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SALMOS ESBOÇOS


Salmo 2 /Tenha sempre uma canção nos lábios!

SALMO 2

TÍTULO
Podemos chamá-lo de SALMO DO MESSIAS, O PRÍNCIPE, pois apresenta, como se fosse uma visão maravilhosa, o povo tumultuado contra o ungido do Senhor, o propósito resoluto de Deus de exaltar seu próprio Filho, e o reinado final desse Filho sobre todos os seus inimigos. Recordemos com o olho da fé, vendo, como num espelho, o triunfo de nosso Senhor Jesus Cristo sobre todos os seus inimigos. Louth fez os seguintes comentários sobre este salmo: "O estabelecimento de Davi sobre o seu trono, não obstante a oposição feita pelos seus inimigos, é o assunto do salmo. Davi o mantém em dois planos, literal e alegórico. Se lemos o salmo inteiro, primeiro com o olho literal de Davi, o sentido é óbvio, e se situa acima de qualquer disputa com a história sagrada. Há mesmo um brilho descomunal na expressão das figuras de linguagem, e a maneira de dizer é até exagerada de vez em quando, como se fosse de propósito para sugerir, e levar-nos a contemplar, os assuntos mais elevados e importantes que nisso se ocultam. Depois deste aviso, se virmos o salmo, desta vez, relacionando-o com a pessoa e os interesses do Davi espiritual, uma nobre série de eventos surge à vista imediatamente, e o sentido se torna mais evidente, além de mais exaltado. O colorido que talvez pareça muito ousado e gritante para o rei de Israel, não mais parecerá quando colocado sobre seu grande antítipo.

Depois de considerarmos com atenção os assuntos separadamente, se os considerarmos juntos, contemplaremos a beleza e majestade plena deste charmosíssimo poema. Perceberemos os dois sentidos muito distintos um do outro, mas que agem em perfeita harmonia, e mantêm uma semelhança admirável em cada aspecto e feição, enquanto a analogia entre eles é preservada com tanta exatidão, que qualquer dos dois pode ser aceito como o original do qual o outro foi copiado. Nova luz é lançada continuamente sobre a fraseologia, nova importância e dignidade são acrescentadas aos sentimentos, até que, ascendendo aos poucos das coisas inferiores para as superiores, dos afazeres humanos aos divinos, eles elevam o grande tema e, finalmente, o colocam na altura e resplandecência do céu."

DIVISÃO
Este salmo será melhor entendido se for visto como um retrato quádruplo. Nos versículos 1, 2, 3, as nações rugem; de 4 a 6, o Senhor nos céus caçoa deles; de 7 a 9, o Filho proclama o decreto; e de 10 ao final, aconselha-se os reis a concederem obediência ao ungido do Senhor. Esta divisão não é só sugerida pelo sentido, mas é garantida pela forma poética do salmo, que cai de forma natural em quatro estrofes de três versículos cada.

DICAS PARA O PREGADOR
Salmo inteiro. Mostra-nos a natureza do pecado e seus terríveis resultados se pudesse reinar.

VERS. 1. Nada há que seja mais irracional do que a irreligião, a descrença. Um tema de peso.
As razões pelas quais os pecadores se rebelam contra Deus, declaradas, refutadas, lamentadas e arrependidas.
A demonstração culminante do pecado humano no ódio do homem para com o Mediador.

VERS. 1 e 2. Oposição ao evangelho, irracional e inútil.
VERS. 1 e 2. Estes versículos mostram que é vã toda a confiança no homem, no trabalho de Deus. Como os homens fazem oposição a Cristo, não é bom depositar nossa confiança na multidão por ser numerosa, nem nos sinceros pelo seu zelo, nem nos poderosos por sua aprovação, ou nos sábios por seus conselhos, visto que todos esses na maioria das vezes são contra Cristo em vez de a favor dele.
VERS. 2. "O maior julgamento que já foi registrado" (Sermão de Spurgeon).

VERS. 3. O motivo real de haver oposição dos pecadores à verdade de Cristo, ou seja, seu ódio contra as restrições da piedade.
VERS. 4. Deus zomba dos rebeldes, tanto agora como no além.
VERS. 5. A voz da ira. Um de uma série de sermões sobre as vozes dos atributos divinos.
VERS. 6. A soberania de Cristo.
1. A oposição a ela: "Porém (ARA)."
2. A certeza de sua existência: "Eu mesmo estabeleci."
3. O poder que o mantém: "Eu estabeleci."
4. O lugar de sua manifestação: "Em Sião, no meu santo monte."
5. As bênçãos fluem dela.
VERS. 7. O decreto divino a respeito de Cristo, ligado aos decretos de eleição e providência. Jesus reconhecido como filho de Deus.
Este versículo nos ensina a declarar fielmente, e a reivindicar humildemente, os dons e chamado que Deus nos conferiu (Thomas Wilcocks).
VERS. 8. A herança de Cristo (William Jay).
A oração indispensável: Jesus precisa pedir.
VERS. 9. A ruína dos maus. É certa, irresistível, terrível, completa, irreparável, "como uma vasilha de oleiro".
A destruição de sistemas de erro e opressão que é esperada. O evangelho é um bastão de ferro capaz de quebrar vasilhas feitas pelo homem.
VERS. 10. A verdadeira sabedoria, digna para reis e juízes, se acha em obedecer a Cristo.
O evangelho é uma escola para aqueles que querem aprender a governar e julgar bem. Eles poderão considerar seus princípios, seu modelo, seu espírito.
VERS. 11. Experiência mista. Veja o caso das mulheres voltando do sepulcro (Mateus 28.8). Isso pode ser apresentado como assunto muito consolador, se o Espírito Santo dirigir a mente do pregador.
A verdadeira religião, um composto de muitas virtudes e emoções.
VERS. 12. Um convite sincero.
1. A ordem
2. O argumento.
3. A bênção sobre os obedientes (Sermão de Spurgeon).
Última cláusula - Natureza, objetivo e bênção da fé salvadora.

  

SALMO 3

TÍTULO
Um salmo de Davi, quando fugiu de seu filho Absalão. Vocês se lembram da história da fuga de Davi de seu próprio palácio, quando no escuro da noite, ele passou a vau o ribeirão Cedrom, e foi com uns poucos seguidores fiéis esconder-se por um tempo da fúria de seu filho rebelde. Lembre-se que Davi foi uma espécie de Senhor Jesus Cristo. Ele também fugiu; também transpôs o ribeirão Cedrom quando seu próprio povo estava em rebelião contra ele e, com um bando fraco de seguidores, entrou no jardim do Getsêmani. Ele também bebeu da água do ribeirão no caminho e ergueu o ânimo. Para muitos comentadores, este salmo é chamado O HINO DA MANHÃ. Possamos nós sempre acordar com confiança santa em nosso coração e com uma canção em nossos lábios!

DIVISÃO
Este salmo pode ser dividido em quatro partes de dois versículos cada. De fato, muitos dos salmos não podem ser entendidos bem sem considerarmos atentamente suas divisões. Não são descrições contínuas de uma cena, e sim um conjunto de retratos de muitos assuntos aparentados. Como em nossos sermões modernos dividimos nosso discurso sob cabeçalhos diferentes, assim acontece com os salmos. Sempre há uma unidade, mas é a unidade de um feixe de flechas, e não de uma seta solitária. Olhemos agora o salmo que está diante de nós. Nos primeiros dois versículos tem-se Davi fazendo uma queixa a Deus com respeito a seus inimigos; então ele declara a sua confiança no Senhor (3, 4), canta de como está seguro quando dorme (5, 6), e se fortalece para o conflito futuro (7, 8).

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O santo conta a seu Deus as suas aflições.
1. Seu direito de fazê-lo.
2. A maneira apropriada de contá-las.
3. Os resultados justos de tal comunicação santa com o Senhor.
Quando podemos esperar aumento de aflições? Por que são enviadas? Qual é nossa sabedoria com referência a elas?

VERS. 2. A mentira contra o santo e a difamação sobre seu Deus.

VERS. 3. A bênção tripla que Deus coloca sobre os seus que sofram - defesa, honra, alegria. Mostre como todos estes itens podem ser desfrutados pela fé, mesmo em nossa pior condição.

