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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Paz, um Privilégio!



Paz, um privilégio!


por Paulo Borges Junior


Em Cristo Jesus nós não apenas conhecemos o que Deus
 pode ou o que Ele quer, mas principalmente conhecemos quem Deus é porque conhecemoso seu amor. 
Na medida em que conhecemos a Cristo, conhecemos
a Deus, conhecemos o que somos em Cristo e o que Cristo é em nós.
Precisamos compreender que a benção já foi recebida,
 em Cristo Jesus. No entanto, todo esforço do diabo
é para distorcer isso em nossa mente. Suas intenções
 não almejam que o crente mude de comportamento, simplesmente. O interesse do diabo é mudar
 as motivações dos cristãos. Desde Adão e Eva, tudo o
que o diabo gerou em nosso coração foi com a intenção
de deixarmos de agir manifestando a benção já
recebida passando a agir para recebermos  uma
 benção não alcançada.
Interessante que o pecado separou o homem
 de Deus, no entanto, não separou  Deus do homem. A motivação de Deus nunca mudou em relação as nossas atitudes porque Deus é amor. A motivação dele não é modificada pelo nosso comportamento.  A nossa
 motivação sim, muitas vezes se altera. Mas
 precisamos entender que o que determina a qualidade
 da vida com 
Deus não são as nossas ações, como por exemplo
a adoração por si só,  sim, os motivos das nossas
ações ( em espírito e em verdade). Muitas pessoas,
por exemplo, mudam de comportamento mas não
mudam de atitude.  Suas razões e anseios, referências
 e  prioridades não mudam. Pessoas que têm e interesses
 em Jesus porque esperam que  Ele faça por elas tudo o
  que elas pensam  expectativas que Ele deve fazer.
Pessoas que correm atrás de uma benção que na verdade
 já foi dada. São pessoas de coração carregado de
expectativas.  Elas sabem tudo o que Jesus pode fazer por
 elas mas não sabem quem Ele é o que já fez.
Nesse sentido é possível que
alguém faça a coisa certa sem necessariamente estar 
fazendo a coisa boa. A motivação não é boa.
São pessoas que conhecem seu próprio desejo,mas
 não o coração de Cristo. E o que tem  a paz haver
com tudo isso?
Paz não é uma questão de comportamento, mas de atitude.
 Eu anuncio a paz, e é a paz que julga minhas motivações.  A palavra de Deus diz que a paz seria o juiz das nossas ações.
 Se minha atitude é amor minha ação é paz. Se minha
 atitude é defesa, minha ação é guerra. Se entendo quem
  Deus é, e Deus é amor, toda a minha ação  é um esforço
 de manifestar esse amor para as outras pessoas e aí a
paz é gerada.Então, talvez a paz não seja algo relacionado
nem à preocupação nem à dever. Paz é uma questão
de privilégio. Não é  paz que achamos que devemos ter ou
 que gostaríamos de ter mas a paz que podemos viver
em Jesus. A paz é 
um privilégio para todos aqueles que já conhecem quem
 Cristo é e quem eles são em Cristo.  Afinal o Reino de
 Deus é anunciado  como sendo de paz, alegria e justiça.
A paz já é uma benção dada por Deus quando recebemos o
sEu Reino.Por isso Jesus disse: " eu vos deixo a minha paz,
não a paz que o mundo dá, mas a minha paz. Não se turbe
 o vosso coração nem se atemorize"  Jesus deixa sua paz
 como legado e diz que não precisaríamos ter medo. 
A palavra de Deus diz que no amor não existe medo porque
é o medo que produz os tormentos. É no medo de sofrer o
dano que fazemos a guerra. A palavra também caracteriza o amor de Deus, como aquele que amou primeiro.
A expressão maior do que Deus é, é amar primeiro.
 Jesus também condiciona a paz à presença do consolador, o Espírito Santo. Consolador porque Jesus sabe que
  sofreríamos perdas que poderiam produzir em nós
 temores e medos. Na verdade, o medo que temos
  não é o medo da guerra, mas o medo da perda, medo de
sofrer o dano, da ausência, do prejuízo. Então o homem
se antecipa aos prejuízos defendo-se dos
possíveis danos. Pense bem, as pessoas não tem medo
 de amar algo que seja garantido. As pessoas tem medo
 de amar primeiro. Amar na possibilidade de sofre o
dano. Assim, a guerra é feita contra todos os que
podem representar um prejuízo pessoal. O segredo é entendermos que não vamos ter a benção. Nós já a temos.
Nós não vamos ter a paz, nós já a recebemos em Cristo 
Jesus.  Agora podemos manifestar à todos as bênçãos
já recebidas, em paz. Esse é o privilégio de evangelizar a
 paz!  Quem nunca a viu a verá através de nós. Uma
motivação santa é ter paz com todos os homens
 de tal maneira que nada é mais importante do que
 revelar O amor de Cristo. m coração limpo de amargura,
de defesas, de prioridades individuais. Um coração em paz
para amar primeiro. Dessa forma a glória de Deus nas
maiores alturas é transformada em paz na Terra para
todos aqueles à quem Deus ama.
Pastor Paulo Junior


