A VIDA DE CRISTO
I. OS PRIMEIROS ANOS
Jesus “o Senhor é
salvação”
Jesus Cristo é
retratado no Novo Testamento como Salvador do mundo, e o nome Jesus em si
significa "Salvador". Conforme escreveu João no final de seu
evangelho, "estes [sinais], porém, foram registrados para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome'.
INFÂNCIA
A mãe de Jesus,
Maria, deitou o bebê Jesus numa manjedoura quando ele nasceu em Belém, onde os
pastores o visitaram. Jesus foi apresentado no templo, e depois Maria e José,
padrasto de Jesus, fugiram para o Egito com Jesus após a visita dos magos. Eles
retomaram posteriormente a Nazaré, onde José trabalhou como carpinteiro. Além
da visita de Jesus ao templo quando tinha doze anos, quando ele ouviu os
mestres e lhes fez perguntas, nada mais é conhecido à respeito da sua infância.
TRÊS ANOS DE MINISTÉRIO
Quando Jesus tinha
cerca de 30 anos, João Batista o batizou no rio Jordão, antes de Jesus ir para
o deserto a fim de ser tentado por Satanás. Após isto, Jesus iniciou seu
ministério público, escolhendo doze apóstolos para estarem com ele. Jesus fez
muitos milagres, como transformar a água em vinho em Caná, e muitas curas, como
a ressurreição da filha de Jairo. Ele também pregou freqüentemente, como no
Sermão do Monte, e contou numerosas parábolas memoráveis, como a do bom
samaritano e do filho pródigo.
A ÚLTIMA SEMANA
Os autores dos
quatro evangelhos se concentram nos últimos sete dias da vida de Jesus. No
domingo que precedeu sua morte, Jesus entrou em Jerusalém num jumento,
aplaudido pelas multidões. Na quinta-feira seguinte, Jesus tomou a íntima Ceia
com seus discípulos, antes de se dirigir ao jardim de Getsêmani para orar, onde
Judas o traiu. Jesus foi preso, injustamente julgado, injustamente condenado à
morte, crucificado como um criminoso comum e sepultado. Más no domingo seu
túmulo foi encontrado vazio, pois ele havia ressurgido dos mortos. Quarenta
dias depois Jesus subiu ao céu, após ter aparecido ressurreto muitas vezes,
prometendo que ele voltaria um dia.
O Antigo
Testamento predisse a vinda de grande e maravilhoso Rei da Linhagem da família
de Davi, o qual governaria e abençoaria o mundo inteiro. Muito antes de
aparecer, esse rei foi chamado “Messias” (hebraico), ou “Cristo” (grego). As
duas palavras significam “Ungido”: “O Ungido de Deus” para realizar a obra
mundial de que falaram os profetas. “Jesus” que significa: “O Senhor é
Salvação” era seu nome pessoal. “Messias” ou “Cristo” expressavam o ofício que
ele veio exercer. Mas Jesus, apesar de ser narrada sua aparição só no Novo
Testamento, é o tema central da Bíblia. No Antigo Testamento Ele é aquele que
havia de vir para salvar o mundo, e no Novo Testamento Ele é o que veio para
morrer para nos salvar e é O que virá outra vez para trazer julgamento aos que
não creram nele e levar para o Pai os que se fizeram Seus seguidores.
A. INTRODUÇÕES AOS EVANGELHOS
1.
MATEUS
( 1: 1 – 27 )
a.
A
introdução de Mateus é genealógica.
b.
Voltando
para Abraão, pai da nação israelita, esta genealogia corresponde bem a natureza
judaica do livro.
c.
Se
arranja a genealogia em três seções de 14 nomes cada provavelmente interessado
em manter o dobro do número 7.
d.
Nota
– se o testemunho claro a respeito do nascimento virginal de Jesus.
2. MARCOS ( 1: 1 )
a.
Marcos
não tem introdução formal.
b.
Inicia
seu evangelho com o título, “O Princípio do evangelho de Jesus Cristo”
3. LUCAS ( 1: 1 – 4 )
a.
Pode
– se dizer que Lucas tem uma introdução histórica.
b.
Demonstra
o método histórico de Lucas que é de pesquisar e evangelizar seu material.
c.
A
evidência indica que Lucas é muito preciso nas suas referências históricas.
4.
JOÃO ( 1: 1 – 18 )
a.
A introdução de João é teológica.
b.
Abrange
mais tempo que os outros voltando até antes da criação e descreve a relação
entre o Pai e Filho.
c.
O
pano de fundo do vocábulo LOGOS ( 1: 1.14 ).
1)
Paralela
à sabedoria em Pv. 8.
2)
O
uso da palavra por parte de Filo – Para João é pessoal e encarnado.
3)
O
conceito de logos entre os Estóicos.
d.
Conteúdo
de Jo 1: 1 – 18.
1.
A
existência pré – encarnada de Jesus Cristo.
2.
O
precursor de Cristo ( 1:6 – 9. 15 ).
3.
A
encarnação ( 10 – 14 )
4.
Conseqüências
da encarnação ( 1: 16 – 18 )
B.
ANÚNCIOS DE NASCIMENTOS DE JOÃO E JESUS.
1.
O anúncio concedido para Zacarias ( Lc. 1: 5 – 25 ).
a.
Zacarias
era um entre a minoria sincera justa que esperava a vinda do Messias.
b.
Ganhou
o raríssimo privilégio de queimar incenso no tempo do sacrifício diário no
templo.
c.
O
anúncio pelo anjo indicou que o filho de Zacarias e Elizabet seria:
1)
Nomeado
João “Jehová é misericordioso” v. 13
2)
Seria
um nazireu ( 1: 15 ).
3)
Traria
um grande avivamento ( 1: 16 – 17 ).
4)
Seria
um segundo Elias ( 1: 17 ).
d.
A
incredulidade de Zacarias foi punida com a incapacidade de falar.
2.
O ANÚNCIO A MARIA; ( Lc 1: 26 – 38 ).
a.
Foi
seis meses após o anúncio feito a Zacarias ( Lc. 1: 36 ).
b.
O
anúncio enfatiza a natureza messiânica do Filho ( 1: 31 – 33 ).
3.
O ANÚNCIO FEITO A JOSÉ ( Mt 1: 18 – 25 ).
a.
O
tempo deste acontecimento era após a verificação que Maria estava com filho.
b.
O
anúncio para José é redentivo ( 1: 21 ); Jesus significa, “Jeová é Salvação.”
4.
O NASCIMENTO DE JOÃO ( Lc. 1:
57 – 80 ).
a.
Cumpriu
– se acuradamente a predição – nasceu um filho.
b.
A
circuncisão do menino se deu no oitavo dia como devia segundo a Lei.
c.
Os
pais obedeceram o mandamento do Senhor nomeando o filho, “João”.
d.
Pela
inspiração do Espírito Santo, Zacarias falou profeticamente acerca do
ministério e caráter do seu filho ( Lc. 1: 67 – 79 ).
1.
Esta mensagem
tem o título de “Benedictus” ( cf. v. 68 ).
2.
A
primeira parte se refere ao Messias ( Lc. 1: 68 – 75 ).
3.
O
ministério de João se prediz em vv. 76 – 79 ( df. Mal. 3: 1 e 4: 2 ).
e.
Os
primeiros anos da vida de João se passaram no deserto talvez tendo contacto com
os Ensinos de Qumran.
5. O Nascimento de Jesus ( Lc. 2:1 –
20 )
a.
Detalhes
significantes aparecem no relatório.
1.
“Mundo” ( v. 1 ), refere – se ao mundo habitado ou o
Império Romano.
2.
“Manjedoura” ( v. 7 )
– Justino Martir ( c 150 ) diz
que Cristo nasceu
numa caverna ( agora pela igreja
da natividade ).
b.
A
data do Seu Nascimento.
1.
Não
se conhece essa data.
2.
Inicialmente
foi celebrada no dia 6 de janeiro; mais tarde essa data cedeu para 25 de
dezembro no ocidente.
3.
O
dia 25 de Dezembro era dia festivo em honra do deus sol, o sol invictus,
i.e. não conquistada.
4.
Sendo
que o Mitraismo foi grande rival do Cristianismo foi natural que os pais da
igreja favoreceram uma festa cristã nesse dia.
5.
O
ano do nascimento de Cristo.
1.
Sabemos
que nasceu antes do ano 4 a.C.
a.
Herodes
o Grande morreu nesse ano pouco antes da Páscoa.
b.
Jesus
nasceu antes da morte de Herodes ( Mt 2:1 )
2.
Os
anos em que Quirino foi governador ( Lc 2:2 )
a.
Segundo
Sir Wn Ramsay Também demonstra que o primeiro recenseamento ocorreu em 8 – 7
a.C. na Síria e no ano 6 ( possivelmente 5 ) a.C. na Palestina.
3)
CALCULANDO DO MINISTÉRIO DE JOÃO BATISTA.
a. (
Lc 3: 1 – 2 ) coloca o início do
ministério de João no ano 15 de Tibério César, provavelmente o ano 26 a.D.
b.
Pilatos
também foi apontado governador da Judéia no ano 26 d.C.
c.
Segundo
Lucas 3:23 Jesus tinha mais ou menos 30 anos.
d.
Calculando
o ano 26 uns 30 anos chegamos a 5, ou 6 a.C.
4. A
DATA DO INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE HERODES.
a.
O
Templo foi iniciado no ano 20/19 a.C.
b.
Jó
20:19,20 indica que durante a primeira parte do ministério de Cristo essa
construção tinha durado 46 anos.
c.
Isto daria
m/m 26/ 7 d.C. para o início do Seu ministério
e os anos 5/4 a.C. para seu nascimento.
6.
A circuncisão de Jesus e a purificação de
Maria
( Lc 2: 21 – 38 ).
7.
A visita dos magos ( Mt 2: 1 – 12 ).
a.
Estes
homens não eram reis, mas sábios, astrólogos estudantes da religião ( compare. Dn 1:20; 2: 27 ).
b.
Parece
certo que os magos não visitaram a Jesus até depois dos pastores.
1.
Os
pastores vieram para a manjedoura ( Lc 2: 16 ) os magos para a casa ( Mt 2: 11 )
2.
Podem
Ter vindo até dois anos depois do nascimento de Jesus ( mt 2: 7, 16 )
3.
Nota
– se que as crianças foram mortas antes de Herodes morrer no ano 4 a.C.
4.
Dois
anos antes, seriam 6 a.C. ou possivelmente 7 a.C.
5.
E
provável que passaram um ou até um ano e meio entre o nascimento de Cristo e a
vinda dos magos.
8.
A fuga para o Egito e a volta para Nazaré ( Mt 2: 13 – 15, 19
– 23 ).
a.
Herodes
morreu logo antes da Páscoa do ano 4 a.C.
b.