VERS. 4.
1. Em perigos devemos orar.
2. Deus nos ouvirá graciosamente.
3. Devemos registrar as respostas de graça recebida.
4. Podemos nos fortalecer para o futuro lembrando os livramentos do passado.

VERS. 5.
1. Descreve o doce dormir.
2. Descreve o feliz acordar.
3. Mostra como as duas coisas devem ser apreciadas, "É o Senhor que me sustém".

VERS. 6. A fé rodeada por inimigos e, contudo, triunfante.

VERS. 7.
1. Descreve o tratamento passado do Senhor com os seus inimigos; "Quebra o queixo... arrebenta...".
2. Mostra que o Senhor deve ser nosso recurso constante: "Ó Senhor", "Ó meu Deus".
3. Discorre sobre o fato de que o Senhor deve ser chamado, invocado: "Levanta-te, Senhor".
4. Insiste com os crentes para usarem as vitórias do Senhor no passado como um argumento com o qual prevalecer com ele no presente.
VERS. 7 (última cláusula). Nossos inimigos são inimigos vencidos, leões desdentados.

VERS. 8 (primeira cláusula). Salvação de Deus, do começo ao fim.
VERS. 8 (última cláusula). Foram abençoados em Cristo, através de Cristo, e serão abençoados com Cristo. A bênção repousa sobre suas pessoas, consolos, tribulações, trabalhos, famílias. Flui da graça, é apreciada pela fé, e é assegurada por juramento (James Smith, 1802-1862).

SALMO 4

TÍTULO
Parece que a intenção era que este salmo acompanhasse o terceiro e formasse um parcom ele. Se o último pode ser chamado O SALMO DA MANHÃ, este, pelo seu conteúdo, igualmente merece o título de O SALMO DO ENTARDECER. Possam as palavras especiais do oitavo versículo ser a doce canção do repouso ao nos recolhermos!

"Assim, com as idéias compostas, tranqüilas,
Entrego-me ao sono que dás.
Tua mão bem seguros conserva meus dias
E ao sono me entrego em paz."

O título inspirado é o seguinte: "Ao mestre da música. Com instrumentos de cordas. Salmo davídico". O mestre da música era o diretor da música sagrada do santuário. Com respeito a essa pessoa leia cuidadosamente 1Crônicas 6.31, 32; 15.16-22; 25.1,7. Nessas passagens, o amante da música sacra encontrará muita coisa interessante e que explicará qual era a maneira de louvar Deus no templo. Alguns dos títulos dos salmos, sem dúvida vêm dos nomes de certos cantores célebres, que compuseram a música com a qual eram cantados.

Com instrumentos de cordas, ou instrumentos de mão, que eram tocados somente com as mãos, como harpas e címbalos. A alegria da igreja judaica era tão grande que precisava de música para expressar os sentimentos de deleite de suas almas. Nossa alegria santa não é menos transbordante por preferirmos expressá-la de maneira mais espiritual, como convém a uma dispensação espiritual. Aludindo a esses instrumentos tocados com a mão, Nazianzo diz: "Senhor, eu sou um instrumento para tu tocares". Abramo-nos ao toque do Espírito, e assim faremos melodia. Possamos ser cheios de fé e amor, e seremos instrumentos de música vivos.

Hawker diz: "A Septuaginta lê a palavra que temos em nossa tradução como mestre da música Lamenetz, em vez de Lamenetzoth, do qual o sentido é até o fim. Foi de onde os pais gregos e latinos imaginaram que todos os salmos que levam essa inscrição se referem ao Messias, o grande fim. Nesse caso, este salmo é dirigido a Cristo; e bem pode ser esse o caso, porque é todo sobre Cristo, e falado por Cristo, e diz respeito somente ao seu povo como sendo um com Cristo. O Senhor, o Espírito, permita que o leitor entenda isso e, assim, ele o descobrirá ser muito abençoado.

DIVISÃO
No primeiro versículo, Davi roga a Deus por auxílio. No segundo, discute com seus inimigos e continua a lhes dirigir a palavra até o final do versículo 5. Então, do versículo 6 ao final, ele contrasta belamente sua própria satisfação e segurança com a inquietação dos ímpios nas melhores condições em que estejam. O salmo muito provavelmente foi escrito na mesma ocasião do anterior, e é outra flor rara do jardim da aflição. Para nossa felicidade é que Davi foi testado, ou então, provavelmente, nunca teríamos ouvido esses doces sonetos da fé.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Fornece farto material para um sermão sobre misericórdias passadas como súplica para ajuda presente. A primeira sentença mostra que crentes desejam, esperam e crêem num Deus que ouve a oração. O título - Deus da minha justiça - é uma idéia para um texto, e a última sentença poderá sugerir um sermão sobre "Até o melhor dos santos ainda precisa apelar à misericórdia e graça soberana de Deus".

VERS. 2. A depravação do homem como demonstrada:
1. por continuar a desprezar Cristo;
2. por amar a vaidade no seu coração; e
3. buscar mentiras em sua vida cotidiana.
VERS. 2. Até onde vai o pecado do pecador. "Quanto tempo?" Pode ser limitado por arrependimento, será por morte, contudo continuará na eternidade.

VERS. 3. A eleição. Seus aspectos para com Deus, os nossos inimigos e nós mesmos.
VERS. 3. "O Senhor ouvirá quando eu o invocar". Respostas à oração são certas para pessoas especiais. Note bem aqueles que podem receber o favor.
VERS. 3. O gracioso separador. Quem é ele? Quem o separou? Com que finalidade? Como fazer com que as pessoas saibam?

VERS. 4. O pecador é instruído a se reexaminar, para que possa se convencer de pecado ( Andrew Fuller, 1754-1815).
VERS. 4. "Aquietem-se". Um conselho - bom e prático, mas difícil de seguir. Há momentos em que são oportunos. Graças são necessárias para que a pessoa consiga aquietar-se. Os resultados da tranqüilidade. As pessoas que mais precisam deste conselho. Exemplos de sua prática; aqui há muito material para um sermão.

VERS. 6. A natureza desses sacrifícios que se espera que o povo do Senhor ofereça (William Ford Vance, 1827).
VERS. 6. O grito do mundo e da igreja contrastados. Vox populi nem sempre é Vox Dei.
VERS. 6. Os apetites da alma são todos satisfeitos em Deus.

VERS. 6, 7. Uma certeza do amor do Salvador; a fonte de alegria sem comparação.
VERS. 7. As alegrias do crente.
1. A fonte delas, "Tu";
2. Seu tempo - mesmo agora - "Encheste";
3. Sua posição, "no meu coração";
4. Sua excelência, "alegria maior do que... (dos) que têm fartura de trigo e de vinho".
Outro tema excelente é sugerido: "A superioridade das alegrias da graça comparadas às alegrias da terra"; ou "Dois tipos de prosperidade - qual a mais desejável?"

VERS. 8. A paz e segurança de um homem bom (Joseph Lathrop, D.D., 1805).
VERS. 8. Um quarto para crentes, um cântico vespertino para cantar ali e um guarda para vigiar a porta.
VERS. 8. A boa noite do crente.

VERS. 2-8. Os meios que um crente deve utilizar para ganhar os incrédulos para Cristo.
1. Admoestação, versículo 2.
2. Instrução, versículo 3.
3. Exortação, versículos 4, 5.
4. Testemunho às bênçãos da verdadeira religião como nos vers. 6, 7.
5. Exemplificação daquele testemunho pela paz da fé, versículo 8.

SALMO 5

TÍTULO
Ao mestre da música. Para flautas. Salmo davídico. A palavra hebraica para o instrumento é Nehiloth; que se origina de outra palavra que significa "perfurar", "abrir um furo", de onde se veio a entender uma flauta, portanto, é provável que se pretendesse que essa música fosse cantada com o acompanhamento de instrumentos de sopro, como o cornetim, trompa, flauta ou trompete. No entanto, é apropriado observar que não estamos certos da interpretação desses títulos antigos, porque a Septuaginta o traduz: "Para aquele que obterá uma herança", e Aben Ezra acha que denota alguma melodia antiga e bem conhecida com a qual este salmo deveria ser cantado. Mesmo os maiores estudiosos confessam a dificuldade que existe para se interpretar precisamente o título; mas isso não deve nos preocupar, pois é uma prova de como o Livro é antigo. Através do primeiro, segundo, terceiro e quarto salmos, pode-se notar que o tema é um contraste entre a posição, a personalidade e o futuro dos justos e ímpios. Neste salmo, você nota a mesma coisa. O salmista expõe um contraste entre ele próprio, tornado justo pela graça de Deus, e o ímpio que se opõe a ele. Para a mente piedosa, aqui temos uma visão prévia do Senhor Jesus, de quem se diz que nos dias de sua carne ele fez subir orações e súplicas com forte clamor e lágrimas.

