UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO
DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Enquanto começamos nossos estudos sobre a
pessoa e a obra do Espírito Santo, é importante que tenhamos atitudes
apropriadas. Se realmente aproveitamos o estudo da Palavra de Deus lembremo-nos
de:
1. Orar para que o Espírito Santo nos ensine.
João 14:26; I Coríntios 2:11-13.
2. Submeter-nos às Escrituras como a nossa
única regra de fé e prática. Especialmente no estudo da obra do Espírito Santo
aonde muitos têm feito de sua própria experiência a autoridade final. Outros
afirmam, em nome do Espírito Santo de Deus, terem recebido revelações
extra-Bíblicas. II Timóteo 3:16-17, Isaías 8:19-20; Mateus 15:9.
3. Crer que Deus deseja que compreendamos as
doutrinas da Sua Palavra. A existência de ensinamentos contraditórios entre
vários grupos religiosos nunca deve ser vista de forma que alguém possa dizer
que a Bíblia é por demais obscura para que seja interpretada com exatidão. O
Nosso Salvador prometeu-nos que o Espírito nos guiará em toda a verdade. II
Timóteo 2:15; Atos 17:11-12; João 16:13.
4. Relembrar-nos de começar o estudo da
Palavra de Deus com humildade. A Bíblia não contém tudo o que queremos, mas
tudo o que devemos saber. Há verdades reveladas (por exemplo o
inter-relacionamento da Trindade), as quais devem ser cridas, mesmo que não
possam ser entendidas, completamente, pelo homem mortal. Deuteronômio 29:29; Jó
11:7; II Pedro 3:15-16.
5. Desejar crescer espiritualmente, enquanto
aprendemos. O conhecimento, sozinho, apenas produzirá orgulho. É triste pensar
que alguns possam estudar sobre o Espírito Santo, e, no entanto, não estão
cheios do Espírito Santo e as suas vidas não produzem os frutos do Espírito. I
Pedro 2:2; I Coríntios 8:1; Tiago 1:22.
I. O OBJETIVO DO NOSSO ESTUDO
O objetivo do nosso estudo é a terceira
pessoa do Deus Trino. Pode ser útil se começarmos vendo os títulos atribuídos a
esta Pessoa Divina. A. O Espírito - Romanos 8:23
A palavra "espírito" é a tradução,
no Velho Testamento, da palavra Hebraica ruach e, no Novo Testamento, da
palavra Grega pneuma. Estas palavras também são traduzidas como
"vento" (Salmos 1:4; João 3:8). Estas palavras podem referir-se
também ao espírito humano (I Tessalonicenses 5:23), aos anjos (Hebreus 1:7), ou
a natureza de Deus (João 4:24). A idéia central é a do poder invisível. O
Espírito Santo, todavia, é uma Pessoa Divina e nunca deve ser visto como um
espírito criado (que nega a sua divindade) ou, como a mera presença ou poder de
Deus (que nega a sua personalidade).
B. O Espírito Santo - Lucas 11:13
Ele é chamado Espírito Santo porquê:
1. A Sua natureza é eterna e essencialmente
santa.
2. Ele é o autor de toda a santidade no
homem.
C. O Consolador - João 14:16
D. Títulos que revelam o Seu relacionamento
com o Pai: Espírito de Deus (Mateus 3:16), Espírito do Senhor (Lucas 4:18),
Espírito do SENHOR (Jeová, Juízes 3:10) e Espírito do vosso Pai (Mateus 10:20).
E. Títulos que revelam o Seu relacionamento
com o Filho: Espírito de Cristo (Romanos 8:9), Espírito de Jesus Cristo
(Filipenses 1:19) e Espírito de Seu Filho (Gálatas 4:6).
F. Títulos que revelam os Seus atributos:
Espírito eterno (Hebreus 9:14), Espírito de santificação (Romanos 1:4) e os
Sete Espíritos (Apocalipse 3:1). [Isto mostra a Sua perfeição].
G. Títulos que revelam a Sua obra: Espírito
da verdade (João 14:17), Espírito de vida (Romanos 8:2), Espírito de graça
(Hebreus 10:29) e Espírito de adoção (Romanos 8:15).
Há, aproximadamente, cinqüenta títulos
atribuídos ao Espírito Santo na Bíblia e cada um deles nos revela um aspecto da
Sua pessoa ou obra.
II. A IMPORTÂNCIA DO NOSSO ESTUDO
O estudo do Espírito Santo de Deus é
importante devido a Quem Ele é, o que Ele fez e ainda fará.
A. Sua Pessoa - O Espírito Santo é Deus e
aquilo que se conhece verdadeiramente de Deus é o alicerce da religião.
B. Sua Obra - Enquanto o mundo parece somente
associar o Espírito Santo ao fanatismo religioso, Ele se mantém ativo em todas
as áreas da vida. Ele é o Criador, também trabalha na providência, na natureza,
na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Ele
inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos
entendê-la.
Sua vinda ao mundo era tão necessária para a
nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito nossa religião é vazia
e não temos prova de nossa salvação (Romanos 8:9). O Espírito Santo nos dá vida
física, espiritual e ressurrecta (Jó 33:4; João 3:5; Romanos 8:11) O Espírito
Santo é o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gálatas
5:19-22).
Conclusão
Como é precioso o Espírito de Deus para o
Cristão.
Podemos dizer, como os autores do Credo
Niceno, "Eu creio no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, Quem
procedeu do pai e do Filho, Quem, conjuntamente, com o Pai e o Filho é adorado
e glorificado."
A
DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Estudando a divindade do Espírito Santo
encontramos uma tendência moderna que procura minimizar a importância das
doutrinas. Em nenhum lugar essa apatia em relação as doutrinas é tão perigosa,
a não ser quando tem em vista o conhecimento de Deus. Errar em relação à
doutrina acerca de qualquer Pessoa de Deus é o mesmo que perverter a doutrina
da Trindade, perdendo assim a pureza do real conhecimento que é proveniente do
Deus verdadeiro. Não há salvação ou serviço quando não existe um conhecimento
puro a respeito da Pessoa de Deus (Jer 9:23,24; João 17:3; Daniel 11:32; Oséias
6:6).
Estudar a pessoa de Deus é a atividade de
maior proveito na qual o Seu povo pode se ocupar (Fil 3:8). Nada mais expande a
nossa mente enquanto nos humilha. Quando aprendemos de Deus fica fortalecida a
nossa comunhão com Ele e nossos corações ficam tranqüilizam-se (Jó 22:21).
Sabendo que temos o Espírito Santo habitando em nós recebemos gozo e confiança
de Deus. Estas verdades devem animar a nossa fé ( I João 4:4) e provocar
repúdio do pecado (I Cor 6:18,19). Que Deus use essa lição para confirmar essa
grande verdade da divindade do Espírito Santo.
I A TRINDADE
A Bíblia nos ensina que enquanto há um só
Deus (Deuteronômio 6:4), há três personalidades na divindade (Mateus 28:19; I
João 5:7). Neste estudo da divindade do Espírito Santo seria ajudador se
relembrássemos do relacionamento entre as Pessoas do Deus Trino.
A. Deus, o Espírito Santo - Teologicamente
falamos do Espírito Santo como a Terceira Pessoa da Trindade e é Ele quem
Procede do Pai e do Filho (João 15:26; Salmos 104:30; Gálatas 4:6; Filipenses
1:19). "Processão Eterna" esta frase é usada para descrever o
relacionamento do Espírito Santo com o Pai e o Filho.
B. Deus, o Filho - Jesus Cristo é o Filho
unigênito do Pai. Cristo tem sido sempre o Filho do pai (Gálatas 4:4; João
3:16; Isaías 9:6). "Geração Eterna" esta frase é usada para descrever
o relacionamento do Filho entre o pai. Teologicamente falamos de Cristo como a
Segunda Pessoa da Trindade.
C. Deus, o Pai - O pai nem
"procede" e nem é "gerado" por ninguém e assim falamos dEle
como a Primeira Pessoa da Trindade. Devemos lembrar-nos que estes termos nunca
podem implicar inferioridade às Pessoas Divinas. Mesmo que estes
relacionamentos a nos não sejam compreendidos mentalmente, eles devem ser
aceitos ou logo nos afastaremos da doutrina do Trinitarianismo para o
Unitarianismo. Talvez fosse bom concluirmos esta parte do estudo com uma
citação da velha Confissão da Fé Batista da Filadélfia:
"Neste Ser divino e infinito há três
Pessoas, o Pai, a Palavra (Filho), e o Espírito Santo, de uma só substância,
poder e eternidade, cada uma tendo toda a essência divina, sem dividir a tal: O
pai não é gerado nem procedido de; o Filho é gerado eternamente pelo Pai; o
Espírito Santo procede do Pai e do Filho; completamente infinito, sem começo,
portanto, só um Deus, Que não é dividido em natureza nem ser, mas distingüido
por propriedades peculiares e relativas, e por relações pessoais; qual doutrina
senão a da Trindade é o alicerce de toda e qualquer comunhão com Deus, e
dependência confortável nEle."
II. A Divindade do Espírito Santo
As provas da divindade do Espírito Santo
podem ser divididas em cinco categorias.
A. O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos
5:3-4, 9; I Coríntios 3:16; Efésios 2:22; II Coríntios 3:17). O Espírito é
chamado Adonai (Compare Atos 28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado
Jeová (Compare Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34).1
B. O Espírito Santo está associado ao Pai e
ao Filho num mesmo nível de igualdade - (Mateus 28:19) [Observe que a palavra
"nome" está no singular significado assim que o poder, a glória e a
autoridade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só] (I João 5:7; II Coríntios
13:14).
C. Os
atributos de Deus são dados ao Espírito Santo.
1. Eternidade - Hebreus 9:14.
2. Vida - Romanos 8:2.
3. Onipresença - Salmos 139:7-8.
4. Santidade - Mateus 28:19.
5. Onisciência - I Coríntios 2:10.
6. Soberania - João 3:8; I Coríntios 12:11.
7. Onipotência - Gênesis 1:1-2; João 3:5
D. As
obras de Deus são dadas ao Espírito Santo.
1. A criação - Jó 33:4.
2. A incarnação - Mateus 1:18
3. A Regeneração - (Compare João 3:8 com I
João 4:7).
4. A Ressurreição - Romanos 8:11
5. A inspiração da Palavra de Deus - (Compare
II Pedro 1:21 com II Reis 21:10).
E. A natureza do pecado ‘sem perdão’ revela a
dignidade do Espírito Santo - Mateus 12:31-32.
Conclusão
A importância desta lição tem ênfase quando
contabiliza o grande número de seitas que Satanás tem instigado a atacar a
verdade da divindade do Espírito Santo. Que isso possa incitar-nos a um maior
cuidado ao darmos ao Espírito Santo Seu devido lugar em nosso amor e adoração.
1.
Talvez
seja conveniente explicar que na tradução para o português a palavra
"senhor" aplicada a Deus no Velho Testamento pode ser uma tradução de
duas palavras Hebraicas diferentes para "Deus". Quando imprimida com
todas as letras maiúsculas ("SENHOR") indica o nome Jeová. Quando somente
a primeira letra é maiúscula ("Senhor") trata-se do titulo Hebraico
para Deus - Adonai.
A PERSONALIDADE
DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
A personalidade (quer dizer, a qualidade ou
fato de ser uma pessoa) do Espírito Santo é um fato descrito na Bíblia tanto
quanto a personalidade do Pai e do Filho. Quando o homem nega essa verdade fica
evidente uma cegueira Satânica. Satã, quem ataca toda a verdade, tem atuado em
duas frentes contra a doutrina da personalidade do Espírito Santo:
1. Negação doutrinária
O herege antigo, Arius, falou do Espírito
como a "energia exercida por Deus". Isso reduz o Espírito de Deus à
uma mera amostra do poder do Pai. Este erro ainda é divulgado por várias
seitas.
2. Negação prática
Há muitos religiosos que, mesmo não negado a
doutrina da personalidade do Espírito em suas confissões de fé, na prática vêem
a Ele como um simples poder. Devido a obra do Espírito ser invisível eles o
confundem com as suas obras e dons. Este povo freqüentemente refere-se ao
Espírito como se fosse possível ter "muito" dEle. O autor lembre se
de uma ocasião quando um Pastor Batista disse, "o Espírito esteve aí com
grande poder". Este homem piedoso então corrigiu a si mesmo dizendo,
"O Espirito esteve aí com infinito poder e manifestou grande poder."
Que sejamos cuidadosos quando falamos do Espírito bendito de Deus.
As igrejas primitivas conheciam o Espírito
Santo como uma Pessoa Divina que poderia ser seguida (Atos 13:2) e com Quem
poderiam ter comunhão (II Coríntios 13:14). Devemos estar alertas para notarmos
quando perdemos o reconhecimento da Sua presença e Pessoa.
I. O ESPÍRITO SANTO ESTÁ ASSOCIADO AO PAI E
AO FILHO.
É impossível entender como alguém pode negar
a personalidade do Espírito e ainda ter bom senso com as Escrituras (Mateus
28:19; II Coríntios 13:14; I João 5:7). Alguém mencionaria um mero
"exercício de esforço" em uma lista de personalidades.
II. O ESPÍRITO SANTO TEM TODOS OS ATRIBUTOS
DE UMA PESSOA
A. Ele pensa - I Coríntios 2:10-11; Atos
15:28.
B. Ele
sente
1. Ele pode ser entristecido - Efésios 4:30
2. Ele pode ser contristado - Isaías 63:10
3. Ele ama - Romanos 15:30 (podemos mencionar
aqui que é impossível entristecermos a uma pessoa que não nos ama).
C. Ele exercita volição (poder de escolha) -
I Coríntios 12:11.
D. Ele age
1. Ele inspirou as Escrituras - II Pedro 1:21
2. Ele ensina - João 14:26
3. Ele guia - Romanos 8:4
4. Ele fala - Atos 8:29; 13:2
5. Ele convence - João 16:8-11
6. Ele regenera - João 3:5
7. Ele conforta - João 14:16
8. Ele testifica - João 15:26
9. Ele intercede - Romanos 8:26
10. Ele chama para o ministério - Atos 13:2;
20:28
11. Ele cria - Jó 33:4
E. O Espírito Santo nunca deve ser confundido
com os Seus dons - (I Coríntios 12:4, 7-11; Atos 2:38). Todos os Cristãos têm o
"dom do Espírito Santo," mas ninguém tem toda a "diversidade de
dons".
F. Cristo confortou os Apóstolos com a
promessa da presença de uma outra pessoa divina em sua ausência - João 14:16.
A palavra 'parakletos', traduzida como
"Consolador" em João 14:16, é traduzida como "Advogado" em
I João 2:1 e neste versículo refere-se a Jesus Cristo. Jesus Cristo é nosso
Consolador e assim segue o Espírito, "outro Consolador" que deve ser
igualmente uma pessoa divina. A palavra grega usada em João 14:16 para
"outro" é allos que significa "um outro do mesmo tipo."
G. As
ações do homem para com o Espírito provam que Ele é uma pessoa
1. O homem blasfema contra o Espírito -
Mateus 12:31. A natureza do pecado que não tem perdão prova a personalidade do
Espírito. A blasfema contra uma pessoa e não contra um poder é que não tem
perdão.
2. O homem mente ao Espírito Santo - Atos
5:3.
3. O homem tenta o Espírito Santo - Atos 5:9.
4. O homem resiste o Espírito Santo - Atos
7:51.
5. O homem obedece o Espírito Santo Atos
13:2,3.
OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Introdução
Como sabemos as palavras são meios pelos
quais nos comunicamos. Mas alguém disse: palavras são veículos inadequados para
transmitir a verdade. Quando muito apenas revelam a metade das profundidades do
pensamento. Então podemos ver na Bíblia
que Deus achou por bem utilizar símbolos para ilustrar ou retratar a ação do
Espírito Santo.Devido a nossa difícil
compreensão o Senhor fez uso de símbolos para descrever as operações do
Espírito Santo. Vamos enumerar alguns deles aqui para melhorar nosso estudo
sobre o Espírito Santo.
1º “Vento: Rûah no hebraico e pneuma no
grego, em várias passagens são traduzidas por “vento”, “ brisa”, “fôlego”, e
“ar”. Em Gn 2.7 está escrito que havendo Deus formado o homem do pó da terra
soprou em suas narinas o fôlego de vida. Algo semelhante aconteceu entre Jesus
e seus discípulos. “E havendo dito isto, soprou sobre eles , e lhes disse:
recebei o Espírito Santo ( Jo.20:22, Ez 37:7-10).
2º Fogo: Deus é fogo consumidor (Hb:12.29).
Cremos, portanto que esta idéia não se restringe aos juízos divinos, mas também
se relaciona à obra de purificação e refinação dos fieis(Is. 4:4; MT. 3:11). O
fogo, além disso, aquece e ilumina e pode também alastrar-se. Por isso relacionamos
o fogo ao espírito Santo. Este é um de seus símbolos preferido pelos
petencostais. O Espírito Santo com fogo.
3º Água: Assim como o fogo e tantos outros
podemos relacioná-lo também à água.A
água é um dos elementos essenciais a
vida natural. De igual modo podemos comparar a essencial importância do
espírito Santo para a igreja. A água purifica,
hidrata,umedece,refresca,dessedenta e inunda. Neste sentido as escrituras
referem-se a Ele como chuvas (Jl 2:23); como torrentes (Is: 44.3); como rios
(Ez 47:1-12); Jo 7: 37-39) que seriam derramados ou fluiriam abundantemente em
nosso meio ou de nosso meio.Assim o Espírito Santo como água Ele nos traz
tempos de refrigério.
