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quinta-feira, 27 de junho de 2013

UM CHAMADO PARA A ANGUSTIA

VOCE PRECISA VER!!!!

Batalha Espiritual – (Lições no livro de Neemias)

Batalha Espiritual – (Lições no livro de Neemias)http://www.onome.com.br/batalha-espiritual-neemias/

Em 2005 fizemos mais uma vez uma campanha de leitura bíblica com os irmão da igreja local e neste ano nos reuníamos todas as terças para compartilharmos o que DEUS havia falado através da Sua Palavra. Ao ler o livro de Neemias, ficou claro para mim que ele além de ser um livro histórico que narra um período importante que é o da recontrução dos muros de Jerusalém no fim do exílio, Neemias também é um manual para o “soldado” que tem ciência da grande batalha que todos nós estamos envolvidos. Recomendo a leitura de todo o livro, já que ele não é extenso, e depois a releitura dos textos destacados abaixo com um olhar das artimanhas de Satanás que estão em negrito.

Lições no livro de Neemias

(Batalha Espiritual)
Por Emerson Alexandre do Nascimento
O inimigo se prepara antes mesmo de começarmos a fazer a obra.
2-10 O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, ficaram extremamente agastados de que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.
O inimigo tenta nos desanimar zombando da nossa intenção e desprezando o que iremos fazer.
2-19 O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesem, o arábio, zombaram de nós, desprezaram-nos e disseram: O que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
O inimigo nos acusa de fracos e diz que a obra é grande para nós.
4-1 Ora, quando Sambalate ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira, indignou-se muito e escarneceu dos judeus; 2 e falou na presença de seus irmãos e do exército de Samária, dizendo: Que fazem estes fracos judeus? Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia? Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas? 3 Ora, estava ao lado dele Tobias, o amonita, que disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra.
O inimigo contra ataca quando percebe que as brechas já estão se fechando.
4-7 Mas, ouvindo Sambalate e Tobias, e os arábios, o amonitas e os asdoditas, que ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar, iraram-se sobremodo; 8 e coligaram-se todos, para virem guerrear contra Jerusalém e fazer confusão ali.
O inimigo coloca propostas em nosso caminho com o intuito de nos fazer parar.
6-1 Quando Sambalate, Tobias e Gesem, o arábio, e o resto dos nossos inimigos souberam que eu já tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, 2 Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos numa das aldeias da planície de Ono. Eles, porém, intentavam fazer-me mal.
O inimigo tenta nos enganar com mentiras quando o contra ataque é frustrado.
6-10 Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te. 11 Eu, porém, respondi: Um homem como eu fugiria? e quem há que, sendo tal como eu, possa entrar no templo e viver? De maneira nenhuma entrarei. 12 E percebi que não era Deus que o enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado. 13 Eles o subornaram para me atemorizar, a fim de que eu assim fizesse, e pecasse, para que tivessem de que me infamar, e assim vituperassem.
Mesmo que o inimigo não consiga nos atingir, nós devemos estar atentos as coisas que pertencem a ele e que estão no meio de nós.
13-1 Naquele dia leu-se o livro de Moisés, na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na assembléias de Deus; 2 porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água, mas contra eles assalariaram Balaão para os amaldiçoar; contudo o nosso Deus converteu a maldição em benção. 3 Ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda a multidão mista. 4 Ora, antes disto Eliasibe, sacerdote, encarregado das câmaras da casa de nosso Deus, se aparentara com Tobias, 5 e lhe fizera uma câmara grande, onde dantes se recolhiam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios, os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite, que eram dados por ordenança aos levitas, aos cantores e aos porteiros, como também as ofertas alçadas para os sacerdotes. 6 Mas durante todo este tempo não estava eu em Jerusalém, porque no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei da Babilônia, fui ter com o rei; mas a cabo de alguns dias pedi licença ao rei, 7 e vim a Jerusalém; e soube do mal que Eliasibe fizera em servir a Tobias, preparando-lhe uma câmara nos átrios da casa de Deus. 8 Isso muito me desagradou; pelo que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara. 9 Então, por minha ordem purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, juntamente com as ofertas de cereais e o incenso. 10 Também soube que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo. 11 Então contendi com os magistrados e disse: Por que se abandonou a casa de Deus? Eu, pois, ajuntei os levitas e os cantores e os restaurei no seu posto. 12 Então todo o Judá trouxe para os celeiros os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite. 13 E por tesoureiros pus sobre os celeiros Selemias, o sacerdote, e Zadoque, o escrivão, e Pedaías, dentre os levitas, e como ajudante deles Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porque foram achados fiéis; e se lhes encarregou de fazerem a distribuição entre seus irmãos.
23 Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas, e moabitas; 24 e seus filhos falavam no meio asdodita, e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de seu povo. 25 Contendi com eles, e os amaldiçoei; espanquei alguns deles e, arrancando-lhes os cabelos, os fiz jurar por Deus, e lhes disse: Não darei vossas filhas a seus filhos, e não tomareis suas filhas para vossos filhos, nem para vós mesmos. 26 Não pecou nisso Salomão, rei de Israel? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado de seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Contudo mesmo a ele as mulheres estrangeiras o fizeram pecar. 27 E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, esta infidelidade contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras? 28 Também um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim. 30 Assim os purifiquei de tudo que era estrangeiro, e determinei os cargos para os sacerdotes e para os levitas, cada um na sua função; 31 como também o que diz respeito à oferta da lenha em tempos determinados, e bem assim às primícias. Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem.
(Proferido em 12/05/2005 no templo da Igreja Batista Evagélica Nova Aliança)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

As três lições que o deserto nos ensina

http://pregadoresesermoes.blogspot.com.br/2012/03/as-tres-licoes-que-o-deserto-nos-ensina.html
Publicado em: 19/3/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br/


Deus tem propósitos para a vida de cada um de nós, ELE usa de vários meios para se revelar e mostrar a sua vontade. Deus leva os escolhidos a realizar seus propósitos e a obter maturidade espiritual para experimentar o cumprimento das promessas que ELE fez. 