DIVISÃO
O salmo deve ser dividido em duas partes: do primeiro ao sétimo versículo, e depois do oitavo ao décimo segundo. Na primeira parte, Davi implora veementemente ao Senhor para que ouça sua oração; na segunda parte, ele passa de novo pelo mesmo caminho.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1, 2. Oração em sua forma tripla. "Palavras, meditação, clamor". Mostra como falar não adianta sem coração, mas que anseios fervorosos e desejos silenciosos são aceitos, mesmo quando não expressos.

VERS. 3. A excelência da hora devocional matutina.
VERS. 3. (duas últimas cláusulas).
1. Oração dirigida.
2. Respostas esperadas.

VERS. 4. O ódio de Deus pelo pecado é um exemplo para seu povo.

VERS. 5. "Os arrogantes." Mostre porque os pecadores são com justiça chamados de tolos ou arrogantes.

VERS. 7. "Pelo teu grande amor." Reflita bastante a respeito dos variados aspectos da graça e bondade de Deus.
VERS. 7. A decisão piedosa.
VERS. 7.
1. Observe a singularidade da decisão.
2. Note bem o objetivo da decisão. Diz respeito ao serviço de Deus no santuário. "Entrarei em tua casa ... com temor me inclinarei para o teu santo templo."
3. A maneira em que ele cumpriria a sua decisão.
(a) Impressionado com um sentimento da bondade divina: "Entrarei em tua casa pelo teu grande amor",
(b) Cheio de veneração santa: "com temor me inclinarei" (William Jay, 1842).

VERS. 8. A direção de Deus é sempre necessária, especialmente, quando os inimigos estão nos vigiando.

VERS. 10. Visto como ameaça. A frase "Expulsa-os por causa de seus muitos crimes" serve de base para um discurso muito solene.

VERS. 11.
1. O caráter dos justos: fé e amor.
2. Os privilégios dos justos.
(a) Alegria - grande, pura, satisfatória, triunfante, cantem sempre de alegria (exultem).
(b) Proteção - por poder, providência, anjos, graça.
VERS. 11. Alegria no Senhor tanto um dever como um privilégio.

VERS. 12. (primeira cláusula). A bênção divina sobre os justos. É antiga, eficaz, constante, irreversível, supera a tudo, eterna, infinita.
VERS. 12. (segunda cláusula). A consciência do favor divino é uma defesa para a alma.

SALMO 6

TÍTULO
Este salmo é comumente conhecido como o primeiro dos SALMOS DE PENITÊNCIA. Os outros seis são os salmos 32, 38, 51, 102, 130, 143, e certamente sua linguagem se presta bem aos lábios de um penitente, porque expressa ao mesmo tempo a tristeza (versículos 3, 6, 7), a humilhação (versículos 2 e 4), e o ódio ao pecado (versículo 8), que são as marcas infalíveis do espírito contrito quando se volta a Deus. Ó Espírito Santo, cria em nós o verdadeiro arrependimento do qual não se precisa arrepender. O título deste salmo é "Ao mestre da música no Neginoth sobre Sheminith (1Cr 15.21). Um salmo davídico", isto é, ao mestre da música com instrumentos de cordas, na oitava, provavelmente na oitava musical. Alguns acham que a referência seja ao tom do baixo ou tenor, que certamente se adequaria bem a essa ode lamentosa. Mas não somos capazes de entender esses antigos termos musicais, e até mesmo o termo Selah ainda permanece sem tradução. No entanto, isso não deve ser entrave no nosso caminho. Perdemos muito pouco pela nossa ignorância, e pode servir para confirmar a nossa fé. É prova do quanto esses salmos são antigos que contenham palavras, cujo sentido tenha se perdido até mesmo para os melhores estudiosos da língua hebraica. Certamente são incidentais (acidentais, posso quase dizer, se eu não cresse que foram designadas por Deus), provas do que são, do que professam ser, os escritos antigos do rei Davi e tempos remotos.

DIVISÃO
Você observará que o salmo logo se divide em duas partes. Primeiro, há o apelo do salmista em sua forte aflição, o que vai do primeiro ao final do sétimo versículo. Então a seguir, do oitavo versículo até o fim, tem-se um tema bem diferente. O salmista mudou o tom. Deixou a tonalidade menor, e vai para acordes mais sublimes. Ele afina a tonalidade para o alto tom da confiança, e declara que Deus ouviu sua oração, e já o livrou de todas as suas dificuldades.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Um sermão para almas aflitas.
1. Os tratamentos de Deus em dois lados.
(a) Repreensão, por meio de um sermão contundente, um juízo sobre uma outra pessoa, uma pequena provação em nossa própria pessoa, ou uma admoestação solene em nossa consciência por parte do Espírito.
(b) Castigo. Isso vem a seguir quando a primeira chamada não é ouvida. Dor, perdas, talvez por morte, melancolia e outras provações.
2. Os males neles a serem mais temidos, a ira e o desprazer férvido.
3. Os meios de se evitar esses males. Humilhação, confissão, mudança de comportamento, fé no Senhor.
VERS. 1. O maior temor do crente, a ira de Deus. O que este fato revela no coração? Por que isso acontece? O que tira o temor?

VERS. 2. A argumentação "ad misericordiam".
VERS. 2. Primeira sentença - Cura divina.
1. O que precede, meus ossos tremem.
2. Como é realizado
3. O que a segue.

VERS. 3. A impaciência da tristeza, seus pecados, seu mal, e cura.
VERS. 3. Um tópico produtivo pode ser encontrado na consideração da pergunta: Por quanto tempo Deus prolongará as aflições para os justos?

VERS. 4. "Volta-te, Senhor" Uma oração sugerida por se sentir o Senhor ausente, isso excitado pela graça, atendido com exame do coração e arrependimento, pressionado por perigo iminente, garantido quanto à resposta e contendo um pedido de múltiplas misericórdias.
VERS. 4. A oração do santo abandonado.
1. Seu estado: sua alma evidentemente está escravizada e em perigo;
2. Sua esperança: está na volta de Cristo, o Senhor.
3. Seu rogo: só por misericórdia.

VERS. 5. A suspensão final da prestação de serviço na Terra, considerada em vários aspectos práticos.
VERS. 5. O dever de louvar a Deus enquanto vivermos.

VERS. 6. As lágrimas do santo na qualidade, abundância, influência, abrandamento e fim.

VERS. 7. A voz do choro. O que é.

VERS. 8. O pecador perdoado abandonando seus maus companheiros.

VERS. 9. Respostas passadas são a base da confiança presente. Ele ouviu, ele aceitou.

VERS. 10. A vergonha reservada para os humildes.



