS. 2-3. Por um único e o mesmo ato o Senhor executa nossa salvação, a confusão de nossos inimigos, e a edificação da igreja (Comentário de J.P. Lange).

VERS. 3. O novo cântico, o cantor, o professor.

VERS. 4 (última cláusula).
1. Descubra quem se desvia para mentiras - ateístas, papistas, os que se acham virtuosos, os amantes do pecado.
2. Mostre a tolice deles afastando-se de Deus e da verdade, e se voltando a falácias que conduzem à morte.
3. Mostre como se preservar de tolice igual, escolhendo a verdade, pessoas que falam a verdade, e acima de tudo o serviço de Deus.

VERS. 5.
1. Há obras de Deus em seu povo e para seu povo. Existem suas obras da criação, providência e redenção, e também suas obras da graça, operados neles por seu Espírito, e em volta deles por sua providência, bem como para eles por seu Filho.
2. Estas são obras maravilhosas; maravilhosas em sua variedade, sua ternura, sua adaptação à sua necessidade, sua cooperação com meios externos e seu poder.
3. São o resultado de pensamentos divinos a nosso respeito. Eles vêm não por acaso, não por homens, e sim pela mão de Deus, e essa mão é movida pela vontade dele, e essa vontade pelo seu pensamento com respeito a nós. Cada misericórdia, mesmo a menor delas, representa algum pensamento bondoso na mente de Deus a nosso respeito. Deus pensa em cada indivíduo de seu povo, e em cada momento.
4. São inumeráveis. Não podem ser contabilizados. Pudéssemos nós ver todas as misericórdias de Deus para conosco, e suas obras maravilhosas feitas para nós individualmente seriam incontáveis como a areia, e todas essas misericórdias sem conta representam infindo número de pensamentos na mente e no coração de Deus para cada indivíduo de seu povo (George Rogers).
VERS. 5. A multidão dos pensamentos de Deus, e os atos de graça, começando na eternidade, continuando para sempre; e tratando desta vida, do céu, do inferno, do pecado, dos anjos, dos diabos e de todas as coisas.

VERS. 6. Aqui, Davi se supera, e fala a linguagem do Filho de Davi. Isso foi naturalmente sugerido pelas obras maravilhosas de Deus, e inumeráveis pensamentos de amor para com o homem.
1. Os sacrifícios que não eram obrigatórios. Eram estes os sacrifícios e as ofertas queimadas sob a lei.
(a) Quando exigidos? De Adão até a vinda de Cristo.
(b) Quando não exigidos?
(c) Por que exigidos antes? Como tipos do método único de redenção.
(d) Por que não exigidos agora? Porque o grande Antitipo havia chegado.
2. O sacrifício que era exigido. Este foi o sacrifício oferecido no Calvário.
(a) Foi exigido por Deus pela sua justiça, sua sabedoria, sua fidelidade, seu amor, sua honra, sua glória.
(b) Era exigido pelo homem para lhe dar salvação e confiança nesta salvação.
(c) Era exigido para a honra do governo moral de Deus através de todo o universo.
3. A pessoa para a qual esse sacrifício era oferecido. Meus ouvidos tens tu aberto. Esta é a linguagem de Cristo, para o futuro denotando:
(a) Conhecimento do sacrifício exigido.
(b) Consagração de si como servo para este fim (George Rogers).
VERS. 6. Abriste meus ouvidos. Prontidão para ouvir, propósito fixado, perfeição de obediência, inteireza de consagração.
VERS. 6-8. O Senhor dá um ouvido para ouvir sua palavra, uma boca para confessá-la, um coração para amá-la, e poder para guardá-la (James Merrick, 1720-1769).

VERS. 7.
1. O tempo da vinda de Cristo. Então disse eu. Quando os tipos já tinham sido todos mostrados, quando as profecias já procuravam o seu cumprimento, quando a sabedoria mundana já fizera o seu máximo, quando o mundo já estava quase que inteiramente unido sob um império, quando o tempo designado pelo Pai chegou.
2. O projeto de sua vinda. No volume estava escrito:
(a) A constituição de sua pessoa.
(b) Seu ensino.
(c) A maneira de sua vida.
(d) O plano de sua morte.
(e) Sua ressurreição e ascensão.
(f) O reino que ele estabeleceria.
3. A voluntariedade de sua vinda, Aqui estou. Embora enviado pelo Pai, ele veio por vontade própria. "Cristo Jesus veio ao mundo." Os homens não vêm ao mundo, eles são enviados. Aqui estou denota preexistência, predeterminação, pré-operação (George Rogers).