Se entendo quem Deus é, e Deus é amor,
toda a minha ação é um esforço 
de manifestar esse amor para as outras
pessoas e assim, a paz é gerada. 

Um motivo para viver e morrer


MINISTERIO SAL DA TERRA
Um motivo para viver e morrer!   Por Olgalvaro Junior
    Se você está tão obsecado por algo em sua vida quanto o amigo ali,
você está pecisando de ajuda urgente!!!
Recentemente estivemos em Nova York para uma reunião de líderes na ONU.
Na ocasião fomos hospedados na casa do Frank e da Rose, onde desfrutamos de 
tempo muito precioso, e ali, nos jardins da casa, Deus falou profundamente ao meu
coração através de uma noz que encontrei no chão de baixo de um grande Carvalho.  
Quando vi aquela semente, lembrei-me do personagem do filme A Era do Gelo, que 
passa todo o filme fazendo de tudo para alcançar e manter a noz em seu poder. 
  O mais interessante é que parece que quando mais fatigado, mais empenhado 
para alcançá-la, mais distante ela fica dele.Uma corrida de vida, onde o desejo ardente de possuir algo vai se tornando em obsessão terrível. “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.Mt 6:2  E assim é nossa vida, estamos o tempo todo correndo atrás de algo na expectativa deencontrar realização, alegria, prazer e reconhecimento. Nessa corrida desenfreada, muitostêm perdido família, amigos, saúde e a paz que tanto desejamos. É interessante que,
o que muitos correm atrás, é justamente aquilo que Deus diz para não buscarmos. 
    Muitas vezes queremos usar Deus para alcançar os nossos objetivos. Não queremos Deus, queremos o que Deus pode nos dar.    Por isso, há tantas pessoas cansadas, sobrecarregadas, abatidas e desesperadas correndo atrás da noz,porque pensam que dessa maneira vão encontrar a felicidade em suas vidas. Mas não é assim! Precisamos conhecer a Deus e Seus planos para nós, dessa fora, seremos plenos em tudo, sem falta de nada“Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e Ele lhes dará todas as coisas”. Mt 6:33 Olgálvaro Bastos Jr.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MUSICA IRMAO LAZARO

ELIANE

NANI AZEVEDO

http://youtu.be/gUFAFwrBU9w

UMA NOTA AO AUTOR DO LIVRO ESBOÇOS BIBLICOS DE SALMO!

Nossos e-books são disponibilizados gratuitamente, com a única finalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles que não tem condições econômicas para comprar.
Se você é financeiramente privilegiado, então utilize nosso acervo apenas para avaliação, e, se gostar, abençoe autores, editoras e livrarias, adquirindo os livros.
 Semeadores da Palavra e-books evangélicos

Esboços Bíblicos de Salmos
C. H. Spurgeon
 LOUVO AO SENHOR PELA VIDA DE HOMENS QUE SE DEDICAM A DOAR PARA AQUELES QUE NADA POSSUEM E O AUTOR DESTA OBRA TEM NOS ABENÇOADO, ENTÃO FAREMOS O MESMO! 
OBRIGADA E VOSSO ATO NAO FICARÁ SEM A GRATIDÃO E CUIDADO DO SENHOR!