A
fuga para o Egito então se deu antes e a volta depois da Páscoa desse ano.
c.
A
volta do Egito era uma espécie de tipo
do êxodo (confira Mt 2:15 com
Os. 11:1 ).
d.
Após
a morte de Herodes, Judéia e Samaria foram governadas por Arquelau, filho de
Herodes.
1.
Galiléia
sendo governada pelo menos cruel Herodes Antipas, José e Maria Voltaram para a
Galiléia, i.e. Nazaré.
2.
Arquelau
governou até o ano 6 d.C. quando foi banido para Gaulia.
3.
Os
governadores que seguiram foram romanos chamados procuradores.
a.
Copinio, 6 – 10
d.C.
b.
Marco
Ambivio, 10 – 13 d.C.
c.
Anio
Rufo, 13 – 15 d.C.
d.
Valério
Grato, 15 – 26 d.C.
e.
Poncio
Pilatos, 26 – 36 d.C.
f.
Felix
e Feste dos caps. 24,25 de Atos forma procuradores depois daqueles alistados
acima.
9.
VISITA AO TEMPLO COM 12 ANOS DE IDADE ( Lc. 2: 41 – 52 ).
a.
Ex.
23:14 – 17 relata o mandamento de subir para a festa da Páscoa anualmente.
1.
Machos foram
obrigados a assistir
três festas cada
ano – Páscoa,
Pentecostes, e Tabernáculos.
2.
A
Lei nada fala da necessidade das mulheres assistirem as festas mas foi a
opinião de Hilel que deviam ir pelo menos uma vez cada ano.
3.
Com
a idade de 12 anos os rapazes judeus assumiram as responsabilidades e
privilégios espirituais do adulto.
a)
Ele
se tornou um “Bar Mitzvah” – “filho da Lei”.
b)
Talvez
fosse tal ocasião que levou Jesus a subir para o templo neste caso.
c)
Neste
único episódio na vida de Cristo relatado entre os primeiros meses de sua vida
e o começo do seu ministério vemos sua “consciência Messiânica”. Cf. Lc 2:49
onde Jesus distingue entre José e Seu Pai, Deus.
O MINISTÉRIO E
CARREIRA DE JOÃO BATISTA ( Mt 3: 1 – 12; Lc 3: 1 – 20 ).
a.
João era último dos profetas do A.T.
1.
Não
foi o fundador da Igreja Batista.
2.
Ele
ministrou no estilo e padrão de Elias.
a)
Veio
No Espírito e poder de Elias ( Lc. 1:
17; Mt 11: 14; 17:10 – 13 )
b)
Vestiu
– se como Elias.
c)
Foi
profeta de Julgamento como foi Elias.
d)
Como
Elias não escreveu nada que saibamos.
3.
Durante
o período interbíblico não apareceu nenhum profeta.
a)
Imagine
o efeito manifestando – se o profeta João !
b)
Significantemente
veio cumprindo as Escrituras ( Mt 3: 1 ).
c)
Ainda
que muitos negaram sua mensagem, ele proclamou que judeus não se salvariam
automaticamente ( Mt 3: 7 – 9 ).
d)
João
proclamou que a vinda do Messias seria um tempo de julgamento e, contraste com
a opinião popular.
e)
Chamou
o povo ao arrependimento que não concordou com a opinião dos soberbos filhos de
Abraão.
b.
É evidente que João era um Nazireu desde seu nascimento (
Lucas: 1:15 e Números: 6:1–8).
c.
João cumpriu o cargo do arauto que precedia um rei
oriental ( Is. 40: 3 – 5 ; Mal. 3: 1 ).
a)
Seu
propósito foi de criar uma antecipação diante da vinda do Messias.
b)
Devia
suscitar um sentimento de pecaminosidade, anunciar a vinda do Messias e depois
retirar – se para a obscuridade comparativa ( cf Mc. 1: 14 ).
d.
João foi o
“batizador.
1)
A
palavra “batizar” significa “colocar debaixo da água e tirar.”
2)
Parece
que este rito não originou com João.
a)
Sabe
– se que os Judeus batizaram os prosélitos pela imersão.
b)
Era
humilhante para um judeu se submeter ao batismo prosélito.
3)
O
batismo de João era um batismo de arrependimento ( Atos 19: 4 ).
a)
Seria
um batismo caracterizado pelo arrependimento
( Mt 3: 11; At. 2: 38 ).
b)
É
evidente que João só batizou aqueles que tinham arrependido.
10.
O batismo de Jesus ( Mt. 3: 13 – 17 ).
a)
Este
acontecimento quebrou o silêncio que perdurou desde Jesus Ter 12 anos.
b)
Sendo
o batismo de João o de arrependimento por que seria importante Jesus se batizar
?
1.
Jesus
se identificou com aqueles que veio para salvar tomando sobre si os pecados dos
arrependimentos.
2.
Deste
modo estabeleceu o rito iniciador do N.T. com o significado de morte,
sepultamento e ressurreição.
11.
A TENTAÇÃO DE JESUS. ( Mt. 4: 1 – 11; Lc. 4: 1 – 3 ).
a)
O
propósito da Tentação
1.
Foi
ordenado por Deus ( cf. Mc. 1:12 ) porque Jesus foi levado pelo Espírito para
ser tentado.
2.
Tinha
as seguintes previsões:
a)
Foi
teste de caráter, uma disciplina do Filho ( Hb 5: 7 – 9 )
b)
Foi
necessário para qualificar Jesus como nosso sumo Sacerdote fiel e compassivo (
Hb. 4: 15, 16 )
c)
Foi para nosso exemplo, ensinando – nos como
enfrentar a tentação.
b)
A
Natureza da Tentação
1. A SOLICITAÇÃO PARA O PECADO FOI INTEIRAMENTE EXTERNA.
a)
Em
Cristo não existiu depravação ou desejo pecaminoso.
2) O
aspecto interno da tentação foi o desejo para comida que não é pecado.
3) A
Tentação foi real.
a)
Isto levanta a questão da pecabilidade de Cristo.
b)
Historicamente
houve duas posições.
_ Não foi capaz de pecar ( non potuit peccare
).
_ Ele foi capaz de não pecar ( potuit non
peccare ).
c)
Segundo
ambas as opiniões Jesus era absolutamente sem pecado.
d)
No
lugar do Segundo Adão foi uma tentação real em que pela Sua onipotente vontade,
Ele voluntariamente negou o pecado.
II.
VISTA DE RELANCE DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO.
A.
O INÍCIO DO MINISTÉRIO.
1.
Do
inicio do batismo de Jesus até a primeira Páscoa.
2.
O
preparo para o aparecimento de Jesus se encontra no ministério de João Batista.
3.
Os
eventos deste período.
a.
O
batismo de Jesus ( Mt. 3: 13 – 17 )
1)
Lugar:
Betânia, além do Jordão.
2)
Tempo:
tarde do ano 26 ou início de 27 d.C.
3)
Foi
o primeiro passo no seu ministério publico.
4)
Foi
a ocasião em que João revelou a pessoa de Cristo para Israel.
b.
A
Tentação de Jesus ( Mt. 4: 1 – 11 )
1)
Antes
do Messias começar o seu ministério, o Espírito o conduziu para o deserto para
o testar.
2)
Foi
o local da luta do Segundo Adão.
c.
Os
primeiros discípulos de Cristo ( Jo 1:29 – 51 )
1)
João
levou vários dos seus discípulos transferir para Jesus ( Jo 1: 35 – 37 ).
2)
Nessa
ocasião João, André, Pedro, Filipe,
Natanael, João e Tiago tornaram seguidores mas não discípulos seguindo o tempo
todo.
d.
O
primeiro milagre em Canã de Galiléia ( Jo 2:1 – 11 ).
1)
É
descrito por João como um “sinal” revelando Sua deidade e sua morte.
2)
Jesus
aqui marca o padrão do seu ministério, não ascético, como João, mas social,
misturando – se com os Homens.
Rápida viagem para Cafarnaum ( Jo 2: 12 ).
B.
O Primitivo Ministério na Judéia ( Jo 2: 13 – 4: 42 )
1.
Localidade
– Jerusalém e Judéia.
2.
Época
foi a primeira páscoa no ministério de Jesus.
a.
Notamos
quatro páscoas ( prováveis )
b.
Jo
2: 13; 5: 1 ( não indicada por nome ); 6: 4; 12: 1 ( a crucificação ).
c.
Estas
seriam então as páscoas dos anos sucessivos 27, 28, 29 e 30.
3.
Os eventos deste período.
a.
A primeira purificação do Templo ( Jo 2: 13 – 22 )
1)
Não
se deve confundir esta purificação com aquela que se deu durante a semana santa
( Mc 11: 15 – 18 e passagens paralelas
).
2)
Cristo
neste ato se manifestou como Senhor do Templo, que só podia ser purificado pelo
Sinédrio, um profeta ou o Messias ( Ml 3: 1 ).
3)
Nessa
ocasião Jesus predisse Sua ressurreição.
b.
A entrevista com o fariseu Nicodemos ( Jo 3: 1 – 29 ).
1)
Nessa
ocasião Jesus promulgou claramente a doutrina da regeneração que Escrituras
posteriores desenvolveriam.
2)
Percebemos
que alguns no sinédrio estavam abertos para com Cristo.
c.
O ministério paralelo de Jesus a João ( Jo 3: 22 – 30 ).
d.
A viagem através da Samaria ( Jo 4: 5 – 42 ).
1)
O
acontecimento principal foi a entrevista com a mulher de Samaria.
2)
Esse
encontro contém uma declaração clara da parte de Jesus que Ele era o Messias –
a primeira declaração aberta.
C.
O grande Ministério na Galiléia.
1.
Localidade
– a região ao norte da Palestina conhecida como Galiléia.
2.
Época
– do outono, d.C. 27 até a primavera de 29 d.C. ( um ano e meio ) Cf. Jo 6:40.
3.
Os
acontecimentos desta época foram:
a.
Uma
manifestação progressiva de si mesmo.
b.
O
treinamento progressivo dos doze discípulos para continuarem seu trabalho após
a ascensão.
c.
A
hostilidade crescente dos líderes de Israel contra Jesus.
* Estes três fatores conduzem diretamente
Jesus para a cruz.
4.
Vista
de relance do período.
a.
O
primeiro período do ministério Galiléia ( Mc. 1: 14 – 3: 12 )
–
da
chegada na Galiléia até a escolha dos doze.
–
Desde
o outono 27 d.C. até a cedo no verão de 28 d.C.
( c 6 meses ).
1)
A
rejeição em Nazaré e novo quartel geral em Cafarnaum ( Lc. 4: 14 – 30 ).
2)
A
primeira viagem pela Galiléia com os quatro pescadores e a chamada de Mateus na
volta ( Mc 1: 35 – 2: 22 ).