4º Azeite: Mais uma de suas simbologias é o
azeite. Também encontrado como óleo (Sl 90:10); 132:2) “Óleo precioso”. O
azeite tem uma larga aplicação na vida oriental. Serve para alimentação,
iluminação, lubrificação, vitalizar a pele e os cabelos, para cura de certas
enfermidades e feridas. É entre os Israelitas muito conhecido. Estes por sua
vez usavam o azeite para a unção de sacerdotes e Reis. Era o azeite da “unção”
(Ex.30:22-33).Com este azeite como foi dito se ungia os sacerdotes e Reis para
o serviço do Senhor.( ISm.10:1;16:13;IRs1:39;Sl45:7)era também chamado de óleo
da alegria(Sl45:7).
5º Pomba: a pomba como símbolo do Espírito
Santo mostra sua brandura, doçura, amabilidade, inocência, suavidade, paz,
pureza e paciência. Entre os Sírios é um emblema dos poderes vivificantes da
natureza. Uma tradição Judaica traduz Gn 1.2 da seguinte maneira: “O Espírito
de Deus como pomba pousava sobre as águas”. Cristo falou da pomba como uma
simbologia de simplicidade, uma das mais belas características dos discípulos.
A pomba também era ave usada no sacrifício; “
dois pombinhos”.Ele é também um pássaro que leva um símbolo do amor.em cantares
de Salomão vemos os escritos deste home de Deus.”Os seus olhos são como os das
pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste” (Ct.
5:12). Assim sendo retratamos aqui como símbolo do espírito Santo a leveza e
suavidade das pombas.
6º Selo: Essa ilustração exprime a idéia de
possuir (Ef. 1: 13; IITm.2:19). A impressão que damos ao colocar o selo como um
símbolo e a questão de “sinal”. O selo mostra a autenticação do dono.E um sinal
seguro de que algo lhe pertence.Nos crentes em Jesus somos propriedade
particular de Deus.Então uso este termo aqui para explicar a segurança que o
espírito nos dá como filhos amados.a Bíblia diz que somos selados com o
Espírito Santo da promessa.Ele é o penhor da nossa herança celestial. Uma
garantia da glória vindoura. Os crentes têm sido selados (Ef.4: 30) , mais
devem ter o cuidado para não destruir a impressão deste selo e nós; Pois bem;
eis ai alguns símbolos do espírito Santo . Espero que tenha sido abençoado com
este estudo.
O ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO
Introdução
O termo hebraico rûah (vento) e em grego
pneuma (espírito), ambos os quais como vocábulo latim spiritus, deriva de
raízes que significa soprar, respirar. Daí também pode ser traduzido por sopro
ou fôlego (Gn 2.7); Ez37. 5) ou vento (Gn8.1). A expressão Espírito Santo
aparece no VT. Vemos tal menção em Salmos 51.11; Isaias63. 10-11. Mas como
Espírito de Deus e espírito são muitas as referencias. (Gn 1.2; Is. 11.2; Sl.
104.30; Ex 31.5. I Sm 11.6;16.13-14).
A palavra rûah é empregada no VT de tantas
maneiras que é analisar os seus vários sentidos.
Quando a palavra significa vento, respiração
violenta pelo nariz ou pela boca é igualmente sinônima de poder (Jó 41.19-21)
Mas quando vemos a frase diverê-rûah (Jó 16.3) significa “palavras de vento” ou
de “força vazia”. Usa-se então rûah no sentido de poder da vida e do Espírito
de Deus (IISM 22.16).
Da-se então uma idéia de violência nos
trechos onde se usa a palavra “assopro de Deus” (Jó. 4.9; Sl. 18.15; Is.
30.28).Então emprega-se a palavra rûah oitenta e sete vezes no VT. No sentido
de vento.
Em trinta e sete destes casos o vento e o
“agente de Deus”. Sempre forte e violento e em algumas das vezes destrutivo (Am
4.13; Jó 28.25).
Em Oséias 13.15 e Isaias 40.7 Rûah-Adonai (o
vento do Senhor) tem quase o mesmo sentido de Espírito do Senhor.
Rûah-Javé inspira e controla os profetas. O
que habilitou o profeta Ezequiel; que veio sobre Azarias como Espírito de Deus.
(IICr.15.1 e 24.20): e o espírito de Deus que se apoderou do profeta Zacarias.
Neemias usa a frase “Teu Espírito” (9.30), e
teu “bom espírito” (9.20), Ajudados pelo Espírito do Senhor, os homens ficam
habilitados para fazer a vontade de Deus. As vezes contra a sua própria preferência, claro que aqui estou
ciente de que Deus respeita sua escola.Uma vez não querendo dizer que deus
obrigava estes profetas.
O profeta dirigido pelo Senhor sabia
distinguir e entender a voz de deus. O Espírito capacitava o profeta para tal
função.O papel do profeta era discernir entre a voz de Deus e seus próprios
pensamentos.
O Espírito Santo não foi conhecido no VT
pelos Israelitas como uma pessoa. Era Ele tido como uma influência; virtude ou
força emanante sempre de Iavé. O Deus da aliança. Ele era conhecido no VT
apenas como Rûah-Yahweh ou Rûah-Elõhîm, ou por que proveniente de Iavé como
poder era chamado principalmente a partir de Isaias de Rûah-Qãdõsh. No VT ele
ainda não havia sido dado: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam
de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora
dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. (João 7.39).
Podemos ver também em atos dos apóstolos no
capitulo 19 que algumas pessoas que já eram cristãs ainda desconheciam o
Espírito Santo: “Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado
pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que
lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo”
(At. 19. 1-2).
Hoje temos a liberdade de conhecer e estudar
sobre a grande obra do espírito santo sobre a terra. Sua atuação e capacitação
na vida dos crentes em cristo Jesus.
Glorias a Deus por isso.
Deus te abençoe.
A OBRA
DO ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO A CRISTO
INTRODUÇÃO
Mesmo que a interação entre as pessoas da
Trindade seja sempre incompreensível, ainda mais misteriosa é a relação entre o
Espírito de Deus e o Nosso Senhor encarnando. O Salvador era tão Deus quanto
homem, cansado mas onipotente, ignorante mas onisciente, capaz de crescer
perfeitamente. Cristo era auto-suficiente como Deus, mas na sua humilhação
precisava ser ungido pelo Espírito. Não devemos murmurar, então, que todas as
coisas são incompreensíveis mas estarmos alegres pelo mistério da piedade (I
Timóteo 3:16).
I. A IMPORTÂNCIA DO ASSUNTO
A obra do Espirito na vida de Cristo é muito
importante tornando-se evidente quando consideramos que ambos os títulos
"Cristo" e "Messias" significam "ungido." Jesus é
o "Cristo" porque foi ungido com o óleo do Espírito de maneira
preeminente (Hebreus 1:9; João 3:34; Atos 10:38).
O Velho Testamento tem muito a dizer sobre
Cristo como O ungido que deveria vir:
A. Na profecia - Por favor, note os seguintes
versículos: Salmos 45:7; 2:6 (Um rei Judeu não foi "coroado" mas
"ungido" para rei.), Isaías 10:27; Lucas 4:16-21; Provérbios 8:23
(Antes da criação nosso Senhor foi pré-ordenado a ser o "Cristo").
B. Em Tipo:
1. Flor de farinha (um tipo da carne
imaculada de Cristo) deveria ser oferecida com azeite (um tipo do Espírito)
segundo o livro de Levítico (Levítico 2:1 e outros).
2. Os casos de unção no Velho Testamento. No
Velho Testamento, os homens eram ungidos para o ofício de profeta, sacerdote ou
rei. Estes tipos se cumpriram em nosso Salvador, o ungido de Deus.
a. Profeta - Isaías 61:1-3
b. Sacerdote - Hebreus 9:14,15
c. Rei - Isaías 11:1-4; 42:1-4
II A NECESSIDADE DE SER UNGIDO
A pergunta o porquê o Filho de Deus
necessitava ser ungido pelo Espírito é parte do grande mistério da encarnação.
Devemos considerar exatamente o que atualmente diz as Escrituras, para não
afastarmos em vãs especulações.
A. O Senhor sendo ungido igualou-se aos Seus
irmãos.
A aliança da graça requer de Cristo a representação
do Seu povo, tornando-se um servo e, tomando sobre si a natureza deles
(Filipenses 2:5-11; Hebreus 2:14, 17). Dessa maneira Cristo tornou-se o último
Adão. Como os filhos de Deus são dependentes do Espírito para servir, Cristo
também serviu a Deus pelo poder do Espírito (Atos 10:38; Isaías 61:1-3).
Marcos, que mostra Cristo como um servo, diz que Ele foi dirigido pelo Espírito
(Marcos 1:12).
B. Cristo tinha duas naturezas
Como homem, Cristo foi capaz de crescer e
assim foi instruído pelo Espírito de Deus (Lucas 2:40; Isaías 11:1-4). Como
homem Cristo foi levado pelo Espirito (Lucas 4:1). Até mesmo as obras de Cristo
foram atribuídas ao Espírito Santo (Mateus 12:28). Em tudo isso, Cristo nunca
deixou de ser Deus mesmo tendo suas reais características humanas sendo
verdadeiramente manifestadas.
III. OS ESTÁGIOS DA ATIVIDADE DO ESPÍRITO EM
RELAÇÃO A CRISTO
A. O precursor de Cristo. O Espírito Santo
capacitou João Batista a fazer a sua obra como precursor de Cristo (Lucas
1:15). Até mesmo os pais de João Batista estavam cheios do Espírito Santo
(Lucas 1:41, 67).
B. A conceição de Cristo. O Espírito de Deus
preparou o corpo humano do Salvador no ventre de Maria (Mateus 1:18-20).
C. O batismo de Cristo. Cristo foi ungido
novamente no Seu batismo (Mateus 3:13-17). O propósito era:
1. Dar um sinal da completa satisfação do Pai
através do Filho (Mateus 3:17; Salmos 45:7)
2. Dar um sinal para as pessoas (João
1:32-34; 6:27). João reconheceu que Cristo tinha o poder do Espírito Santo
(João 3:34)
3. Equipar a Cristo para o serviço (Isaías
61:1-4).
D. A tentação de Cristo. Foi o Espírito Santo
quem conduziu Jesus a ser tentado (Mateus 4:1; Marcos 1:12).
E. O serviço de Cristo. As palavras e as
obras maravilhosas de Cristo foram produzidas pelo poder do Espírito (Atos
10:38; Lucas 4:16-21; Mateus 12:28).
F. A morte de Cristo - Hebreus 9:14
G. A ressurreição de Cristo - Romanos 1:4;
8:11; I Pedro 3:18.
Nota: Essa obra, como as outras, também é
atribuída ao Pai e ao Filho. Isso ajuda-nos para que lembremos que Cristo nunca
deixou de ser Deus ou exercer Seu poder Divino.
H. A glorificação de Cristo.
João Batista ensinou que somente Cristo podia
batizar com o Espírito (Mateus 3:11). Isso não podia acontecer depois da
ascensão de Cristo (João 7:39; Atos 2:33). O direito de doar o Espirito de vida
e poder sobre o Seu povo foi dado a Cristo com a condição de ele fazer a sua
obra redentora (Gálatas 3:13-14). [Quando a Bíblia fala de Cristo enviando Seu
Espírito não devemos entender que o Espírito não estava presente antes daquele
tempo. Essas referências apontam à vinda do Espírito no Novo Testamento com
poder e benção. Note que em João 14:16,17 nosso Senhor fala do Espírito que
está presente e da Sua vinda futura].
I. O reino de Cristo vindo sobre a Terra. A
Bíblia liga a glória do futuro reinado de Cristo ao poder do Espírito (Isaías
11:1-4; 42:1-4).
O
CONSOLADOR
INTRODUÇÃO
Na Santa Ceia nosso Senhor falou da sua
traição, da sua morte e da sua partida que estava próxima. Embora Cristo
tivesse ensinado os Seus apóstolos sobre isso durante algum tempo (Mateus
16:16-21), contudo parece que só naquela hora os discípulos compreenderam o que
Jesus havia falado. Quando pensaram em viver sem Jesus no meio deles
sentiram-se esmagados. Quando Cristo falou das perseguições vindouras (João
16:1-4), os seus corações ficaram cheios de tristeza (João 16:6).
Os apóstolos tinham visto nuvens de
dificuldade unindo-se a muito tempo, mas eles se sentiam seguros com a presença
de Cristo. Nosso Salvador tinha acalmado cada tempestade, alimentou a multidão
quando eles eram impotentes e expulsou o demônio que eles não puderam expulsar.
Ele tinha sido o guia infalível e o Seu professor. Eles se sentiam, agora, como
órfãos impotentes. Contra o cenário escuro da Sua iminente ida para o céu o
nosso Senhor falou palavras de conforto em João, capítulos 14 a 16. Foi neste
momento que Ele os deu a promessa de outro Consolador (João 16:7).
Hoje, para os cristãos que nunca conheceram a
Cristo na carne (II Cor 5:16), o medo dos apóstolos pode parecer uma fraqueza.
Nós tendemos a esquecer que a nossa força e toda a nossa direção vêm da
habitação do Espírito de Deus. Nesta lição desejamos aprofundar-nos na missão
do Espírito como nosso Consolador. Este trabalho é tão maravilhoso que foi
expresso que Cristo deveria partir para que o Espírito pudesse ser enviado
(João 16:7).
I. O QUE É CONFORTO.
Conforto é uma experiência agradável, porém
implica a presença de dificuldades. Este mundo é um lugar de tribulação,
perseguição, e lágrimas para os filhos de Deus. Antes da partida de Cristo Ele
assegurou aos apóstolos que a dificuldade seria grande em suas vidas (João
16:1-4). O filho de Deus, portanto, não deve esperar o fim das dificuldades mas
o conforto em suas aflições.
II. A NECESSIDADE DE CONFORTO.
O Cristão que passa pela vida como se fosse
um órfão infeliz certamente não deve estar vivendo concernente com os seus
privilégios. Deus pretende que Seus filhos tenham conforto e alegria neste
mundo (João 14:27, João 16:33, Romanos 14:17, João 14:18). Um Cristão miserável
é culpado de incredulidade (Romanos 15:13), e tem um testemunho insignificante.
A alegria do Senhor é a nossa força e a chave para o sucesso no serviço
(Neemias 8:10, Salmo 51:12-13).
Nota: Deve ser mencionado que a alegria
Cristã não é incompatível a um grau de pesar sob a existência do pecado e o
desejo de ir para o céu. Nós recebemos conforto em nossas aflições e podemos
regozijar nelas (Tiago 1:2).
III. O CONSOLADOR.
A palavra grega usada para consolador é
'parakletos' que significa "pessoa chamada para acompanhar..." o
Espírito Santo como um consolador é nosso ajudante, conselheiro e defensor.
Em I João 2:1, Cristo é mencionado como nossa
'parakletos'. Em João 14:16 Cristo disse que Ele enviaria "outro"
consolador. A palavra grega para "outros" é allos e significa
"outro do mesmo tipo." O Espírito Santo é, então, (assim como era
Cristo) uma pessoa divina que zela por nós na ausência física de Cristo. Sendo
onisciente Ele pode nos ensinar a vontade de Deus. Sendo onipotente Ele nos
apoia no mundo. Ele nos ama assim como Cristo faz e, está em comunhão conosco
(Rom 15:30; II Cor 13:14).
IV. COMO O ESPÍRITO SANTO CONFORTA OS
CRENTES.
A. O Espírito Instrui os Cristãos.
Cristo constantemente instruiu os Seus
apóstolos durante o Seu ministério terrestre, contudo com à sua partida, eles
tiveram, ainda, muito a aprender. Ele lhes "prometeu outro
Consolador" que continuaria ensinando-lhes (João 14:26, João 16:13-14).
Nesta condição o Espírito Santo é chamado de "O Espírito da verdade"
(João 14:17) que veio dar-lhes palavras que deveriam dizer quando fossem
perante os tribunais (Mat. 10:17-20). Em tempos apostólicos ele ensinou pela
revelação e pela iluminação. Com a conclusão do Novo Testamento Seu trabalho
ficou limitado a iluminação (Mateus 10:17-20).
B. O Espírito Intercede pelos Cristãos.
Em Romanos 8:26-276, aprendemos que o
Espírito Santo intercede por nós incitando as nossas orações. Isto não deve ser
confundido com o trabalho de Cristo como intercessor, Que é nosso advogado
(Grego, 'parakletos') perante o Pai (I João 2:1). Com base na obra remissória
terminada por Cristo, Ele intercede ao nosso lado perante o Pai. O Espírito
Santo intercede, porém, não diretamente a nosso favor, mas nos ensinando como
orar. O Seu trabalho pode ser comparado ao de um advogado que instrui o seu
cliente sobre o que ele deve dizer no tribunal. É interessante considerar que a
palavra 'parakletos' tem uma conotação interessante e é traduzida como
"advogado" em I João 2:1. É bom sabermos que quando ajoelhamos para
orar temos alguém guiando-nos e que conhece a vontade de Deus, podendo
conduzir-nos em nossos desejos e petições (Romanos 8:27, Zechariah 12:10,
Efésios 6:18).
6 No verso 26 as palavras "gemidos
inexprimíveis" confundem a algumas pessoas. Eles se referem às emoções
ardentes do crente que sente remorso por fracassos ou porque deseja ser mais
como Cristo. Freqüentemente esses desejos são tão fortes que são desabafados em
gemidos, em lugar de orações verbais. Deus os ouve, porém, e entende da mesma
maneira que a mãe escuta os gemidos de uma criança doente ou sedenta. Claro que
o Espírito Santo é que produz tal desejo no coração do Cristão.
Nota: O autor não pode deixar de refletir
sobre o fato de o nosso Senhor ter ensinado Seus discípulos a orar durante seus
dias na Terra. O Espírito Santo é verdadeiramente um "outro
consolador" do mesmo tipo.