Esse meio que ELE usa é o deserto, lugar de sofrimento, falta água, calor durante o dia e muito frio à noite, lugar de treinamento.

Abraão e José foram homens de Deus chamados para realizar seus propósitos, todos eles passaram por crises, solidão, angustias, sem saberem muitas vezes o porque de tantos sofrimentos e desafios para alcançarem a promessa , eles nos tem deixado exemplos de paciência e fé. 

Em nossas vidas também não é diferente Deus nos fala de algo bom, maravilhoso, nos faz promessas, mas de repente , situações adversas nos acometem , parecendo caminhar em direção contrária ao que Deus disse. 

O porquê desafia sua fé em Deus e a certeza que teremos a vitória, mas não desanime, não se entregue, tudo isso faz parte do treinamento para tornar você uma pessoa mais humana, buscar mais a Deus , te moldar do jeito que Ele quer , pois o Deus que envia também cuida ELE é contigo. 

Em (Gn 12.1-3) Deus prometeu abençoar a Abrão, torná-lo pai de muitas nações, seria engrandecido, deveria deixar amigos, sair do meio da sua parentela indo para uma terra que Deus mostraria.

Reflita caso isso ocontecesse com você, tirá-lo do seu conforto, da família, amigos , e ir rumo a uma terra desconhecida até então.

O que o SENHOR testa é a obediência e a prontidão em fazer sua vontade, confiando plenamente e que Deus é totalmente suficiente para dar direção, proteção, livramento e salvação.

Porque Deus fez assim com Abraão? ELE fez isso para treiná-lo aprender a enfrentar as dificuldades na total dependência, ter intimidade e buscar diariamente o SENHOR com cânticos e orações.

“Temos que dizer o que Jó disse em Jó 42.5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” isso é andar com Deus.

Na velhice de Abrão e de Sara Deus deu a eles um filho que humanamente era impossível como esta registrado em Gênesis 18.11 que Abrão e Sara já velhos e adiantados em idade ; já a Sara havia cessado o costume das mulheres , mas Deus cumpriu o que prometeu.


Abraão não foi o único a passar pelas mãos do Oleiro , José também precisou de matricular - se nesta escola para treinamento. Imaginem José sendo levado para longe , sofrendo a falta dos seus, psicologicamente ele estava tendo uma experiência terrível nas mãos do SENHOR estava sendo tratado em suas emoções , para crescer e amadurecer emocionalmente e espiritualmente dependendo unicamente do DEUS Todo Poderoso , aprendendo os princípios de submissão, autoridade , administração de bens e na prisão aprendeu a administrar recursos em situações de escassez.

No tempo determinado por Deus não houve atraso chegou na hora certa e cumpriu as promessas nas vidas de Abraão e José e de muitos outros.Assim Deus fará com você te preparando para algo maior.

Devemos obedecer a Deus e á sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele. 

Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

Na sua providência, Deus dirige os assuntos da Igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At18.9,10;23.11;26.15-18;27.22-24).

Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (Rm 8.28). Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16;Fp 4.13), a misericórdia , a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; Fp 4.6). 

Tal oração de fé , pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo ( Rm 15.30-32; Cl 4.3).

São experiências comuns em nossa vida cristã. Como compreendê-las e vencê-las? Nesses momentos costumamos ser derrotados e frustrados, ainda mais quando vemos a Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe 1:6, I Pe 4:12-13). 

O que é provação e tentação? Provação e tentação é a mesma coisa? Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em outras o mesmo texto apresenta a palavra provação? Na Bíblia a palavra traduzida como tentação ou provação é a mesma: “peraismos”.

Quer dizer teste prova. Há vários tipos de provas (I Pe 1:6) a que podemos ser submetidos: perseguições, doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente distância de Deus.

Todos estes tipos de testes são “provações”. Há um tipo especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma “tentação”. 

Este tipo maligno de “peraismos” Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15. A diferença entre tentação e provação é mais didática do que prática, pois freqüentemente se confundem. Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação.

Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9. A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos “deserto espiritual”, sensação de vazio.

 O QUE É DESERTO?

Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece que não nos ouve? Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós.

Portanto a Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver isto ou não. 

Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma sensação de vazio e frieza espiritual.

Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6) Jó 35:14. Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele sempre esteja (Sl 34:18). 

Há 3 coisas diferente de Deserto: Deus nos faz passar por momentos assim: Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de fatos que não se vêem muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente para lançarmos mão de fé.

“Ele está aqui, embora não o sinta”.
Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16, Mt 4:1, Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25. Pecados ou voluntários afastamentos de Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de derrota espiritual.

O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.

II Sm 11; 12:6; Sl 51:11. Peculiar característica física ou temperamental.
I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma ameaça o fez entrar em depressão. Elias era um Melancólico. 

Todos nós temos um pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas, que constantemente estão em desertos.

Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos, meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.

Para mudar seu temperamento leia: Temperamento controlado pelo Espírito e Temperamento transformado pelo Espírito.

 O MANÁ COMO PROVISÃO NO DESERTO

Lemos em Hebreus 9.4 acerca da arca da aliança que continha em seu interior um vaso com o maná, além das tábuas da lei e da vara de Arão que floresceu. E o mesmo escritor afirma em sua epístola que a lei tem a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas (Hb 10.1).

Na arca e nos elementos em seu interior não temos a imagem exata das coisas, mas a sombra (ou figura) de bens futuros. Se observarmos estes objetos segundo o ensino do Novo Testamento, temos que ir além da imagem exata (o que neles se vê literalmente) e compreender a sombra, ou seja, o que eles tipificam: os bens futuros, da Nova Aliança, nele figurados.

Qual é a figura do maná? Para entendermos claramente, compararemos dois textos bíblicos: um do Velho Testamento apresentando a figura, e um do Novo Testamento interpretando a figura.

“Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor disso vive o homem”. ( Dt 8.3)

“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mt 4.4 )

Observe isto. Em Deuteronômio, vemos que as Escrituras dizem que o homem não vive de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor. E segundo o texto, o que saía da boca do Senhor? O maná!

Agora veja, Jesus usa estas mesmas palavras ao ser tentado pelo Diabo no deserto, E O INTERPRETA ao dizer: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Ele substitui a expressão “maná” por “Palavra de Deus”, que era o significado desta figura, que não tinha a imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro.

O maná, portanto, é um tipo da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo. E qual é a figura da arca da aliança? Ela representa a presença de Deus no meio dos homens. Veja os textos bíblicos que autenticam esta afirmação: Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam. 

E quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel. (Nm 10.35-36). Quando a arca partia, Moisés dizia: “Levanta-te ó Deus…”, e quando ela pousava, dizia: “Volta, ó Senhor…”, porque a arca representava a presença de Deus que estava entre os querubins, como ele mesmo dissera a Moisés. Vemos também que em Primeira Samuel 4.21-22, quando os filisteus tomaram a arca, dizia-se em Israel: “Icabode – de Israel se foi a Glória!”

Se a arca representava a presença de Deus no meio dos homens, então ela figura Jesus! No Novo Testamento, é Ele quem é chamado EMANUEL, que traduzido é “Deus conosco” (Mt 1.23).

E dele escreveu João, o apóstolo do amor, dizendo: E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do pai. Ninguém jamais viu a Deus.

O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer. (Jo 1.14, 18.) A arca, portanto, é figura de Cristo, a presença de Deus no meio dos homens.

 Vejamos agora as três lições que o deserto nos ensina

I. NO DESERTO ENCONTRAMOS A NÓS MESMOS

O que sou, é difícil dizer até não saber onde estou. São nas situações desérticas da existência que os problemas, as crises, as provações se instalam em lugares, estados ou condições que nos levam a nos sentirmos sós, indefesos, abandonados. 

Daí é que podemos ter uma verdadeira consciência de nossa identidade. É no deserto que podemos nos conhecer profundamente. 

Não há para quem olhar no deserto - nós mesmos é que somos objeto de nossa análise. Assim, podemos nos conhecer mais.

Nessa condição de autoconhecimento, refletimos sobre os motivos que nos tem trazido até ali. Por que estamos no deserto? Pela nossa insensatez? Pela nossa desobediência? Por que Deus nos quer aperfeiçoar? Por que o Espírito Santo quer ter mais comunhão conosco? Por que Deus apaixonado por nós quer que digamos a Ele o quanto O amamos? O certo é que, quando nos quebrantamos, Deus nos revela o porquê do deserto. Daí, podemos escolher as metas corretas para nossa vida.

Nós nos redescobrimos no deserto. A existência passa a ser percebida com um verdadeiro sentido de ser. É nessa situação que podemos estabelecer um propósito para vida. No deserto, Cristo teve avivada a consciência de ser Ele o Filho de Deus.

Isso implicava em assumir o motivo de Sua encarnação, o Seu único propósito: a salvação de milhões de seres humanos - a cruz. 

Nas situações desérticas nós também passamos a priorizar nossas metas, tendo a convicção profunda de vivermos para a glória de Deus, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente (Rm 11:36).

II. NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL

No deserto pessoal, capacitamo-nos para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que Satanás apresentou a Jesus.

As tentações querem fazer com que usemos nossa vida para nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos forçados a nos comprometermos unicamente com nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos propósitos.

Essa é a tônica desse mundo secularizado e materialista que vivemos. O "curso desse mundo" quer nos fazer pensar de modo exagerado somente em nossa posição, em nossa comida, em nossa roupa, em nossos bens, enfim, quer nos encapsular em nosso próprio egoísmo.

Mas, é no deserto que recebemos virtude do Espírito Santo para percebemos que somente seremos realizados de fato se tivermos os mesmos propósitos de Jesus - servir à vontade de Deus e ao Seu reino.

Quando estamos no deserto, Deus nos revela que as tentações são um exercício necessário para a maturidade emocional e espiritual.

Somente tem uma vida de vitória quem tem esperança em Deus.

É falsa a idéia popular de que "a esperança é a última que morre". Para quem entende o significado espiritual dos desertos a que estamos sujeitos a esperança jamais se extingue. 

Por isso mesmo tal pessoa jamais estará totalmente livre dos desertos. Eles fazem parte do processo de conquista da esperança: "...a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:3-5).

III. NO DESERTO NOS FIRMAMOS NO CHAMADO DE DEUS

Quando estamos no deserto a força das circunstâncias, condições e o estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espiritual nos leva a renovarmos nossa vida.

Assim, o deserto que a princípio seria um lugar de exaustão e queda passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado.

Dessa forma, reconhecemos nossa identidade como filhos de Deus.

Com dois ataques, Satanás quis criar uma crise de consciência em Jesus a partir da conjunção condicional "se", a motivadora de tantas dúvidas: "Se tu és Filho de Deus..."; "se tu és Filho de Deus...". 

Como Jesus, devemos ter bem nítido a verdade de que somos filhos de Deus, em quem o Pai tem muito prazer. O Espírito que impeliu o Salvador ao deserto é o mesmo que "testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus" (Rm 8:16).

O resultado desse testemunho do Consolador é que a consciência profunda de sermos filhos de Deus nos leva a rendermos nosso ser a vocação que o Senhor nos tem dado.

No deserto pessoal, a convicção do motivo de nossa chamada para o Reino de Deus se torna viva em nosso coração. Daí, louvamos a Deus sabendo que as crises nos direcionam a firmarmos o chamado de Deus para nossa vida.

 COMO AGIR NOS DESERTOS

Usar a fé e não sentidos 2 Co 5:7, crer que Deus está ali mesmo que não o veja ou o sinta. Manter vida devocional, mesmo que não haja “o calor da sua presença”. Preservar enquanto durar o deserto.