SALMOS - 7,8 e 9


SALMO 7

TÍTULO
"Shiggaion de Davi, que ele cantou ao Senhor, com respeito à palavra de Cuse, o benjamita." "Confissão de Davi" - Até onde podemos constatar pelas observações de homens doutos, e de uma comparação desse salmo com o único outro Shiggaion na Palavra de Deus (Habacuque 3.1), esse título parece significar "Cânticos variados", com o qual está associada também a idéia de consolação e prazer. Realmente, nosso salmo da vida é composto de versículos variáveis; uma estrofe acompanha a métrica sublime de triunfo, mas outra segue com dificuldade o ritmo desigual da queixa. Há muita nota grave na música do santo. Nossa experiência é tão variável quanto o tempo. A partir do título, ficamos sabendo quando esse cântico foi composto. É provável que Cuse, o benjamita, tenha acusado Davi perante o rei Saul de conspiração traiçoeira contra sua autoridade real. E nisso Saul parecia disposto a crer prontamente, tanto pelo ciúme que tinha de Davi, como pelo possível relacionamento que possa ter existido entre ele, filho de Quis, e este Cuse, ou Quis, o benjamita. Aquele que está perto do trono pode fazer mais mal a um súdito do que um difamador comum.
Este salmo pode receber o nome de CÂNTICO DO SANTO CALUNIADO. Mesmo o mais aflitivo dos males - a calúnia - pode ser motivo para um salmo. Que bênção se pudéssemos transformar até o evento mais desastroso evento em motivo de um canto e, assim, vencermos nosso maior inimigo. Aprendamos uma lição com Lutero, que disse, certa vez: "Davi criou os salmos; nós também faremos salmos, e os cantaremos tão bem quanto possível para a honra de nosso Senhor, e para revidar e zombar do diabo".
DIVISÃO
No primeiro e segundo versículos, o perigo é declarado, e a oração oferecida. Então, o salmista declara solenemente sua inocência (3, 4, 5). Implora-se ao Senhor que se levante para julgar (6, 7). O Senhor, sentado em seu trono, ouve o apelo renovado do suplicante caluniado (8, 9). O Senhor inocenta seu servo e ameaça os maus (10, 11, 12, 13). Numa visão, o caluniador é visto com uma maldição sobre sua própria cabeça (14, 15, 16), enquanto Davi se afasta do julgamento cantando um hino de louvor ao seu Deus justo. Temos aqui um sermão nobre sobre esse texto: "Nenhuma arma forjada contra você prevalecerá, e você refutará toda língua que a acusar" (Is 54.17).
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A necessidade de fé quando nos dirigimos a Deus. Mostre a inutilidade da oração sem confiança no Senhor.
VERS. 1, 2. Vistos como uma oração para libertar de todos os inimigos, especialmente de Satanás, o leão.
VERS. 3. Autovindicação diante dos homens. Quando possível, sensato ou útil. Com observações sobre com que espírito isso deve ser tentado.
VERS. 4. "A melhor vingança." Mal por bem é estilo do diabo, mal por mal é estilo de fera, bem pelo bem é estilo do homem, bem pelo mal é estilo de Deus.
VERS. 6. Como e em que sentido a ira divina pode se tornar a esperança dos justos.
Fogo que se vence com fogo, ou a ira do homem vencida pela ira de Deus.
VERS. 7. "A congregação do povo."
1. Quem são.
2. Porque se congregam um com o outro.
3. Onde congregam.
4. Por que escolhem tal pessoa para ser o foco central de sua congregação.
VERS. 7. A reunião dos santos em torno do Senhor Jesus.
VERS. 7. (última cláusula). A vinda de Cristo para julgar pelo bem de seus santos.
VERS. 8. O caráter do Juiz diante de quem todos precisamos nos colocar.
VERS. 9. (primeira cláusula).
1. Mudando seus corações; ou
2. Refreando suas vontades,
3. Ou privando-as de poder,
4. Ou removendo-as.
Mostre quando e por que tal oração deve ser oferecida, e como podemos trabalhar para sua realização.
VERS. 9. Este versículo contém duas grandes orações, e uma prova nobre de que o Senhor pode concedê-las.
VERS. 9. O período de pecado e a perpetuidade dos justos (Matthew Henry).
VERS. 9. "Ao justo dá segurança" Estabeleça os justos. Por quais meios e em que sentido os justos nomeados, ou, a verdadeira igreja estabelecida.
VERS. 9. (última cláusula). Deus experimenta/julga os corações dos homens.
VERS. 10. "Reto de coração." Explique o caráter.
VERS. 10. A confiança do crente em Deus, e o cuidado de Deus sobre ele. Mostre a ação da fé em obter defesa e proteção, e daquela defesa sobre nossa fé fortalecendo-a.
VERS. 11. O Juiz e as duas pessoas no seu julgamento.
VERS. 11. (segunda cláusula). A ira presente, diária, constante e veemente de Deus contra os maus.
VERS. 12. Veja o sermão de Spurgeon. Se voltar ou se queimar.
VERS. 14, 15, 16. Ilustre com três figuras os artifícios e a derrota dos perseguidores.
VERS. 17. O excelente dever do louvor.
VERS. 17. Veja o versículo em relação ao sujeito do salmo, e mostre como a libertação dos justos e a destruição dos maus são temas para cânticos.