C. O Espírito Sela os Cristãos.
Em Efésios 4:30, entendemos que os crentes
são selados pelo Espírito até o dia da redenção. O fato de o Espírito que nos
habita nunca nos deixar foi usado por Cristo como uma forte base de consolação
(João 14:16,17). Essas Escrituras parecem contrastar a presença contínua do
Espírito de Deus com a natureza temporária da presença física de Cristo.
D. O Espírito Assegura aos Cristãos o Amor de
Deus.
O Espírito Santo conforta as pessoas eleitas
por Deus fazendo com que reconheçam em suas almas o amor que Deus tem para com
elas (Romanos 5:5). O Espírito revela a nós tudo aquilo que Deus nos preparou
(I Coríntios 2:9-10) como resultado do Seu amor.
E. O Espírito Produz Fé nos Cristãos.
Toda a fé e esperança tida pelo crente foi
produzida pelo Espírito Santo. Ele sustenta essas graças que agem como uma
âncora em nossas almas (Romanos 15: 13, Gálatas 5:22).
F. O Espírito Produz Gozo nos Cristãos.
Romanos 14:17, Gálatas 5:22,
G. O Espírito Santifica os Cristãos.
O Espírito Santo conforta o crente
fortalecendo a sua graça, dando-lhe vitória sobre o pecado. O Espírito não
deixará o trabalho iniciado na regeneração ser superado ou destruído por
Satanás (Fil. 1:6; Rom 6:14)..
H. O Espírito Habilita o Evangelho.
O Espírito Santo conforta o crente dando-lhe
sucesso em seu trabalho na Grande Comissão. Nós não permanecemos sozinhos em
uma tarefa impossível, mas somos dotados de poder Divino (Atos 1:8, I Pedro
1:12, I Tessalonicenses 1:5).
I. O Espírito Equipa a Igreja.
O Espírito Santo é um conforto e uma ajuda
para o povo de Deus, colocando nas igrejas dons necessários para a sua
edificação (I Coríntios 12:1-31, Efésios 4:11-12). A próxima vez que formos
abençoados pelo ministério de outro crente, devemos relembrar-nos de Quem
capacitou aquela pessoa para que fosse uma bênção.
Conclusão
O Salvador falou do Espírito Santo somente
como nosso "Consolador", isto Ele fez somente poucas horas antes do
Calvário. Para apreciar os benefícios que nós recebemos diariamente de nosso
'Parakletos' Celestial meditemos nos sentimentos dos apóstolos naquela triste
noite. Eles se sentiram profundamente impotentes e tristes. Não menosprezamos a
bênção que recebemos na vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
A OBRA
DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO
INTRODUÇÃO
Hoje em dia, qualquer a menção ao Espírito
Santo leva muitos a pensarem sobre aqueles que profetizam e falam em línguas
entre os Pentecostais. Há multidões que atestam ter novas revelações e dons
especiais de sabedoria e conhecimento. O autor regozija-se em contrapartida a
tudo que nós temos: " mui firme, a palavra dos profetas" (II Pedro
1:19-21), que é a Bíblia. O Espírito Santo tem nos dado uma revelação tão
completa nas Escrituras que Seu trabalho agora é a "iluminação" e não
mais a "inspiração."
O autor fica entristecido ao ver homens tão
consumidos pela asserção de profetas modernos enquanto a Palavra é O guia da
verdade. A Bíblia parece uma ‘letra morta’ para aqueles que não têm orado sobre
o Seu conteúdo, mas têm fome por algo ‘novo’. A Bíblia como um grandioso
trabalho de revelação pelo Espírito é em todas as maneiras superior à :
A. Tradição - Mat. 15:1-9
B. Ciência - I Timóteo 6:20 (Mesmo a ciência
verdadeira, que trata só de fatos, não pode aprofundar-se em áreas nas quais as
Escrituras têm sido claras).
C. Fábulas - II Timóteo 4:4 (O Livro de
Mormon dá nos um exemplo de fábulas modernas).
D. Ocultismo - Isaías 8:19-20
E. Operadores de sinais - Deuteronômio 13:1-3
(em Hebreus 2:3-4, vemos que os Sinais foram usados para confirmar a Palavra de
Deus, Sinais mentirosos e maravilhas também são permitidos para enganar aqueles
que não amam a verdade).
F. Falsos Profetas
G. Opinião - Provérbios 14:12
A obra do Espírito Santo na inspiração pode
ser resumida na declaração que "cremos na inspiração verbal e plenária das
Escrituras Sagradas." A continuação deste estudo examinará esta
declaração.
I. INSPIRAÇÃO
Em II Timóteo 3:16, descobrimos que a Bíblia
é um livro inspirado. A palavra "inspirada" é tradução da palavra
grega theopneustic que Significa "sopro divino." Em II Pedro 1:21
aprendemos que os homens de Deus eram movidos pelo Espírito assim como o vento
move um barco. Mesmo que as porções variadas da Palavra de Deus viessem por
ditado (Êxodo 20:1), visão (Apocalipse 1:11), ou direção intima (Lucas 1:1-3),
fica claro que tudo deve ser visto como A Palavra de Deus (Hebreus 4:12).
A inspiração nunca deve ser entendida como
uma mera capacidade da inteligência humana. A inspiração assegura-nos que cada
palavra na Bíblia representa os pensamentos do Espírito. Isto é provado pelas
declarações feitas na Bíblia (II Samuel 23:2-3; Jeremias 1:9), e também pelo
fato de os próprios profetas terem estudado seus próprios escritos, para
saberem o que relatavam (I Pedro 1:10-12). A palavra "inspiração"
enfatiza que as Escrituras vieram de Deus. Muitos falam de "homens
inspirados" mas, a Bíblia foi inspirada e não os escritores humanos.
II INSPIRAÇÃO VERBAL
Quando a palavra "verbal" é usada
em conexão a palavra "inspiração", isso implica em as próprias
palavras usadas nas Escrituras serem inspiradas. Ensinar que os escritores eram
meramente ajudados por Deus ou que só as suas doutrinas eram inspiradas é o
mesmo que não entender por completo a doutrina da inspiração.
As provas da inspiração verbal são muitas.
Somos assegurados que o Espírito Santo ensinou "palavras" (I
Coríntios 2:13). Nosso Senhor ensinou que todo jota e til nas Escrituras estão corretos
(Mateus 5:18). Davi ensinou que as "palavras" do SENHOR são puras e
seriam guardadas (Salmos 12:6-7). Outros testificaram que a inspiração recebida
foi verbal (Jeremias 1:9; II Samuel 23:2). Paulo cria que cada palavra da
Escritura era inspirada e isso fica entendido pelo fato de ele construir
doutrinas sobre uma única letra da Escritura (Gálatas 3:16).
Nota do tradutor: Usamos o termo
"Pentecostal" como adjetivo para nos referir não à uma igreja em
particular mas à uma crença que tem em comum os dons. Em relação a igreja
Católica, esse termo seria "Carismático". Outros grupos religiosos
usariam o termo "renovação" para se referir ao que queremos nomear
como "Pentecostal".
III. INSPIRAÇÃO VERBAL PLENÁRIA
O adjetivo "plenário" quer dizer
‘completo’ e deduz que a Bíblia é toda inspirada. A Bíblia não contém a Palavra
de Deus em alguns lugares, mas ela é a Palavra de Deus na sua totalidade. Isto
é declarado em II Timóteo 3:16, "Toda a Escritura é divinamente
inspirada".
A Bíblia é inspirada verbalmente e plenamente
vista pela posição do Senhor Jesus e Seus Apóstolos. Cristo usou todas as
partes do Velho Testamento em Seus ensinamentos (Lucas 24:27), e citou livros
tais como Jonas e Daniel que hoje em dia são atacados pelos críticos.. Em Atos
1:16 e 4:24-25 o Livro de Salmos é referido como a Palavra de Deus. O Apostolo
Paulo cita tanto Moisés quanto Lucas como autoridades (I Timóteo 5:18).3 Em II
Pedro 3:15-16, achamos que Pedro vê as escrituras de Paulo como
"Escritura". A igreja primitiva não sabia da "inspiração por
grau" ou porções ‘não inspiradas’ da Bíblia. A Bíblia, toda, deveria ser
crida como "soprada por Deus."
IV. A LIMITAÇÃO DA INSPIRAÇÃO
Tão importante quanto a inspiração verbal das
Escrituras, é assegurar-se que somente as Escrituras são inspiradas. Expandir a
inspiração além da Bíblia, para os dias de hoje, Significa minar as verdades da
Bíblia como uma revelação completa. Temos o aviso para não aumentarmos nada na
Palavra de Deus (Apocalipse 22:18). As afirmações de cada profeta moderno são ataques
contra a própria Palavra de Deus.
Conclusão
Alguns têm declarado que para enfatizar o
trabalho do Espírito Santo é promover fanatismo. Essa falsa conclusão tem sido
trazida por aqueles que vêem a revelação do Espírito Santo fora das Escrituras.
Quando alguém entende que o Espírito Santo completou Seu trabalho na
inspiração, e agora está envolvido no abrir dos corações para o entendimento
das Escrituras, fica livre de seu erro.
3. Neste versículo Paulo cita Deuteronômio e
o Evangelho de Lucas. Moisés, quem escreveu o livro de Deuteronômio, foi o
grande profeta reverenciado por todos. Foi ele quem guiou Israel para fora do
Egito e escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia. Sem a menor dúvida, a
velhice dos seus escritos poderia impressionar os homens.
Lucas, por outro lado, era um homem mais
jovem que Paulo e nem era um apostolo. O fato de Paulo reconhecer os escritos
de ambos com igual autoridade prova nossa doutrina da inspiração.
A OBRA
DO ESPÍRITO SANTO NA REGENERAÇÃO
INTRODUÇÃO
As palavras "novo nascimento" têm
se tornado comuns nos círculos religiosos hoje em dia. Sabendo que Satanás é um
mestre para redefinir termos bíblicos é necessário portanto reafirmar
continuamente o significado bíblico destas palavras.
I. A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO
Em João 3:3 e 5, nosso Senhor afirma
claramente que a regeneração é necessária para a salvação. O homem não só
precisa de perdão para que tenha comunhão com Deus, como também a sua natureza
deve ser renovada. O homem caído é natural (I Cor 2:14), sensual (Judas 19) e
carnal (Rom 8:5-7), o oposto ao espiritual (I Cor 2:15). Cristo revela que há
uma distinção imutável entre o que é nascido da carne e o que é nascido do
Espírito. A carne pode ser religiosa, refinada, educada e ter aparência moral,
mas ainda é carne (João 3:6).
Cada parte do homem natural é corrompida pelo
pecado. A sua mente é entenebrecida às coisas de Deus (I Cor 1:18; 2:14; Efés
4:18). Seu coração está numa condição de inimizade contra Deus (Rom 8:7; Jer
17:9). A sua vontade é livre somente para cumprir os desejos de uma natureza
depravada (João 1:13; Rom 9:16; Fil. 2:13). A carne torna-se completamente
inútil para as coisas de Deus (João 6:63).
II. A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO
A. Regeneração definida.
A mudança exigida pela alma do homem
capacitando-o a entrar no reino de Deus é chamada "regeneração" (Tito
3:5), "nascer de novo" (João 3:3) ou "nascido do Espírito"
(João 3:6). A regeneração é uma obra instantânea do Espírito de Deus pela qual
uma disposição santa é dada à alma. As afeições são renovadas pelo amor a Deus,
e a mente é iluminada e capacitada para o entendimento do reino espiritual.
Assim como a mudança que acontece na terra durante o milênio é chamada
regeneração (Mateus 19:28), o novo nascimento é a renovação da alma do homem.
B. Regeneração ilustrada.
A maravilhosa mudança que acontece na
regeneração é ilustrada de muitas maneiras. Examinamos algumas terminologias
aplicadas ao Novo Nascimento para melhor ilustrarmos a sua natureza.
1. "Regeneração" ou "Novo
Nascimento" - Não são estas palavras meras comparações daquilo que
acontece no milagre da graça, na alma do homem? Na geração física, nova vida é
dada e os traços familiares são reproduzidos. Não são estas verdades que fazem
do nascimento uma figura maravilhosa da obra da graça de Deus no homem?
2. Ressurreição - Ef 2:1,5
3. Renovação - Cl 3:10
4. Translado - Cl 1:13
5. Novo coração - Ezequiel 36:26
6. A lei escrita no coração - Hebreus 8:10
7. Nova natureza - II Corintos 5:17
8. Resplandecer com luz - II Cor 4:6
9. Uma árvore boa - Mat. 7:17
10. Criação - Ef. 2:10
C. Regeneração experimentada.
A regeneração não é experimental (algo que
pode ser experimentado), mas acontece num nível além da consciência humana.
Isso não quer dizer que o novo nascimento nunca é acompanhado por fortes
emoções, porém a obra da regeneração em si não é algo sentido, mas reconhecido
pelo seu fruto na vida. A conversão é resultado do novo nascimento e isto nós
experimentamos. A regeneração é uma ação de Deus, mas a conversão é uma ação do
homem, produzida pelo novo nascimento.
III. O AGENTE NA REGENERAÇÃO
A regeneração não é produzida pelo batismo,
pela vontade humana (João 1:13), ou qualquer outra obra, mas é uma obra
especifica de Deus na alma. Como o vento (poderoso, fora do controle do homem e
invisível) esta obra não é produzida, controlada ou entendida pelo homem (João
3:8). Esta obra freqüentemente atribuída ao Espírito Santo é uma ação
instantânea e completa de Deus sobre a alma. Mesmo que Deus venha a usar meios
para salvar os eleitos, deve ser entendido que a própria regeneração não é um
esforço conjunto. A Bíblia apresenta o novo nascimento como imperativo e não
como mandamento (João 3:3).
Agora estamos diante de uma importante
pergunta sobre o lugar do evangelho na regeneração. A Palavra de Deus é
freqüentemente mencionada em conexão com o novo nascimento (I Cor 4:15; Tiago
1:18; I Pedro 1:23; Salmos 119:93). Qual é a parte exata que o evangelho tem
nessa obra? Alguns exageram ao ensinar que muitos são regenerados sendo que
nunca ouviram o evangelho. Vamos considerar este assunto.
5 O caso de crianças morrendo na infância não
está sendo considerado.
Devemos entender primeiramente que mesmo a
regeneração sendo uma obra direta de Deus sobre a alma do homem, pela sua
natureza ela é feita em conjunto com o evangelho. A regeneração produz fé, e a
fé torna-se impossível sem o evangelho (Rom 10:17). Como pode alguém crer num
Salvador do qual nunca ouviu falar (Rom 10:14)? A regeneração nos dá á um
coração de conhecimento e amor a Deus (Jer 24:7). Isso também envolve o
conhecimento das Escrituras, de quem é Deus. Se a regeneração não acontece em
conjunto com a Palavra de Deus não há fé, amor, santidade, e nem o conhecimento
espiritual pode ser produzido por ela.
Em I Tessalonicenses 1:4-5, encontramos Paulo
dizendo aos crentes de Tessalônica que ele sabe da sua eleição pelo fato de o
evangelho vir a ele em poder. Por meio da regeneração Deus dá força ao
evangelho abrindo os corações para recebê-lo (Atos 16:14). Muitos daqueles que
gastaram as suas vidas na igreja têm testemunhado que quando Deus os salvou
eles se sentiram como se estivessem ouvindo o evangelho pela primeira vez.
Aqueles que ensinam que a regeneração pode
acontecer aparte do evangelho parecem temer os que não concordam com eles repartindo
o credito da obra de Deus com o pregador. Eles falam do nosso ponto de vista
como "regeneração evangélica" e parece crerem que temos abaixado a
regeneração à uma mera obra de persuasão moral. Estes temores, portanto, não
têm apoio nenhum. Vejamos a regeneração como uma obra soberana e direta de Deus
sobre a alma, mas não distorçamos as Escrituras com o ensinamento que as
pessoas podem experimentá-la fora do evangelho. Isso seria o mesmo que Deus dar
ao homem o poder de visão mesmo falhando na criação a luz com a qual o próprio
homem pode ver. Isto é um insulto à sabedoria de Deus.
IV. O FRUTO DA REGENERAÇÃO
Devido a regeneração ser conhecida apenas
pelos seus frutos, vale a pena saber os efeitos que a regeneração produzirá no
homem. Como podemos saber se somos nascidos de novo ou meramente enganados?
Vamos listar algumas das virtudes que a regeneração produz na alma.
A. Fé - I João 5:4,5; Hebreus 12:2; I Pedro
1:3; Atos 18:27. (O leitor não deve entender que estamos dizendo que a
regeneração vem antes da fé cronologicamente. A regeneração precede a fé
somente como sua causa. A fé é produzida instantaneamente pelo poder
regenerador de Deus e assim simultânea à regeneração cronologicamente. Isto
pode ser exemplificado da seguinte maneira. Uma bala atirada numa parede
instantaneamente produz um buraco. Em relação ao tempo, a ação da bala atingir
a parede não pode ser separada do efeito produzido, mas a bala é a causa do
buraco. A graça regeneradora produz instantaneamente a fé, mas a precede como
causa.)
B. Arrependimento - II Timóteo 2:25.
C. Amor a Deus - I João 4:19
D. Amor aos outros crentes - I João 4:7;
3:14.
E. Perseverança - Filipenses 1:6; I João
5:4,5.
Conclusão
Esperamos que o entendimento do leitor sobre
o novo nascimento tenha sido ajudado. Há muitos que erram pensando que toda
experiência religiosa é essa maravilhosa obra da graça. O conhecimento do novo
nascimento não é necessário só para fazermos firme nossa própria chamada e
eleição, mas também é necessário se quisermos ser verdadeiro testemunho aos
outros.