O de Jesus durou 40 dias. O dos Judeus 40 anos. O seu durará enquanto você necessitar. Se houver pecado, confesse-o. Se estiver doente vá ao médico. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.

 COMO AGIR NAS PROVAÇÕES DE MANEIRA GERAL?

Confiar nas promessas.

(I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20). Perseverar ao lado do Senhor, descansando ( I Pe 5:7). Opondo-se e resistindo ao diabo e às tentações.

(I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8). Alegrar-se nas bênçãos provenientes das provações
(I Pe 1:6).

Deus só envia ao DESERTO os fortes, aqueles que ele sabe que são perseverantes indesistíveis. O DESERTO é o centro de treinamento de Deus, onde ele prepara e equipa seu exército, seus soldados, a sair a campo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Revista ATOS/CAJADO DO PASTOR

 
A ESTE CASAL QUE MESMO NÃO OS CONHECENDO, O MEU RESPEITO E ADMIRAÇÃO PELO TRABALHO REALIZADO! PR CLEUSA MARIA
 


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Fundamentos
Adoção e Filiação
Ralph Mahoney Introdução

O que é afinal este negócio de "adoção" e "filiação"? O que o Apóstolo Paulo quis dizer ao escrever: "... recebestes o Espírito de adoção..." "adoção... também gememos em nós mesmos, esperando pela adoção" (Rm 8:15,23); "... Deus enviou o Seu Filho para que pudéssemos receber a adoção..." (Ef 1:5)? Será que o Apóstolo Paulo tinha uma revelação sobre alguma coisa da qual nada ou pouco sabemos hoje em dia?