SALMO 8

TÍTULO
Para o mestre da música de Gittith, um salmo de Davi. Não temos certeza sobre o sentido da palavra Gittith. Alguns pensam referir-se a Gate, mas pode se referir a uma melodia comumente cantada ali ou a um instrumento de música inventado ali, ou uma canção sobre Golias de Gate. Outros, remontando às raízes hebraicas, acreditam que significa um cântico para o lagar, um hino alegre para os pisadores de uvas. O termo Gittith é aplicado a dois outros salmos (81 e 84), ambos de natureza alegre, o que nos permite concluir que, onde encontrarmos essa palavra no título, podemos procurar um hino de prazer.

Podemos pelo estilo intitular esse salmo a "Canção do astrônomo": vamos sair e cantá-lo sob os céus estrelados ao cair da noite, pois é provável que, em tal posição, tenha primeiro ocorrido à mente do poeta. O dr. Chalmers diz: "Há muito no cenário de um céu noturno para elevar a alma a uma contemplação piedosa. Aquela lua e estas estrelas, o que são? Destacam-se do mundo, e nos elevam acima dele. Sentimo-nos afastados da terra, e subimos em abstração grandiosa acima deste pequeno teatro de paixões e ansiedades humanas. A mente se abandona ao devaneio, e é transferida num êxtase de pensamento para regiões distantes e inexploradas. Vê a natureza na simplicidade de seus grandes elementos, e vê o Deus da natureza investido com os altos atributos de sabedoria e majestade."

DIVISÃO
O primeiro e último versículos são um doce canto de admiração, no qual a excelência do nome de Deus é exaltada. Os versículos intermediários são constituídos de admiração santa diante da grandeza do Senhor na criação, e sua condescendência para com o homem. Poole, em suas anotações, o disse bem: "É uma grande interrogação, entre os intérpretes, saber se este salmo fala do homem em geral, e da honra que Deus coloca sobre ele em sua criação; ou somente do homem Jesus Cristo. Possivelmente, ambos podem ser reconciliados e colocados juntos, e a controvérsia tem fim, porque o objetivo e o assunto deste salmo claramente parecem ser este: mostrar e celebrar o grande amor e bondade de Deus para com a humanidade, não só em sua criação, mas especialmente na redenção por Jesus Cristo, que, como foi homem, promoveu a honra e o domínio aqui mencionados, para que pudesse continuar sua grande e gloriosa obra. Assim, Cristo é o principal tema deste salmo, e é interpretado assim tanto pelo nosso Senhor mesmo (Mateus 21.16), como por seu santo apóstolo (1Coríntios 15.27; Hebreus 2.6, 7).
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. "Senhor, Senhor nosso". Apropriação pessoal do Senhor como nosso. O privilégio de manter tal porção.
"Como é majestoso". A excelência do nome e da natureza de Deus em todos os lugares e sob todas as circunstâncias.
Sermão ou preleção sobre a glória de Deus na criação e providência.
"Em toda a terra." A revelação universal de Deus na sua natureza e sua excelência.
"Tua glória é cantada nos céus." A glória incompreensível e infinita de Deus.
"Acima dos céus." A glória de Deus atingindo alturas muito acima do intelecto dos anjos e do esplendor do céu.
VERS. 2. Piedade infantil, sua possibilidade, potência, "força" e influência, "para que possas silenciar".
A força do evangelho não é resultado de eloqüência ou sabedoria daquele que fala.
Grandes resultados a partir de pequeninas causas quando o Senhor ordena o trabalho.
Grandes coisas que podem ser ditas e afirmadas pelos recém-convertidos, bebês na graça.
O silenciar das forças do mal pelo testemunho de crentes fracos.
O silenciar do Grande Inimigo pelas vitórias da graça.
VERS. 4. A insignificância do homem. A consciência de Deus do homem. Visitas divinas. A pergunta: "O que é o homem?" Cada um desses temas pode ser suficiente para um sermão, ou todos podem ser tratados em um sermão.
VERS. 5. A relação entre o homem e os anjos.
A posição que Jesus assumiu por nossa causa.
A coroa da humanidade - a glória de nossa natureza na pessoa do Senhor Jesus.
VERS. 5, 6, 7, 8. O domínio universal providencial de nosso Senhor Jesus.
VERS. 6. Os direitos e as responsabilidades do homem para com os animais inferiores.
VERS. 6. O domínio do homem sobre os animais inferiores, e como deve exercê-lo.
VERS. 6 (segunda cláusula). O lugar apropriado para todas as coisas mundanas, "sob os seus pés".
VERS. 9. O peregrino em muitas regiões se delicia com a doçura do nome de seu Senhor sob todas as condições.