A OBRA
DO ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO
INTRODUÇÃO
Há uma obra comum que é preparatória à
regeneração e que acontece no coração do pecador. Devido a salvação ser tanto
uma obra moral quanto legal deve ser esperada essa preparação. Aqueles que vão
gozar eternamente dos benefícios da fé em Cristo são primeiramente tocados para
que vejam a necessidade de terem a Cristo. O homem egoísta deve ser quebrado
para que o Salvador possa receber toda a glória na salvação.
Antes de começar este tópico, devemos ser
alertados para que nos lembremos que o Espírito Santo é um agente soberano na
salvação. Ele opera como quer, e a experiência de uma pessoa não deve tornar-se
um padrão para os outros. Algumas pessoas têm convicção por meses, enquanto outros
logo reconhecem a plena certeza da salvação (Atos 8:25-39; 16:25-34). Alguns,
com Paulo, encontram o Senhor sem O estar procurando (Romanos 10:20). Para
alguns parece ser permitido ver a profundidade da sua depravação antes que
achem a paz, enquanto outros reconhecem o seu pecado por completo só depois da
salvação. Podemos regozijar porque só Deus conhece nossos corações, só Ele sabe
o que é melhor para cada pessoa.
Tendo o cuidado de lembrar estes fatos,
estudaremos algumas das obras preparatórias do Espírito na salvação.
I. DESPERTAR
Ninguém pode superestimar o perigo em que se
encontram os homens pecadores (João 3:18; Hebreus 10:31), a Bíblia retrata-os
como sendo adormecidos, cegos, mortos e inconscientes. A morte, o pecado, o
julgamento e a eternidade não são realidades para os não regenerados (Isaías
28:15). Os homens dormem a beira do inferno.
No despertar do pecador, o Espírito de Deus
impressiona a mente sobre a realidade da eternidade e do juízo. O pecador
torna-se consciente de que está perigosamente sob a ira de Deus. Os assuntos
espirituais tornam-se importantes. Nem todos os despertados vêm à salvação.
Alguns voltam a dormir através de uma confissão vazia de religião ou pela força
do mundo (Atos 24:25).
II. ILUMINAÇÃO
Enquanto apenas os regenerados são
"renovados para o conhecimento" (Colossenses 3:10) os não salvos
podem receber um grau de iluminação. Quando um pecador está convicto, ele pode
ser ignorante em relação a natureza da fé, mas vê claramente o perigo do pecado
e a gravidade da eternidade. Pela primeira vez, a sua alma torna-se importante.
Não requer tudo isso um grau de iluminação?
Até mesmo o homem natural pode ser movido a
temer o Inferno e a estar preocupado com o seu eterno bem. Isto é claramente
diferente da luz da regeneração que capacita o homem para amar a Deus. Esta
iluminação é simplesmente um alerta na mente natural do homem para que ele veja
o perigo do pecado e do juízo.
III. CONVICÇÃO
Enquanto o "despertar" trata mais
com o perigo, a "convicção" é a obra de Deus pela qual é revelada a
causa do perigo. Pela convicção, o homem é convencido e reprovado a respeito de
sua condição pecaminosa. Só esta pode dar ao pecador o desejo de conhecer a
Cristo.
"Uma forma de palavras, mesmo bem
elaboradas,Nunca pode salvar almas; O Espírito Santo deve lhes golpear, E a
ferida por completo sarar."
A. As áreas de convicção - Em João 16:8-11,
achamos três áreas pelas quais o homem é convencido.
1. Do pecado - Deus convence os homens dos
pecados grossos que tenham feito (Atos 2:36-37), do pecado original, da falha
ao cumprir os deveres e do pecado da incredulidade.
2. Da justiça - Os homens são convencidos da
justiça de Cristo, e da necessidade de Sua justiça (Mateus 5:6).
3. Do juízo vindouro - Juízo geralmente
refere-se a domínio. Os homens são convencidos que Satanás será vencido, e
Cristo será o Rei, e a resistência é tolice. Os poderes do mal não terão
oportunidade de vencer, mas todos ficarão diante de Deus.
B. Necessidade de convicção.
1. Sem a convicção, os homens nunca estariam
prontos para admitir a sua total profanação, nem viriam a Cristo como mendigos
desesperados. "Cristo é tudo" (Colossenses 3:11) na salvação, e Deus
gostaria que os remidos entendessem isso. A convicção, então, prepara a alma
para a fé em Cristo.
2. A convicção é preparatória ao
arrependimento. A tristeza segundo Deus (II Coríntios 7:10) precede o
arrependimento que é uma mudança permanente do coração e da mente acerca do
pecado.
C. Os meios para a convicção. Mesmo a
convicção sendo um trabalho do Espírito de Deus, Ele se agrada por usar certas
verdades neste trabalho. Assim como Ele usa freqüentemente as verdades da ira
divina para despertar os pecadores, para a convicção, Ele também usa:
1. A lei (Romanos 3:19-20; 7:7-13). Os homens
geralmente julgam-se pelas ações do seu próximo, mas pela convicção eles
entendem que a glória de Deus é o que falta para eles (Romanos 3:23).
2. A bondade de Deus (Romanos 2:4). Muitos
têm dado testemunho de que foi o entendimento da bondade de Deus que lhes
convenceu dos seus pecados.
D. As marcas da verdadeira convicção.
1. A verdadeira convicção faz com que os
homens aceitem suas culpas (Salmos 51:4; Lucas 18:9-14).
2. A verdadeira convicção destrói o egoísmo
do homem (Lucas 18:9-14; Isaías 64:6).
3. A verdadeira convicção encara o pecado
como sendo contra Deus (Salmos 51:4; Lucas 15:18).
4. A verdadeira convicção guia o convencido a
Cristo, e não ao desespero mundano (II Coríntios 7:10).
A convicção pode não ser uma obra agradável,
mas é necessária. Ver como somos, é um pré-requisito para que vejamos a Cristo.
Nas primeiras quatro bem-aventuranças (Mateus 5:3-6) nosso Senhor explica que
só os que conhecem a verdadeira convicção são realmente abençoados.
IV. UM DESEJO PARA OS MEIOS DA GRAÇA
Antes de uma alma ser convertida, o Espírito
Santo freqüentemente produz no sujeito o desejo de orar e ouvir a Palavra de
Deus.
Conclusão - Tomara que cada aluno da Palavra
de Deus possa agora ver que o propósito da obra preparatória do Espírito é
fazer com que o pecador estime ao Senhor Jesus Cristo. Cada obra do Espírito
leva o pecador mais perto da realização, pois só a fé em Cristo pode salvar a
alma.
"Aquele que conduz a alma a se orgulhar
Ou gabar-se de qualquer feito,
A
não ser Cristo crucificado,
Não é do Espírito Santo.
O
Espírito Santo deixa de falar
O
que Ele mesmo tem sido,
Mas move o pecador a procurar
A
Salvação pelo Filho.
A
HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Os Apóstolos ficaram tristes e confusos
quando da menção da morte de Cristo e de sua partida. Na noite anterior a da
Sua crucificação, o Salvador fortaleceu-os falando da vinda de um outro
Consolador (João 14:16, 17). Este Consolador não só estaria com eles durante a
vida como verdadeiramente habitaria neles. A habitação do Espírito de Deus
ainda é consolo e sustento para os crentes. Nosso Salvador não está conosco em
carne enquanto nós enfrentamos as aflições de cada dia, mas há Um maior do que
o mundo (I João 4:4).
I. A DOUTRINA BÍBLICA DECLARADA
O Novo Testamento ensina que o corpo de cada
crente é lugar de habitação para o Espírito de Deus (I Cor 6:19; João 7:38,39).
A habitação do Espírito não deve ser confundida com Suas obras graciosas no
crente. A regeneração e os dons do Espírito devem ser distinguidos do dom da própria
pessoa do Espírito (I Cor 12:4; Atos 2:38).
II. UMA VISÃO FALSA
Nenhuma verdade bíblica tem escapado da
perversão das mãos dos homens. O erro mais comum referente a habitação do
Espírito nos crentes é a afirmação de que essa benção não é comum a todos os
crentes. Muitos ensinam que a salvação deve ser complementada por uma outra
experiência antes que alguém possa gozar da presença e do poder do Espírito. A
essa experiência chamam de segunda benção, santificação, ou batismo com o
Espírito Santo. Enquanto vários grupos aumentam seus próprios conceitos, a
idéia geral permanece a mesma.
A falha fundamental deste ensinamento está na
idéia de que a salvação deve ser suplementada. Estando em Cristo o crente
alcança todas as bênçãos (Col 2:10; Efés 1:3; I Cor 1:30). Quando os homens
deixam de estar atentos a Cristo eles cometem erros. O dom do Espírito Santo
vem para nós através da salvação por Cristo não como um suplemento (Rom 8:32;
João 7:39). O Espírito Santo veio para magnificar a Jesus Cristo e não para
chamar a atenção a Si (João 15:26).
III. A DOUTRINA BÍBLICA PROVADA
Já têm sido mencionado os versículos que
mostram nossa doutrina claramente, e estes que seguem revelarão que há muitas
outras verdades bíblicas que sugerem a habitação do Espírito Santo em cada
crente.
A. O Espírito é recebido através da fé. A
condição da salvação e o recebimento do Espírito são iguais - Efésios 2:8; João
7:38,39; Atos 11:16,17; Gálatas 3:2; Efésios 1:13.
B. Aqueles que estão sem o Espírito não são
salvos - Romanos 8:9; I Coríntios 2:9-15; 12:3; Judas 19.
C. A presença do Espírito é necessária para
que alguém seja ressurgido ou transladado - Romanos 8:11.
D. O Espírito é um dom - Atos 10:45.
E. A segurança da salvação está baseada em
nós termos o Espírito - I João 4:13; 3:24; Romanos 8:15,16; 5:5.
F. Os crentes são vencedores - I João 4:3,4.
G. Deus nos dá o Espírito porque somos filhos
- Gálatas 4:6.
A Simples idéia de um cristão não ter o
Espírito é contraditória a todos os ensinamentos da Bíblia sobre a salvação
IV. PROBLEMAS RESOLVIDOS
Deixe-nos gastar alguns momentos com
versículos usados no ensino de um falso aspecto dessa doutrina.
A. Efésios 5:18 - O "enchimento" do
Espírito e a "habitação" não devem ser confundidos. Nós nunca somos
instruídos a sermos "habitados" pelo Espírito de Deus.
B. Atos 5:32 - A obediência mencionada aqui é
simplesmente a fé em Cristo. II Tessalonicenses 1:8; João 6:28,29; 7:39.
C. Passagens relacionadas ao batismo com o
Espírito Santo
DONS ESPIRITUAIS
A palavra CARISMA significa “dom”,
manifestação do Espírito. CARIS (grego) quer dizer “graça”.
Os dons são manifestações sobrenaturais
concedidas, pelo Espírito com a finalidade de edificação da Igreja. Ler Romanos
12:6-8 e Tiago 1:17.
Existe diferença entre dons espirituais e talentos
naturais.
O talento natural é a capacidade que uma
pessoa tem de executar algo de modo espontâneo. Pode ser hereditário ou
adquirido com estudo, dedicação e persistência.
Os dons espirituais são sobrenaturais na
origem e nos resultados. A pessoa que utilizar seus dons naturais no serviço do
Senhor, precisa sempre estar atento à direção do Espírito Santo. Os talentos
naturais podem se tornar um problema na vida da Igreja, se forem usados sem
cuidado e com intenções pessoais: por vaidade, desejo de reconhecimento ou para
dirigir a vida dos outros.
COMO RECEBER OS DONS DO ESPÍRITO?
Os dons espirituais são recebidos
naturalmente por revelação vinda de Deus. Somente depois de constatados e
confirmados é que poderão ser manifestados exteriormente, para a edificação.
Cumprida a recomendação bíblica, muitos
problemas decorrentes do mau uso dos dons, seriam evitados.
“Por boca de duas ou três testemunhas será
confirmada toda a palavra”. II Coríntios 13:1b.
“... leva ainda contigo um ou dois, para que
pela boca de duas ou três testemunhas, toda a palavra seja confirmada”. Mateus
18:16.
O dom não é para uso particular. A pessoa com
um dom, não pode usá-lo como se fosse proprietária dele, porque é recebido pela
graça, é dom de Deus. Os dons podem ser recebidos em qualquer ponto da carreira
cristã, independente da condição espiritual da pessoa.
O MAL USO DOS DONS ESPIRITUAIS
Exemplos Bíblicos sobre o mau uso dos dons:
Em proveito próprio:
Tentando agradar a Balaque, rei de Moabe,
Balaão, profeta gentio, recusa-se a cumprir o mandado de Deus e escolhe seguir
as intenções do seu coração:
•
Consulta o Senhor, quando já sabia a Sua vontade;
•
Mesmo com a negativa de Deus, prefere agradar ao Rei, numa tentativa de
mudar o coração de Deus;
•
Impedido de amaldiçoar o povo hebreu, Balaão aconselha Balaque, a
seduzir o povo com mulheres moabitas e com seus deuses estranhos, conduzindo-os
a desobedecerem ao mandamento de Deus;
• Balaão é tipo dos profetas que, até hoje,
se vendem por presentes. Ler Números 23:1, 12, 13, 14 e 31:16.
• Compra e venda de dons: Simão tenta
comprar, de Pedro e João, o dom de imposição de mãos. Atos 8:17-24.
• Idolatria: Transformar a pessoa com dons de
revelação, visão, profecia e outros, num “oráculo”, isto é, alguém com resposta
para todas as questões.
É natural que as pessoas portadoras de dons,
se evidenciem na Congregação e, por esse motivo, muitos começam a tratá-los
como pessoas especiais ou mais espirituais.Idolatria é a exaltação do dom com
desprezo do Doador, e a substituição da Palavra de Deus pela palavra do homem.
Uma pessoa pode criar profecias, ou revelações da sua mente para não
decepcionar as pessoas, nem se sentir rejeitada pelos que aguardam uma palavra.
O certo seria falar apenas o que viu e ouviu. Falar ou fazer o que Deus não
mandou é usurpar o lugar de Deus, é exercer indevidamente uma função que não
lhe pertence.
Corrigindo os abusos:
Esses casos precisam ser corrigidos pela
liderança da Igreja, através da direção do Espírito e dos modelos bíblicos:
Quando algum milagre acontecia por intermédio
dos apóstolos, o povo queria adorá-los como deuses. A atitude deles era de
repulsa e de apresentação da origem do poder.
“E dizendo isto, com dificuldade impediram
que as multidões lhes sacrificassem”. Atos 14:18.
Ler Atos 3:12; Atos 14:8-18.
• A
Igreja precisa interferir quando o profeta fala sem a inspiração de Deus.
Aceitando a correção e a disciplina, o dom é aperfeiçoado, até que o profeta
tenha condição de julgar a si mesmo, sabendo se a revelação é de Deus ou da sua
própria mente.
Encontramos na Bíblia um profeta, Ageu, que
profetizou durante quatro meses, ficando
registradas, nas Escrituras, apenas três de suas profecias recebidas em três
tempos diferentes no segundo ano do rei Dario. Suas profecias têm o mesmo valor
das proferidas por outros profetas. O profeta é útil para o Reino quando
transmite a palavra de Deus, sejam poucas ou muitas.
“No primeiro dia do sexto mês”. Ageu 1:1.
“No dia vinte e um do sétimo mês”. Ageu 2:1.
“No dia vinte e quatro do mês nono”. Ageu
2:10.
É preciso apurar o discernimento para
conhecer e aceitar o que vem de Deus e rejeitar o que é da mente ou de
demônios.
“Tudo tem o seu tempo determinado... Há tempo
de estar calado, e tempo de falar...”. Eclesiastes 3:1a e7b.
“... muitos de vós não sejam mestres, sabendo
que receberemos mais duro juízo”. Tiago 3:1.
Julgamento dos dons:
É preciso colocar os dons à prova. O que a
pessoa diz que recebe de Deus, precisa ser comprovado pela Igreja. Toda pessoa
que recebe um dom, deveria submeter-se ao julgamento da Igreja, para que todos
sejam abençoados.
Os dons são do Espírito Santo. Pertencem a
Deus. Não são propriedade particular. Não são para uso próprio nem para
beneficiar alguém, nem para divertimento, mas unicamente para a Glória, a
Honra, o Louvor e o Poder de Deus.
•
Quando Jesus esteve diante de Herodes para ser julgado, calou-se diante
do interrogatório, porque bem conhecia as intenções daquelas autoridades:
“E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito;
porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas, e
esperava que lhe veria fazer algum sinal; e interrogava-o com muitas palavras,
mas ele nada lhe respondia”.
Lucas 23:8-9. Ler Mateus 27:11-14.
O dom não deve ser usado independente da
Igreja, pois está inter-relacionado com os demais dons, ministérios e serviços.
A Igreja não pode permitir que uma pessoa use os dons com irresponsabilidade,
pois está capacitada a discernir, pela Palavra, se a pessoa está usando sua
própria mente ou sendo instrumento de Satanás. O limite entre a “alma e o
espírito” só pode ser conhecido pela Palavra de Deus. Hebreus 4:12. Sem o
devido julgamento, a utilização dos dons, é perigosa e produz mal ao invés de
bem.
A Origem dos Dons:
Só existem três fontes de origem dos dons:
• O
Espírito: verdadeiros, de acordo com a Palavra;
• A
mente: dons naturais usados como se fossem espirituais; fabricação de dons por
ilusão mental, a pessoa acredita que suas visões ou revelações são do Espírito.
Se o crente usar sua própria mente para “fabricar” seus dons, o Espírito se
afasta, e a pessoa fica a mercê de Satanás;
• O
diabo: falsificação, imitação e manifestação dos dons, tanto para mal, quanto
para bem, sempre na tentativa de apresentar-se como Deus.