SALMO 7

TÍTULO
"Shiggaion de Davi, que ele cantou ao Senhor, com respeito à palavra de Cuse, o benjamita." "Confissão de Davi" - Até onde podemos constatar pelas observações de homens doutos, e de uma comparação desse salmo com o único outro Shiggaion na Palavra de Deus (Habacuque 3.1), esse título parece significar "Cânticos variados", com o qual está associada também a idéia de consolação e prazer. Realmente, nosso salmo da vida é composto de versículos variáveis; uma estrofe acompanha a métrica sublime de triunfo, mas outra segue com dificuldade o ritmo desigual da queixa. Há muita nota grave na música do santo. Nossa experiência é tão variável quanto o tempo. A partir do título, ficamos sabendo quando esse cântico foi composto. É provável que Cuse, o benjamita, tenha acusado Davi perante o rei Saul de conspiração traiçoeira contra sua autoridade real. E nisso Saul parecia disposto a crer prontamente, tanto pelo ciúme que tinha de Davi, como pelo possível relacionamento que possa ter existido entre ele, filho de Quis, e este Cuse, ou Quis, o benjamita. Aquele que está perto do trono pode fazer mais mal a um súdito do que um difamador comum.
Este salmo pode receber o nome de CÂNTICO DO SANTO CALUNIADO. Mesmo o mais aflitivo dos males - a calúnia - pode ser motivo para um salmo. Que bênção se pudéssemos transformar até o evento mais desastroso evento em motivo de um canto e, assim, vencermos nosso maior inimigo. Aprendamos uma lição com Lutero, que disse, certa vez: "Davi criou os salmos; nós também faremos salmos, e os cantaremos tão bem quanto possível para a honra de nosso Senhor, e para revidar e zombar do diabo".
DIVISÃO
No primeiro e segundo versículos, o perigo é declarado, e a oração oferecida. Então, o salmista declara solenemente sua inocência (3, 4, 5). Implora-se ao Senhor que se levante para julgar (6, 7). O Senhor, sentado em seu trono, ouve o apelo renovado do suplicante caluniado (8, 9). O Senhor inocenta seu servo e ameaça os maus (10, 11, 12, 13). Numa visão, o caluniador é visto com uma maldição sobre sua própria cabeça (14, 15, 16), enquanto Davi se afasta do julgamento cantando um hino de louvor ao seu Deus justo. Temos aqui um sermão nobre sobre esse texto: "Nenhuma arma forjada contra você prevalecerá, e você refutará toda língua que a acusar" (Is 54.17).
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A necessidade de fé quando nos dirigimos a Deus. Mostre a inutilidade da oração sem confiança no Senhor.
VERS. 1, 2. Vistos como uma oração para libertar de todos os inimigos, especialmente de Satanás, o leão.
VERS. 3. Autovindicação diante dos homens. Quando possível, sensato ou útil. Com observações sobre com que espírito isso deve ser tentado.
VERS. 4. "A melhor vingança." Mal por bem é estilo do diabo, mal por mal é estilo de fera, bem pelo bem é estilo do homem, bem pelo mal é estilo de Deus.
VERS. 6. Como e em que sentido a ira divina pode se tornar a esperança dos justos.
Fogo que se vence com fogo, ou a ira do homem vencida pela ira de Deus.
VERS. 7. "A congregação do povo."
1. Quem são.
2. Porque se congregam um com o outro.
3. Onde congregam.
4. Por que escolhem tal pessoa para ser o foco central de sua congregação.
VERS. 7. A reunião dos santos em torno do Senhor Jesus.
VERS. 7. (última cláusula). A vinda de Cristo para julgar pelo bem de seus santos.
VERS. 8. O caráter do Juiz diante de quem todos precisamos nos colocar.
VERS. 9. (primeira cláusula).
1. Mudando seus corações; ou
2. Refreando suas vontades,
3. Ou privando-as de poder,
4. Ou removendo-as.
Mostre quando e por que tal oração deve ser oferecida, e como podemos trabalhar para sua realização.
VERS. 9. Este versículo contém duas grandes orações, e uma prova nobre de que o Senhor pode concedê-las.
VERS. 9. O período de pecado e a perpetuidade dos justos (Matthew Henry).
VERS. 9. "Ao justo dá segurança" Estabeleça os justos. Por quais meios e em que sentido os justos nomeados, ou, a verdadeira igreja estabelecida.
VERS. 9. (última cláusula). Deus experimenta/julga os corações dos homens.
VERS. 10. "Reto de coração." Explique o caráter.
VERS. 10. A confiança do crente em Deus, e o cuidado de Deus sobre ele. Mostre a ação da fé em obter defesa e proteção, e daquela defesa sobre nossa fé fortalecendo-a.
VERS. 11. O Juiz e as duas pessoas no seu julgamento.
VERS. 11. (segunda cláusula). A ira presente, diária, constante e veemente de Deus contra os maus.
VERS. 12. Veja o sermão de Spurgeon. Se voltar ou se queimar.
VERS. 14, 15, 16. Ilustre com três figuras os artifícios e a derrota dos perseguidores.
VERS. 17. O excelente dever do louvor.
VERS. 17. Veja o versículo em relação ao sujeito do salmo, e mostre como a libertação dos justos e a destruição dos maus são temas para cânticos.

SALMO 8

TÍTULO
Para o mestre da música de Gittith, um salmo de Davi. Não temos certeza sobre o sentido da palavra Gittith. Alguns pensam referir-se a Gate, mas pode se referir a uma melodia comumente cantada ali ou a um instrumento de música inventado ali, ou uma canção sobre Golias de Gate. Outros, remontando às raízes hebraicas, acreditam que significa um cântico para o lagar, um hino alegre para os pisadores de uvas. O termo Gittith é aplicado a dois outros salmos (81 e 84), ambos de natureza alegre, o que nos permite concluir que, onde encontrarmos essa palavra no título, podemos procurar um hino de prazer.

Podemos pelo estilo intitular esse salmo a "Canção do astrônomo": vamos sair e cantá-lo sob os céus estrelados ao cair da noite, pois é provável que, em tal posição, tenha primeiro ocorrido à mente do poeta. O dr. Chalmers diz: "Há muito no cenário de um céu noturno para elevar a alma a uma contemplação piedosa. Aquela lua e estas estrelas, o que são? Destacam-se do mundo, e nos elevam acima dele. Sentimo-nos afastados da terra, e subimos em abstração grandiosa acima deste pequeno teatro de paixões e ansiedades humanas. A mente se abandona ao devaneio, e é transferida num êxtase de pensamento para regiões distantes e inexploradas. Vê a natureza na simplicidade de seus grandes elementos, e vê o Deus da natureza investido com os altos atributos de sabedoria e majestade."

DIVISÃO
O primeiro e último versículos são um doce canto de admiração, no qual a excelência do nome de Deus é exaltada. Os versículos intermediários são constituídos de admiração santa diante da grandeza do Senhor na criação, e sua condescendência para com o homem. Poole, em suas anotações, o disse bem: "É uma grande interrogação, entre os intérpretes, saber se este salmo fala do homem em geral, e da honra que Deus coloca sobre ele em sua criação; ou somente do homem Jesus Cristo. Possivelmente, ambos podem ser reconciliados e colocados juntos, e a controvérsia tem fim, porque o objetivo e o assunto deste salmo claramente parecem ser este: mostrar e celebrar o grande amor e bondade de Deus para com a humanidade, não só em sua criação, mas especialmente na redenção por Jesus Cristo, que, como foi homem, promoveu a honra e o domínio aqui mencionados, para que pudesse continuar sua grande e gloriosa obra. Assim, Cristo é o principal tema deste salmo, e é interpretado assim tanto pelo nosso Senhor mesmo (Mateus 21.16), como por seu santo apóstolo (1Coríntios 15.27; Hebreus 2.6, 7).
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. "Senhor, Senhor nosso". Apropriação pessoal do Senhor como nosso. O privilégio de manter tal porção.
"Como é majestoso". A excelência do nome e da natureza de Deus em todos os lugares e sob todas as circunstâncias.
Sermão ou preleção sobre a glória de Deus na criação e providência.
"Em toda a terra." A revelação universal de Deus na sua natureza e sua excelência.
"Tua glória é cantada nos céus." A glória incompreensível e infinita de Deus.
"Acima dos céus." A glória de Deus atingindo alturas muito acima do intelecto dos anjos e do esplendor do céu.
VERS. 2. Piedade infantil, sua possibilidade, potência, "força" e influência, "para que possas silenciar".
A força do evangelho não é resultado de eloqüência ou sabedoria daquele que fala.
Grandes resultados a partir de pequeninas causas quando o Senhor ordena o trabalho.
Grandes coisas que podem ser ditas e afirmadas pelos recém-convertidos, bebês na graça.
O silenciar das forças do mal pelo testemunho de crentes fracos.
O silenciar do Grande Inimigo pelas vitórias da graça.
VERS. 4. A insignificância do homem. A consciência de Deus do homem. Visitas divinas. A pergunta: "O que é o homem?" Cada um desses temas pode ser suficiente para um sermão, ou todos podem ser tratados em um sermão.
VERS. 5. A relação entre o homem e os anjos.
A posição que Jesus assumiu por nossa causa.
A coroa da humanidade - a glória de nossa natureza na pessoa do Senhor Jesus.
VERS. 5, 6, 7, 8. O domínio universal providencial de nosso Senhor Jesus.
VERS. 6. Os direitos e as responsabilidades do homem para com os animais inferiores.
VERS. 6. O domínio do homem sobre os animais inferiores, e como deve exercê-lo.
VERS. 6 (segunda cláusula). O lugar apropriado para todas as coisas mundanas, "sob os seus pés".
VERS. 9. O peregrino em muitas regiões se delicia com a doçura do nome de seu Senhor sob todas as condições.