SALMO 9

TÍTULO
Para o mestre da música de Muth-labben, um salmo de Davi. O sentido deste título é muito duvidoso. Pode se referir à música com a qual o salmo deveria ser cantado, como pensam Wilcocks e outros; ou pode ser referência a um instrumento musical hoje desconhecido, mas comum naqueles dias; ou pode ainda fazer referência a Ben [Benaia], mencionado em 1Crônicas 15.18, como sendo um dos cantores levitas. Se uma dessas conjecturas estiver correta, o título de Muth-labben não nos traz ensinamentos, a não ser que queira nos mostrar como Davi se preocupava de que, no culto de Deus, tudo fosse feito com a devida ordem. De um grande número de testemunhas eruditas, concluímos que o título pode assumir um sentido muito mais instrutivo, sem ser forçado demais: significa um salmo com respeito à morte do Filho. O caldeu, "com respeito à morte do Campeão que saiu para os acampamentos", está se referindo a Golias de Gate, ou a algum outro filisteu, sobre cuja morte muitos supõem que este salmo tenha sido escrito anos mais tarde, por Davi. Acreditando que, dentre muitas suposições, esta pelo menos seja coerente com o sentido do salmo, nós a preferimos; e, principalmente, porque ela nos possibilita fazer referência de forma mística à vitória do Filho de Deus sobre o campeão do mal, e até sobre o inimigo de almas (versículo 6). Estamos diante de um hino triunfal; que ele possa fortalecer a fé do crente militante e estimular a coragem do santo tímido, ao ver ele aqui O VENCEDOR, em cuja vestidura e coxa está escrito o nome Rei dos reis e Senhor dos senhores.

ORDEM
Bonar comenta: "A posição dos salmos em sua ordem é muitas vezes admirável. Questiona-se se o arranjo atual deles foi a ordem em que foram dados a Israel, ou se algum compilador posterior, talvez Esdras, tenha sido inspirado a dedicar-se a esse assunto, bem como a outros pontos ligados ao cânon. Sem tentar decidir esse ponto, basta observarmos que temos prova de que a ordem dos salmos é tão antiga quanto a conclusão do cânon, e, se assim for, parece óbvio que o Espírito Santo desejou que este livro chegasse até nós nessa ordem. Fazemos estas observações a fim de despertar a atenção para o fato de que, assim como o oitavo salmo deu continuidade à última frase do sétimo, este nono salmo começa com uma referência aparente ao oitavo:

"Senhor, quero dar-te graças de todo o coração
e falar de todas as tuas maravilhas.
Em ti quero alegrar-me e exultar,
e cantar louvores ao TEU NOME, ó Altíssimo" (versículos 1, 2).