“... e os seus profetas predizem mentira
dizendo: Assim diz o Senhor Jeová; sem que o
Senhor tivesse falado”. Ezequiel 22:28b. Ler Jeremias 23:28-32; Ezequiel
13:3 e 6.
O uso abusivo e indisciplinado dos dons, por
muitos que se auto-nomeiam profetas, é que causam temor e incredulidade na
maioria das Igrejas. Sem condição de corrigir os exageros, e com zelo
excessivo, proíbem o uso dos dons e ficam privadas das bênçãos que Deus tem
para derramar. A usurpação dos dons espirituais ou a utilização dos dons
naturais e da mente sem a participação do Espírito, será julgada por Deus e não
mais pela Igreja, conforme a descrição que Jesus mesmo faz:
“Por seus frutos os conhecereis”. Mateus
7:16a
“Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se
e lança-se no fogo”. Mateus 7:19.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
Entrará no Reino dos céus...”. Mateus 7:21a.
Este é um duro julgamento! A pessoa que não
aceita a disciplina na terra, preferindo fazer a sua própria vontade, terá sua
recompensa segundo suas obras.
“A obra de cada um se manifestará; na verdade
o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja
a obra de cada um”. I Coríntios 3:13. Uma Igreja madura terá discernimento para
doutrinar biblicamente seus membros e receberá todas as bênçãos decorrentes da
utilização correta dos dons. A compreensão da finalidade e do real valor dos
dons; a posição correta de cada ministério; a perfeita identificação entre os
dons e os frutos e o discernimento para julgar com equilíbrio, fortalecerá a
Igreja que cumprirá sua verdadeira missão de Comunidade Terapêutica, assim como
é o funcionamento dos membros e órgãos internos do corpo humano ou as
engrenagens de uma máquina.
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa,
entre a qual resplandeceis como astros
no mundo; retendo a palavra da vida...”.
Filipenses 2:15-16a.
E então, o mundo conhecerá que
verdadeiramente, Jesus é Deus.
DONS
ESPIRITUAIS E FRUTO DO ESPÍRITO
DIFERENÇA E INTEGRAÇÃO
Os dons são para serem utilizados na terra e
perecerão. Os frutos são para a eternidade. Os dons são recebidos de Deus. Os
frutos se manifestam a partir do interior do homem pela operação do Espírito
Santo. “... havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá”. I Coríntios 13:8-13. “Ora a esperança que se vê
não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?”. Romanos 8:24.
O dom da fé, não será mais necessário quando
a esperança da Igreja for alcançada. Só o amor, que é um fruto do Espírito,
permanecerá, porque já faz parte da natureza espiritual que está sendo formada
em nós. I Coríntios 13:3.
O fruto é o resultado de um processo gradual.
É um trabalho do Espírito, com a participação
do crente. Sempre que há liberdade, o Espírito opera, promovendo a implantação
do caráter de Cristo, substituindo as obras da carne pelo “fruto do Espírito”.
Gálatas 5:19-23.
O fruto começa a manifestar-se de dentro para
fora.
É um trabalho de parceria de Deus com o
homem.
O Espírito Santo começa a mostrar os desvios
em nosso caráter, mente e emoções. As correções e curas acontecerão na medida
de uma resposta positiva do crente. O propósito de Deus, é que cada um alcance
a semelhança d’Ele, conforme foi Sua intenção na Criação. Aquele que valoriza o
fruto do Espírito e deseja alcançar a maturidade, ocupará o lugar em que deve
estar sentindo-se em paz e feliz, por menor que seja o seu trabalho. “As linhas
caem-me em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança”. Salmos 16:6.
Exemplo:
Num jardim de infância, em dia de festa, era
apresentado um quadro pintado pelas crianças. Um garoto, o mais entusiasta,
entre todos, mostrava aos visitantes a pintura da qual ele havia participado.
Ao lhe perguntarem, qual a parte do quadro lhe pertencia, respondeu satisfeito:
“Eu lavei os pincéis”.
(Fonte desconhecida).
A posição de cada pessoa no Corpo de Cristo,
é desempenhada através dos dons, dos ministérios e das operações, porque: “Ora
há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de
Ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de Operações, mas é o
mesmo
Deus que opera tudo em todos”. I Coríntios
12:4-6.
A Trindade está presente nas atividades da
Igreja, ensinando, dirigindo, exortando e julgando. Uma pessoa pode ser
piedosa, manifestar frutos de crescimento espiritual e, no entanto, não
apresentar nenhum dom que a destaque dos demais.
Outra pessoa pode apresentar muitos dons, ser
ousada na manifestação deles, ocupar posições de liderança e, contudo,
estacionar em sua caminhada espiritual, enfraquecer na fé e, até apartar-se do
Caminho.
O dom, não possui valor próprio.
Não produz salvação, nem crescimento
espiritual. A maturidade espiritual, pessoal e corporativa, vai sendo alcançada
à medida que cada um sinta a necessidade de buscar os frutos do Espírito em sua
vida. O homem natural traz as raízes de Adão, por isso não pode compreender
assuntos espirituais.
O Novo Nascimento capacita a pessoa, a
receber a imagem do segundo homem, que desceu do céu, o Senhor Jesus Cristo, e
receber uma nova herança, uma nova raiz: “Assim como trouxemos a imagem do
terreno, assim traremos também a imagem do celestial”. I Coríntios 15:49.
Ler I Coríntios 15:39-50.
Os dons não podem substituir “o fruto”. A
operação conjunta entre o fruto e o dom, dará condições à pessoa de alcançar
equilíbrio e apurar o discernimento. Quando os dons são utilizados sem amor,
para nada servem. São como “... o metal que soa ou como o sino que tine”. I
Coríntios 13:1b.
O amor, fruto do Espírito, é um dos atributos
de Deus, posto ao alcance dos seus filhos. “... o amor de Deus está derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:5b.
Os capítulos 12, 13, e 14 de I Coríntios
referem-se aos dons:
• Capítulo 12: Classificação dos dons.
• Capítulo 13: O dom mais excelente.
• Capítulo 14: Finalidade e disciplina no uso
dos dons.
Esses três capítulos formam um conjunto onde
se pode perceber uma perfeita harmonia entre a doutrina e a prática da vida
cristã e a integração entre os dons e o fruto do Espírito. O poema que descreve
o verdadeiro amor, no capítulo 13, está intercalado entre a teoria e a prática
dos dons.
A Interdependência dos Dons:
É comum encontrarmos pessoas que operam com
mais de um dom. Isso se deve ao fato de que os dons são interligados e dependem
uns dos outros.
• Uma pessoa pode ter uma palavra de
sabedoria, e ao mesmo tempo discernir um espírito de enfermidade em alguém, e
ainda expulsar o demônio causador daquele mal. Operaram juntos os dons de:
Sabedoria, Discernimento, Expulsão e em conseqüência, a Cura.
• Uma interpretação de línguas, pode ser
intercalada com uma profecia. Operaram juntos o dom de línguas a interpretação
e a profecia.
• A fé pode ser utilizada na expulsão de
demônios, mas também, para a manifestação do poder de Deus na cura e na
operação de milagres. Operaram juntos o dom da fé, a expulsão de demônios, a
cura e a operação de maravilhas.
Diferença entre dom e ministério:
O dom tem alcance limitado; o ministério é
aceito, respeitado e dele é que depende a unidade e toda a vida da Igreja.“Bem
está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra
no gozo do teu senhor”. Mateus 25:23.
Um dom pode ser transformado em ministério, e
isto refere-se a uma função conferida aos portadores de dons. Depois do
cumprimento de um tempo, no uso do dom, com seriedade e respeito, havendo a
testificação da liderança, o dom passa a ser exercido como um ministério.
Existe uma diferença entre “ministério no uso dos dons” e o Ministério na
direção de uma Igreja.
Uma Igreja não pode ser dirigida por dons.
Os ministérios citados por Paulo, em suas
cartas, significam uma investidura para a direção da Igreja: Uma liderança
separada por Deus e aprovada pelos homens.
“E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para a
edificação do corpo de Cristo”. Efésios 4:11-12.
CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
UM ESTUDO EM I CORÍNTIOS 12:1-11.
O profeta Joel fala sobre a descida do
Espírito Santo e a manifestação dos dons espirituais sobre a Igreja.
“E há
de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne,
e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos,
os vossos
mancebos terão visões. E também
sobre os servos e sobre
as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito”. Joel 2:28-29.
Esta palavra profética cumpriu-se no dia de
pentecostes e é citada, literalmente, pelo apóstolo Pedro, em seu discurso logo
após o cumprimento dessa profecia.
“E de repente veio do céu um som, como de um
vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados.
E
foram vistas por eles línguas repartidas, como que
de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles.
E
todos foram cheios do Espírito Santo...”.
Atos 2:1-4a e Atos 2:16-18
Em I Coríntios 12:1-11, encontramos nove dons
distribuídos em três categorias, com três dons cada uma:
I
- DONS DE REVELAÇÃO: Sabedoria,
Ciência e Discernimento de espíritos.
II -
DONS DE PODER: Fé, Cura e Operação de maravilhas.
III - DONS DE INSPIRAÇÃO: Profecia, Línguas e
Interpretação.
I - DONS DE REVELAÇÃO
As revelações vêm diretamente do Espírito
Santo ao espírito do homem, vivificado pelo Novo Nascimento. Estar em Cristo é
uma expressão muito usada nas Cartas Paulinas e significa nossa identificação
com Deus pela comunhão. A comunhão é o elo entre o Espírito de Deus e o nosso
espírito.
É a certeza da nossa integração com
Deus.
“Frutificando em toda a boa obra e crescendo
no conhecimento de Deus” e
“Crescei na graça e conhecimento do nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Efésios 1:17; Colossenses 1:9-10 e II Pedro
3:18.
A falta de sabedoria, de conhecimento e
discernimento, pode levar uma pessoa e até uma Igreja inteira ao caos, à
confusão, à quebra de confiança, entre as pessoas, à criação de grupos
independentes, ao desrespeito aos pastores e líderes, à divisão.
“... não cessamos de orar por vós, e de pedir
que sejais cheios
do
conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria
e inteligência espiritual”. Colossenses 1:9.
O crente deve buscar o “espírito de sabedoria
e de revelação” e também apurar sua “inteligência espiritual”, a fim de
conhecer a vontade de Deus e discernir entre o santo e o profano. Os dons de
revelação são os mais silenciosos, de menos aparência externa e requerem uma
participação maior do homem. São também os mais fáceis de serem manipulados,
porque sua manifestação externa depende da honestidade e sinceridade da pessoa
que os possui. Os dons de poder operam o sobrenatural e não dependem da
interferência humana. Os dons de poder e inspiração, são os mais visíveis, mas
na prática, todos possuem o mesmo valor. A revelação é a descoberta do que está
oculto, a manifestação de um mistério e o esclarecimento daquilo que é
humanamente incompreensível.
“Como me foi este mistério manifestado pela
revelação como acima em pouco vos escrevi...
e demonstrar a todos qual seja a dispensação
do mistério, que desde os séculos
esteve oculto
em Deus...”. Efésios 3:3, 8 e 9.
O propósito das revelações de Deus para a
Igreja é fazer notória Sua soberania, Seu governo e domínio, para que a Igreja
cumpra a sua vontade e se submeta com temor. João 17:23 e Efésios 3:10. Os
demônios imitam os dons do Espírito e também revelam coisas ocultas. As
revelações de fontes pagãs, funcionam somente a nível mental, não podem atingir
o espírito. Tais conhecimentos, descobertas, visões, profecias..., são
temporais, limitados e direcionados às pessoas, tanto para o bem quanto para o
mal.
“Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas
é terrena,
animal e diabólica”. Tiago 3:15.
Ler I Coríntios 3:18-23.
A
maioria dos profetas pagãos, desconhece a fonte de suas revelações; outros
sabem que não procedem de Deus, mas preferem escolher e receber o mal como se
fosse o bem. Os profetas seculares são exaltados pelo cumprimento de muitas de
suas profecias e, por mais honestos que sejam, sempre haverá erros em suas
previsões.
“...
E, se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não
falou?
Quando o tal profeta falar em nome do Senhor,
e tal palavra não se cumprir,
nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou;
com soberba a falou o tal profeta, não tenhas
temor
dele”. Deuteronômio 18:20-22.
Ler o confronto entre o profeta Jeremias
com um falso profeta. Jeremias 28:1-17.
Os profetas bíblicos conhecem a procedência
de suas revelações, estão convictos da veracidade das palavras que proferem e
não há erros em suas profecias. Geralmente, começam a profecia designando a
origem de suas revelações, falando com firmeza e convicção:
• “E veio a mim a Palavra do Senhor”;
• “Assim diz o Senhor Jeová”;
• “E disse-me o Senhor”;
• “O Espírito do Senhor Jeová está sobre
mim”.
“Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro
porque me deste
sabedoria e força; e agora me fizeste saber o
que te
pedimos, porque nos fizeste saber este
assunto do rei”. Daniel 2:23.
Os dons de Revelação são os mais necessários
para a sobrevivência da Igreja. Através desses dons é que a Igreja descobre e
proclama a Verdade dos tesouros da Palavra.
DONS DE REVELAÇÃO
SABEDORIA
A sabedoria é parte da Onisciência que Deus
oferece à Igreja para capacitá-la no cumprimento de sua missão. Não é
conhecimento humano. Este dom é de grande valor na vida do cristão, por que:
•
Exerce influência no relacionamento interpessoal.
• Faz
diferença na aceitação dos problemas existenciais.
•
Capacita a pessoa:
• A
aceitar seus limites, sua fragilidade e transitoriedade;
• A
fazer boas escolhas;
• A
fazer diferença entre o absoluto e o relativo;
• A
aproveitar suas experiências de vida para seu próprio crescimento.
Não podemos dar o que não temos. Se o que
temos são pensamentos próprios, só transmitiremos conceitos e palavras,
eloqüência e conhecimento humano que só alcançam o intelecto, estimulam a alma,
as emoções, a mente e a vontade de quem ouve. O crente sabe que é um
“cooperador” de Deus e que a fonte dos seus dons e do seu conhecimento, vem de
Deus. Um pregador que possui o dom da sabedoria, é diferenciado dos demais,
pela unção que há na sua fala, porque transmite, não apenas o que estudou, mas o que
experimentou no seu convívio com Deus. Ler Provérbios capítulos 2, 3, 4, 8 e 9.
O fruto do Espírito, só pode ser alcançado
pelo Espírito.
“O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que
somos filhos de Deus”. Romanos 8:16. Ler
Efésios 3:14-19.
Quando alguém é tocado pelo amor e pela luz
de Deus, certamente transmitirá esse amor e essa luz ao outro. Existem
características que são necessárias a uma pessoa que aspire a liderança na obra
do Senhor. É preciso, conscientemente, permitir que a obra da Cruz seja
realizada em sua vida. Esse processo dura a vida toda, e consiste em destruição
e reconstrução, morte e ressurreição. Destruição e eliminação dos conceitos
contra a Palavra de Deus, contra a verdade e reconstrução e renovação dos novos
conceitos segundo o pensamento de Deus. À medida que o crente persevera em
assimilar assuntos referentes a Deus, através de Cristo e do seu Espírito
Santo, vai conquistando novos territórios no reino espiritual.
É aperfeiçoamento para alcançar a maturidade
espiritual.
“Para que a prova da vossa fé, muito mais
preciosa do que o ouro
que perece e é provado pelo fogo, se ache em
louvor, e honra, e
glória, na revelação de Jesus Cristo; ao
qual, não o havendo
visto amais; no qual, não o vendo agora, mas
crendo, vos
alegrais com gozo inefável e glorioso;
alcançando o
fim da vossa fé, a salvação das almas”. I
Pedro 1:7-9.
Deus usa vários modos para moldar e atrair o
servo para mais perto Dele. Alguém disse:
“eu sempre me queixava das interrupções no
meu trabalho,
até que entendi que elas é que eram o meu
trabalho”.
O dom da sabedoria é sobrenatural, não está
vinculado a nenhum método humano.
Exemplos:
• Noé sabia que o dilúvio aconteceria porque
recebera uma revelação de Deus. Ler Gênesis 6:13-22.
• A José foi dada a palavra de sabedoria e a
capacidade de interpretar sonhos e prever acontecimentos futuros. Ler Gênesis
40:8-13 e 41:16-37.
• Para a construção do Tabernáculo e das
vestes sacerdotais, Deus escolheu pessoas e distribuiu o dom da sabedoria para
que tudo fosse feito.
“... porque foi dito: Olha, faze tudo
conforme o modelo que no
monte se te mostrou”. Hebreus 8:5. Atos 7:44.
Ler Êxodo 31:3-11; 35:30-35; 36:1.
• O rei Salomão pediu a Deus entendimento
para governar o povo. Foi tal a resposta a esse pedido, que a Bíblia registra
que Salomão foi o homem mais sábio da terra.
É bem conhecida a sentença dada às duas
mulheres que se diziam mães da criancinha que ficara viva após a morte da
outra: partir a criança ao meio, e cada mãe ficaria com a metade. O resultado é
que foi descoberta a verdadeira mãe, que preferiu a criança viva, ainda que
ficasse com a outra. Ler I Reis 3:4-28 e 4:29-34.
• Com Daniel e seus companheiros estava a
sabedoria no modo de conduta dentro e fora do palácio, na interpretação dos
sonhos de Nabucodonozor, na tradução das palavras proféticas escritas na parede
do palácio, e sobre o destino da Babilônia naquela noite do banquete. Ler Daniel
2:19-30; 4:19-27 e 5:18-31.
• Aos três magos do Oriente, que vieram
adorar Jesus, em Belém, foi-lhes dado um aviso em sonhos, para que não
voltassem a ver o rei Herodes. Ler Mateus 2:12.