SALMO 9

TÍTULO
Para o mestre da música de Muth-labben, um salmo de Davi. O sentido deste título é muito duvidoso. Pode se referir à música com a qual o salmo deveria ser cantado, como pensam Wilcocks e outros; ou pode ser referência a um instrumento musical hoje desconhecido, mas comum naqueles dias; ou pode ainda fazer referência a Ben [Benaia], mencionado em 1Crônicas 15.18, como sendo um dos cantores levitas. Se uma dessas conjecturas estiver correta, o título de Muth-labben não nos traz ensinamentos, a não ser que queira nos mostrar como Davi se preocupava de que, no culto de Deus, tudo fosse feito com a devida ordem. De um grande número de testemunhas eruditas, concluímos que o título pode assumir um sentido muito mais instrutivo, sem ser forçado demais: significa um salmo com respeito à morte do Filho. O caldeu, "com respeito à morte do Campeão que saiu para os acampamentos", está se referindo a Golias de Gate, ou a algum outro filisteu, sobre cuja morte muitos supõem que este salmo tenha sido escrito anos mais tarde, por Davi. Acreditando que, dentre muitas suposições, esta pelo menos seja coerente com o sentido do salmo, nós a preferimos; e, principalmente, porque ela nos possibilita fazer referência de forma mística à vitória do Filho de Deus sobre o campeão do mal, e até sobre o inimigo de almas (versículo 6). Estamos diante de um hino triunfal; que ele possa fortalecer a fé do crente militante e estimular a coragem do santo tímido, ao ver ele aqui O VENCEDOR, em cuja vestidura e coxa está escrito o nome Rei dos reis e Senhor dos senhores.

ORDEM
Bonar comenta: "A posição dos salmos em sua ordem é muitas vezes admirável. Questiona-se se o arranjo atual deles foi a ordem em que foram dados a Israel, ou se algum compilador posterior, talvez Esdras, tenha sido inspirado a dedicar-se a esse assunto, bem como a outros pontos ligados ao cânon. Sem tentar decidir esse ponto, basta observarmos que temos prova de que a ordem dos salmos é tão antiga quanto a conclusão do cânon, e, se assim for, parece óbvio que o Espírito Santo desejou que este livro chegasse até nós nessa ordem. Fazemos estas observações a fim de despertar a atenção para o fato de que, assim como o oitavo salmo deu continuidade à última frase do sétimo, este nono salmo começa com uma referência aparente ao oitavo:

"Senhor, quero dar-te graças de todo o coração
e falar de todas as tuas maravilhas.
Em ti quero alegrar-me e exultar,
e cantar louvores ao TEU NOME, ó Altíssimo" (versículos 1, 2).

Como se "o nome", tão louvado no salmo anterior, ainda estivesse soando no ouvido do doce cantor de Israel. E, no versículo 10, volta-se a ele, celebrando a confiança de quem "conhece" esse "nome" como se sua fragrância ainda perfumasse a atmosfera.

DIVISÃO
A melodia muda com tanta freqüência que é difícil fazer um esboço metódico dela: fizemos o melhor que pudemos. Do versículo 1 ao 6, trata-se de um canto jubiloso de ação de graças; do 7 ao 12, há uma declaração de fé contínua quanto ao futuro. A oração encerra a primeira grande divisão do salmo nos versículos 13 e 14. A segunda parte dessa ode triunfal, embora mais curta, é paralela à primeira em suas partes, e é uma espécie de repetição dela. Observe o cântico pelos juízos do passado, versículos 15, 16; a declaração de confiança na justiça futura, 17, 18; e a oração de desfecho, 19, 20. Celebremos as vitórias do Redentor ao lermos este salmo, e só pode ser uma tarefa deleitosa se o Espírito Santo estiver conosco.

DICAS PARA O PREGADOR
I. O único objeto de nosso louvor - "Senhor, quero dar-te graças".
II. Os temas abundantes de louvor - "todas as tuas maravilhas".
III. A natureza apropriada do louvor - "de todo o coração" (B. Davies).
VERS. 1. "Eu quero falar." Infinda ocupação e apreciação.
VERS. 1. "Todas as tuas maravilhas". Criação, providência, redenção, todas são maravilhosas por exibirem os atributos de Deus de forma a despertar a admiração de todo o universo de Deus. Um tópico bastante sugestivo.
VERS. 2. O canto sagrado: sua ligação com a alegria santa.
VERS. 4.
1. Os direitos dos justos por certo serão atacados.
2. Mas é igualmente certo que serão defendidos.

VERS. 6.
1. O grande inimigo.
2. A destruição que ele já causou.
3. Os meios de sua derrota.
4. O resto que se seguirá.
VERS. 7 (primeira cláusula). A eternidade de Deus - o consolo dos santos, o terror dos pecadores.
VERS. 8. A justiça do governo moral de Deus, especialmente em relação ao grande dia final.
VERS. 9. Pessoas necessitadas, tempos necessitados, provisões oni-suficientes.
VERS. 10.
1. Conhecimento imprescindível - "conhecer o teu nome".
2. Resultado bendito - "confiarão em ti".
3. Suficiente razão - "pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam" (T.W. Medhurst).
Conhecimento, fé, experiência, os três ligados entre si.
VERS. 10. Os nomes de Deus inspiram confiança. JEOVÁ Jireh, Tsidekenu, Rophi, Shammah, Nissi, ELOHIM, SHADDAI, ADONAI.
VERS. 11.
1. Sião, o que é?
2. Seu glorioso habitante, o que faz?
3. A ocupação dupla de seus filhos - "cantar louvores", "proclamar entre as nações seus feitos".
4. Argumentos da primeira parte do assunto para nos encorajar no dever duplo.

VERS. 12.
1. Deus numa situação terrível.
2. Lembra-se de seu povo; para poupar, honrar, abençoar e vingá-lo.
3. Atende ao seu clamor, na sua própria salvação e na derrota de seus inimigos. Um sermão consolador para tempos de guerra ou de peste.

VERS. 13. "Misericórdia, Senhor". A oração do publicano explicada, recomendada, apresentada e cumprida.
VERS. 13. "Salva-me das portas da morte." Aflições profundas. Grandes livramentos. Gloriosas exaltações.
VERS. 14. "Eu exultarei em tua salvação". Especialmente porque é tua, ó Deus, e, portanto, honra a ti. Na tua liberalidade, plenitude, adequação, certeza, eternidade. Quem pode se alegrar nisso? Motivos porque devem sempre fazer isso.
VERS. 15. Lex talionis. (Lei de Talião) ["retaliação" quando se comenta "bem-feito!"]). Exemplos memoráveis.
VERS. 16. Conhecimento terrível; uma alternativa tremenda quando comparada ao versículo 10.
VERS. 17. Um aviso para os que se esquecem de Deus.
VERS. 18. Demoras no livramento.
1. A estimativa da descrença - "esquecidos", "perecer".
2. A promessa de Deus - "nem sempre".
3. A obrigação da fé - esperar.
VERS. 19. "Não permitas que o mortal triunfe!" Uma petição poderosa. Casos onde foi usado na Bíblia. O motivo de seu poder. Horas para seu uso.
VERS. 20. Uma lição necessária, e como é ensinada.

SALMOS 14-21

 

 

 

 

SALMO 14

TÍTULO
Este poema admirável tem um título simples: "Para o mestre da música. Por Davi". A dedicatória ao mestre da música encabeça cinqüenta e três salmos e indica claramente que tais salmos visavam, não apenas o uso particular de crentes, e sim serem cantados nas grandes assembléias pelo coro, cujo mestre era o supervisor ou o superintendente, chamado em nossa versão "o músico mestre", e por Ainsworth, "o mestre da música". Vários destes salmos têm pouco ou nenhum louvor, e não se dirigiam diretamente ao Altíssimo, contudo, deviam ser cantados em culto público, o que indica que a teoria de Agostinho, reavivada recentemente por certos criadores de hinários, de nada ser cantado a não ser louvor, é muito mais ilusório do que bíblico. Não só a Igreja antiga entoava como cantochão a doutrina santa e oferecia oração entre seus cânticos espirituais, mas mesmo as notas lamentosas de queixas eram colocadas em sua boca pelo doce cantor de Israel, inspirado por Deus. Algumas pessoas se agarram a qualquer minúcia com uma falsa aparência de correto, e se deleitam de serem mais precisos do que outras; não obstante, será para sempre o modo de homens simples, não só o de magnificar o Senhor em cânticos sagrados, como, segundo o preceito de Paulo, o de ensinar e admoestar uns aos outros em salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando com graça em seus corações ao Senhor.