3)
A
controvérsia a respeito do Sábado em Jerusalém e Galiléia (Jo 5:1–18; Mc 2:23–3:5 )
b.
O
segundo período do ministério galiléio ( Mc 3: 13 – 6: 31 ).
-
Desde
a escolha dos Doze até o primeiro afastamento.
-
Desde
cedo no verão, 28 d.C. até a páscoa de 29 d.C. ( c 10 meses ).
1)
A
escolha dos Doze e o sermão da Montanha ( Mc. 3: 13 – 19; Mt 5 – 7 )
a)
Foi
a época em que a popularidade de Cristo estava no auge.
b)
Muitos
vieram de todas as regiões da Palestina, muitos foram curados.
2)
A
Segunda viagem pela Galiléia ( Lc. 7: 11 – 8: 3 )
a)
Acompanhado
pelos discípulos, esta viagem se marca pela oposição marcada dos fariseus.
b)
Durante
esta viagem João Batista mandou dois discípulos para pedir mais informações
acerca de Jesus.
3)
O
primeiro grande grupo de parábolas (Mt 13 e paralelos ).
a)
Foram
apresentados em Cafarnaum perto do Mar da Galiléia.
b)
Depois
fez sua última visita para Nazaré ( Mc. 6: 1 – 6 )
4)
A
terceira viagem pela Galiléia ( Mc 6: 7 – 31 ).
a)
Nesta
viagem Jesus seguiu os Doze que tinha previamente mandado.
b)
Herodes
ficou preocupado que a possível volta de João dos mortos.
D. Afastamento da Galiléia e Treinamento Especial dos Doze
1.
O
ambiente.
a.
Localidade:
Distritos por volta da Galiléia.
b.
Época
– desde a primavera de 29 d.C. até o outono de 29 ( 6 meses - conferir Jo 6: 4 – 7: 2 ).
-
Desde
a alimentação dos 5.000 até a última partida para Jerusalém.
-
Este
período começou um ano antes da crucificação.
2.
O
motivo para os afastamentos.
a.
Quis
evitar as astúcias de Herodes Antipas ( Mc 6: 14 – 29 ).
b.
Quis
se separar dos fanáticos que queriam faze – lo Rei ( Jo 6: 15 ).
c.
Quis
evitar a hostilidade dos líderes judaicos ( Mc. 7:1 – 23 ).
d.
Quis
instruir seus discípulos.
3. Os quatro afastamentos
a.
O
afastamento para o lado leste do mar da Galiléia ( Mc. 6: 32 – 52 ).
1)
Aí Ele alimentou os
5.000
( Jo 6 ).
2)
Provocou
um movimento popular de fazer Jesus Rei pela força ( J0 6:15 ).
3)
Voltou
para Cafarnaum, Jesus pronunciou o discurso sobre o Pão da Vida renunciando
assim o interesse num messianismo político.
4)
Em
conseqüência muitos deixaram de segui – lo ( Jo 6: 60 – 71 ).
b.
Afastamento
para a região de Tiro e Sidônia ( Mc 7:24 – 30 ).
1)
Ficou
assim fora do território de Herodes Antipas.
2)
Nesta
área Jesus curou o filho à mulher siro – fenícia.
c.
Afastamento
passando pelo norte da fenícia e depois sul para Decápolis ( Mc. 7: 31–8: 9 ).
1)
Nota
– se como Jesus evitou cuidadosamente o território de Herodes.
2)
Nesta
viagem Jesus alimentou os 4.000 na região de Decápolis ( Mc.8:1–9).
d.
Afastamento
passando pelo norte da fenícia e depois sul para Decápolis.
1)
Aqui
Pedro fez sua grande confissão ( Mc. 8: 27 – 38; Mt. 16: 13 – 20 ).
2)
Aqui
Jesus prediz Sua Morte.
3)
Aqui,
provavelmente no Monte Hermon perto de Cesaréia, Filipos Jesus foi
transfigurado ( Mc. 9:1 – 29 ).
4)
Depois
voltou para a galiléia ( Mc. 9: 30 – 50 ).
E.
O Ministério Posterior na Judéia.
1. O ambiente.
a.
Localidade:
Jerusalém e a região da Judéia.
b.
Época
– outono de 29 d.C. até dezembro de 29 d.C.
-
desde
a festa de Tabernáculos ( Jo 7:1 e 8: 59
) até a festa de Dedicação ( Jo
10: 22 – 39 ).
c.
somente
relatado por João e Lucas.
1) João relata o ministério em Jerusalém em
Judéia ( Lc 10: 1 e 13: 21 ).
2)
Lucas relata o ministério fora de Jerusalém em Judéia ( Lc. 10: 1 – 13: 21 ).
2. Eventos deste período
a.
Em
Jerusalém
1)
Ministério
durante a festa de Tabernáculos ( Jo 7: 11 – 52 ).
2)
Controvérsia
com os fariseus ( Jo 8: 12 – 58 ).
3)
Cura
do homem nascido cego ( Jo 9 ).
4)
Parábola
do Bom Pastor ( Jo: 1 – 21 )
b.
No
território de Judéia.
1)
A
missão dos 70 discípulos ( Lc 10: 1 – 24 ).
2)
Incidentes
e ensinamentos em Judéia ( Lc 10: 25 – 13: 21 ).
c.
Em
Jerusalém de novo: na festa de dedicação ( jo 10: 22 – 39 )
F. O ministério na Beréia
1. O ambiente
a.
Localidade
– a região além do Jordão governada por Herodes Antipas.
b.
Época
– desde a festa de Dedicação, dezembro de 29 d.C. até a última viagem para
Jerusalém, várias semanas antes da
última páscoa do ano 30.
c. Propósito – cobrir a Peréia da mesma
maneira que fez em Galiléia e Judéia deste modo completando a evangelização de
toda a Palestina.
d. Fontes – João nos dá um sumário ( Jo 10:40
– 42 ).
_
Lucas relata extensivamente este ministério ( 13: 22 - 19: 28 ).
2. OS MOVIMENTOS DE
JESUS DURANTE ESTE PERÍODO.
a.
Afastou
– se de Judéia para a Peréia onde
evangelizou ( Jo 10: 40 – 42 ).
b.
Daí
atendeu o pedido de Maria e Marta que voltasse até Betânia para ressuscitar a
Lázaro ( Jo 11: 1 – 46 ).
c.
Em
seguida afastou – se para o norte até Efraim ( Jo 11: 46 – 54 ).
d.
Sua
última viagem foi pela Samaria e Galiléia e novamente por Peréia até Betânia (
Lc. 17: 11 e 19: 27 e Jo 12 :1).
G. A Semana da Paixão
1. O AMBIENTE
a.
Localidade:
Betânia e Jerusalém.
b.
Época:
Domigo de entrega Triunfal até Domingo da Páscoa ( ano 30 d.C. )
2. OS EVENTOS DA SEMANA.
a.
A
entrada triunfal – Domingo ( Mc. 11: 1 – 11 ).
b.
A
Segunda purificação do Templo – Segunda-feira (Mc 11: 15 – 26 ).
c.
A
última controvérsia com os líderes judaicos – Terça-feira – o último dia do
ministério público de Jesus ( Mc 11: 27 –12: 40 ).
d.
O
discurso profético do Monte das Oliveiras ( Mt 24: 25 ) Terça-feira à
tardinha.O segundo ungimento dos pés de Jesus ( veja Lc. 7: 36 – 50 ) Terça-feira `a tardinha ( Mc 14: 3 – 9 ).
e.
Judas
faz seus planos com os judeus – Terça-feira à noite ( Mc 14: 10: 11 ).
f.
Um
dia de descanso em Betania – Quarta-feira.
g.
Preparos
para a páscoa – Quinta-feira à tarde ( Mc 14: 12 – 31).
h.
Jesus
é preso em Getsêmani ( Quinta-feira à noite Mc 14: 32 – 52 ).
i.
O
julgamento diante de Anás, sumo - sacerdote aposentado, madrugada de
Sexta-feira ( Jo 18: 12 – 13 ).
j.
O
julgamento diante de Caifás o sumo – sacerdote – madrugada de Sexta ( Mc. 14: 53 – 72 ).
k.
O
julgamento diante do Sinédrio – Sexta de manhã ( Lc. 22: 66 – 71 ).
l.
Primeiro
aparecimento diante de Pilatos – Sexta-feira de manhã ( Lc.23:1–5).
m.
Aparecimento
diante de Herodes Antipas – Sexta-feira de manhã (Lc.23:6–12 ).
n.
Segundo
aparecimento diante de Pilatos – Sexta-feira de manhã ( Lc.23: 13 – 25 ).
o.
Crucificação
– Sexta-feira entre 9 e 15 horas ( Mc 15: 16 – 41 ).
p.
Sepultamento
– Sexta-feira à tarde ( antes das 18 horas quando começava o Sábado ( Mc :15:
42 – 47 ).
q.
Um
dia no túmulo – Sábado
r.
Ressurreição
– Domingo de manhã, muito cedo ( Mc 16: 1 - 8 ).
H. Os aparecimentos após a ressurreição.
1. AMBIENTE.
a.
Localidades:
Jerusalém, Emaús, Galiléia e Betânia.
b.
Tempo:
40 dias entre a ressurreição e a ascensão, ano 30 d.C.
2.
Aparecimentos
do Cristo ressurreto.
a.
No
Domingo da páscoa.
1)
Maria
Madalena perto do túmulo ( Jo 20: 11 – 18 ).
2)
Outras
mulheres que voltavam do túmulo ( Mt 28: 8 – 10 ).
3)
Pedro
( Lc. 24: 34).
4)
Dois
discípulos a caminho de Emaús ( Lc. 24; 13 – 32 ).
5)
Aos
10 ( Tomé ausente ) em Jerusalém ( Jo 20: 19 – 25 ).
b.
Em
tempos posteriores.
1)
Aos
onze ( Tomé presente ) provavelmente em Jerusalém ( Jo 20: 26 – 29 ).
2)
Aos
sete discípulos no Mar da Galiléia ( Jo 21 ).
3)
Aos
500 irmão na Galiléia ( I Cor. 15:6 e Mt
28: 16 – 20 ).
4)
À
Tiago, irmão do Senhor ( I Cor. 15:7 ).
5)
Aos
onze em Jerusalém ( Lc. 24: 50 – 53 ) ocasião em que Jesus ascendeu.
OS ENSINAMENTOS DE CRISTO
I.
CRISTO COMO MESTRE
A.
Características do Seu
ensino.
1. SIMPLICIDADE.
a.
Tratou
de profundas verdades mas as apresentou em terminologia acessível ao povo
comum.
b.
Há
muitos casos em que Seu ensino não pode ser entendido sem ser crente – cf. as
parábolas de Mt 13.
2. INFORMALIDADE.
a.