SABEDORIA NO ACONSELHAMENTO:
A
sabedoria é muito útil, em gabinetes de aconselhamento. A um conselheiro
atento, pode ser revelado o momento certo de dizer uma palavra, não para
dirigir a vida do outro, mas como auxílio para que ele mesmo encontre a solução
do seu problema e passe a tomar suas decisões com responsabilidade.
A responsabilidade é pessoal.
O conselheiro que usa seus próprios
conhecimentos sem preocupar-se com a direção do Espírito, dá poucos frutos ou
quase nenhum. Se a pessoa ficar atenta à voz do Senhor, o Espírito revelará a
palavra certa, no momento certo, sem direcionar a vida do outro. Deus pode
revelar os segredos do coração de alguém para
que a pessoa alcance uma libertação ou cura interior. A falta de
sabedoria no aconselhamento, é a causa da perda de confiança das pessoas que
precisam de ajuda. Isto acontece porque, muitas vezes, o conselheiro apressa-se
em falar o que lhe vem à mente, sem a preocupação de ouvir atentamente o que o
outro precisa expor. O Espírito Santo trata cada um conforme as suas
necessidades. Cada pessoa tem sua própria identidade. Cada um é especial. A
impressão digital e o DNA é único.
O conselho dado a um, pode não servir ao
outro.
“Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte
do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo
antes que ele se converta dos seus caminhos,
e viva?”. Ezequiel 18:23.
“Porque não tomo prazer na morte do que
morre, diz o Senhor
Jeová; convertei-vos, pois, e vivei”.
Ezequiel 18:32.
Ler todo o capítulo. Ezequiel 18:1-32.
Uma Igreja madura saberá formar líderes
capazes de utilizar os dons de Revelação para edificação da Igreja. A sabedoria
não é teórica, é prática e é para ser utilizada no dia a dia do cristão. Pela
sabedoria, sabe-se o tempo de Deus para cada coisa.
O tempo de calar e o tempo de falar, o tempo
de sair ou de permanecer, o tempo de estar junto e o tempo de se afastar, e
também como aplicar a Palavra de Deus na vida prática. Ler Eclesiastes 3:1-8.
DONS DE PODER
FÉ
“... a fé é o firme fundamento das coisas que
se esperam,
e a prova das coisas que se não vêem”. Hebreus 11:1.
“... a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra
de Deus”. Romanos 10:17.
A FÉ é uma semente plantada no espírito de
cada pessoa que nasce e está pronta a germinar pela Palavra de Deus. As pessoas não são cegas, mas seu
entendimento está fechado para assuntos espirituais.
Exemplos:
• Abel, pela fé, ofereceu maior sacrifício do
que Caim. Gênesis 4:1-7.
• Enoque agradou a Deus e foi transladado.
Gênesis 5:24.
• Noé construiu a arca conforme tudo o que
lhe foi ordenado, porque creu no que Deus lhe falou. Gênesis 6:22 e Hebreus
11:7.
• Abraão saiu da sua terra, sem saber para
onde ia, por que creu. Gênesis 12:4. Ler cap. 12:1-9. Hebreus 11:8-10.
• Sara recebeu a virtude de conceber na
velhice. Gênesis 18:9-14 e Hebreus 11:11.
•
Moisés fez tudo conforme Deus lhe ordenou no monte. Êxodo 25:40; Atos
7:44 e Hebreus 8:5.
Vamos considerar alguns tipos de fé:
Fé Natural, Fé Salvadora, Fé como Fruto e Fé
como Dom.
FÉ NATURAL:
Todo homem tem fé em alguma coisa. Ninguém
pode viver sem fé, e precisa confiar em alguém ou em alguma coisa. Se você
viaja, é porque tem fé de que vai chegar no lugar desejado, porque confia no
veículo e em quem o conduz. Você confia que a padaria faz um pão limpo para
você poder comer. Quando você escolhe os alimentos, é porque você precisa
comer, gosta deles e confia que são bons para saúde.
FÉ SALVADORA:
É a fé que abre os olhos espirituais do ser
humano e o faz ver algo que lhe estava oculto. É quando o homem reconhece sua
fraqueza e impossibilidade de salvar-se a si mesmo, por estar distante de Deus.
Esta é a fé que faz o homem ver sua necessidade de ter um salvador e crer que
Jesus é Deus.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém
se glorie”. Efésios 2:8-9. Ler João
3:16 e Hebreus 11:6.
É pela fé salvadora que o homem prova o Novo
Nascimento, que consiste no despertar do espírito humano pela presença do
Espírito de Deus. O Novo Nascimento capacita o homem a compreender a verdade
sobre assuntos espirituais.
Este é o começo da vida cristã.
A partir daí, dependerá de cada um o desejo
de buscar comunhão com Deus, e crescer no entendimento espiritual, através de
sua Palavra.
FÉ COMO FRUTO DO ESPÍRITO:
Depois de alcançada a fé salvadora, a vida do
cristão vai sendo fortalecida durante toda a sua caminhada terrena. A fé vai se
transformando, crescendo à medida que a pessoa anseia pela presença, pelo
conhecimento, obediência aos mandamentos e às determinações da Palavra de Deus.
É indispensável crer que a Bíblia é um dos meios que Deus usa para falar aos
homens. Qualquer discordância, qualquer dúvida não resolvida, qualquer oposição
à Palavra, certamente impedirá o alcance desse fruto do Espírito. Como acontece
com o fruto de qualquer árvore, que começa na flor e vai crescendo lentamente,
assim é com o fruto do Espírito na vida de uma pessoa. É preciso regar, cuidar,
limpar de pragas e insetos, proteger do sol forte, até o seu
amadurecimento.
Todos os cuidados são necessários ao cultivo
da fé.
Não só a fé, mas qualquer fruto do Espírito,
requer todo este tratamento. A fé como fruto do Espírito, é que nos faz ter
intimidade com Deus e nos permite viver num ambiente celestial aqui na
terra.
A FÉ COMO UM DOM:
Alcançar esse dom é um privilégio na vida do
crente, porque é através dele que o poder de Deus pode se manifestar com mais
intensidade. O dom da Fé nos faz compreender que somos meros cooperadores de
Deus. É a prática de tudo o que aprendemos teoricamente; é a posse de algo
inabalável em nosso espírito que nada poderá derrubar. O dom da Fé é que nos
faz transcender a razão e nos permite crer que Deus opera o sobrenatural,
através das nossas palavras, gestos e intenções do nosso coração. Este dom
permite a manifestação do poder de Deus, para que todos glorifiquem ao nosso
Pai que está nos céus.
Quem possui o dom da Fé, é ousado porque:
• Já experimentou a intervenção de Deus em
sua própria vida, muitas vezes e de muitas maneiras;
• Tem convicção de que chegou ao ponto máximo
de sua fragilidade e impossibilidade;
• Reconhece que só Deus pode intervir
realizando o impossível;
• Submete-se à soberania de Deus;
• Aguarda a intervenção divina;
• Sabe que somente um milagre, pode alterar a
situação;
• Compromete sua reputação quando tudo está
perdido;
• Confia na proteção de Deus nas horas de
perigo;
• Está
Capacitado a ver e a receber as promessas de Deus;
•
Alcança vitória nas lutas que enfrenta.
Exemplos:
• Moisés à frente do Mar Vermelho, sem saída
diz ao povo:
“Não
temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor...”. Êxodo 14:13. Ler Êxodo 14:15-26.
• Pedro e João disseram ao coxo na entrada do
Templo:
“Não
tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, levanta-te e anda”. Atos 3:6.
• Elias usou o dom da fé, comprometeu-se,
colocou água sobre a lenha e pediu fogo de Deus. “Então caiu fogo do Senhor, e
consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água
que estava no rego”. I Reis 18:38. Ler cap. 18:22-39.
•
Daniel, na cova dos leões, nada sofreu. Ler Daniel 6:16-22.
•
Paulo não morreu ao ser picado por uma víbora. Atos 28:3-6.
•
Moisés com as mãos erguidas foi o elo de ligação de Deus com o povo,
alcançando vitória contra os amalequitas. Ler Êxodo 17:10-13.
A
Igreja precisa de muitos “Arão e Hur”, para sustentar as mãos cansadas dos que
oram pela vitória do Reino de Deus. Assim, a Igreja seria mais do que
vencedora. Hebreus 11:32-34 lista uma série de milagres operados pelo Dom da
Fé. Às vezes, não percebemos quanto vale este dom, porque não estamos de olhos
abertos para ver de quantas ciladas somos livres a cada dia, pelo Senhor que
cuida de nós.
DONS DE
PODER
CURA
“Na verdade vos digo que aquele que crê em
mim, também fará as obras que eu faço, e as fará maiores que estas; porque eu
vou para meu Pai”. João 14:12.
Ainda não temos visto o cumprimento desta
palavra de Jesus. A maioria das Igrejas não está preocupada em se preparar para
a prática dos dons. Os verdadeiros servos do Senhor não estão satisfeitos com a
ação da Igreja nos dias atuais, porque aguardam ansiosos pelo momento em que
verão o mover sobrenatural do Espírito cumprir-se pela ação da Igreja.
O tempo da centralização dos poderes está
terminando.
O “estrelismo evangélico”, através dos
instrumentos eletrônicos, os shows gospel, estão perdendo a essência, a
autoridade espiritual e a unção. O Espírito Santo precisa ter liberdade de
agir, no tempo e no espaço, porém, a maioria das Igrejas limita a ação do
Espírito, com uma liturgia fechada, muitas regras, horário predeterminado e
restrito, programas de apresentação de talentos naturais, ocupando o tempo
destinado a louvor, celebração, adoração. Preenche-se o pequeno tempo reservado
aos cultos a Deus, com programações de exaltação ao homem.
A PARTIR DESTE PONTO, NOSSO ESTUDO ESTÁ
BASEADO NO LIVRO E NOS VÍDEOS DE CHARLES E FRANCIS HUNTER, MISSIONÁRIOS
AMERICANOS, CUJAS LIÇÕES SOBRE CURA, AMPLIARAM EM MUITO O NOSSO
ENTENDIMENTOÀRESPEITO DESSE DOM.
A Igreja pertence à Deus e não às pessoas. E
Ele tem novidades para nós, a cada dia, mas, por vezes, já estamos tão apegados
ao conhecimento adquirido que permanecemos como se tivéssemos atingido a
perfeição. O poder de Deus, sobrenatural e dinâmico, move-se através dos
tempos, conduzindo a Igreja conforme o caminho predeterminado e estabelecido no
propósito eterno. Não há regras para o sobrenatural, que deveria ser natural
para o crente. O comando é a direção do Espírito. A nós compete apurar a nossa
sensibilidade e percepção, para conhecermos o tempo, o espaço e o modo de Deus
atuar. Deus concedeu poderes à Igreja que deve exercê-lo com humildade e em
unidade. A hierarquia eclesiástica continua existindo, a vida do pastor é
essencial, mas a Igreja como corpo, precisa usar todo o seu potencial em
unidade. A Igreja é uma comunidade terapêutica, e tem o dever de aliviar o
sofrimento daqueles que vêm em busca de socorro. Conforme promessas feitas por
Jesus, acontecerão muitos milagres neste final dos tempos.
Compete à Igreja trazer, à terra, o poder de
Deus.
Falta à Igreja a coragem de por em prática,
exercitar-se, preparando-se para receber e administrar o sobrenatural. Os dons
da fé, cura e expulsão de demônios, são dons de utilidade e necessidade
urgente.
É uma questão de tomada de posse dessa promessa
de Jesus.
Estamos preocupados em resguardar nossa
reputação e levantamos barreiras mentais e espirituais que impedem ao Espírito
Santo de derramar o seu poder. Outros fatores: falta de comprometimento, receio
de não acontecer nada com a nossa palavra, muitos medicamentos liberados para
dores, e especialidades médicas para todos os males. O Espírito Santo quer
operar maravilhas e fica impedido por nosso conformismo, incredulidade, timidez
e medo de errar.
São poucos os crentes comprometidos com ousadia.
Um ou outro missionário, alguns pastores e
poucos irmãos.
A Igreja do tempo do fim, alcançará a
maturidade e usará os dons, naturalmente, com simplicidade, em obediência,
seguindo o modelo de Cristo e dos apóstolos.
O Modelo de Cristo: Como Jesus agia?
Jesus não estabeleceu regras para curar. Ele
sabia o tempo e o modo de fazer, e nos deu a ordem: Curai enfermos, limpai
leprosos, expulsai demônios, ressuscitai
os
mortos: de graça recebestes, de graça dai”. Mateus 10:8.
Deus é soberano. Faz como quer. Atende a
nossa oração.
Jesus mostrou-nos algo prático, usando vários
métodos:
• O
poder da Palavra;
• A fé
do enfermo;
•
Falou diretamente à enfermidade;
•
Tocou no enfermo;
•
Tocou e falou.
•
Aplicou lama nos olhos;
•
Perdoou primeiro e depois curou.
• Ao
paralítico disse:
“Levanta-te, toma a tua cama e anda”. Mateus
9:2.
• Ao
homem da mão mirrada disse:
“Estende a tua mão”. Mateus 12:10.
• Ao
enfermo há 38 anos na beira do poço disse:
“Levanta-te, toma a tua cama, e anda”. Ler
João 5:5-8.
• Ao servo do centurião disse:
Vai e como creste te será feito”. Mateus 8:5.
• Aos dois cegos que o seguiram:
“Tocou então os olhos deles, dizendo:
seja-vos feito segundo a vossa fé”. Mateus 9:29.
• À mulher do fluxo de sangue:
“tocou a orla de suas vestes”. Mateus 9:20.
• À
mulher cananéia:
“Ó mulher! Grande é a tua fé: seja isso feito
para contigo,
como tu desejas”. Ler Mateus 15:21-28.
• No
menino lunático: repreendeu o demônio.
“... e desde aquela hora, o menino sarou”. Ler
Mateus 17:14-18.
• Ao surdo mudo, falou diretamente ao ouvido:
“Abre-te”. Marcos 7:34.
• Na
sogra de Pedro:
“... tocou-lhe na mão, e a febre a
deixou...”. Mateus 8:15.
• No
leproso:
“tocou-o dizendo: quero; sê limpo”. Mateus
8:3.
• Na
ressurreição da filha de Jairo, chefe na Sinagoga:
“... e tomando a mão da menina, disse-lhe:
menina,
a ti te digo, levanta-te”. Marcos 5:41.
Estes são poucos exemplos. Há muitos outros.
Leia os evangelhos e encontrará
maravilhas.
“Jesus pois operou também em presença de seus
discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste
livro"
João 20.30
DETERMINAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS SOBRE
CURA:
“Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da Igreja, e orem sobre ele,ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
e a oração da fé salvará o doente e
o Senhor o levantará...”. Tiago 5:14-15.
Muitas vezes uma cura interior, acontece
depois de uma confissão de culpas passadas, de pecados ocultos, da liberação do
perdão, causadores de doenças psicossomáticas.
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e
orai uns pelos outros para que sareis; e a oração de um justo pode muito em seus efeitos”. Tiago 5:16.
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham com
abundância”. João 10:10
A
confissão e o perdão são essenciais para a liberação da cura para muitos males,
porque Cristo veio para destruir as obras de satanás. A raiz do mal já foi
cortada.
“Para
isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. I João
3:8b.
O
objetivo de uma cura pelo poder de Deus é abençoar as pessoas, mas
principalmente, glorificar o nome de Jesus.
As curas encontradas na Bíblia são
sobrenaturais.
Não são poderes magnéticos, psíquicos,
mentais, nem explicados por ciência ou sabedoria terrena, são milagres. O Espírito
Santo é um perfeito mestre e nunca deixa de ensinar a quem está disposto a
receber e aplicar, em sua vida, tudo o que aprende, para a glória de Deus.
Curar os enfermos é algo excitante! É o desejo do Senhor Jesus. É a vontade de
Deus.
Por que não existem muitos que curam os
enfermos?
Diz a palavra: “Meu povo foi destruído,
porque lhe faltou conhecimento”.
Sinais e maravilhas seguem aos que crêem, diz
a Bíblia. Algumas pessoas põem culpa sempre no diabo que os persegue e os
atormenta. Porventura será ele maior do que Deus? Ele é uma criatura rebelde que já está
julgado e condenado. Nós, os filhos de Deus, assentados em lugares celestiais,
somos vencedores nessa batalha. Como a cauda de um cometa, formada com partículas
da luminosidade desprendida pelo astro em velocidade, assim, a Igreja refletirá
a luz e o amor que recebeu de Deus.
Repita sempre e tenha consigo estas palavras:
Eu sou templo do Espírito Santo; a unção de Deus está sobre mim, em todo o
tempo. Creia nessa verdade. Cresça na fé, fruto do Espírito e receba o dom de
Poder da Fé. Se você quer ver milagres, fale sempre com autoridade.
SOBRE IMPOSIÇÃO DE MÃOS:
Antes
de impor as mãos é preciso conhecer a pessoa. Procurar saber se há algo a ser
confessado: falta de perdão, mágoas, amargura, frustração, sentimento de
autopiedade ou outro impedimento bloqueador e ajudá-la no sentido de alcançar a
libertação. Não sendo feito esse trabalho, além de não ser transmitido nada à
pessoa, quem impõe as mãos estará desobedecendo a ordenança de Deus, e com isso
todo trabalho será inútil.
A recomendação bíblica sobre imposição de
mãos, é:
“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos,
nem participes dos pecados alheios; conserva-te
a ti mesmo puro”. I Timóteo 5:22.
Deus quer que andemos com saúde espiritual e
que a Igreja seja “um povo bem disposto”. Lucas 1:17b.
Se você der o melhor para Deus, Ele dará a
você o melhor.
É preciso alinhar a nossa vida com a Palavra
de Deus.