O fato de eu ter ministrado nas terras bíblicas com um irmão nascido em Israel me ajudou a compreender um pouco sobre a mentalidade e os costumes dados por certo pelo Apóstolo Paulo quando ele escreveu sobre a adoção.
Os povos orientais não tem problema algum com as coisas que há muito tempo tem atarantado os ocidentais, porque eles compreendem as metáforas e a linguagem.
Foi devido ao fato de os ocidentais não conhecerem as tradições e os costumes das terras bíblicas que temos perdido as poderosas verdades expressas nesta única palavra: adoção.
A palavra traduzida como "adoção" é uma palavra grega, huiothesia, que significa "colocar como um filho". Ela não se refere absolutamente a um órfão ou a adultos benevolentes que talvez queiram "adotar"um órfão.
Esta palavra, huiothesia, é aplicada aos rapazes que atingiram a idade adulta, "os de maturidade... os quais... devido ao uso, possuem os seus sentidos exercitados para discernirem tanto o bem como o mal" (Hb 5:14).Quando um rapaz cresce e atinge a maturidade nas terras bíblicas e demonstra a sua capacidade de ser responsável, chega o dia em que o seu pai, numa cerimônia pública, "o coloca como um filho".
Os vizinhos, amigos e anciãos do povoado são chamados para testemunhar este evento, pois isto é algo muito significativo na vida de um rapaz. Tudo muda para ele após a sua cerimônia de adoção.
O garoto sempre foi o descendente natural de seu pai, desde o dia em que foi concebido no útero. Mas, ao atingir a maturidade, a estatura completa, na época em que o seu pai o considera pronto, o rapaz com maturidade é "colocado como um filho!" No ocidente, quando um bebê nasce, o pai entra na maternidade e diz orgulhosamente: "Este é o meu filho!"
É um problema semântico – ou seja, um problema de linguagem. Em português temos apenas uma palavra que se refere a "filho". No grego, no entanto, ha três palavras que são usadas:a. Teknion se refere a um filho ainda bebê.b. Teknon se refere a um filho que está amadurecendo, mas que ainda não está pronto para assumir responsabilidades. Em português, nos o chamaríamos de uma "criança".c. Huios se refere a um filho que já está pronto para assumir responsabilidades – alguém que tenha passado pela cerimônia da "adoção".
Assim sendo, poderíamos sumarizar este conceito da seguinte forma: A primeira palavra – teknion – significa um bebê ou uma criancinha. A segunda – teknon – significa um filho adolescente. A terceira – huios – significa um filho (alguém colocado como um filho através da adoção).
Nas terras bíblicas, um bebê não seria chamado de "filho" (huios). O termo "filho" geralmente é usado após a adoção.
Paulo cita (menciona) isto ao escrever aos gálatas:
"O herdeiro, enquanto for criança, não difere nada do servo, muito embora ele seja [destinado para ser] senhor de tudo; mas [a criança] se encontra sob tutores até o tempo determinado pelo pai [isto se refere a adoção]" (Gl 4:1,2).
Este é o quadro do cristão, o qual, semelhantemente, também precisa passar pelo processo de crescimento antes de ser colocado em sua posição como um filho de Deus.A justificação é apenas o início da nossa grande salvação. "Mas a todos os que O receberam, a estes deu-lhes poder [autoridade, o direito, o privilégio] de se tornarem filhos de Deus..." (Jo 1:12).
A palavra "poder" é uma palavra importante neste versículo. Ela deveria ser traduzida por "autoridade", já que é a palavra grega exousia.
Esta palavra significa um "privilégio, direito, ou permissão". Quando o semáforo fica verde, você tem a exousia (direito, permissão, ou privilégio) de seguir adiante.
Se acabar a gasolina da sua motocicleta e ela "morrer" neste instante, você não terá o poder de prosseguir, muito embora você tenha a autoridade (direito, permissão) de prosseguir.
Assim sendo, quando recebemos a Cristo, recebemos o direito, a permissão, ou a autoridade de nos tornarmos filhos de Deus.
No entanto, recebemos a seguinte admoestação: "Temamos, portanto, para que não suceda, com uma promessa sendo deixada para nós... que algum de vós pareça ter falhado" (Hb 4:1).
Os cristãos hebreus da época de Paulo foram repreendidos por não se tornarem aquilo para o qual tinham o direito de se tornarem.
"Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar... e vos tornastes semelhantes aos que necessitam de leite, e não de alimento solido. Pois todo aquele que se alimenta de leite... é um bebê. Mas o alimento sólido pertence aos que possuem maturidade..." (Hb 5:12-14).
Da mesma forma, os filhos de Israel tinham a autoridade (direito, permissão, privilégio) de entrarem em Canaã e possuírem a Terra Prometida, mas pereceram no deserto, com incredulidade.
A incredulidade os matou (como está matando muitos espiritualmente hoje em dia). Eles tinham a autoridade e o direito dos "... que, através da fé e da paciência, herdam as promessas" (Hb 6:12). Eles não se tornaram aquilo para o qual tinham autoridade de se tornarem.
O mesmo poderia ser dito com relação aos cristãos de Corinto, a quem Paulo disse: "E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a... bebês em Cristo. E vos alimentei com leite, e não com alimento sólido, pois até agora não pudestes suportá-lo, nem tampouco podeis agora" (1 Co 3:1,2).
Isto é algo um tanto sério quando percebemos que a Igreja de Corinto possuía todos os Dons do Espírito (1 Co 1:7) e muitas outras qualidades elogiáveis. No entanto, não haviam se tornado aquilo para o qual tinham o direito de se tornarem – cristãos maduros, preparados para a responsabilidade de filhos.
Graças a Deus que temos a promessa de recebermos o poder (exousia ou direito) de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1:12).Mencionamos as três palavras gregas que são usadas para se denotar o crescimento de um bebê até se tornar um filho. A primeira é "teknion", que significa um bebê ou uma criancinha. A segunda e "teknon" que significa um adolescente. A terceira é "huios", que significa um filho (alguém colocado como filho através da adoção).
O Apóstolo João confirma este conceito ao dizer:
"Escrevo-vos, filhinhos... Escrevo-vos rapazes... Escrevo-vos pais..." (1 Jo 2:12, 13). Três estágios de crescimento estão implícitos aqui.
Vemos estes três estágios de crescimento belamente ilustrados na vida de Jesus.
O primeiro vislumbre que a Bíblia nos dá com relação a Cristo é o de um bebê na manjedoura (Lc 2:7).
Pouco é dito sobre Jesus após a Sua infância, até os Seus anos de adolescência, quando, ainda como um garoto de doze anos de idade, Ele é visto no Templo "...assentado no meio dos doutores" (Lc 2:46).