Não
se encontra indicações que Cristo preparou lições ou discursos.
b.
Jesus
ensinou em toda e qualquer localidade ( cf. Mt. 5:1; Lc. 4: 16 – 27; Mc. 4:1 ).
c.
Houve
interrupções, perguntas e respostas.
d.
Em
todas as situações jesus ensinou naturalmente.
3. CONCRETO.
a.
Jesus
ensinou verdades abstratas usando exemplos concretos.
b.
Usou
de parábolas e ilustrações abundantes.
c.
Mesmo
no Sermão da Montanha princípios de conduta vêm sendo ilustrados com exemplos
concretos (cf. Mt. 5:13 – 16, 23, 29, 30, 38 – 42 etc. )
4. AUTORIDADE
a.
O
ensinamento dos escribas dependeu dos seus professores e tradições humanas.
b.
Jesus
ensinou com Sua própria autoridade ( Mc 1: 22 ).
5.
Progresso.
a.
Jesus
começou com verdades velhas e conduziu para verdades novas; progrediu do conhecido para o desconhecido (
Mt 5: 21 ).
b. Olhando para Seu ministério como um todo,
percebemos que Jesus desenvolveu Seu ensinamento numa maneira progressiva.
1) Primeiro notamos uma proclamação do
evangelho em termos semelhantes aos
de João Batista ( Mc 1: 14,15 ).
2) Daí encontramos um desenvolvimento
progressivo do conceito do Reino.
3)
Depois
encontramos uma revelação de Sua deidade.
4)
Logo
começa a ensinar os discípulos acerca de Sua morte ( Mt. 16: 21 )
5)
Em
último lugar trata de escatologia ( Mt 24: 25 ).
6.
Personalidade.
a.
Seu
ensinamento é sempre sustentado pela Sua pessoa e caráter.
b.
Ele
é sempre a personificação de Seu ensino.
c.
Ele
mesmo é a melhor prova de autenticidade.
7. FUNDAMENTAL.
a.
Percebe-se
esta realidade em comparação com as epístolas.
b.
Cristo
apresenta a verdade básica deixando o desenvolvimento para os escritores das
epístolas.
c.
Veja,
por exemplo, regeneração, a Igreja, justificação etc.
8. MÉTODOS PEDAGÓGICOS.
1.
Uso
de figuras de linguagem
a.
Símile
( Mt 23: 27 )
b.
Metáfora
( Mt 10: 6 )
c.
Hipérbole
( Mt 23: 24 )
d.
Paradoxo
( Lc 14: 11 )
2. Parábolas.
a.
Parábola
é um símile extenso.
b.
As
parábolas de Jesus usam muitas imagens ( Mt 13: 3 ).
c.
Serviram
para revelar a verdade para os indicados mas para encobrir a verdade para os
rebeldes.
d.
Deve
– se distinguir parábolas de alegorias.
3. Jesus usou de objetos concretos para descrever verdades
espirituais.
a.
Água
( Jo 4: 7 ss; 7: 37, 38 ).
b.
Uma
moeda ( Mc 12: 14 – 17 ).
c.
Pão
( Jo 6: 26, 27, 35 ).
4.
Usou
de perguntas.
a.
Para
provocar pensamento mais profundo ( Jo 3: 12 ).
b.
Para
atrair a atenção ( Mc. 4: 30 ).
c.
Para
incentivar convicção ( Jo 21: 15 – 17 ).
d.
Para
ganhar um ponto num debate ( Mt. 22: 42 ).
5.
Usou
ditados.
a.
Tais
ditados sumarizam a verdade.
b.
Servem
de auxiliar à memória.
c.
Cf.
Mt. 18: 3; 18: 11; 15: 11; 12; 33, 34; 10: 39.
6.
Usou
o Antigo Testamento.
a.
Era
terreno bem familiar para os ouvintes de Jesus.
b.
Jesus
utilizou o A.T. demonstrando que estava completamente familiar com seu
ensinamento; cf. Mt. 5: 17 s, 21, 27; Mc. 2: 25; 4: 12; Jo 10: 34.
II. O Tema Central do Ensino de Jesus.
A. Fica claro que esse tema foi o Reino de
Deus.
1.
Mateus
usa a expressão, “reino do céu.”
2.
Contrário
à opinião de alguns, o “reino de Deus” e o “reino dos céus” são sinônimos.
3.
O
termo “céus” substitui “Deus” para judeus piedosos que temiam blasfemar o nome
sagrado.
B.
Que o Reino de Deus seja o tema do ensino de Jesus se
verifica os seguintes fatos:
1. É o tema do ensino
primitivo de Cristo como também de Sua pregação. ( Mt 4: 17, 23; Mc. 1: 14, 15; Jo 3: 3, 5 ).
2.
É
um dos temas principais do Sermão da Montanha (Mt. 5:3,10,19, 20; 6:10, 33; 7:
21).
3.
É
a chave do ensinamento de Jesus nas parábolas de Mt. 13 ( cf vv 11, 19, 24, 31,
33, 38, 44 ).
4.
É
tema o tema de instrução dos discípulos ( Mt 13; 16: 19; 18: 3, 4, 23; Mc 9:
43; 22: 2 ).
5.
É
um dos temas principais das controvérsias que Jesus teve com os líderes
judaicos ( Mt.12: 28; 21: 31; 43; 22: 22; 23: 13 ).
6.
Aparece
no Julgamento de Jesus ( Jo 18: 36, 37 ).
7.
Foi
um dos temas de ensino depois da ressurreição ( At. 1: 3 ).
III. Um Sumário do Ensinamento de Jesus
Concernente ao Reino de Deus.
A.
Nos evangelhos há evidência que o Reino tem três
aspectos.
1.
Existe
o reino presente que é espiritual de natureza.
2.
No
futuro, haverá o reino material combinado com características dum reino social,
político e espiritual.
3.
Futuro
eterno.
B.
O presente reino espiritual.
1.
Cristo
proclamou um reino que estava chegando logo ( Mc. 1: 15; Lc 10: 9,11; Mt.12:28
).
a.
Era um
reinado divino que foi
apresentado aos homens como boas novas.
( Mt. 4: 23; Lc 8: 1 ).
b.
Foi
inicialmente proclamado por João Batista ( Mt 3: 2 ).
c.
Depois
foi a mensagem de Jesus. ( Mc. 1: 14, 15 ).
d.
Depois
Jesus entregou esta mensagem para Seus discípulos. ( Lc. 9: 1,2, 60; 10: 9, 11 ).
e.
Esta
proclamação deve continuar até a volta de Cristo. ( Mt.13: 3–8, 18, 19; Mt. 24:
14 ).
2.
Era
um reinado ao qual os homens podiam se aproximar.
a.
O
escriba por meio de sua compreensão espiritual aproximou – se do reino. ( Mc
12: 34 ).
b.
Os
homens entram presentemente no reino violentamente. ( Mt. 11: 12; Lc 16: 16 ).
3.
Era
um reino ao qual os homens eram chamados a se submeterem.
a.
Devem
se arrepender. ( Mt. 4: 17 )
b.
Devem
crer. ( Mc 1: 15 )
c.
Devem
ser regenerados ( Jo 3: 3, 5 )
d.
Devem
ser discípulos do reino ( Mt 13: 52 )
e.
Devem
dar lealdade total ( Lc 9: 60, 62 )
f.
Devem
demonstrar um alto nível de justiça ( Mt 5: 20 )
4.
Era
um reino que podia ser aberto ou fechado aos homens.
a.
Os
fariseus fecharam-no. ( Mt 23: 13 )
b.
Pedro
recebeu chaves para abri – lo. ( Mt 16: 19 )
5. Foi oferecido aos judeus e depois para os gentios.
a.
Veja
( Mt 21: 43; 22: 2 – 14 )
b.
Cf.
romanos 11 e a ilustração da oliveira.
6. E um reino que cresce e expande.
a.
O
grão de mostarda. ( Mt 13: 31, 32 )
b.
A
levedura. ( Mt 3: 33 )
c.
Crescimento
espontâneo. ( Mc 4: 26 – 29 ).
7.
Contém no sentido mais amplo, tanto
elementos genuínos e não genuínos. ( Mt 13: 24 , 38 – 42, 47 – 50 ).
8.
O reino começa com a
vinda de Cristo e continuará até o fim da época. ( Mt 13: 30, 39, 49 e 50 ).
9.
Os seus súditos devem
ser caracterizados por qualidades tais como:
a.
Justiça.
( Mt 5: 20 )
b.
Humildade
e docilidade ( Mt 18: 3, 4 )
c.
Pobreza
de espírito ( Mt 5: 3 )
d.
Prontidão
para sofrer perseguição por causa de Cristo. ( Mt 5: 10 )
e.
Amor
por outros. ( Mt 25: 34; Mt 5: 43 – 48 )
f.
Perdão
( Mt 18: 21 – 23 ss; Mt 6: 14, 15 )
C.
O Futuro Reino Visível.
1.
Neste
sentido o reino é ainda futuro. ( Mt 26: 29; Lc 22:
18; At. 1: 6, 7 )
2.
Terá
aspectos políticos. ( Mt 10: 28; 20: 21, 23; Lc 22, 29, 30; At. 1: 6, 7 )
3.
Terá
aspectos sociais. ( Mt 8: 11, 12 Lc 22: 16, 18, 30; Mt 26: 29 )
4.
Chegará
após certos sinais. ( Lc 21: 31 )
D. O Reino Futuro Eterno
1.
Este
seria o estágio final perfeito do Reino.
2.
Neste
sentido se identificam com a vida eterna
e o estado eterno final ( Mt 25: 34, 46 ).
IV. O ENSINAMENTO ÉTICO DE CRISTO NO SERMÃO DA MONTANHA.
A.
Introdução ( Mt 5: 1, 2 )
1.
Compare
Lc 6: 17 – 20.
2.
Segundo
Mateus o S/M foi endereçado principalmente aos discípulos, ainda que a multidão
se aproximou para escutar ( cf. Mt 7: 28
).
B.
O caráter do súdito do Reino ( Mt 5: 3 – 12 )
1 Descrição Galardão
a. Pobre em
espírito a.
Possui o reino
b. Choram ( cf Is 61:
2 ) b. Conforto ( cf
Is 40: 1, 2; Lc 2: 25)
c. São mansos c. Herdam a
terra
d. Têm fome e sede de
justiça d. Têm satisfação
espiritual
e. São
misericordiosos
e. Recebem misericórdia
f. Puros de
coração
f. Visão de Deus
g. Pacificadores g. Declarados filhos de Deus
h. Perseguidos h. Possuem
o reino e prêmio celestial
2. Notas gerais
acerca das bem aventuranças.
a.
Não
descreve oito pessoas diferentes, mas uma só.
b.
Não
se refere a um ideal futuro mas presente.
c.