Muitas passagens Bíblicas contêm promessas de
bênçãos sobre os que confiam no Senhor. A recompensa por temer e obedecer a
Deus será a prosperidade e a felicidade. A mulher estará satisfeita e os filhos
serão saudáveis.
Se
fizeres isso... “então... a tua cura apressadamente brotará...”. Isaías 58:6-8
“E servireis ao Senhor vosso Deus... e eu
tirarei do meio de ti as enfermidades”. Êxodo 23:25. Ler Salmos 128.
FÉ EM AÇÃO:
• Qual o seu desejo? Você te um sonho? Veja-o
realizado.
• Libertação? Considere-se liberto.
• Acerto de finanças? Visualize uma boa vida
financeira.
• Você necessita cura? Sinta-se curado.
• Deseja ver a família salva? Considere-os
salvos.
Visualize-os lendo a Bíblia, pregando o
Evangelho.
• Seja exemplo para eles. Sê tu uma bênção”.
• Cresça no conhecimento e na comunhão com
Deus.
“Deus
chama as coisas que não são, como se já fossem”. Romanos 4:17.
Esta é
a dimensão espiritual, que pode ser alcançada.
Não mentalize nem fale nada que não esteja de
acordo com a Palavra de Deus, cresça “na graça e no conhecimento”. Mantenha
sempre diante Dele mãos limpas, coração arrependido, mente purificada, ouvidos
atentos à Palavra de Deus e olhos firmados em Jesus.
“Olhando para Jesus autor e consumador da
fé...”. Hebreus 12:2. Ler Números 21:5-9 e Salmos 15.
Não duvide no seu coração. Faça e fale com
autoridade.
Não desanime, creia que Deus está operando em
silêncio.
O milagre pode não ser instantâneo. E o diabo
entra para dizer que não houve nem haverá cura.
Recomendações aos que desejam receber o dom
de curar: Deus é soberano, onipotente e, por isso, pode fazer o que quer, do
modo que desejar, quando e onde quer. Contudo, há certas condições básicas que
devemos seguir. Deus é misericordioso, mas conhecendo nosso interior, sabe que
somos presunçosos, aventureiros, soberbos e, portanto, precisamos de disciplina.
Tudo deve ser feito com amor, reverência,
temor ao Senhor.
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e
não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus próprios olhos: teme
ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será remédio para o teu umbigo, e medula
para os teus ossos.”. Provérbios 3:5-8.
Não podemos viver em pecado e esperar que
Deus cumpra suas promessas a nosso respeito. Se estamos no centro da vontade de
Deus, o poder fluirá!
Há um preço a pagar, por quem se compromete
com Deus.
Ele é galardoador dos que o buscam.
Ele recompensa aos que crêem e confiam n’Ele.
Um milagre é uma ação livre, dentro ou fora
do que nossa razão chama lei.
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS:
Quem recebe a cura deve tomar posse da
bênção. Se não for curado da primeira vez não desista. Peça outra ministração.
Não pense que Deus não quer curá-lo. Ele quer perseverança.
Como preservar a cura?
Glorifique ao Senhor Jesus, receba a cura e
diga-lhe que não aceita as mentiras de sua própria mente ou do inimigo que
lança incredulidade para você não receber a bênção.
Findam Aqui As Proposições Do Casal Charles E
Francis Hunter.
DONS DE
PODER
Operação de Maravilhas
Milagre é a suspensão temporária ou
definitiva de uma ordem natural. Milagres são acontecimentos que parecem anular
ou contradizer as chamadas leis da natureza.E as leis da natureza (descobertas
pela ciência) na verdade foram estabelecidas por Deus desde a Criação.As fases da
lua, as quatro estações obedecem seu tempo determinado, os cursos dos rios, a
lei da gravidade, os limites do mar, as
órbitas dos planetas, o tempo de geração dos animais e do homem.Os milagres no
Antigo Testamento aconteceram como método de Deus se fazer conhecido do homem e
mostrar que Ele criou e conduz o curso deste mundo.
Fatos extraordinários aconteceram no Egito
enquanto o povo hebreu, em Gozen, nada sofria;
•
Abertura do Mar Vermelho;
• Parada da lua e do sol por Josué;
• O azeite e a farinha da viúva;
• Descida do fogo no monte Carmelo para
consumir o sacrifício de Elias;
• A volta do sol em 10 graus no relógio de
Acabe, como sinal, para Ezequias;
• A panela de sopa venenosa tornada inócua
por um ato de fé de Eliseu.
O maior número de milagres foram realizados
através de Moisés, Elias e Eliseu, que são tipos de Cristo. A operação de
milagres mostra a soberania de Deus e manifesta a sua glória. Deus tem prazer
em operar milagres, quer fazê-los usando a Igreja. O poder de fazer “obras
maiores” vem do Espírito Santo e está disponível aos cristãos. Jesus não
atendia as pessoas que queriam vê-Lo operar milagres apenas por curiosidade.
“Uma geração má e adúltera pede
sinal...”. Mateus 12:39-40.
“E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se
muito...por ter ouvido dele muitas coisas e esperava que lhe veria fazer algum
sinal; e interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia”. Lucas
23:8-9.
A Bíblia diz que os asseclas de Satanás farão
obras grandiosas e sedutoras, para atrair adeptos.
“Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e
farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos”. Mateus 24:24
Há para cada dom uma falsificação do diabo.
Curas temporárias, profecias futuristas,
sonhos sobre mortes, levitação, entortar talheres, beber muitas garrafas de
cachaça, sem se embebedar, sinais sem nenhuma utilidade prática, nem benefício
para as pessoas. David J. Du Plessis, em seu livro “Vai, disse-me o Espírito”,
narra que, ao orar por um irmão no hospital, Deus disse “é preciso estar ao
lado da cama dele agora”. Deu o primeiro passo fora do portão e, ao dar o
segundo passo, encontrou-se nos degraus da casa, há 2 km . Os outros
companheiros chegaram 15 minutos após. Mel Tari no livro “Como um Vento
Impetuoso”, narra sobre milagres ocorridos na Indonésia: pessoas foram
alimentadas milagrosamente, a água foi transformada em vinho, pois no lugar
onde estavam, não havia onde comprar os elementos da Ceia, grupos atravessaram
rios andando sobre a água, houve até ressurreição de mortos.
Por que conseguiram estas maravilhas?
Porque creram que a fonte do poder que operou
no passado, continua a agir nos dias de hoje. Não aprenderam que os milagres se
limitaram à Igreja primitiva. Usaram a fé simples, espontaneamente, e Deus correspondeu. Deus
nos coloca numa Nova Dimensão de Vida, para que nos acostumemos com assuntos
sobrenaturais.
Deus quer que avancemos e não olhemos para
trás.
Todos os dons possuem o elemento
sobrenatural, mas a operação de milagres está além da razão humana.
A cura é um Milagre: mas milagre não é
somente cura.
Jesus negou-se a operar milagres por
interesse pessoal, sensacionalismo e domínio terreno, em troca de sua missão,
pontos que Satanás tocou, na tentação a que Jesus foi submetido, fome, desejo
de aventura e reconhecimento, poder. Ler Mateus 4:1-11.
A abertura do Mar Vermelho constituiu-se num
bem permanente na vida do povo. Era um referencial de fé.
Quando o povo se enfraquecia, lembrava-se
daqueles dias, em que Deus proveu a salvação e o livramento. Salmos 106:9-11,
21 e 22; Salmos 81; Salmos 77:10-11. Ainda hoje, a lembrança do que Deus fez no
passado pode levantar o ânimo nos momentos de abatimentos. O ser humano bem
depressa esquece os bons momentos e lembra-se sempre dos maus. O sentimento de culpa
é universal e está sempre presente na mente do homem. É difícil tomarmos posse
das bênçãos prometidas.
O Milagre:
• Manifesta a glória de Deus;
• Atende uma necessidade humana urgente;
• Concede ensinamentos.
• Na multiplicação dos pães, Jesus ensinou que
ele é o pão da vida. Ler Mateus 14:13-21 e 15:29-38;
• Nas bodas de Caná, ao transformar a água em
vinho: revelou sua natureza divina diante dos seus discípulos. João 2:1-11.
Na operação de milagres tudo pode ocorrer sem
a participação do homem, mas Deus deseja conceder à Igreja, a honra de cooperar
com Ele.
Exemplos em que Deus fez intervenções através
de operação de maravilhas:
• A destruição de Sodoma e Gomorra. Gênesis
19:24-26.
• A confusão de línguas, na construção da
torre de Babel. Gênesis 11:1-9.
• O dilúvio e o salvamento de Noé e sua
família. Gênesis 6:13-22. Ler Gênesis caps. 6, 7 e 8.
• A Estrela que guiou os magos a Belém.
Mateus 2:1-12.
Outras operações tiveram a intermediação de
anjos:
• As dez pragas do Egito;
• Na saída do Egito o anjo deu proteção a
Israel. Êxodo 14:19-20.
• Zacarias ficou mudo por ação de um anjo.
Lucas 1:18-20.
• As
águas do tanque de Betesda eram movimentadas por um anjo para cura. João 5:4.
• Pedro foi conduzido por um Anjo do interior
da prisão ao portão de saída. Atos 12:7-11.
Todos estes milagres ocorreram antes da
formação da Igreja.
Se hoje não podemos ver milagres, é porque os
nossos olhos espirituais estão fechados e a incredulidade impede a Igreja de
oferecer condições a Deus para operar. O livro de Jonas relata que a tempestade
cessou logo que ele foi lançado ao mar. É possível que algum outro navio nas
proximidades tivesse notado apenas “uma rápida mudança no tempo”, sem perceber
que ali estava ocorrendo um milagre.
Conosco pode acontecer o mesmo.
Muitas vezes dizemos que foi coincidência ou
acaso, por nos recusarmos a aceitar milagres e maravilhas, nos dias de hoje. É
como se não crêssemos no poder de Deus. Jesus transmite aos discípulos o poder
de realizar as mesmas obras que Ele fez, e disse que fariam obras maiores,
porque Ele iria para o Pai. João 14:12. Se recusarmos a crer em milagres e
propagarmos que os dons não são para os dias de hoje, é como se publicássemos a
“fraqueza de Deus e o poder de Satanás”. Ninguém deverá agir sozinho, mas unido
à Igreja, para manifestar ao mundo a sabedoria, a glória e o poder de Deus.
DONS DE INSPIRAÇÃO
Não são idéias em nossa mente, conforme
ocorre com os dons de revelação. A inspiração é um pensamento acerca de
determinado assunto que desejamos compreender e desenvolver. A partir do nosso
desejo e ocupação do nosso pensamento em relação ao assunto, a inspiração virá
em forma de idéias coordenadas. Nem sempre a inspiração vem completa.
“Abre bem a tua boca e ta encherei”. Salmos
81:10b.
Profecia
“Certamente o Senhor Deus não fará coisa
alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”. Amós
3:7.
“... procurai com zelo os dons espirituais,
mas principalmente o de profetizar”. I
Coríntios 14:1.
O Dom de profecia é um dom de grande valor e
necessário à vida da Igreja. É um sinal para os que o crêem. I Coríntios
14:22b.Não é um dom para uso particular, mas para a edificação.A palavra
profética pode está no meio de um sermão, numa palavra durante o período de
louvor, num aconselhamento e até numa conversa informal.
Exemplos:
• O cântico de Maria, contém profecias. Lucas
1:46-56.
• O cântico de Simeão, contém profecias, a
respeito de Jesus. Lucas 2:29-35.
• Profecia de Ágabo sobre Paulo. Atos 11:28.
Umas das confusões que é feita em relação a
esse dom é de que o profeta é o pastor e a palavra profética é o sermão.
O dom de profetizar é distinto de uma
pregação comum.
Às vezes a profecia vem juntamente com uma
visão. Outras vezes é criado pelo Senhor um quadro mental, juntamente com a
inspiração. A profecia deve ser entregue com fé e segurança. Romanos 12:6.Há
grupos onde a profecia é tão usual que não é julgada. A comunicação entre os
irmãos se dá por meio de “profecia” recados com direção pessoal ou para a
Igreja. Falar em nome de Deus é algo muito sério, mas deixar de falar também é.
Dizer que Deus mandou, quando não mandou; ou coisas semelhantes a “Senti de
Deus para lhe procurar e pedir; ou Deus me mandou que você me desse isso...”.
A profecia é uma inspiração do Espírito e seu
objetivo é:
“A manifestação do Espírito é concedida a
cada um, visando um fim proveitoso”. I Coríntios 12:7
Há diferença entre Ofício de Profeta e Dom de
Profecia:
O ofício de profeta é um ministério especial,
indo além do simples dom de receber mensagens inspiradas.
Exemplo: Samuel, como profeta, além de trazer
mensagens de Deus para povo, apresentava o povo a Deus. Samuel era, ao mesmo
tempo, profeta e sacerdote. Davi se reconhecia como profeta, tinha comunhão com
Deus, e sabia de fatos que ocorreriam bem além da sua época. No Antigo
Testamento, Deus concedia a um homem este privilégio, na Nova Dispensação o
privilégio é para todos os que desejam e buscam com “zelo melhores dons”.
O verdadeiro profeta é reconhecido, não pela
força da profecia, mas pelos frutos pessoais, que só a Palavra de Deus pode
produzir, para o seu próprio crescimento espiritual e para a edificação da
Igreja. A palavra de um profeta precisa concordar com a Bíblia e com sua
própria vida. Uma pessoa que tem o dom de profecia, está sujeita a erros, e precisa
submeter-se ao julgamento da Igreja. Há pessoas que não aceitam correção,
porque consideram que estão acima de qualquer advertência.
“A soberba precede a ruína e a altivez de
espírito precede a queda”. Provérbios 16:18.
O Espírito Santo não pode atuar onde não há
humildade.
A Bíblia fala que os dons precisam ser
julgados, para que aqueles que os possuem possam ser abençoados em sua vida
particular e sejam abençoadores dos que estão próximos. Falsos profetas existem
em grande número e precisam ser contestados quando se propuserem a falar para a
Igreja. O verdadeiro profeta não procura conseguir informações sobre as
pessoas, a profecia vem pela comunhão com o Espírito Santo. Uma profecia pode
antecipar um acontecimento que, sendo de Deus, terá o cumprimento a seu tempo.
Caso seja uma profecia da mente, ela se diluirá e, sendo da parte do inimigo,
poderá ser impedida com orações de autoridade. Para isso é necessário o uso do
discernimento. A essência da verdadeira profecia está na fé e certeza da
verdade divina e da inspiração do Espírito Santo em todos os níveis, físico,
mental e espiritual. O homem que provou o novo nascimento, está despojado de si
mesmo e revestido do novo homem.
“... já vos despistes do velho homem com seus
feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou”. Colossenses
3:9b-10.
Ler Filipenses 2:3-11 e Gálatas 3:26-29.
O verdadeiro profeta é aquele que quando está
enfraquecido, sabe que em Deus encontra força, porque já tomou posse das
verdades eternas e possui promessas de fortalecimento. “A minha carne e o meu
coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção
para sempre”. Salmos 73:26.
O profeta com um ministério precisa alcançar
a vitória sobre o mundo e a vitória sobre si mesmo.
A Bíblia diz que: “enganoso é o coração do
homem mais, do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?”. Jeremias
17:9.
O profeta estará sempre atento para discernir
entre:
• A mente espiritual e a mente racional.
• O zelo pela manifestação da Glória de Deus
e o desejo egoísta de um sucesso pessoal.
• A submissão ao julgamento de Deus e a
satisfação de possuir um dom ou de ser usado como profeta.
• Falar a Palavra de Deus e expor seus
pensamentos.
Todo profeta está sujeito aos problemas
existenciais comuns a todos. Não é imune às tentações. Os que foram usados por
Deus para a operação de maravilhas, no passado, eram pessoas comuns, sujeitos
às mesmas fraquezas e fracassos. Elias serve como um exemplo desta verdade. Ler
o texto sobre Elias em Tiago 5:17-18.
Por esses motivos, o crente deverá estar
sempre em comunhão com Deus, buscando as curas e as respostas que precisa para
suas ansiedades, lutas, medos, tentações, insegurança, dificuldade em
perdoar...
Quando o servo gastar tempo para ouvir a voz
de Deus; quando ele puder orar diante da Igreja, como se estivesse sozinho no
seu quarto, estará estabelecida a comunhão com o Pai, e nada mais poderá
separá-lo do amor de Deus. Enquanto abrigarmos lamentações e queixas contra a
vida, e formos ansiosos e impacientes, é porque ainda estamos tão envolvidos
com a nossa humanidade que não conseguimos permanecer “assentados nos lugares
celestiais”.
Objetivos da Profecia:
O dom de profecia tem um propósito
especial:“edificar, consolar e exortar”.
I Coríntios 14:3.
• Edificar: É construir um edifício com bases
sólidas.
A Igreja de Jesus está sendo edificada
através dos séculos, sobre a Rocha fundamental: Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Essa verdade é a sustentação da Igreja através dos séculos. A profecia, em
concordância com a Palavra de Deus, é base para o fortalecimento da fé e da
esperança da Igreja.
• Consolar: É aproximar-se de alguém que
precisa de conforto, de ajuda, de orientação e defesa, e amenizar o seu
sofrimento. É chorar com os que choram. É a preocupar-se com o caminhar de
alguém. É transmitir luz, alegria e paz.
“Porque todos podeis profetizar, uns depois
dos outros; para que todos aprendam e todos sejam consolados”. “Que nos consola
em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar”. I Coríntios
14:31 e II Coríntios 1:4.
• Exortar: É chamar a atenção de alguém, que
esteja errado, com a intenção de mostrar-lhe a verdade.
Ser profeta é possuir um dos dons que Cristo
concedeu à Igreja.
“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de
Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé, ao conhecimento do filho de Deus,
a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:11-13.