Como nenhum título que o distinga é dado a este salmo, sugerimos como ajuda à memória, o título COM RESPEITO AO ATEÍSMO PRÁTICO. As muitas conjecturas quanto à ocasião na qual foi escrito são tão completamente sem fundamento, que seria perda de tempo mencioná-las. O apóstolo Paulo, em Romanos 3, mostrou que o desígnio geral do escritor inspirado é mostrar que tanto judeus como gentios estão todos sob o pecado; não havia razão nenhuma, portanto, de se fixar qualquer ocasião histórica em particular, quando toda a história cheira mal com provas terríveis de corrupção humana. Com alterações edificantes, Davi nos deu, no salmo 53, uma segunda edição deste salmo humilhante, sendo movido pelo Espírito Santo a declarar assim duplamente uma verdade que é sempre desagradável a mentes carnais.

DIVISÃO
O credo tolo do mundo (versículo 1); sua influência prática em corromper a moral, 1, 2, 3. As tendências perseguidoras de pecadores, 4; seus alarmes, 5; sua zombaria dos piedosos, 6; e uma prece pela manifestação do Senhor para alegria de seu povo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). A loucura do ateísmo.
VERS. 1. Ateísmo do coração. Um dos sermões sobre o coração, de Jamieson.
VERS. 1 (versículo todo). Descreva:
1. Sua fonte:
2. O tolo que tem o credo: ou portanto, o ateísmo.
3. Sua fonte: "o coração".
4. Seu credo: "nenhum Deus".
5. Seus frutos: "corruptos".
VERS. 1.
1. A grande fonte de pecado - a alienação de Deus.
2. O local do domínio - o coração.
3. Seu efeito sobre o intelecto - torna o homem um tolo.
4. Suas manifestações na vida - atos de comissão e omissão.
VERS. 1. (última cláusula). A lanterna de Diógenes. Levante-a sobre todas as classes e denuncie seus pecados.

VERS. 2.
1. Procura condescendente.
2. Súditos favorecidos.
3. Intenções generosas.
VERS. 2. O que Deus procura, e o que nós devemos procurar. Os homens, em geral, enxergam rapidamente as coisas que têm a ver com seu próprio caráter.

VERS. 2, 3. A procura de Deus por um homem naturalmente bom; o resultado; lições a serem aprendidas com isso.
VERS. 3. Total depravação da raça.

VERS. 4. "Será que nenhum dos malfeitores aprende?" Nenhum tem conhecimento? Se os homens conhecessem ao certo Deus, sua lei, o mal do pecado, o tormento do inferno, e outras grandes verdades, pecariam como pecam? Ou se sabem essas coisas e continuam em suas iniqüidades, como são culpados, e como são tolos! Responda a pergunta tanto positiva como negativamente, e ela dará matéria para uma fala penetrante.
VERS. 4 (primeira cláusula). O pecado gritante de transgredir a luz e o conhecimento.
VERS. 4 (última cláusula). Ausência de oração, um sinal certo de um estado sem a graça.

VERS. 5. Os temores tolos daqueles que não têm temor de Deus.
VERS. 5. Como o Senhor está perto dos justos; as conseqüências para o perseguidor, e o encorajamento para os santos.

VERS. 6. A sabedoria de fazer do Senhor o nosso refúgio (John Owen).
VERS. 6. Descreva:
1. O homem pobre pretendido aqui.
2. Seu conselho.
3. Sua repreensão.
4. Seu refúgio.
VERS. 6. Confie em Deus, um tema do qual apenas os tolos zombariam. Mostre a sabedoria do tema.

VERS. 7. Anseios pela vinda do advento.
VERS. 7. "De Sião." A igreja, o canal de bênçãos para os homens.
VERS. 7. Discurso para promover o reavivamento.
1. Condição freqüente da igreja: "cativeiro".
2. Meio de avivamento - a vinda do Senhor em graça.
3. Conseqüências, "exultação", "regozijo".
VERS. 7. Cativeiro da alma. O que é. Como é estabelecido. Como se efetua. Com que resultados.

SALMO 15

ASSUNTO
Este salmo de Davi não tem dedicatória que indique a ocasião em que foi escrito, mas é muitíssimo provável que, junto com o salmo 24, com o qual possui marcante semelhança, sua composição tenha sido de alguma forma ligada à remoção da arca para o monte santo de Sião. Quem assistia, quem cuidava da arca não era assunto insignificante, porque, como pessoas não autorizadas, tinham penetrado na missão, Davi não pôde na primeira ocasião completar seu propósito de levar a arca para Sião. Na segunda tentativa, ele foi mais cuidadoso, não só passando o encargo de carregar a arca para os levitas conforme divinamente nomeados (1Cr 15.2), mas também deixando-o a cargo do homem cuja casa o Senhor havia abençoado, que era Obede-Edom, que com os muitos filhos ministrou na casa do Senhor (1Cr 26.8-12). Espiritualmente, temos aqui uma descrição do homem que é uma criança em casa na Igreja de Deus na terra, e que habitará a casa do Senhor para sempre lá em cima. Ele é essencialmente Jesus, o homem perfeito, e nele todos aqueles que pela graça são conformados à sua imagem.

DIVISÃO
O primeiro versículo faz a pergunta; os restantes a respondem. Chamaremos o salmo A PERGUNTA E RESPOSTA.

 DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Requisitos para ser membro da igreja na terra e no céu. Um assunto para autocrítica.
VERS. 1.
1. Comparação entre a igreja e o tabernáculo. A presença de Deus manifesta, sacrifício oferecido e vasos de graça preservados nele; inferiores e desprezíveis no exterior, gloriosos no interior.
2. Comparação de sua dupla posição à do tabernáculo. Móvel no deserto, e fixa sobre o monte.
3. Investigue qualificações para ser admitido na igreja e no tabernáculo. Faça um paralelo com os sacerdotes.
VERS. 1. A grande pergunta. Pergunta feita por mera curiosidade, desespero, temor piedoso, pergunta sincera, alma preocupada com quedas de outros, fé santa. Dê resposta a cada uma.
VERS. 1. O cidadão de Sião é descrito. Sermão, como o de Thomas Boston.
VERS. 1. Ansiedade por conhecer os verdadeiros santos, até onde é permitido e proveitoso.
VERS. 1. Deus é o único observador infalível dos verdadeiros santos.
 VERS. 2. "Aquele que é íntegro em sua conduta."
1. O que ele precisa ser. Precisa ser direito, aprumado, em seu coração. Um homem torto não pode andar no prumo.
2. Como ele deve agir. Nem por impulso, ambição, ganho, temor ou bajulação. Não pode ficar encurvado para qualquer direção, deve manter-se reto.
3. O que ele deve esperar. Ciladas, armadilhas que o façam tropeçar.
4. Onde ele deve andar. No caminho do dever, o único em que pode andar em boa postura.
5. Onde ele deve olhar. Para cima, diretamente para cima, e então ele será reto.
VERS. 2. "De coração fala a verdade." Assunto: falsidade de coração e verdade de coração.
VERS. 2 (primeira cláusula). O cidadão de Sião, um caminhante reto.
VERS. 2 (cláusula do meio). O cidadão de Sião, um operador de retidão.
VERS. 2 (última cláusula). O cidadão de Sião, um falador da verdade. Tema usado em quatro sermões por Thomas Boston.

VERS. 3. Os males da crítica. Afeta três pessoas mencionadas aqui: o difamador, o vizinho sofredor e o que passa adiante a calúnia.
VERS. 3. "E não lança calúnia contra o seu próximo." O pecado de estar muito disposto a acreditar em rumores. É comum, cruel, tolo, injurioso, ímpio.