Os
galardões são presentes e futuros sendo possuídos na totalidade após a vinda de
Cristo.
d.
Descrevem
a ética da “graça”.
1)
Não
são um ética que legalísticamente pode ser cumprida para alcançar favor divino
e ganhar entrada no céu.
2)
São
qualidades dadas aos que reconhecem sua carência destas qualidades e dependem
totalmente de Deus para receber Sua
graça.
3)
A
real prática desta ética se manifesta no Fruto do Espírito.( Gal. 5: 22, 23.)
C.
A influência do Reino. ( Mt 5: 13 – 16 ).
1.
Só
podem Ter sido endereçadas estas palavras à discípulos genuínos de Cristo.
2.
Jesus
explica aqui como o Reino como se estende.
3.
O
mesmo assunto se apresenta nas parábolas do grão de mostarda e da levedura. (
Mt. 13: 31 – 33 )
D.
A relação do reino a Lei ( Mt 5: 17 – 48 ).
1.
Uma
declaração positiva de Cristo a respeito ( 5: 17 – 19 )
a.
Jesus
veio para cumprir a Lei. ( 17 )
1)
Dando
a verdadeira interpretação da Lei.
2)
Guardando
perfeitamente a Lei.
3)
Morrendo
para cumprir as exigências justas da Lei.
b.
O
Reino não anula a Lei ( 19 )
c.
O
discípulo deve cumprir a essência da Lei ( Rm
8: 4 )
2. Uma série de
contrastes.
a.
O
principio geral. ( v. 20 )
b.
Concernente
a homicídio. ( 21 – 26 )
c.
Concernente
ao adultério. ( 27 – 30 )
d.
Concernente
ao divórcio. ( 31, 32 )
e.
Concernente
a juramento. ( 33 - 37 )
f.
Concernente
a vingança. ( 38 – 42 )
g.
Concernente
ao amor. ( 43 – 48 )
h.
Pela
interpretação padrão judaica nos casos acima, a interpretação foi exteriorizada
e tornada superficial.
i.
Jesus
restaura as leis para sua perspectiva a intenção divina original.
E.
O culto do Reino. ( Mt 6: 1 – 18 )
1.
Esmolas
( 6: 1 – 18 )
2.
Oração
( 6: 5 – 15 )
3.
Jejum
( 6: 16 – 18 )
4.
Nestas três
áreas de culto
prático, Jesus combate
a tendência natural
do homem de ser
hipócrita – demonstrando seu culto para ser bem visto.
5. Em contraste com as práticas comuns Jesus
apela para uma espiritualidade genuína, piedade interna, não externa.
F.
A Lealdade do Reino. ( Mt 6: 19 – 34 )
1.
Devoção
sem divisão e distração. ( 6: 19 – 24 )
2.
Preocupação
sem divisão e distração. ( 6: 25 – 34 )
a.
O
discípulo não se deve preocupar sobre necessidades materiais ( 25,31, 34)
b.
Deve
buscar em primeiro lugar o reino de Deus. ( v. 33 )
G.
Relações com outros membros do Reino. ( Mt 7: 1 – 6, 12 )
1.
O
princípio em geral ( 7: 1 )
2.
Ilustrações
do princípio. ( 7: 2 - 5 )
3.
Aviso
contra o extremo oposto. ( 7: 6 )
4.
Afirmação
geral da ética cristã.
H.
Oração. ( Mt 7: 7 – 11 )
H.1.Tríplice aplicação e apelo. ( Mt 7: 13 –
27 )
1.
A
chamada para entrar no reino ( 7: 13, 14 )
2.
A
chamada para discernimento. ( 7: 15 – 23 )
3.
A
chamada para praticar os padrões do reino. ( 7: 24 – 27 ).
J. Últimas palavras de conclusão. ( Mt 7: 28,
29 )
V. Parábolas Descrevendo a Natureza do Reino
Presente ( Mt 13 )
A.
Os
quatro solos. ( Mt 13: 3 – 9; 18 – 23 )
1.
Trata-se
da proclamação da mensagem do reino. ( V. 19 )
2.
Descreve
a variedade da recepção da mensagem durante esta época.
B.
O
Joio ( Mt 13: 24 – 30, 36 – 43 )
1.
Esta
parábola explica a mistura do genuíno crente com o não genuíno.
2.
Trata-se
da área de profissão de fé.
3.
Nota-se
que esta característica de mistura continuará até ao fim da época. ( V. 39 )
C.
A
semente que cresce sozinha. ( Mc 4: 26 – 29 )
1.
Jesus
explica a reação à mensagem do reino quando semeada em terra boa.
2.
Mostra
como o evangelho produz espontaneamente quando está misturado com fé.
D.
O
grão de mostarda. ( Mt 13: 31, 32 )
1.
Deparamos
com o crescimento do reino de um começo insignificante.
2.
A
ênfase cai sobre o aspecto externo do crescimento.
E.
O
fermento. ( Mt 13: 33 ).
A TRANSFIGURAÇÃO DE
CRISTO
Quando Deus veio à terra, na pessoa de Jesus, adotou uma
forma humana. Fisicamente, Jesus se parecia como qualquer outro homem. Ele teve
fome, sede, cansaço, etc. Sua divindade foi vista apenas indiretamente, em suas
ações e suas palavras. Mas, numa ocasião, a glória divina interior de Jesus
resplandeceu e se tornou visível. A história é contada em Mateus 17:1-8:
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos
irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi
transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas
vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e
Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui;
se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para
Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da
nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me compra-zo; a ele
ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo.
Aproximando-se deles, tocou- lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!
Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
A GLÓRIA DE CRISTO
A Bíblia revela um Deus unido, composto de três pessoas:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo. João 1:1-2 diz: "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Jesus estava com o
Pai desde o princípio, compartilhando de sua natureza divina. Então, Jesus
deixou o céu e veio à terra. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós,
cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do
Pai" (João 1:14). Fisicamente, Jesus tinha todas as características de um
homem; espiritualmente, ele compartilhava da natureza de Deus. Na
transfiguração, sua glória interna tornou-se visível externamente.
Temos que chegar a ver em Jesus a glória de Deus. Uma
razão por que Jesus se tornou um homem foi para manifestar a natureza de Deus.
Jesus é "o resplendor da glória" de Deus e "a expressão exata do
seu Ser" (Hebreus 1:3). Ele reflete perfeitamente a natureza e o caráter
de Deus. Quando olhamos para Jesus, podemos ver "a glória do Senhor"
(2 Coríntios 3:18 - 4:6). A conversa de Jesus com Filipe ilustra estes pontos:
"Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora
o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e
isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não
me tens conhecido? Quem vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não
crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo
não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas
obras" (João 14:7-10). Jesus é a revelação, a manifestação do Pai (João
1:18). Você já pensou no que Deus faria, diria ou pensaria se fosse um homem?
Olhe para Jesus. Tudo o que Jesus disse e fez foi exatamente o que o Pai diria
e faria se viesse à terra como um homem. Que pensamento espantoso: Deus se
revelou a nós em forma humana. O reconhecimento da glória do Pai, em Jesus,
torna o estudo da vida de Cristo uma experiência profundamente comovente.
A AUTORIDADE DE
CRISTO
As religiões são, freqüentemente, baseadas em
ensinamentos, filosofias, visões, etc. A religião de Cristo é baseada na
História. Pedro, um dos três que testemunharam a transfiguração, indicaram-na
como evidência de que o evangelho não era uma fábula ou lenda: "Porque não
vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo
fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da
sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando
pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando
estávamos com ele no monte santo" (2 Pedro 1:16-18). Este exemplo coloca
Jesus numa categoria totalmente diferente da dos líderes de outras religiões do
mundo. Qual deles foi transfigurado? A fé em Cristo não é um salto no escuro,
mas um passo razoável baseado em evidência histórica concreta.
Jesus está acima de tudo. Ele possui toda a autoridade no
céu e na terra (Mateus 28:18). Ele está "acima de todo o principado, e
potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no
presente século, mas também no vindouro" (Efésios 1:21). Jesus merece
nossa honra, respeito, adoração e obediência. O Cristo que é soberano sobre o
universo inteiro, deverá reinar também sobre minha vida.
Muitos há que reagem como Pedro. Quando viu Jesus, Moisés
e Elias, juntos na montanha, ele recomendou a construção de três tendas. Que
Pedro sugerisse três tendas já era admirável. Moisés era o grande legislador e
libertador do Velho Testamento. Elias estava entre os maiores dos profetas do
Velho Testamento, arrebatado da terra sem morrer. Quão maravilhoso estar na
presença deles! Podemos entender o desejo de Pedro de construir uma tenda para
Moisés e outra para Elias. Mas, por que três tendas? Ah, ele estava elevando
Jesus à mesma posição: Vamos dar para ele uma tenda também! Para Pedro, em
vista da sua herança judia, ter posto Jesus a par com os grandes Moisés e Elias
era algo admirável.
A resposta de Deus mostrou que não deveria haver três
tendas, nem duas, mas uma só. "Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo; a ele ouvi". Moisés desvaneceu. Elias desapareceu. Somente Jesus
permaneceu. Devemos construir somente uma tenda. Muitos constroem mais. Muitos
constroem tendas para Moisés e Elias, não reconhecendo que não estamos mais sob
a lei do Velho Testamento. Muitos constroem tendas para grandes líderes
religiosos: Buda, Kardec, Joseph Smith, Ellen G. White, Edir Macedo, etc.
Muitos levantam tendas para os pais, bem junto da tenda para Jesus. Outros
armam uma tenda para sua igreja ou tradição religiosa. Colossenses 2 diz,
vigorosamente, que toda a sabedoria, todo o conhecimento e a plenitude da
divindade estão em Cristo. Portanto, "Cuidado que ninguém vos venha a
enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens,
conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo" (v. 8). Temos que
aceitar nada mais, nada menos do que Cristo. Ele tem toda a autoridade no céu
como na terra.
A TRANSFIGURAÇÃO DOS
SEGUIDORES DE CRISTO
"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando,
como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em Glória,
na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Coríntios 3:18).
Temos que permitir que nossas vidas sejam transformadas pela glória de Cristo.
Deus quer que compartilhemos de sua natureza divina (2 Pedro 1:4), e que Cristo
habite em nós (Colossenses 1:26-28; Gálatas 4:19; Efésios 2:19-22). Paulo
escreveu: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive,
mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé
no filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gálatas
2:19-20). Imagine-se acordando uma noite, com Jesus ao lado de seu leito. Você
deixa seu corpo e Cristo entra nele. Agora, seu corpo ainda pareceria
exatamente o mesmo. Mas de agora em diante é Cristo quem realmente habita em
seu corpo. É claro que este evento não ocorrerá exatamente assim, mas seu
resultado tem que ser assim. Tenho que permitir que minha vida, minhas ações,
minhas palavras e até meus pensamentos sejam moldados como a imagem de Cristo.