Como se "o nome", tão louvado no salmo anterior, ainda estivesse soando no ouvido do doce cantor de Israel. E, no versículo 10, volta-se a ele, celebrando a confiança de quem "conhece" esse "nome" como se sua fragrância ainda perfumasse a atmosfera.

DIVISÃO
A melodia muda com tanta freqüência que é difícil fazer um esboço metódico dela: fizemos o melhor que pudemos. Do versículo 1 ao 6, trata-se de um canto jubiloso de ação de graças; do 7 ao 12, há uma declaração de fé contínua quanto ao futuro. A oração encerra a primeira grande divisão do salmo nos versículos 13 e 14. A segunda parte dessa ode triunfal, embora mais curta, é paralela à primeira em suas partes, e é uma espécie de repetição dela. Observe o cântico pelos juízos do passado, versículos 15, 16; a declaração de confiança na justiça futura, 17, 18; e a oração de desfecho, 19, 20. Celebremos as vitórias do Redentor ao lermos este salmo, e só pode ser uma tarefa deleitosa se o Espírito Santo estiver conosco.

DICAS PARA O PREGADOR
I. O único objeto de nosso louvor - "Senhor, quero dar-te graças".
II. Os temas abundantes de louvor - "todas as tuas maravilhas".
III. A natureza apropriada do louvor - "de todo o coração" (B. Davies).
VERS. 1. "Eu quero falar." Infinda ocupação e apreciação.
VERS. 1. "Todas as tuas maravilhas". Criação, providência, redenção, todas são maravilhosas por exibirem os atributos de Deus de forma a despertar a admiração de todo o universo de Deus. Um tópico bastante sugestivo.
VERS. 2. O canto sagrado: sua ligação com a alegria santa.
VERS. 4.
1. Os direitos dos justos por certo serão atacados.
2. Mas é igualmente certo que serão defendidos.

VERS. 6.
1. O grande inimigo.
2. A destruição que ele já causou.
3. Os meios de sua derrota.
4. O resto que se seguirá.
VERS. 7 (primeira cláusula). A eternidade de Deus - o consolo dos santos, o terror dos pecadores.
VERS. 8. A justiça do governo moral de Deus, especialmente em relação ao grande dia final.
VERS. 9. Pessoas necessitadas, tempos necessitados, provisões oni-suficientes.
VERS. 10.
1. Conhecimento imprescindível - "conhecer o teu nome".
2. Resultado bendito - "confiarão em ti".
3. Suficiente razão - "pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam" (T.W. Medhurst).
Conhecimento, fé, experiência, os três ligados entre si.
VERS. 10. Os nomes de Deus inspiram confiança. JEOVÁ Jireh, Tsidekenu, Rophi, Shammah, Nissi, ELOHIM, SHADDAI, ADONAI.
VERS. 11.
1. Sião, o que é?
2. Seu glorioso habitante, o que faz?
3. A ocupação dupla de seus filhos - "cantar louvores", "proclamar entre as nações seus feitos".
4. Argumentos da primeira parte do assunto para nos encorajar no dever duplo.

VERS. 12.
1. Deus numa situação terrível.
2. Lembra-se de seu povo; para poupar, honrar, abençoar e vingá-lo.
3. Atende ao seu clamor, na sua própria salvação e na derrota de seus inimigos. Um sermão consolador para tempos de guerra ou de peste.

VERS. 13. "Misericórdia, Senhor". A oração do publicano explicada, recomendada, apresentada e cumprida.
VERS. 13. "Salva-me das portas da morte." Aflições profundas. Grandes livramentos. Gloriosas exaltações.
VERS. 14. "Eu exultarei em tua salvação". Especialmente porque é tua, ó Deus, e, portanto, honra a ti. Na tua liberalidade, plenitude, adequação, certeza, eternidade. Quem pode se alegrar nisso? Motivos porque devem sempre fazer isso.
VERS. 15. Lex talionis. (Lei de Talião) ["retaliação" quando se comenta "bem-feito!"]). Exemplos memoráveis.
VERS. 16. Conhecimento terrível; uma alternativa tremenda quando comparada ao versículo 10.
VERS. 17. Um aviso para os que se esquecem de Deus.
VERS. 18. Demoras no livramento.
1. A estimativa da descrença - "esquecidos", "perecer".
2. A promessa de Deus - "nem sempre".
3. A obrigação da fé - esperar.
VERS. 19. "Não permitas que o mortal triunfe!" Uma petição poderosa. Casos onde foi usado na Bíblia. O motivo de seu poder. Horas para seu uso.
VERS. 20. Uma lição necessária, e como é ensinada.

domingo, 27 de novembro de 2011

SALMO 5 E SALMO 6 !