Novamente, passa o período chamado de "anos silenciosos", e temos poucos registros da vida de Jesus até que, subitamente, aos trinta anos de idade (Lc 3:23), Ele aparece no Rio Jordão para ser batizado por João.
Estes três estágios de crescimento estão claramente registrados na vida de Jesus: o bebê (teknion) na manjedoura; o adolescente (teknon) no Templo; e os eventos aos trinta anos de idade, quando ocorreu a Sua adoção.
A Sua adoção foi confirmada durante o Seu batismo na água por João Batista. Mais tarde, o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. Em seguida, uma voz do Céu disse: "Este é o meu filho amado" (Mt 3:17; Mc 1:11; Lc 3:22). Ele foi, portanto, colocado como um filho (huios).
Os eventos que ocorreram após a adoção de Jesus são uma maravilhosa revelação daquilo a que fomos predestinados a nos tornarmos. O crescimento e desenvolvimento de Jesus foi o padrão para o nosso próprio processo de amadurecimento e filiação final. "...tendo-nos predestinado para a adoção..." (Ef 1:5).Quando o "Próprio Jesus começou a ter cerca de trinta anos de idade... ao ser batizado saiu logo da água; e eis que se Lhe abriram os Céus...
"E o Espírito de Deus, descendo como uma pomba, pousou sobre Ele. E eis que uma voz do Céu disse: ‘Este é o Meu Filho amado...’" (Lc 3:23; Mt 3:16,17).
Ah! Neste ponto, o sublime mistério da filiação é penetrantemente de repente enfocado. Então, com "os olhos do nosso entendimento sendo iluminados" (Ef 1:18), subitamente vemos a Jesus, o Filho de Deus, "...o Primogênito dentre muitos irmãos..." (Rm 8:29).
A experiência do Rio Jordão foi claramente a Sua adoção. Seguindo a tradição das terras bíblicas, o Pai Celestial traz o Seu Filho diante dos amigos, vizinhos e anciãos de Israel (no batismo de João) e fala claramente do Céu, para que todos saibam: "Este é o Meu Filho amado."
Quando Jesus saiu das águas do Jordão, Ele saiu totalmente diferente no que tange ao Seu relacionamento e privilégios.
Ele acabou de ser "colocado como um Filho" pelo Pai. De agora em diante, tudo é diferente na vida de Jesus.
Não vemos nenhum milagre antes desta ocasião. Aliás, Ele era simplesmente conhecido como "... o carpinteiro, o filho de Maria... sem honra... em Sua Própria terra, e entre os Seus Próprios parentes, e na Sua Própria casa" (Mc 6:3,4).
Não havia nenhuma auréola ao redor da Sua cabeça, pois "... em todas as coisas Lhe convinha ser feito semelhante aos Seus irmãos [você e eu]..." (Hb 2:17).
O profeta disse o seguinte com relação a Ele: "... Ele não tinha parecer nem formosura... não havia nenhuma beleza para que O desejássemos... não O valorizamos..." (Is 53:2,3).
Paulo disse que Ele "... foi feito à semelhança dos homens... encontrado na forma de homem..." (Fp 2:7,8). Antes da Sua adoção, havia pouco que O distinguisse de qualquer outro carpinteiro ou trabalhador de Nazaré.
A adoção, no entanto, mudou tudo isto para Jesus. A adoção trouxe privilégios. A adoção realizou transformações quase que grandiosas demais de serem concebidas.
Ele saiu das águas com os Céus abertos! Glória a Deus!
Céus que durante séculos haviam estado fechados pela lógica, pela religiosidade, pela dureza legalística e apostasia da humanidade.
Céus que haviam sido semelhantes ao bronze – à medida que gerações viviam e morriam, aguardando este grandioso momento.
Céus que haviam borbulhado pelo calor, chamuscados pelo sol, e crivados pelo granizo, tempestades de areia, e chuvas.
Agora, na adoção de Jesus, "os Céus se Lhe abriram’’ ( Mt 3:16). Eles se abriram para liberar a cura para os coxos, a visão para os cegos, a restauração para os caídos, o perdão para o pecador, a esperança para os desesperados, a vida pela morte, a beleza pelas cinzas, o óleo da alegria pelo luto.
O Sol da Justiça agora Se levantaria, com cura em Suas asas, e dos Céus abertos choveriam a retidão, e a bênção, em vez da maldição e a destruição. Aleluia!
Antes de entrarmos em mais detalhes sobre o significado dos "céus abertos", façamos uma pausa para considerarmos brevemente os três privilégios básicos que passam a pertencer ao rapaz das terras bíblicas que foi "colocado como um filho" (adotado).
Após a adoção, o filho tem estes três benefícios:
• A procuração legal (uso do nome do seu pai).
• O recebimento da sua herança (uso das riquezas de seu pai).
• Igualdade com o pai ao permanecer em união com ele (uso da autoridade e poder de seu pai).
Será que Jesus demonstrou possuir isto tudo após a Sua adoção?
No Evangelho de João, encontramos a maioria das respostas à pergunta acima.
João apresenta Cristo como sendo o Filho de Deus; assim sendo, a maioria dos fatos importantes com relação à filiação encontram-se em João.a. Uso do Nome. Quando você tem uma procuração legal, você tem o direito de fazer contratos, assinar cheques, comprar ou vender – tudo no nome da pessoa que Lhe outorgou este poder.
Quando você assina o nome da pessoa que Lhe deu esta autorização, isto é tão válido quanto a própria assinatura dela. A sua ordem é como um decreto dela.
Jesus disse: "Eu vim em nome do Meu Pai..." (Jo 5:43). "Pois assim como o Pai tem... assim também Ele permitiu que o Filho tivesse... autoridade para executar julgamento..." (Jo 5:26,27). Uma autoridade deste tipo não é possível sem um relacionamento com o Pai.
Os sete filhos de Sceva tentaram competir com Paulo, expulsando demônios em Nome de "Jesus a Quem Paulo prega" (Veja Atos 19:13). Os demônios ficaram tão indignados com esta pseudo-autoridade que aquele endemoninhado "... saltou sobre os sete filhos de Sceva e os sobrepujou... de tal maneira que fugiram daquela casa nus e feridos."
Não é o fato de dizermos as palavras: "Em Nome de Jesus, te ordeno..." que faz com que os demônios fujam. Mas se houver uma união com o Pai, se houver um relacionamento correto com o Pai, então a autoridade estará presente.
A adoção faz a diferença e ela é dada somente aos de estatura espiritual completa, aos adultos.
Não é de admirar que Paulo exortasse aos efésios para que eles "... não mais fossem bebês... mas... que crescessem em todas as coisas n‘Ele, o Qual é a Cabeça, Cristo" (Ef 4:14,15).b. Uso das Riquezas. Afirmamos anteriormente: "O segundo privilégio da filiação era o recebimento da sua herança (o uso das riquezas do pai)." Isto é ilustrado na Parábola do Filho Pródigo (Lc 15:11-32).
Tanto o pródigo quanto o irmão mais velho haviam sido colocados como filhos na casa do pai. O pródigo desperdiçou a sua herança através de uma vida dissoluta.