VERS. 4. O dever de honrar de modo prático os que temem o Senhor. Com elogio, respeito, assistência, imitação.
VERS. 4. O pecado de medir as pessoas por outros critérios e não pelo seu caráter prático.
VERS. 4 (última cláusula). O Senhor Jesus como nossa segurança imutável, sua promessa infalível e sua mágoa quando fica triste conosco.

VERS. 5. As evidências e os privilégios de homens piedosos.
VERS. 5 (última cláusula). Os piedosos são inabaláveis e seguros.

SALMO 16

TÍTULO
O Michtam de Davi. Seu sentido é geralmente entendido como o SALMO DOURADO, e tal título é muito apropriado por ser a matéria como o mais fino ouro. Ainsworth o denomina "A jóia de Davi, ou o cântico notável". O dr. Hawker, que está sempre atento para passagens interessantes, clama piedosamente: "Alguns têm-no chamado de precioso, outros, de dourado, e outros ainda, de jóia preciosa; e como o Espírito Santo, pelos apóstolos Pedro e Paulo, nos mostrou que é todo sobre o Senhor Jesus Cristo, o que aqui é dito sobre ele é precioso, é dourado, é realmente uma jóia!" Não nos deparamos antes com o termo Michtam, mas ao chegarmos aos salmos 56, 57, 58, 59 e 60, nós o veremos de novo, e observaremos que, como o presente, esses salmos, embora comecem com oração, e dêem a entender dificuldades, estão cheios de santa confiança e terminam com cantos de certeza quanto à segurança e alegria final. O dr. Alexander, cujos comentários são de valor inestimável, acredita que a palavra seja, provavelmente, mais um simples derivado de uma palavra que significa esconder, significando um segredo ou mistério, e que indica a profundidade de importância doutrinária e espiritual contida nestas composições sacras. Se esta for a verdadeira interpretação, está bem de acordo com a outra, e quando as duas se unem, compõem um nome do qual todo leitor se lembrará, e que trará imediatamente à lembrança o assunto precioso: O SALMO DO PRECIOSO SEGREDO.

ASSUNTO
Não nos restam apenas os intérpretes humanos para termos a chave para esse mistério dourado, pois, falando pelo Espírito Santo, Pedro nos diz: "Davi falou com respeito a ELE" (At 2.25). Mais adiante neste seu sermão memorável, ele disse: "Irmãos, posso dizer-lhes com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Mas ele era profeta e sabia o que Deus lhe prometera sob juramento, que colocaria um dos seus descendentes em seu trono. Prevendo isso, falou da ressurreição do Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição" (Atos 2.29-31). Nem é este nosso único guia, pois o apóstolo Paulo, dirigido pela mesma inspiração infalível, cita este salmo e testifica que Davi escreveu sobre o homem através de quem se prega a nós o perdão de pecados (At 13.35-38). Em geral, os comentadores têm aplicado o salmo tanto a Davi, aos santos, e ao Senhor Jesus, mas nós arriscaremos crer que nele "Cristo é tudo", visto que nos versículos 9 e 10, como os apóstolos no monte, nós podemos ver "nenhum homem senão somente a Cristo".

DIVISÃO
O todo é tão compacto que é difícil desenhar linhas definidas de divisão. Talvez baste notar a oração de fé do Senhor, versículo 1; a confissão de fé em Jeová somente, 2, 3, 4, 5; o contentamento de sua fé no presente, 6, 7; e a alegre confiança de sua fé para o futuro (8, 11).

DICAS PARA O PREGADOR
Michtam de Davi. Sob o título de "O salmo dourado", Canon Dale publicou um pequeno volume, valioso por ser uma série de boas dissertações simples, mas talvez não devesse ter sido chamado de "uma exposição". Achamos por bem dar os cabeçalhos dos capítulos nos quais seu volume está dividido, porque há muito brilho, e pode haver alguma solidez nas sugestões.
VERS. 1. A procura do ouro. O crente cônscio do perigo, confiando somente em Deus por livramento.

VERS. 2, 3. A posse do ouro. O crente procura justificação apenas na justiça de Deus, enquanto mantém a santidade pessoal por meio do companheirismo com os santos.

VERS. 4, 5. A prova do ouro. O crente encontra sua porção presente e espera sua herança eterna no Senhor.

VERS. 6. A apreciação ou valorização do ouro. O crente se congratula pelo quanto é agradável sua habitação e quão boa a sua herança.

VERS. 7, 8. A utilização do ouro. O crente busca instrução dos conselhos do Senhor à noite, e realiza sua promessa de dia.

VERS. 9, 10. A somatória ou o cálculo do ouro. O crente se alegra e louva a Deus pela promessa de um descanso em esperança e da ressurreição na glória.

VERS. 11. O aperfeiçoamento do ouro. O crente realiza à mão direita de Deus a plenitude de alegria e os prazeres para todo o sempre.

Sobre este salmo, oferecemos algumas sugestões, selecionadas dentre muitas:
VERS. 1. A oração e a petição. Aquele que preserva, e aquele que confia. Os perigos dos santos e o local de sua confiança.

VERS. 2. "Tu és o meu Senhor." A alma com sua apropriação, lealdade, segurança e voto de dedicação.

VERS. 2, 3. A influência e a esfera da bondade. Nenhum lucro para Deus, ou para santos ou pecadores que já partiram, mas sim para homens vivos. Necessidade de presteza.
VERS. 2, 3. Evidências de fé verdadeira.
1. Lealdade à autoridade divina.
2. Rejeição de justiça própria.
3. Prática do bem aos santos.
4. Apreciação de excelência santa.
5. Deleite na sociedade deles.
VERS. 3. Os notáveis na terra. A tradução pode ser nobres, maravilhosos, magníficos. São assim em seu novo nascimento, natureza, roupas, atendimento, herança.
VERS. 3. "Em quem está todo o meu prazer." A razão pela qual os cristãos devem ser objetos de nosso prazer. Por que não nos deleitamos mais neles. Por que eles não se deleitam em nós. Como tornar mais prazerosa nossa comunhão, nosso tempo juntos.
VERS. 3. Sermão de coleta para crentes pobres.
1. Santos.
2. Santos sobre a terra.
3. Estes são excelentes.
4. Nós precisamos ter prazer neles.
5. Nós precisamos estender a eles a nossa bondade (Matthew Henry).

VERS. 4. As tristezas da idolatria ilustradas em pagãos e em nós mesmos.
VERS. 4 (segunda cláusula). O dever de separar-se completamente dos pecadores na vida e na conversa.

VERS. 5. A herança futura e o copo presente encontram-se em Deus.

VERS. 6.
1. "Lugares agradáveis." Belém, Calvário, Monte das Oliveiras, Tabor, Sião, o Paraíso.
2. Propósitos agradáveis, que fizeram essas divisas caberem a mim.
3. Louvores agradáveis. Por serviço, sacrifício e cântico.
VERS. 6. (segunda cláusula).
1. Uma herança.
2. Uma boa herança.
3. Eu a tenho.
4. Sim, ou o testemunho do Espírito.
VERS. 6. "Uma boa herança." O que faz bela a nossa porção é:
1. A estima de Deus com ela.
2. O fato de vir da mão do Pai.
3. Que vem através do pacto da graça.
4. Que é a aquisição do sangue de Cristo.
5. Que é uma resposta de oração, e uma bênção do alto sobre empenhos honestos.
VERS. 6. Podemos colocar esse reconhecimento na boca de:
1. uma criança favorecida pela providência.
2. um habitante deste país favorecido com o Evangelho.
3. um cristão com respeito à sua condição espiritual (William Jay).

VERS. 7. Aceitar a opinião de um conselheiro. De quem? Sobre o quê? Por quê? Quando? Como? E depois?
VERS. 7. Para cima e para dentro, ou duas correntes de instrução.

VERS. 8. Coloque o Senhor sempre diante de si como:
1. seu protetor.
2. seu líder.
3. seu exemplo.
4. seu observador (William Jay).

VERS. 8, 9. Uma percepção da presença divina é o nosso melhor apoio. Isso nos dá:
1. Uma boa confiança a respeito das coisas externas. "Não serei abalado."
2. Alegria boa no íntimo. "Meu coração se alegra."
3. Música boa para a língua viva. "No íntimo exulto."
4. Esperança boa para o corpo que morre. "Mesmo o meu corpo".
VERS. 9. (última cláusula).
1. O sábado dos santos (descanso).
2. O seu sarcófago (tranqüilo - em esperança).
3. A sua salvação (pela qual ele espera).