SALMO 5

TÍTULO
Ao mestre da música. Para flautas. Salmo davídico. A palavra hebraica para o instrumento é Nehiloth; que se origina de outra palavra que significa "perfurar", "abrir um furo", de onde se veio a entender uma flauta, portanto, é provável que se pretendesse que essa música fosse cantada com o acompanhamento de instrumentos de sopro, como o cornetim, trompa, flauta ou trompete. No entanto, é apropriado observar que não estamos certos da interpretação desses títulos antigos, porque a Septuaginta o traduz: "Para aquele que obterá uma herança", e Aben Ezra acha que denota alguma melodia antiga e bem conhecida com a qual este salmo deveria ser cantado. Mesmo os maiores estudiosos confessam a dificuldade que existe para se interpretar precisamente o título; mas isso não deve nos preocupar, pois é uma prova de como o Livro é antigo. Através do primeiro, segundo, terceiro e quarto salmos, pode-se notar que o tema é um contraste entre a posição, a personalidade e o futuro dos justos e ímpios. Neste salmo, você nota a mesma coisa. O salmista expõe um contraste entre ele próprio, tornado justo pela graça de Deus, e o ímpio que se opõe a ele. Para a mente piedosa, aqui temos uma visão prévia do Senhor Jesus, de quem se diz que nos dias de sua carne ele fez subir orações e súplicas com forte clamor e lágrimas.
DIVISÃO
O salmo deve ser dividido em duas partes: do primeiro ao sétimo versículo, e depois do oitavo ao décimo segundo. Na primeira parte, Davi implora veementemente ao Senhor para que ouça sua oração; na segunda parte, ele passa de novo pelo mesmo caminho.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1, 2. Oração em sua forma tripla. "Palavras, meditação, clamor". Mostra como falar não adianta sem coração, mas que anseios fervorosos e desejos silenciosos são aceitos, mesmo quando não expressos.
VERS. 3. A excelência da hora devocional matutina.
VERS. 3. (duas últimas cláusulas).
1. Oração dirigida.
2. Respostas esperadas.
VERS. 4. O ódio de Deus pelo pecado é um exemplo para seu povo.
VERS. 5. "Os arrogantes." Mostre porque os pecadores são com justiça chamados de tolos ou arrogantes.
VERS. 7. "Pelo teu grande amor." Reflita bastante a respeito dos variados aspectos da graça e bondade de Deus.
VERS. 7. A decisão piedosa.
VERS. 7.
1. Observe a singularidade da decisão.
2. Note bem o objetivo da decisão. Diz respeito ao serviço de Deus no santuário. "Entrarei em tua casa ... com temor me inclinarei para o teu santo templo."
3. A maneira em que ele cumpriria a sua decisão.
(a) Impressionado com um sentimento da bondade divina: "Entrarei em tua casa pelo teu grande amor",
(b) Cheio de veneração santa: "com temor me inclinarei" (William Jay, 1842).
VERS. 8. A direção de Deus é sempre necessária, especialmente, quando os inimigos estão nos vigiando.
VERS. 10. Visto como ameaça. A frase "Expulsa-os por causa de seus muitos crimes" serve de base para um discurso muito solene.
VERS. 11.
1. O caráter dos justos: fé e amor.
2. Os privilégios dos justos.
(a) Alegria - grande, pura, satisfatória, triunfante, cantem sempre de alegria (exultem).
(b) Proteção - por poder, providência, anjos, graça.
VERS. 11. Alegria no Senhor tanto um dever como um privilégio.
VERS. 12. (primeira cláusula). A bênção divina sobre os justos. É antiga, eficaz, constante, irreversível, supera a tudo, eterna, infinita.
VERS. 12. (segunda cláusula). A consciência do favor divino é uma defesa para a alma
.