VERS. 6-8. O Senhor dá um ouvido para ouvir sua palavra, uma boca para confessá-la, um coração para amá-la, e poder para guardá-la.
VERS. 8. Para fazer a tua vontade, ó Deus.
1. A vontade de Deus é vista na salvação. Tem sua origem na vontade de Deus.
2. A vontade de Deus é vista no plano da salvação. Todas as coisas procederam, procedem e procederão segundo esse plano.
3. É vista na provisão da salvação, na nomeação de seu próprio Filho para se tornar o mediador, o sacrifício expiador, o cumpridor da lei, o cabeça da igreja, que seu plano exigia.
4. É vista na realização da salvação.

VERS. 9. Referindo-se ao nosso Senhor: um grande pregador, um grande assunto, uma grande congregação, e sua grande fidelidade na obra.

VERS. 10 (primeira cláusula).
1. A justiça possuída por Deus.
2. A justiça receitada por Deus.
3. A justiça providenciada por Deus (James Frame).
VERS. 10.
1. O pregador precisa revelar sua mensagem toda.
2. Ele não pode ocultar nenhuma parte:
(a) Não da justiça da lei ou do evangelho.
(b) Não do amor da graça.
(c) Nenhuma porção da verdade com flores de retórica.
(d) Para dar um representação parcial.
(e) Para colocar uma verdade em lugar de outra.
(f) Para dar a letra sem o espírito (G. R.).
VERS. 10. O grande pecado de ocultar o que sabemos de Deus.

VERS. 11. Enriquecimento e preservação são procurados. As verdadeiras riquezas são de Deus, dádivas de sua soberania, frutos de sua misericórdia marcados com sua ternura. As melhores preservações são o amor e a fidelidade divinos.

VERS. 11-13. Como um exemplo de inventividade clerical, pode ser bom mencionar que o cônego Wordsworth tem um sermão nestes versículos sobre "o dever de fazer responsos na oração pública".

"Veio finalmente a noite terrível.
Vingança com sua férrea vara
Pôs-se de pé, e com a força reunida
Machucou o inocente Cordeiro de Deus.
Veja, minha alma, o seu Salvador
Prostrado ali no Getsêmani!"
"Ali meu Deus suportou minha culpa toda,
Isso pela graça se pode crer;
Mas os horrores que ele sofreu
São vastos demais para se conceber.
Ninguém pode penetrar-te
Triste e escuro Getsêmani!"
"Pecados contra um santo Deus;
Pecados contra suas justas leis;
Pecados contra seu amor, seu sangue;
Pecados contra seu nome, sua causa;
Pecados imensos como é o mar -
Esconde-me, ó Getsêmani!"

VERS. 12. Compare isso com Sl 40.5. O número de nossos pecados.

VERS. 13.
1. A linguagem de oração de fé - livra-me, ajuda-me; procurando livramento e ajuda somente com Deus.
2. De oração sincera - apressa-te em ajudar-me.
3. De oração de submissão - agrada-te, ó Senhor, se estiver de acordo com o teu bom prazer.
4. De oração coerente. Ajuda-me, que subentende esforços para seu próprio livramento, colocando seu próprio ombro debaixo da roda, para suportar o peso.
VERS. 14. Honi soit mal y pense; ou, a recompensa da malignidade.

VERS. 16. (última cláusula). O que se diz todo dia. Quem pode usá-lo? O que significa? Por que eles o dizem? Por que dizê-lo continuamente?

VERS. 17. O humilde: Mas, e o crendo: Contudo. O pequeno Eu sou, e o grande Tu és. A oração adequada.
VERS. 17. O Senhor preocupa-se comigo. Admire a condescendência e, então, considere que isso é:
1. Uma bênção prometida.
2. Uma bênção prática - ele pensa em nós para suprir-nos, proteger-nos, dirigir-nos, santificar-nos.
3. Uma bênção preciosa - pensamentos bondosos, contínuos, bons demais. Ele pensa em nós como suas criaturas: com pena, com piedade, como filhos seus - com amor, como amigos seus - com prazer.
4. Uma bênção presente - promessas, providências, visitações de graça.
VERS. 17.
1. Quanto menos nos envaidecemos e pensamos em nós mesmos, tanto mais Deus pensará em nós.
2. Quanto menos colocamos a nossa confiança em nós mesmos, tanto mais poderemos confiar em Deus para a ajuda e o livramento.
3. Quanto menos nos demoramos em oração e esforços ativos, tanto mais depressa Deus aparecerá por nós.

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