Após o arrependimento e restauração, o pai fez uma alegre celebração porque o pródigo havia voltado. O irmão mais velho reclamou: "Nunca me deste um cabrito para que pudesse me alegrar com os meus amigos."
O pai docemente respondeu: "Filho, tu sempre estás comigo, e TUDO que eu tenho é TEU. " Este é o glorioso privilégio da adoção, da filiação: tudo o que o Pai tem encontra-se à disposição do Filho. "Tudo o que tenho é teu" (Lc 15:31).
Estou sempre dizendo o seguinte: "Após a adoção de Jesus no Rio Jordão, Ele simplesmente saiu por aí distribuindo o Céu."
Por que faço esta afirmação? A Bíblia diz: "... os Céus se Lhe abriram." Na qualidade de Filho, Jesus entrou em Sua herança (uso das riquezas do Pai). O armazém do Pai de generosidade, bênção e glória foi escancarado para Jesus por ocasião da Sua adoção. "Os Céus se Lhe abriram."
1) Céu na Terra. Fiquei pasmo alguns anos atrás ao ler o seguinte versículo: "E ninguém subiu ao Céu, senão O que desceu do Céu, o Filho do Homem, o Qual está no Céu" (Jo 3:13).
Jesus Se encontrava na terra ao dizer isto. Como Ele poderia estar "no Céu" – estando aqui na terra?
Fico imaginando muitas vezes que o Céu era semelhante a uma nuvem invisível que vinha descendo e circundando a Jesus por todos os lados de forma que Ele pudesse estar "no Céu".
Ele não somente estava no Céu, mas o Céu estava n’Ele. Ele falava do Céu, ministrava do Céu aos necessitados, curava do Céu os enfermos, pois Ele Se encontrava no Céu – muito embora Se encontrasse na terra.
Ele havia Se tornado, em toda a sua resplendente glória, "o Tabernáculo [habitação] de Deus com o homem" (Ap 21:3).
Isto prefigura, prenuncia e tipifica a nossa "... grande salvação, reservada no Céu para nós, pronto para ser revelada nos últimos dias" (1 Pe 1:4,5) quando nós, também, haveremos de ser "... moldados à imagem do Seu Filho" (Rm 8:29).
E, naquele dia, acontecerá o cumprimento maior, no Corpo de Cristo, daquilo que vimos em Jesus, ao ouvirmos "... a voz do Céu dizendo: Eis o Tabernáculo de Deus com os homens, e Ele habitará neles..." (Ap 21:3).
Glória a Deus! Vocês estão vendo agora? "...Deus enviou o Seu Filho...para que nós pudéssemos receber a adoção... nós... gememos dentro de nós, esperando pela nossa adoção..." (Gl 4:4,5; Rm 8:23).
Em nossa adoção, nós também teremos a bênção de trazermos o Céu à terra e de compartilharmos o Céu com a terra.
2) A Escada de Jacó. Jacó "teve um sonho, e havia uma escada colocada na terra, e o seu topo alcançava o Céu, e eis que os anjos de Deus subiam e desciam sobre ela... E ele disse: ‘...este não é outro lugar senão a Casa de Deus... a Porta do Céu’" (Gn 28:12,17).
Você já se perguntou qual seria a interpretação do sonho de Jacó ("Esta é a Casa de Deus, a Porta do Céu")?
Foi isto exatamente o que Jacó viu. Você, no entanto, precisa compreender a metáfora, o símbolo espiritual expresso através do sonho.
O que isto tem a ver com os "Céus abertos"? Observe João 1:51. "E Jesus Lhe disse: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem."
Jesus pegou o sonho de Jacó e o amplificou e o esclareceu, mostrando-nos que a escada que Jacó viu era um símbolo de Si Próprio como o Filho de Deus, operando e movendo-Se na terra – e, contudo, também no Céu (Jo 3:13).
A escada alcançava e penetrava os Céus abertos, e unindo o Céu com a terra – os dois foram unidos e se tornaram um só. Isto Jesus experimentou durante o Seu ministério de três anos e meio como Filho de Deus. Ele trouxe o Céu a terra e a terra ao Céu – exatamente como a escada de Jacó – com os anjos subindo e descendo do Céu.
3) A Casa de Deus. Há, no entanto, uma outra grande verdade aqui que não foi totalmente cumprida em Jesus. Jacó disse: "Este não é outro lugar senão a casa de Deus. " O que ou quem é a "Casa de Deus"?
Será que a "Casa de Deus" é constituída pelos prédios feitos de pedras, cimentos e 390, erroneamente designados como "igreja"? Não! Mil vezes não!
"Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3:16). O povo de Deus constitui a "Casa de Deus".
Neste versículo, a forma plural "vós" é usada. Assim sendo, na verdade, Paulo estava dizendo: "Não sabeis que todos vós em Corinto, corporativamente, constituís o Templo de Deus?"
Sozinho, eu não sou o Templo (Casa) de Deus. Como pedras vivas, nós (corporativamente) somos edificados numa casa espiritual.
"No Qual vós [corporativamente] sois edificados juntamente para uma habitação [casa] de Deus através do Espírito" (1 Pe 2:5; Ef 2:22).
Assim sendo, a Igreja, que é o Seu Corpo (os crentes), constitui a Casa de Deus, o lugar onde Deus mora.
Lembre-se que Jesus disse: "Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, lá estarei [onde?] no meio de vós" [isto é, Ele habita na união corporativa de crentes, como um todo].
A Casa de Deus, a Igreja, é um corpo constituído por muitos membros. Esta visão de Jacó foi uma visão da Casa de Deus. O que, então, isto significa para nós?
Simplesmente o seguinte: Exatamente como a visão tinha aspectos proféticos cumpridos em Cristo quando Ele Se encontrava na terra, assim também ela tem aspectos proféticos a serem cumpridos na Igreja enquanto ela ainda estiver sobre a terra.4) Ministério do Final dos Tempos. Exatamente como o ministério de três anos e meio de Jesus foi o cumprimento do que Jacó viu; exatamente como Jesus Se tornou a Porta por onde o Céu pôde passar e chegar aos homens; exatamente como, através de Jesus, os homens puderam ver o Céu sendo manifesto na terra – desta mesma maneira os santos que atingirem a estatura completa; que atingirem a maturidade plena; que atingirem a glória da adoção – terão um grandioso ministério de final dos tempos (também, provavelmente, de três anos e meio).
Os santos se tornam o cumprimento da escada que Jacó viu, com os seus pés sobre a terra e o seu topo atingindo o Céu, trazendo o Céu aos homens, e levando-os ao Céu através do ministério e da palavra da reconciliação que foram confiados à Igreja (2 Co 5:18,19).
Esta escada de Jacó sob "Céus abertos, com anjos subindo e descendo" é um quadro da Casa de Deus – "cuja Casa somos nós, se retivermos firmes a confiança e o regozijo da esperança até o fim" (Hb 3:6).
A adoção traz este abençoado benefício: as riquezas do Pai tornam-se nossas, para que também possamos compartilhá-las com os outros. Os Céus abertos tornam-se a nossa porção, e toda a glória é colocada à disposição do Filho, para abençoar e elevar até o Céu o homem amaldiçoado pelo pecado.
Isto faz parte da glória da Sua herança nos santos que Paulo cita em Efésios 1:18.