Mas como podemos realizar esta transformação? Depois que
Moisés esteve na presença de Deus, sua face mostrou-se tão brilhante que ele
teve que cobrí-la com véu para que as pessoas pudessem olhar para ele. Paulo
usa isto como uma ilustração de nossa transfiguração por Cristo (2 Coríntios
3). Temos que olhar para Cristo e deixar sua imagem nos transformar. Esta
mudança ocorre através do conhecimento de Cristo (2 Pedro 1:2-8; Colossenses
1:26-28). Em nosso estudo das Escrituras, temos que olhar para Cristo e começar
a agir como ele agia, falar como ele falava e pensar como ele pensava. Temos
que chegar a conhecer Cristo tão intimamente (por meio das Escrituras) e
admirá-lo tão profundamente que o imitamos em cada pormenor. Muitas pessoas
religiosas acabam fazendo umas poucas mudanças externas e chamam a isso
cristianismo. Mas a glória de Cristo era interna. Temos, não somente, que
vestir uma máscara religiosa, mas temos que deixar a vida de Cristo renovar
nossas vidas de dentro para fora. Somente então Cristo terá terminado sua obra
em nossas vidas.
NOTICIA publicada no Jornal Italiano"La Republica" de grande
circulação na Europa – 31.05.1999 pagina 21
ROMA – Os evangelhos não possuem
apenas um valor teológico, mas ao narrar a paixão de Jesus, fornecem dados para
"um verdadeiro boletim médico" que nos permite de reconstruir em
termos clínicos, as últimas horas da vida de Cristo; é esta a tese que o
Professor Pierluigi Baima Bollone, diretor do Instituto de Medicina Legal da
Universidade de Torino –Itália, relata em seu último livro, "Os últimos
dias de Cristo" Em uma entrevista ao cotidiano "Avvenire", Baima
Bollone, explica de ter lido diversas vezes os relatos dos evangelhos, - em
especial o de Lucas, que havia conhecimento médico – para poder reconstruir os
sofrimentos de Jesus, que vai da noite escura no Jardim do Getsemani até Sua
morte na cruz, afirmando que "o estudo médico legal é completamente a
favor do relato bíblico e historia dos evangelhos". O especialista torinense
reconstruiu a ficha clinica de Jesus, que desde menino houve um
"desenvolvimento normal e harmônico", como demonstra as longas
viagens que fazia junto aos seus pais, e que ao retornar a Jerusalém, adulto,
"tinha uma boa saúde, mas estava um pouco magro", e de fato os
fariseus o confundiam como alguém que tivesse 50 anos. No horto do Getsemani,
afirma Prof. Baima Bollone, Jesus manifesta alguns dos 16 sintomas típicos da
"síndrome do pânico", que "não indica apenas um simples estado
de medo, mas um profundo resultado de vários sofrimentos". Ao suor,
junta-se o desejo de fugir, o medo de morrer, a queda por terra e a angustia,
que por fim, se transformam em suor de gotas de sangue, das quais falam os
evangelhos, tudo isto perfeitamente explicável pela medicina como um total
trabalho neurovegetativo. Portanto diante de Caifas, a reação de Jesus, quando
diz: "tu dizes" em resposta as perguntas do sumo sacerdote,
demonstra, segundo Baima Bollone, como o interrogado "sob forte stress,
tende a declarar a sua visão dos fatos, para reabilitar-se das falsas acusações
e recuperar o senso de auto estima". A este stress psicológico se somam às
torturas físicas: os extenuantes interrogatórios, as pancadas dos soldados, a
violência das 39 flagelações e o arrancar das vestes, que segundo o estudioso
italiano, "deve ter provocado o mesmo efeito de quando se arranca com
violência, um curativo de uma ferimento ainda aberto". Quanto a causa
final da morte de Jesus, Baima Bollone, pensa que tenha sido provavelmente
"asfixia, complicada por ataque cardíaco terminal, e trombose
coronária" ocorridas depois de poucas horas sobre a cruz, pois "Jesus
se encontrava fraco, devido as torturas recebidas". Todos estes dados são
perfeitamente compatíveis com o que se lê nos evangelhos.
Tradução do texto: Pastor Valmir
Farinelli (pastor e missionário em Siracusa - Itália)
Boletim Médico das últimas horas de
Jesus Cristo
Leia atentamente:
Relato aqui a descrição das dores de
Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet : dando a
possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão.
"Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em
companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia.
Posso portanto escrever sem presunção."
01.Jesus entrou em agonia no Getsemani
- escreve o evangelista Lucas – orava mais intensamente. "E seu suor
tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista
que relata o fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dum clínico. O
suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Se produz em
condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física,
acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção,
por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se
carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão
extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as
glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele,
e então escorre por todo o corpo até a terra.
02. Conhecemos a farsa do processo
preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate
entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação
de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do
pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são
fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente
estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de
microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o
sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se
esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de
náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no
alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
03. Depois o escárnio da coroação. Com
longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma
espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro
cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro
cabeludo).
04. Pilatos, depois de ter mostrado
aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado.
Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns
cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus
caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de
pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600
metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre
os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por
terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.
05. Sobre o Calvário tem início a
crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada
nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez
vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês
mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora vos
dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a
túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma
síncope?
O sangue começa a escorrer. Jesus é
deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com
uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos;
horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e
quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o
plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto
assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se
posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar
aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se
difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe
atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou
seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido
provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o
nervo tivesse sido cortado! Ao contrário
(constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte:
a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for
suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino
esticada sobre a cravelha. A cada
solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um
suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a
extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em
pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical.
Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical.
Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas
cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de
Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de
apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam
pontadas agudíssimas. Pregam-lhe os pés.
Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são
impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio
inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode
engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma
esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma
tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos
dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides,
os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido
de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os
médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do
abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os
do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice
dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido
pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e
enfim em cianítico. Jesus atingido pela
asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte
está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem
ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um
esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés.
Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os
músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os
pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar:
"Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de
novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele
na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos
pés, inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas
verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele
não pode enxotá-las. Pouco depois o céu
escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre:
de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que
está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede,
as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um
lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita:
"Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai,
nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre.
"Ele
fez tudo isso por amor a você! E você, o
que faz por ele?!?"
ASPECTOS MÉDICOS DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO
João 3:16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.
João 3:16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.
Compiled by David Terasaka, M.D. ©1996. All Rights
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Hebreus 12:2 - " Fitando os olhos em Jesus,
autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à
direita do trono de Deus."
Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu?
EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturarLatim : ex : sobre, por causa de / cruciar : cruz"por causa da cruz"
O tom dessa apresentação poderá ser melhor resumida dentro da
palavra "excruciar", (a raiz da palavra "cruciante") a qual se refere a
algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes em Latim da palavra
são :"ex", que significa por causa de ou sobre, e "cruciar", que
significa cruz. A palavra "excruciar" vem do Latim para "por causa de ,
ou sobre, a cruz".(Websters)
VISÃO GERAL
Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos
lugares em Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de
Jerusalém. Na última ceia, Ele disse aos discípulos que Seu corpo e Seu
sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26-29) Saindo Ele da
cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de
volta para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por
Anás, antigo sumo sacerdote, e Caifás, genro de Anás. Posteriormente,
Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi declarado culpado de blasfêmia ao
se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena de morte. Sendo
que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele
foi mandado a Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não
encontrando nada de errado, mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a
Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressão da multidão, então ordenou
que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente conduzido
para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário.
A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO
É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento
que Ele enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um
carpinteiro e viajando por toda a região durante Seu ministério requeria
que Ele estivesse em boas condições físicas. Antes da crucificação,
entretanto, Ele foi forçado a andar 4 quilômetros depois de uma noite
sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis
julgamentos, foi escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e
foi abandonado por seus amigos e seu Pai. (Edwards)
O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR
O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a
Ultima Ceia, onde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu
corpo e sangue seria dado.(Mateus. 26:17-29). Hoje em Jerusalém,
qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo ou Cenaculum (latim para sala de
jantar), um quarto que está construído sobre onde acredita-se ser o
local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção
da velha cidade.
GETSÊMANE: prensa de óleo
Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor
tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão.
"o Espirito de Deus....esmagado"
Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade onde passou algum
tempo em oração no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas
antigas árvores de oliva, algumas delas podem ter crescido das raízes
das árvores que estavam presentes na época de Jesus. (Todas as árvores
em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos conquistaram a
cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e
viver por milhares de anos.) O nome "Getsêmane", vem do Hebreu Gat
Shmanim, significa "prensa de óleo" (Kollek). Desde que "óleo" é usado
na Bíblia para simbolizar o Espirito Santo, pode-se dizer então que o jardim é onde "o Espirito de Deus foi esmagado". (Missler). Era aqui que Jesus agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que este é o único lugar na Bíblia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra "agonia" é mencionada. (Strong's Concordance) A palavra Grega para agonia significa "empenhado em combate"
(Pink) Jesus agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que
Ele está ao ponto de morrer (Marcos14:34 ). Contudo Ele orava, "Não se faça a minha vontade, mas a tua."
De importância medica, é que Lucas menciona: Ele tendo suado sangue. O termo médico para isto, "hemohidrosis" ou "hematidrosis" tem sido visto em pacientes que experimentaram, extremo stress ou choque nos seus sistemas.
(Edwards) Os capilares em volta dos poros suados tornam-se frágeis e
começam a pingar sangue no suor. Um caso na história é descrito em que
uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira guerra mundial,
desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na
casa vizinha a dela. (Scott) Outro relatório menciona uma freira que, ao
estar ameaçada de morte pelas espadas dos soldados inimigos, "estava
tão aterrorizada que ela sangrava por toda parte do seu corpo e morreu
de hemorragia na presença de seus atacantes."(Grafenberg) Em memorial ao
sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em Getsêmane é conhecida
como a Igreja da Agonia. (também chamada de Igreja das Nações porque
muitas nações doaram dinheiro para sua construção).(Kollek)
ABANDONADO PELOS HOMENS
Mateus 26:56b: "Então todos os discípulos, deixando-o fugiram."
Salmos 22:11: "Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda."
Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos
Judeus. Todos os seus discípulos o abandonaram, até mesmo ao custo de
ter que correr nu (Marcos 14:51-52). Ele é preso (João 18:12) então
levado de volta para a cidade e para corte do Sumo Sacerdote, onde é
localizada perto do Cenáculo.