As Três Fontes Possíveis:
• O Espírito Santo:
“O espírito do Senhor falou por mim e a sua
palavra esteve em minha boca”. (Davi). II Samuel 23:2.
“... disse-me o Senhor: Eis que ponho as
minhas palavras na tua boca”. Jeremias 1:9.
“... e veio sobre eles o Espírito Santo; e
falavam línguas e profetizavam”. Atos 19:6.
Profecia de Ágabo, quando tomou a cinta de
Paulo e ligou seus próprios pés e mãos:
“Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os
judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos
gentios...”. Ler Atos 21:10-14.
• Espíritos imundos e mentirosos:
“Quando vos disserem: consulta os que têm
espírito familiares e os adivinhos que chilreiam e murmuram entre os dentes;
não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos, interrogar-se-ão os
mortos”. Isaías 8:19.
“...
Eu sairei e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas”.
Reis 22:22.
... Estes homens que nos anunciam o caminho
da salvação,são servos do Deus Altíssimo”. Atos 16:17.
• A mente humana:
“Não deis ouvidos às palavras dos profetas,
que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades; falam da visão do seu coração,
não da boca do Senhor”. Jeremias 23:16.
“... profetiza contra os profetas de Israel
que são profetizadores, e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração:
ouvi a Palavra do Senhor... Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio
espírito e as coisas que não viram!”. Ezequiel 13:2-3.
O grande segredo para manter puro esse dom
espiritual, é conservar o equilíbrio entre a fé e a fidelidade às Escrituras,
“examinando tudo e retendo o bem”.I
Tessalonicenses 5:21.
Não se deve reprimir o dom da profecia,
porque seria negar a expressão, a comunicação do próprio Deus e a sua
manifestação através das pessoas e da Igreja. É necessário manter a pureza da
comunhão entre o “vaso de barro e o oleiro”, entre o profeta e Deus, para
sermos capazes de ser usados por Ele como canal. “Não se deve permitir a
qualquer pessoa ministrar como profeta na Igreja, a menos que os irmãos
conheçam totalmente a sua vida, sua doutrina e o seu testemunho”.
Citado por Dennis e Rita Bennet.
Cuidados:
Profecias futuristas, de previsões pessoais
ou de direção para a Igreja, não devem ser aceitas sem a testificação de Deus e
o julgamento da Igreja.
É preciso esperar a testificação, por outras
testemunhas.
Jesus, em suas palavras, apresentou sempre a
verdade.
A recomendação de Deus para o homem, desde o
princípio da vida na terra, é fé e obediência à Sua Palavra: o conteúdo da Lei
de Moisés, os escritos dos profetas, o Sermão do Monte, as Palavras de Jesus e
a direção deixada pelos apóstolos.
“Não fareis conforme a tudo o que hoje
fazemos aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos”. Deuteronômio 12:8.
“Guarda-te, que não ofereças os teus
holocaustos em todo o lugar que vires; mas no lugar que o Senhor escolher...”.
Deuteronômio 12:13-14a.
Exemplos de transgressão da Palavra de Deus:
• Caim ofereceu um sacrifício a Deus conforme
o seu próprio pensamento, desprezando o mandamento de Deus. Gênesis 4:3-7 e I
João 3:12.
• Nadab e Abiú ofereceram fogo estranho no
altar. Ler Levítico 10:1-11.
• Coré, Datã e Abirão, líderes do povo,
comandaram uma rebelião contra Moisés e Arão. Ler Números 16:1-35.
• Uzá morreu por tentar salvar a arca. II
Samuel 6:5-8; I Crônicas 13:7-14 e I Crônicas 15:2e11-15.
DONS DE INSPIRAÇÃO
LÍNGUAS
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos...”. I Coríntios 13:1.
“... ore para que a possa interpretar”. I
Coríntios 14:13.
Na
implantação do Tempo da Graça, houve uma intervenção de Deus na terra, de modo milagroso: O Espírito
Santo desceu, em forma de “línguas de fogo”, sobre a cabeça dos apóstolos que
começaram a falar em diversas línguas, desconhecidas para eles, mas
compreendidas claramente pelos ouvintes em seu próprio idioma. Este
acontecimento espiritual e histórico, marca o nascimento de um novo Tempo na
vida do homem. Ler Atos 2:1-13. Comparar este episódio com a narração sobre a
confusão das línguas na Torre de Babel. Gênesis 11:1-9. Essas duas ocorrências
mostram momentos em que foi necessário a intervenção de Deus na história do
homem.
Este dom é o mais fácil de ser adquirido,
porque só depende do desejo e da ousadia para que a pessoa tome posse dele.
“falarão novas línguas”. Marcos 16:17b.
“variedade de línguas”. I Coríntios 12:10b
“falam todos diversas línguas?” . I Coríntios
12:30a.
“Eu quero que todos vós faleis línguas
estranhas”. I Coríntios 14:5a.
“dou graças a Deus, porque falo mais línguas
do que todos vós”. I Coríntios 14:18.
“porque o que fala língua estranha edifica-se
a si mesmo”. I Coríntios 14:4.
Que são estas línguas?
É a expressão verbal de uma língua
desconhecida, nunca estudada antes. É uma língua provinda do poder do Espírito
Santo, não compreendida por quem fala, e normalmente não entendida por quem a
ouve. É a linguagem do Espírito.
“Porque se eu orar em língua estranha, o meu
espírito ora bem...”. I Coríntios 14:14a.
Nada tem a ver com o intelecto humano e nem
com os idiomas estrangeiros que podem ser estudados. Ninguém pode conhecer
qualquer língua ou dialeto sem ter estudado antes. Se alguém falar uma língua
desconhecida, só pode ser por milagre e permissão de Deus, como sinal para
alguém que esteja presente e necessite de um sinal para conversão. O dom de
línguas estranhas é a manifestação do poder de Deus por intermédio da fala
humana. Quando o homem utiliza o dom de línguas, sua mente, seu intelecto e o
poder de compreensão permanecem inativos. Neste caso a vontade é usada para
aceitar esta experiência vinda da parte de Deus. A razão pela qual devemos
entregar a nossa língua à atuação do Espírito Santo, é considerar nossa própria
língua incluída nas seguintes palavras: “Mas nenhum homem pode domar a língua.
É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela
bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança
de Deus. Da mesma boca procede bênção e
maldição”. Tiago 3:8.
Uma língua que for controlada pela ação do
Espírito Santo, passa a constituir-se numa bênção divina. O dom de línguas é um
sinal do batismo com o Espírito Santo e um auxílio para a vida cristã. Não é
preciso estudar para aprender esta língua, porque não é um idioma, é um dom
sobrenatural e universal no sentido em que todos estão capacitados a receber.
Objetivos:
• Edificação pessoal - este é o único dom
usado em benefício próprio. Pode-se orar em línguas, sempre que desejar.
À medida que é exercitado, o dom de línguas
vai se tornando mais eficaz, pelo aperfeiçoamento.
• É um veículo de adoração e louvor a Deus.
Tanto no Pentecostes, quanto na casa de Cornélio as pessoas falavam em línguas,
glorificando a Deus. Atos 2:11 e 10:46.
• Comunhão com Deus - nosso espírito entra em
comunhão com Deus, através do Espírito Santo.
I Coríntios 14:2.
• Edifica a Igreja quando é interpretada.
“... como desejais dons espirituais, procurai
abundar neles, para edificação da Igreja”. I Coríntios 14:12.
Diversas religiões e seitas, também utilizam
línguas, racionalmente, a nível mental e não como um dom sobrenatural, nem para
edificação pessoal, nem para comunhão com Deus, mas como energia psicológica,
para ser transmitida aos outros através da imposição de mãos. A diferença
principal é que a língua como dom de Deus é recebida de cima, isto é, vem de
fora para dentro; e nas outras religiões, a energia é do próprio homem, de sua
mente, vem de dentro para fora. Exemplo: Mormons, Messiânica, Testemunhas de
Jeová, Ciência Cristã, e outras.
Recomendações:
• Este dom deve ser usado sempre com
sabedoria e discernimento, e nunca por hábito, porque se tornaria inútil.
• Evitar usar em cultos públicos sem que haja
intérprete.
• Quanto mais usado, tanto mais será
aperfeiçoado.
• Cuidado com as vãs repetições. Uso de uma
só expressão durante longo tempo. Atenção para não ficar repetindo termos e
expressões ouvidas dos outros (imitação).
A recomendação de Jesus, em relação à oração,
deve ser aplicada em relação às línguas, porque elas, também, são orações.
“E, orando, não useis de vãs repetições...”.
Mateus 6:7.
• Estimular as pessoas a receberem o dom de
línguas, já que no batismo, disse as primeiras letras, alguma palavra ou frase.
Utilidade do uso do Dom de Línguas:
• Louvor e adoração em cânticos pessoal e
congregacional;
• Edificação particular, intimidade com Deus;
• Durante a intercessão por pessoas,
acontecimentos e pela nação, expressões de louvor em línguas;
• Um clamor, um pedido de socorro,
entremeados com louvores em línguas;
• Garante a certeza da presença de Deus para
proteção, ensino, edificação e livramento.
Cânticos Espirituais:
“Falando entre vós em salmos, e hinos e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”.
Efésios 5:19-21. Ler Colossenses 3:16.
Ao surgir um cântico espiritual, o grupo deve
ficar em silêncio, com atenção para que a Igreja seja edificada. Pode haver uma
interpretação se for um cântico acompanhado de línguas. Também pode ser
individual ou em conjunto, duas pessoas cantando, como num dueto, três, como
num trio, ou mais pessoas, como num coral. A Igreja também é abençoada com
cânticos no vernáculo.
As Línguas e o Batismo com o Espírito Santo:
O batismo com o Espírito Santo é uma
experiência que pode acontecer no momento da conversão ou do batismo nas águas.
Na maioria das vezes, acontece algum tempo após o batismo. A conversão, o
batismo nas águas e o batismo com o Espírito, são experiências separadas que se
completam.
O livro de Atos dá três exemplos em que as
línguas estranhas são a evidência de que alguém recebeu o batismo com o
Espírito Santo.
• No dia do Pentecostes, quando todos falaram
em línguas desconhecidas. Atos 2:4.
• Alguns dias depois, convidado a pregar
perante Cornélio e um grupo de pessoas, pagãos se converteram e falaram em
línguas louvando a Deus. Atos 10:45-46
• Em Éfeso, anos após, homens que tinham sido
batizados por Apolo, no batismo de João, foram batizados em nome de Jesus.
Paulo impôs as mãos sobre eles e todos falaram em línguas e profetizaram. Atos
19:1-7. O revestimento com o Espírito é um acontecimento separado da conversão
e do batismo nas águas, ainda que muitas vezes, possas estar juntos. O livro de
Atos registra dois exemplos onde não são mencionados:
• Pedro e João foram enviados, pelos
apóstolos, a Samaria. Ali, oraram e impuseram as mãos sobre os samaritanos e
eles receberam o Espírito Santo.
Pode-se perfeitamente deduzir que a
perplexidade de Simão, ao querer comprar o dom de imposição de mãos, teria sido
por ter ele presenciado algo diferente, e isso, bem poderia ter sido o falar em
línguas estranhas. Atos 8:14-17.
• Ananias impôs as mãos sobre Paulo, para que
recebesse o Espírito Santo. Atos 9:17-18.
Mais tarde, vemos o depoimento de Paulo sobre
línguas estranhas, em suas cartas às Igrejas.
Ler I Coríntios 14.
Este dom é ilógico, incompreensível?
Lembre-se de que “Deus usa as coisas “loucas”
para confundir as sábias; as coisas fracas para confundir as fortes”.
“Os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos nem os vossos caminhos os meu caminhos”. Isaías 55:8
A atuação de Deus está muito além do que
podemos planejar, fazer ou pensar.
Este dom é tão importante e útil que satanás
o imita.
O dom precisa ser usado para ser aperfeiçoado
e não ser desprezado por falta de fé ou de exercício. Precisa também ser disciplinado,
para que haja ordem no culto, como o registro de Paulo: “E os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas”. I Coríntios 14h32min.
Então, há um domínio da pessoa sobre suas
emoções, contudo, reconhecemos que há momentos em que sobrevém sobre o povo um
poder e uma tão grande bênção que revelam a manifestação e a glória de Deus.
É como se vivessemos um ambiente dos céus na
terra.
Quem já provou sabe; quem lê entenda!
Ele nunca leva o homem a dizer
"Graças a Deus, Sou tão jus."
Mas muda o Seu olhar para ver
O
sangue de Jesus.
Imensas graças Ele nos dê
Mas tudo a Jesus - O Verdadeiro
Ele felizmente diz e crê
"A salvação é pelo Cordeiro."
Joseph Hart
O Calendário Judaico
CALENDÁRIO JUDAICO
Abril
|
Maio
|
Junho
|
Julho
|
Agosto
|
Setembro
|
Outubro
|
Nisã
|
Zive
|
Sivã
|
Tamuz
|
Ab
|
Elul
|
Etanim
|
Novembro
|
Dezembro
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Março
|
|
Bul
|
Quislev
|
Tebete
|
Sebate
|
Adar
|
Veadar
|
÷ Nisã ÷ Sivã ÷ Etanim
1 – Ano Novo 50 dias depois da Páscoa – Pentecostes 1 Festa dos Trombetas
14 – Páscoa 10 Grande Dia da Expiação
15 – Festa Dos Pães Asmos 15 Festa dos Tabernáculos
16 – Festa das Primícias
l Entre Pentecostes e a Festa dos Trombetas
Há um Intervalo Simbólico da Era da Graça
O primeiro mês do ano judaico é Nisã. O mês de Veadar foi aumentado sete vezes em cada 19 anos. Foi aumentado cada ano que a cevada não estava pronta no dia 16 de Nisã. Não podia ser aumentado dois anos em seguida.
As Festas Judaicas do Velho Testamento
Festa
|
Simbolismo
|
Comentário
|
Páscoa
|
O
Cordeiro de Deus sacrificado para salvar o pecador da ira de Deus.
|
Festa
comemorativa da liberdade dos judeus do Egito.
|
Festa
dos Pães Asmos
|
Fala
da vida nova que o salvo tem em Jesus Cristo.
|
O
pão asmo era da Páscoa. É o resultado do cordeiro sacrificado – Santidade.
|
Festa
das Primícias
|
Fala
da Ressurreição de Jesus Cristo, Ele ressuscitou primeiro, depois nós os
salvos por ele.
|
Expressar
gratidão pela ceifa que Deus deu. Devemos expressar a nossa gratidão pela
vitória.
|
Pentecostes
|
O
Espírito Santo deu poder a sua igreja para fazer a sua obra. Dois pães, judeu
e gentio.
|
O
fim da ceifa da cevada e a ceifa apresentada a Deus.
|
Festa
dos Trombetas
|
A
Segunda Vinda de Cristo. Quando vier para arrebatar o seu povo e ajuntar Israel.
|
Comemorar
os eventos de Sinai.
|
Grande
Dia da Expiação
|
A
Revelação de Cristo, Israel salvo e arrependido por causa da sua rejeição do
Messias.
|
O
dia para Israel fazer expiação pelo pecado por mais um ano.
|
Festa
dos Tabernáculos
|
O
Milênio – Jesus Cristo reinando com Israel de Jerusalém e também todos os
salvos com Ele.
|
Lembrança
da vida nas tendas no deserto.
|
MAPA DOS REINOS JUDAICOS E SEUS REIS E PROFETAS
Reino
Hebraico Unido
| |||
(120 anos) - 1102 – 982 a.C.
Saul (40) Davi (40) Salomão (40) | |||
Reinos
Hebraicos Divididos (260 anos)
| |||
Reino de Judá
|
|
Reino de Israel
| |
Roboão
(17)
|
Profetas do V. T.
|
Jerobão
(22)
| |
Abias
(3)
|
Judá
|
Israel
|
Nadabe
(2)
|
Asa
(41)
|
|
|
Baasa
(24)
|
Josafá
(25)
|
Elá
(2)
| ||
Josafá
(8)
|
Zinri
(7 dias)
| ||
Acazias
(1)
|
Onri
(12)
| ||
Atalia
(6)
|
Elias
|
Acabe
(22)
| |
Joás
(40)
|
Eliseu
|
Acazias
(2)
| |
Amazias
(29)
|
Obadias
|
|
Josafá
(12)
|
Uzias
(52)
|
Isaías
|
Jeú
(28)
| |
Jotão
(16)
|
Miquéias
|
Jeoacaz
(17)
| |
Acaz
(16)
|
|
Jonas
|
Joás
(16)
|
Ezequias
(29)
|
Oséias
|
Jeroboão
II (41)
| |
Judá Só (135 anos)
|
Amós
|
Zacarias
(6 meses)
| |
Manassés
(55)
|
|
Salum
(1 mês)
| |
Amom
(2)
|
Menaém
(10)
| ||
Josias
(31)
|
Pecaías
(2)
| ||
Jeocaz
(3 meses)
|
Peca
(20)
| ||
Jeoaquim
(11)
|
Jeremias
|
Oséias
(9)
| |
Zoaquim
(3 meses)
|
Naum
|
Cativeiro Assírio
722 a.C.
| |
Zedequeias
(11)
|
Sofonias
Habacuque
|
| |
Cativeiro Babilônico
587 a.C. (49 anos) |
| ||
Jerusalém
Destruída
|
Daniel
e Ezequiel
| ||
Restauração (147
anos)
|
| ||
Zorobabel
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Esdras
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Neemias
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Ageu
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Zacarias
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Malaquias
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Entre Os Testamentos
(386 anos) |
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Nascimento
de Cristo 4 a.C.
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Crucificação
de Cristo 30 d.C.
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Autor: David Alfred Zuhars, Jr., Pr
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS
Rua Dr. João Maciel Filho, 207: 60.821-500 Fortaleza, CE
Pastor David Zuhars
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