c. Igualdade com o Pai. "E eis que uma voz do Céu disse: Este é o Meu Filho amado" (Mt 3:17). As pessoas ouviram esta proclamação e ficaram chocadas e estupefatas! "o Filho de Deus?", ponderaram.
O espanto, a surpresa e a hostilidade devem ter irrompido simultaneamente, à medida que aumentava a intensidade das conversações.
Estas palavras, indubitavelmente, chegaram aos ouvidos dos fariseus e líderes dos judeus, os quais aguardavam uma ocasião para apedrejá-lo. "Os judeus responderam-Lhe, dizendo: Não Te apedrejamos por alguma obra boa, mas por blasfêmia; ...por que Tu, sendo homem, Te fazes semelhante a Deus.
"Respondeu-lhes Jesus... D’Aquele a Quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo 10:33,34,36). "Portanto, os judeus ainda mais procuravam matá-Lo, porque Ele não somente havia quebrado o Sábado, mas também havia dito que Deus era o Seu [Próprio] Pai, fazendo-Se igual a Deus" (Jo 5:18).
1) O Filho de Deus. Muito embora os teólogos liberais de hoje em dia ainda se equivoquem com relação às Suas alegações e contestem a Sua divindade, Jesus sabia Quem Ele era: o Filho de Deus – igual ao Pai.
Não é de admirar que Paulo pudesse exclamar alegremente: "Pois n‘Ele toda a plenitude da divindade teve o prazer de habitar" (Cl 1:19). "Pois n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2:9).
"Mas ao Filho Ele diz: O Teu Trono, ó Deus, é para todo o sempre" (Hb 1:8). Nesta passagem, a palavra é claramente dirigida ao Filho como sendo Deus. Sim, Jesus era Deus revestido de carne. Ele Se tornou o que nós somos para que pudéssemos nos tornar o que Ele era – Filho de Deus.
2) Filhos de Deus. "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus... e, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito do Seu Filho, que clama: Aba, Pai.
"Portanto, já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também um herdeiro de Deus através de Cristo’’ (1 Jo 3:1; Gl 4:6,7).
"Pois recebestes o Espírito de adoção, ...recebestes o Espírito de filiação, pelo Qual clamamos Aba, Pai.
"O Próprio Espírito testifica com o nosso Espírito que somos filhos de Deus.
"E, se somos filhos, então somos herdeiros – herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato compartilharmos dos Seus sofrimentos a fim de podermos compartilhar da Sua glória.
"Considero que os nossos sofrimentos presentes não podem ser comparados com a glória que será revelada em nós.
"A Criação aguarda com uma ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus.
"... nós próprios, que temos as primícias do Espírito, gememos internamente ao aguardarmos avidamente a nossa adoção como filhos, a redenção dos nossos corpos.
"Pois nesta esperança somos salvos" (Rm 8:15-24).
Não podemos nos colocar como filhos. Isto é da alçada e da responsabilidade do Pai.
Podemos "prosseguir para o alvo, pelo prêmio do sublime chamado de Deus em Cristo Jesus. Pelo que, todos quantos já somos perfeitos [maduros] sintamos isto mesmo: e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará" (Fp 3:14,15).
Não é de admirar que o tempo da volta de Jesus à terra seja chamado de "abençoada esperança" (Tt 2:13)."... e Ele virá novamente, mas não para lidar uma vez mais com os nossos pecados. Desta vez Ele virá para levar a uma salvação plena todos os que ávida e pacientemente O aguardam" (Hb 9:28 versão amplificada).
Creio que esta "salvação plena" que Ele trará será a nossa adoção. Ó, como eu quero vê-Lo! Você não quer?
"O Espírito e a Noiva dizem: ‘Vem!’ Que cada um que os ouvir diga a mesma coisa: ‘Vem!’ Que venha o sedento – qualquer um que quiser; que venha e beba de graça da Água da Vida.
"Aquele que disse todas estas coisas declara: Sim, estou vindo logo! Amém! Vem, Senhor Jesus!" (Ap 22:17,20).
Editorial
Abreviação Vocabular
Há um fenômeno que ocorre em todos os idiomas, denominado por alguns gramáticos como abreviação vocabular. É uma tendência que as pessoas, na dinâmica da linguagem e buscando uma elocução sempre mais rápida, tem de abreviar vocábulos e expressões sem prejudicar a sua compreensão. Depois que o uso se torna comum na forma coloquial, os escritores e gramáticos passam a adotá-las em seus trabalhos como formas aceitas de se comunicar a ideia.
Desta forma temos casos como a substituição de José por , cinematografia por cinema e este por cine.
Antigamente o pronome  reto usado para a terceira pessoa do singular era vossa mercê, que passou para vosmecê, que depois passou para você que hoje é usado como ocê e que já, numa economia radical de elocução, tem sido pronunciado o nosso conhecido cê. vai à igreja hoje?”
Até aí tudo bem. É uma tendência em todos os idiomas e procura-se observar se não há prejuízo na compreensão antes que o termo seja definitivamente aceito. No entanto, como toda tendência do ser humano, a tendência da tendência é alastrar-se para outros ramos da atividade humana e, nesse caso, chegamos ao campo bíblico teológico.
Seguindo esse curso, é comum reduzirmos os textos bíblico que normalmente repetimos a pedaços que acabam confundindo o sentido verdadeiramente bíblico que o mesmo possuía. Um dos textos que mais sofrem com essa economia idiomática é o de Romanos 8:28 que diz que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.
Numa primeira redução desse texto, é comum ouvi-lo pronunciado apenas “todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.  Neste ponto já nos esquecemos de que existe um chamado e um propósito divino sobre aqueles para os quais todas as cousas cooperam. Mas não paramos aí. Em nossa ânsia pela elocução rápida, logo estamos pronunciando apenas “todas as cousas cooperam para o bem”. Nesse ponto já não se faz necessário nem amar a Deus. Tudo vai ficar bem. Mas não paramos por aí. O próximo passo é “todas as cousas cooperam” ou “tudo coopera”, para ficar ainda mais simplificado. Ora, a essa altura Deus já saiu de cena, pois não chama ninguém, não estabelece propósito e nem é amado. A religião continua, mas Deus já era. Não é incomum encontrarmos pessoas envolvidas em situações complicadas, muitas das vezes em pecado e franca rebelião contra Deus, afirmarem numa atitude de “tomara que dê certo”: “Tudo coopera, irmão.”
Cada coisa em seu lugar. A teologia bíblica não permite a abreviação vocabular sem o ônus da perda de seu sentido completo e contextualizado. Uma exegese sadia não se faz com pedaços de textos, mas cada texto deve ser considerado no seu todo, para que se tenha o seu sentido completo. Assim nos achegamos mais à verdade de Deus, afastando-nos da sedução dos conceitos e doutrinas humanas e até diabólicos.