ASPECTOS ILEGAIS DO JULGAMENTO DE JESUS
A seguir estão alguns dos aspectos ilegais do julgamento de Jesus: Os julgamentos poderiam ocorrer somente nos lugares de reunião regular
do Sinédrio (não no palácio do Sumo Sacerdote) Os julgamentos não podiam
ocorrer na véspera do Sabat ou de Festas e nem a noite .Uma sentença de
"culpado" somente poderia ser pronunciada no dia seguinte ao julgamento
A INTRODUÇÃO DAS TESTEMUNHAS
Deut 19:15: "Uma só testemunha não se levantará contra alguém por
qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado
cometido; pela boca de duas ou de três testemunhas se estabelecerá o
fato."
Deut 17:6: "Pela boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; pela boca duma só testemunha não morrerá."
Marcos 14:56: "Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos não concordavam."
Enquanto na corte do Sumo Sacerdote, Ele foi questionado por Anás (João
18:13) e golpeado por um soldado (João 18: 22). Ele foi trazido então a
Caifás e ao Sinédrio, que procuravam por Jesus à morte pelo testemunho
falso de muitas testemunhas. As testemunhas trazidas contra Ele não
concordavam. Pela lei, ninguém poderia ser posto a morte sem a
concordância de duas ou três testemunhas nos seus testemunhos. Embora as
testemunhas não concordassem, Ele foi considerado culpado de blasfêmia
quando Ele lhes disse de Sua identidade como Filho de Deus. Ele foi
sentenciado a morte. Jesus sofreu escarnecimento dos guardas do palácio,
que cuspiram nEle, bateram nEle e esbofetearam Sua cara. (Marcos
14:65.) Durante o julgamento, Pedro nega-lhe três vezes. Os
procedimentos do julgamento de Jesus violaram muitas das leis da Sua
sociedade. Entre algumas das outras leis violadas estão: (Bucklin)
1.Nenhuma aprisionamento poderia ser feito a noite.
2.A hora e a data do julgamento eram ilegais porque ocorreu a noite e na
véspera do Sabat. Neste momento impossibilitando alguma chance para o
requerimento da suspensão da pena no dia seguinte ao evento da
condenação.
3.O Sinédrio era sem autoridade para incitar acusações. Era somente
suposto para investigar acusações trazidas perante ele. No julgamento de
Jesus, a própria corte formulou as acusações.
4.As acusações contra Jesus foram mudadas durante o julgamento. Ele foi
inicialmente acusado de blasfêmia baseado na sua declaração de que
poderia destruir e reconstruir o Templo de Deus dentro de três dias, e
também de ser Filho de Deus. Quando Ele foi trazido perante Pilatos, a acusação era que Jesus era um Rei e não defendia o pagamento de impostos aos Romanos.
5.Como indicado acima, a exigência de duas testemunhas de acordo para condenar a pena de morte não foi cumprida..
6.A corte não se reuniu no regular local de reuniões do Sinédrio, como é requerido pela lei Judia.
7.A Cristo não foi permitido uma defesa. Pela a lei judia, deveria ter
ocorrido uma busca exaustiva nos fatos apresentados pelas testemunhas.
8.O Sinédrio pronunciou a sentença de morte. Pela a lei, ao Sinédrio não
era permitido condenar e colocar a pena de morte em efetivo. (João
18:31)
Hoje, se pode visitar o palácio do Sumo Sacerdote. onde se pode estar no
meio das ruínas do pátio. E está disponível um modelo das estruturas do
palácio no tempo de Jesus.
VEREDICTO DE PILATOS
Marcos 15:15 - "Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão,
soltou-lhe Barrabás; e tendo mandado açoitar a Jesus, o entregou para
ser crucificado."
O Sinédrio reuniu-se cedo na manhã seguinte e sentenciou-O a morte.(
Mateus 27:1) Jesus foi levado perante a Pilatos, porque aos judeus não
era dado como aos romanos o direito de realizar execuções. A acusação
foi agora mudada para a alegação que Jesus reivindicava ser Rei e
proibia a nação de pagar impostos a César. (Lucas 23:5 ) Apesar de todas
as acusações, Pilatos não encontrou nada errado. Ele mandou Jesus a
Herodes. Jesus ficou calado perante Herodes, exceto para afirmar que Ele
é o Rei dos Judeus. Herodes mandou-O de volta a Pilatos. Pilatos é
incapaz de convencer a multidão da inocência de Jesus e ordena Jesus a
ser posto a morte. lgumas fontes indicam que era lei romana, que um
criminoso que estava para ser crucificado teria que primeiro ser
chicoteado.(McDowell) Outros acreditam que Jesus foi primeiramente
chicoteado por Pilatos na esperança de livra-lo através de uma punição
mais leve.(Davis).
Apesar do seu esforços, os Judeus permitiram que Barrabás fosse
liberado e exigiram que Jesus fosse crucificado, ainda gritando que, "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" ( Mateus 27:25 ) Pilatos entrega Jesus para ser chicoteado e crucificado.
É neste momento que Jesus sofre um violento espancamento físico.
(Edwards) Durante as chicotadas, a vitima era amarrada a um poste,
deixando suas costas inteiramente exposta. Os Romanos usavam um chicote,
chamado flagrum ou flagellum o qual consiste em pequenas partes de osso e metal unidos a vários cordões de couro. O número de chicotadas não é registrado nos evangelhos. O número de golpes na lei judia foi estabelecido em Deuteronômio 25:3 em quarenta, mas mais tarde reduzido a 39 para prevenir golpes excessivos por um erro de contagem. (Holmans). A vítima frequentemente morria por causa do espancamento. (39 golpes acreditava-se trazer o criminoso a " um da morte".)
A lei romana não colocava nenhum limite sobre o número de golpes a se
dar. (McDowell) Durante as chicotadas, a pele era arrancada das costas,
expondo uma massa ensanguentada de músculo e osso ( "hambúrguer " :
Metherall). Ocorria extrema perda de sangue pelo espancamento,
enfraquecendo a vítima ,as vezes, ao ponto de ficar inconsciente.
SOLDADOS ROMANOS ESCARNECEM E BATEM EM JESUS
Mateus 27:28-30 (Os soldados) despiram-No e colocaram-No um
manto escarlate então trançaram uma coroa de espinhos e fixaram em sua
cabeça. Eles colocaram uma cajado na Sua mão direita e ajoelharam-se na
sua frente e o escarnecia dizendo: "Salve, rei dos judeus!". Eles
cuspiram nEle, e pegaram o cajado e golpearam-O na cabeça várias vezes.
Jesus foi então espancado pelos soldados romanos. No escarnecimento,
eles vestiram-No no que era provavelmente a capa de um oficial romano, o
qual era de cor roxo escuro ou escarlate. (Bíblia Amplificada) Ele
também usava a coroa de espinhos. Ao contrário da coroa tradicional a
qual é descrita por um anel aberto, a verdadeira coroa de espinhos pode
ter coberto o escalpo inteiro.(Lumpkin) Os espinhos podem ter tido 2.54 a
5.08 centímetros de comprimento. Os evangelhos indicam que os soldados
romanos continuamente bateram na cabeça de Jesus. Os golpes dirigiram os
espinhos para dentro do escalpo (uma das áreas mais vascular do corpo) e na testa, causando sangramento severo.
A COROA DE ESPINHOS E O MANTO
Gênesis 3:17b-18: "Maldita é a terra por tua causa; em fadiga
comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e
abrolhos; e comerás das ervas do campo. "Isaías
1:18 "Vinde, pois, e arrazoemos," diz o SENHOR. "Ainda que os vossos
pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve;
ainda que são vermelho como o carmesim, tornar-se-ão como lã." O
significado do manto escarlate e a coroa de espinhos é para enfatizar
Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bíblia descreve o
pecado pela cor escarlata (Isaías 1:18) e aqueles espinhos que
apareceram logo depois da queda do homem, como um sinal da maldição.
Assim, os artigos que Ele usou são símbolos para mostrar que Jesus tomou
os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo. Não é claro se Ele
usou a coroa de espinhos na cruz. Mateus descreve que os romanos
removeram Suas roupas depois do espancamento, e então colocaram Suas
próprias roupas de novo nEle. (Mateus 27:31)
A SEVERIDADE DO ESPANCAMENTO
Isaías 50:6: "Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as
minhas faces aos que me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos
que me afrontavam e me cuspiam."
Isaías 52:14: "..... Como pasmaram muitos à vista dele -- pois o
seu aspecto estava tão desfigurado que não era o de um homem, e a sua
figura não era a dos filhos dos homens --"
A severidade do espancamento não é detalhada nos evangelhos. Entretanto ,
no livro de Isaías, ele sugere que os romanos arrancaram Sua
barba.(Isaías 50:8 ) Também é mencionado que Jesus foi espancado tão
severamente que seu aspecto não parecia como "a dos filhos dos homens" e
como uma pessoa. "O seu aspecto estava tão desfigurado que não era o
de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens." As pessoa ficavam horrorizadas ao olhar para Ele (Isaías 52:13).
Seu desfiguramento talvez possa explicar porque Ele não foi reconhecido
facilmente em Suas aparições pós ressurreição.(Missler) Hoje, se pode
visitar o local conhecido como Lithostrotos, aonde acredita-se
ser o chão da Fortaleza de Antônio.(todavia recente escavações talvez
ponha em dúvida esta teoria (Gonen)) O chão está marcado para jogos uma
vez jogados por soldados romanos.
Do espancamento, Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa,
para ser crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em
595 metros. (Edwards). Uma rua estreita de pedra, era provavelmente
cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi conduzido através das
ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz
(chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal
provavelmente pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda
dos soldados romanos, o qual carregava uma placa que anunciava Seu
crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em Latim e em Grego. No
caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que Ele
talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio.
Uma queda com o pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado
uma contusão do coração, predispondo Seu coração a ruptura na cruz.
(Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da África (Tripoli)), que
aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar.
Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi
conduzido a Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a
verdadeira localização da Via Dolorosa é disputada. Muita da tradição a
respeito do que aconteceu a Jesus é encontrada na Via Dolorosa hoje em
dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram e 9 igrejas no caminho
hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. (Magi)
Hoje em dia, há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que
foram usadas durante a época de Jesus.
SOFRIMENTO NA CRUZ
Salmo 22:16-17: " Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores
me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus
ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me."
O evento da crucificação é profetizado em diversos lugares por todo o
Velho Testamento. Um dos mais impressionantes é narrado em Isaías 52:13,
onde ele diz que, "Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime." Em João 3 , Jesus fala sobre o cumprimento dessa profecia quando Ele diz, "E
como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho
do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna."