SALMO 6

TÍTULO
Este salmo é comumente conhecido como o primeiro dos SALMOS DE PENITÊNCIA. Os outros seis são os salmos 32, 38, 51, 102, 130, 143, e certamente sua linguagem se presta bem aos lábios de um penitente, porque expressa ao mesmo tempo a tristeza (versículos 3, 6, 7), a humilhação (versículos 2 e 4), e o ódio ao pecado (versículo 8), que são as marcas infalíveis do espírito contrito quando se volta a Deus. Ó Espírito Santo, cria em nós o verdadeiro arrependimento do qual não se precisa arrepender. O título deste salmo é "Ao mestre da música no Neginoth sobre Sheminith (1Cr 15.21). Um salmo davídico", isto é, ao mestre da música com instrumentos de cordas, na oitava, provavelmente na oitava musical. Alguns acham que a referência seja ao tom do baixo ou tenor, que certamente se adequaria bem a essa ode lamentosa. Mas não somos capazes de entender esses antigos termos musicais, e até mesmo o termo Selah ainda permanece sem tradução. No entanto, isso não deve ser entrave no nosso caminho. Perdemos muito pouco pela nossa ignorância, e pode servir para confirmar a nossa fé. É prova do quanto esses salmos são antigos que contenham palavras, cujo sentido tenha se perdido até mesmo para os melhores estudiosos da língua hebraica. Certamente são incidentais (acidentais, posso quase dizer, se eu não cresse que foram designadas por Deus), provas do que são, do que professam ser, os escritos antigos do rei Davi e tempos remotos.

DIVISÃO
Você observará que o salmo logo se divide em duas partes. Primeiro, há o apelo do salmista em sua forte aflição, o que vai do primeiro ao final do sétimo versículo. Então a seguir, do oitavo versículo até o fim, tem-se um tema bem diferente. O salmista mudou o tom. Deixou a tonalidade menor, e vai para acordes mais sublimes. Ele afina a tonalidade para o alto tom da confiança, e declara que Deus ouviu sua oração, e já o livrou de todas as suas dificuldades.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Um sermão para almas aflitas.
1. Os tratamentos de Deus em dois lados.
(a) Repreensão, por meio de um sermão contundente, um juízo sobre uma outra pessoa, uma pequena provação em nossa própria pessoa, ou uma admoestação solene em nossa consciência por parte do Espírito.
(b) Castigo. Isso vem a seguir quando a primeira chamada não é ouvida. Dor, perdas, talvez por morte, melancolia e outras provações.
2. Os males neles a serem mais temidos, a ira e o desprazer férvido.
3. Os meios de se evitar esses males. Humilhação, confissão, mudança de comportamento, fé no Senhor.
VERS. 1. O maior temor do crente, a ira de Deus. O que este fato revela no coração? Por que isso acontece? O que tira o temor?

VERS. 2. A argumentação "ad misericordiam".
VERS. 2. Primeira sentença - Cura divina.
1. O que precede, meus ossos tremem.
2. Como é realizado
3. O que a segue.

VERS. 3. A impaciência da tristeza, seus pecados, seu mal, e cura.
VERS. 3. Um tópico produtivo pode ser encontrado na consideração da pergunta: Por quanto tempo Deus prolongará as aflições para os justos?

VERS. 4. "Volta-te, Senhor" Uma oração sugerida por se sentir o Senhor ausente, isso excitado pela graça, atendido com exame do coração e arrependimento, pressionado por perigo iminente, garantido quanto à resposta e contendo um pedido de múltiplas misericórdias.
VERS. 4. A oração do santo abandonado.
1. Seu estado: sua alma evidentemente está escravizada e em perigo;
2. Sua esperança: está na volta de Cristo, o Senhor.
3. Seu rogo: só por misericórdia.
VERS. 5. A suspensão final da prestação de serviço na Terra, considerada em vários aspectos práticos.
VERS. 5. O dever de louvar a Deus enquanto vivermos.
VERS. 6. As lágrimas do santo na qualidade, abundância, influência, abrandamento e fim.
VERS. 7. A voz do choro. O que é.
VERS. 8. O pecador perdoado abandonando seus maus companheiros.
VERS. 9. Respostas passadas são a base da confiança presente. Ele ouviu, ele aceitou.
VERS. 10. A vergonha reservada para os humildes.