Ele refere aos eventos narrado em Números 21:6-9 . O Senhor tinha
mandado uma praga de serpentes impetuosas no povo de Israel e morderam o
povo de modo que muitas pessoas morreram. Depois que o povo confessou
seus pecados a Moisés, o Senhor perdoou eles tendo feito uma serpente de
bronze. O bronze é um símbolo do julgamento e a serpente é um símbolo
da maldição. Quem quer que fosse mordido por uma serpente e então
olhasse a serpente de bronze, era salvo da morte. Estes versos são
profecias que apontam a crucificação, em que Jesus seria (levantado) na
cruz para julgamento do pecado, para que todo aquele que nele crê não
pereça, (a morte eterna) mas tenha a vida eterna. II Cor 5 :21 Amplifica
este ponto, nisso "Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus."(Pink)
É interessante que o símbolo de Aesculapius que é o símbolo da
profissão médica hoje em dia, teve suas raízes da fabricação da serpente
de bronze.(Metherall) Certamente, Jesus é quem cura a todos! Jesus é
conduzido ao lugar da caveira (Latim: Calvário, Aramaico: Golgota) para
ser crucificado. A atual localização do Calvário está também em disputa.
No fim da Via Dolorosa, há uma "T bifurcação ". Se virarmos a esquerda,
nós iremos a Basílica do Santo Sepulcro. Se virarmos para direita, nós
iremos ao Calvário de Gordon. A Basílica do Santo Sepulcro tem se
acreditado por muito tempo ser o local tradicional da crucificação.
Calvário de Gordon possivelmente tem uma razão profética para ser o
lugar da crucificação. Em Gênesis 22, Abraão é testado por Deus para
sacrificar Isaque no topo da montanha. Percebendo que ele estava agindo
fora da profecia, que "Deus proverá para si o Cordeiro", Abraão chama o
lugar do evento de "Jeová-Jiré", "No monte do senhor se proverá." Se nós
pegarmos isso como evento profético da morte de Jesus, então Jesus
morreu no terreno mais elevado de Jerusalém. Calvário de Gordon é o
ponto mais elevado de Jerusalém, 777 metros acima do nível do mar.
(Missler: Map from Israel tour book) Hoje em dia, no Calvário de Gordon,
as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão ao local a
aparência de uma caveira.
Jesus foi então crucificado. Crucificação era uma prática que se
originou com os Persas e foi mais tarde passado para os Carthaginians e
os fenícios. Os romanos aperfeiçoaram como um método de execução o qual
causava máxima dor e sofrimento em um período de tempo. Aos crucificados
incluíam escravos, provincianos e os tipos mais baixos de criminosos.
Cidadãos romanos, exceto talvez para soldados que desertavam, não eram
sujeitados a esse tratamento. (McDowell)
O local da crucificação "era escolhido propositadamente para ser fora
dos muros da cidade porque a Lei proibia tais de ser dentro dos muros da
cidade… por razões sanitárias... o corpo crucificado era as vezes
deixado para apodrecer na cruz e servir como uma desonra, um convincente
aviso e dissuasivo para os que ali passavam." (Johnson) Às vezes, o
subordinado era comido quando vivo e ainda na cruz por bestas selvagens.
(Lipsius)
O Procedimento da crucificação pode ser resumido conforme o seguinte. O
patibulum era colocado sobre a terra e a vitima colocada em cima dele.
Os pregos, com aproximadamente 18 centímetros de comprimento e com 1 cm
de diâmetro eram cravados nos pulsos. Os pregos entrariam na proximidade
do nervo mediano, causando que choques de dor fosse irradiado por todo o
braço. Era possível colocar os pregos entre os ossos de modo que
nenhuma fratura (ou ossos quebrados) ocorressem. Estudos tem mostrado
que os pregos provavelmente estiveram cravados através dos ossos
pequenos do pulso, desde que pregos na palma da mão não suportariam o
peso de um corpo. Em terminologia antiga, o pulso era considerado ser
parte da mão. (Davis) Posicionado no local da crucificação estariam
postes em pé, tendo aproximadamente 2.15 metros de altura.(Edwards) No
centro dos postes estava um ordinário assento, chamado sedile ou
sedulum, no qual servia como suporte para a vítima. O patibulum era
então levantado sobre os postes. Os pés eram então pregados aos postes.
Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados
lateralmente, deixando numa posição muito desconfortável. O titulo era
pendurado sobre a cabeça da vitima.
Havia diversos tipos diferentes de cruzes usadas nas crucificações. Na
época de Jesus, era mais provável que a cruz usada fosse no formato de T
(ou "tau" cruz,), não a popular cruz no formato t a qual é aceita nos
dias de hoje.(Lumpkin)
SOFRIMENTO FÍSICO NA CRUZ
Salmos 22:14-15: "Como água me derramei, e todos os meus ossos se
desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das
minhas entranhas. A minha força secou-se como um caco e a língua se me
pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte."
Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de
severa hipovolemia pela perda de sangue. Os versos acima descrevem Seu
estado desidratado e a perda de Sua força.
Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma tremenda tensão posta
sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos
ombros e juntas dos cotovelos.(Metherall) Os braços, sendo preso para
cima e para fora, prendendo a caixa torácica numa fixa posição final
inspiratória na qual dificulta extremamente o exalar, e impossibilitava
ter completa inspiração do ar. A vítima poderia apenas ter pequenas
respiradas.(Isto talvez explique o porque Jesus fez pequenas declarações
enquanto estava na cruz). Enquanto o tempo passava, os músculos, pela
perda de sangue, falta de oxigênio e posição fixa do corpo, passariam
por severas cãibras e contrações espasmódicas.
ABANDONADO POR DEUS -- MORTE ESPIRITUAL
Mateus 27:46: "Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz,
dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste?"
Com o pecado do mundo sobre Ele, Jesus sofreu a morte espiritual (separação do Pai).Isaías 59:2 diz que o pecado causa separação de Deus, e que Ele esconde Sua face de vós de modo que Ele não ouça.
O Pai teve que virar a face de Seu Filho Amado quando estava na cruz.
Pela primeira vez, Jesus não dirige a Deus como Seu Pai.(Courson)
MORTE POR CRUCIFICAÇÃO:
Respiração superficial causando colapso em pequenas áreas do pulmão.
Diminuição do oxigênio e aumento de gás carbônico causando acidez nos tecidos.
Líquido formado nos pulmões. Piorando a situação citada na 2ª etapa.
O coração é estressado e eventualmente para.
O lento processo do sofrimento e consequência da morte durante a crucificação pode ser sumariado como segue:
"... aparentemente parece que o mecanismo da morte na crucificação
era asfixia. A corrente de eventos no qual conduziram finalmente a
asfixia são as seguintes: Com o peso do corpo que está sendo suportado
pelo sedulum, os braços eram puxados para cima. Causando o intercostal e
o músculo peitoral a ser esticado. Além disso, o movimento
destes músculos era oposto pelo peso do corpo. Com os músculos
respiratórios esticados assim, a respiração torna-se relativamente fixa.
Enquanto dispnea desenvolve e dor nos pulsos e braços aumentam, a
vítima era forçada a levantar o corpo do sedulum, transferindo desse
modo o peso do corpo aos pés. A respiração tornam-se mais fácil, mas com
o peso do corpo sendo exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas
aumentava. Quando a dor se tornava insuportável, a vítima repentinamente
abaixava outra vez para o sedulum com o peso do corpo puxando os pulsos
e outra vez esticando os músculos intercostal. Dessa maneira, a vítima
alterna entre levantar seu corpo do sedulum a fim de respirar e
repentinamente abaixando no sedulum para aliviar a dor nos pés.
Eventualmente, ele torna-se esgotado ou fica inconsciente de modo que
não poderia mais levantar seu corpo do sedulum. Nesta posição, com os
músculos respiratórios essencialmente paralisados, a vitima sufocava e
morria.(DePasquale and Burch)
Devido a defeituosa respiração, os pulmões da vitima começavam a ter colapsos em pequenas áreas causando hipoxia e hipercarbia.
Uma acidez respiratória, com a falta de compensação pelos rins devido a
perda de sangue decorrentes das numerosas surras, resultou em um
aumento da pressão cardíaca, que bate mais rápido para compensar.
Acumulam líquidos nos pulmões. Sob o stress da hipoxia e acides o
coração eventualmente falha. Há diversas teorias diferentes na real
causa da morte. Uma teoria declara que houve um enchimento do pericárdio
com liquido, que pôs uma pressão fatal na habilidade do coração de
bombear sangue (Lumpkin). Uma outra teoria declara que Jesus morreu de
ruptura cardíaca." (Bergsma) A real causa da morte de Jesus ,
entretanto, " pode ter sido por múltiplos fatores e relacionado
primeiramente a choques hipovolemicos, exaustante asfixia e
talvez aguda falha cardíaca. " (Edwards) Uma fatal arritmia cardíaca
pode ter causado o evento terminal. (Johnson, Edwards)
UMA ÚLTIMA BEBIDA DO VINAGRE
João 19:29-30:
"Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de
hissopo uma esponja ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca. Então
Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: Está consumado. E,
inclinando a cabeça, entregou o espirito.
Tendo sofrido severa perda de sangue de suas numerosos espancamentos e
desta forma em um estado desidratado, Jesus, em uma das suas últimas
declarações, diz "Tenho sede." Foi 2 vezes oferecido bebida a Ele na
cruz. A primeira, na qual Ele recusou, era vinho drogado (misturado com
mirra). Ele escolheu enfrentar a morte sem uma mente turvada. Edersheim
escreve:
"Era uma prática de misericórdia Judaica dar aqueles conduzidos a
execução uma poção de um forte vinho misturado com mirra para entorpecer
a consciência" (Mass Sem 2.9; Bemid. R. 10). Esta função caritativa era
realizada à custa de, se não por, uma associação de mulheres em
Jerusalém (Sanh. 43a). A poção foi oferecido a Jesus quando Ele alcançou
Gólgota. Mas tendo provado....Ele não beberia....Ele encontraria com a
Morte, mesmo no seu mais severo e violento modo, e conquistar
submetendo-se ao todo....(p.880).
A segunda bebida, a qual Ele aceita momentos antes da Sua morte, é
descrita como um vinagre de vinho. É importante notar dois pontos. A
bebida foi dada em "cana da planta de hissopo". Lembre-se que estes eventos ocorreram na festa da Páscoa. Durante esta festa, (Êxodo 12:22) hissopo foi usado para aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa nos umbrais de madeira dos judeus.
É interessante o final desta cana de hissopo apontando para o sangue do
cordeiro perfeito o qual era aplicado na cruz de madeira para salvação
de toda a humanidade. (Barclay) Em adicional, o vinagre é um produto da
fermentação, o qual é feito de suco de uva e fermento. A palavra
literalmente significa "aquilo o qual é azedado" e é relacionado
com o termo em Hebreu para "aquilo o qual é levedado". (Holmans)
Fermento ou levedo, é um símbolo Bíblico do pecado. Quando Jesus
tomou esta bebida, (i.e. a bebida no qual era "levedada") assim sendo
simbólico Dele tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo.
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