VERS. 9, 10. Jesus foi alegrado aguardando a morte pela segurança de sua alma e corpo, e nosso consolo nele é no mesmo sentido.
VERS. 10. Jesus morto, o lugar de sua alma e de seu corpo. Tópico difícil, porém, interessante.

VERS. 10, 11. Porque ele vive nós também viveremos. Os crentes, portanto, também podem dizer: "Tu me farás conhecer a vereda da vida." Essa vida significa a bem-aventurança reservada no céu para o povo de Deus após a ressurreição. Tem três características. A primeira diz respeito à sua fonte - flui da "tua presença". A segunda é a respeito de sua plenitude - é "plenitude de alegria". A terceira é sobre sua permanência - "eterno prazer" (William Jay).
VERS. 11. Um doce quadro do céu.

SALMO 17

TÍTULO E ASSUNTO
Uma oração de Davi. Davi não teria sido um homem segundo o coração de Deus se não tivesse sido um homem de oração. Ele era um mestre da arte sagrada da súplica. Ele corre para a oração em todos os tempos de necessidade, como o comandante de navio que acelera a velocidade para chegar ao porto na premência de uma tempestade. Tão freqüentes eram as orações de Davi que não podiam todas ser datadas e intituladas; e por isso este salmo simplesmente leva o nome do autor. O cheiro da fornalha está sobre este salmo, mas há evidência, no último versículo, de que quem o escreveu saiu incólume da chama. Nós temos neste cântico lamentoso UM APELO AO CÉU por causa das perseguições da terra. Um olho espiritual pode ver Jesus aqui.

DIVISÃO
Não há linhas de demarcação muito claras entre as partes: mas nós preferimos a divisão adotada por David Dickson, precioso comentarista. Nos versículos de 1 a 4, Davi clama por justiça na controvérsia entre ele e seus opressores. Nos versículos 5 e 6, solicita do Senhor a graça para agir corretamente sob a tribulação. Nos versículos de 7 a 12, ele busca proteção de seus inimigos, a quem descreve nitidamente; e nos versículos 13 e 14, roga para que eles possam ficar desapontados; encerrando com uma confiança tranqüila de que tudo, com certeza, ficará bem com ele no final.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A voz de Jesus - nossa justiça e nossa própria voz. Trabalhe ambos os pensamentos subindo ao ouvido do céu, notando as qualidades de nossa oração como indica a linguagem do salmista, tais como sinceridade, perseverança.

VERS. 2. "Venha de ti a sentença em meu favor."
1. Quando virá.
2. Quem tem coragem de conhecê-la agora.
3. Como estar entre eles.

VERS. 3. "Provas o meu coração." O metal, a fornalha, o refinador.
VERS. 3. "E de noite me examinas."
1. Glorioso visitante.
2. Indivíduo favorecido.
3. Estação estranha.
4. Lembrança refrescante.
5. Resultado prático
VERS. 3 (última sentença). Transgressões do lábio, e como evitá-las.

VERS. 4. A estrada e as trilhas. O mundo e o pecado. "Evitei os caminhos do violento" - um nome significativo para a transgressão.

VERS. 5. "Meus passos seguem firmes."
1. Quem? Deus segura.
2. O quê? "Meus passos." Minhas idas.
3. Quando? Tempo presente do verbo.
4. Onde? "Nas tuas veredas."
5. Para quê? Para que meus pés não escorreguem.
VERS. 5. Que eu observe Davi e aprenda a orar como ele orou [agradecido]:
"Meus passos seguem firmes nas tuas veredas; meus pés não escorregaram."
1. Veja seu percurso. Ele fala de andar. A religião não permite que um homem se sente e fique parado. Ele fala de seguir, de ir "nas veredas", nos caminhos de Deus. Estes são triplos.
(a) O caminho de seus mandamentos.
(b) O caminho de suas ordenanças.
(c) O caminho de suas dispensações.
1. Sua preocupação com respeito a seu percurso. É a linguagem de:
(a) Convicção;
(b) Apreensão;
(c) Fraqueza,
(d) Confiança (William Jay).

VERS. 6. Duas palavras, as duas grandes, embora pequenas, "clamar" e "ouvir". Duas pessoas, uma pequena e a outra grande. "Eu", "a ti, ó Deus". Dois tempos verbais: passado, "clamo" = tenho clamado, já clamei; futuro, "tu me respondes" = responderás. Duas maravilhas, que não clamamos mais, e que Deus ouve orações tão pouco dignas.

VERS. 7. (primeira sentença). A visão da amorosa bondade (longanimidade) desejada.
VERS. 7. "Tu, ó Deus" Deus, o Salvador de crentes.

VERS. 8. Dois emblemas muito sugestivos de ternura e cuidado. Envolvendo num caso unidade viva, como o olho com o corpo, e no outro, relacionamento amoroso, como da ave e seus filhotes.

VERS. 14. "Homens deste mundo, cuja recompensa está nesta vida." Quem são? O que têm? Onde o têm? O que vem em seguida?
VERS. 14. "Com a tua mão, Senhor, dos homens mundanos" (ARA). Controle providencial e uso de homens maus.

VERS. 15. Esta é a linguagem:
1. De um homem cuja cabeça já tomou sua decisão, que decidiu por si, cujas decisões não dependem das decisões de outras pessoas.
2. De um homem que está subindo na vida e tem grandes perspectivas à sua frente.
3. É a linguagem de um judeu.
VERS. 15. Ver a face de Deus significa duas coisas:
1. Gozar o seu favor.
2. Ter tempos de comunhão íntima com ele (William Jay).
VERS. 15. A esperança de felicidade (Sermão de Spurgeon). Divisões:
1. O espírito dessa frase.
2. O seu conteúdo.
3. O contraste nela subentendido.
VERS. 15. Ver Deus e ser como ele, o desejo do crente (J. Fawcett).

SALMO 18

TÍTULO
"Ao mestre da música um salmo de Davi, servo do Senhor, que falou ao Senhor as palavras deste cântico no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos os seus inimigos, e das mãos de Saul." Temos outra forma para este salmo, com variações significativas (2Sm 22), e que sugere a idéia de que foi cantado por Davi em ocasiões diversas quando ele reviu sua própria história extraordinária, e observou a mão graciosa de Deus em toda ela. Como o hino de Addison que começa "Quando todas as suas misericórdias, Ó meu Deus", este salmo é o cantar de um coração agradecido comovido com o retrospecto das múltiplas e maravilhosas misericórdias de Deus. Nós o chamaremos O RETROSPECTO AGRADECIDO. O titulo merece atenção. Davi, embora nessa época já fosse rei, se chama, "o servo de Jeová", mas não faz nenhuma menção de sua realeza; portanto, deduzimos que ele contava como honra maior ser servo do Senhor do que ser rei de Judá. Sábio o seu julgamento. Dono de um talento poético, servia ao Senhor compondo este salmo para o uso da casa do Senhor; e não é pouco trabalho dirigir ou melhorar aquela parte deleitosa do culto divino, o canto dos louvores ao Senhor. Oxalá mais habilidade musical e poética fosse consagrada, e que aos nossos principais músicos se pudesse confiar salmodia devota e espiritual. Deve-se observar que as palavras deste cântico não foram compostas para agradar o gosto dos homens, e sim, foram faladas, dirigidas a Jeová. Seria bom se tivéssemos um olhar mais específico à honra do Senhor em nosso cantar, e em todas as outras práticas sagradas. Vale pouco o louvor que não é dirigido somente e entusiasticamente ao Senhor. Davi bem pôde ser direto em sua gratidão, pois devia tudo ao seu Deus, e no dia de seu livramento a ninguém devia gratidão senão ao Senhor, cuja mão direita o preservou. Nós também deveríamos sentir que a Deus e somente a Deus somos devedores da maior dívida de honra e ações de graças.

Se nos lembrarmos de que o versículos 2 e 49 são citados no Novo Testamento (Hebreus 2.13; Romanos 15.9) como palavras do Senhor Jesus, ficará claro que um maior do que Davi está aqui. Leitor, você não precisa de nosso auxílio nesse respeito; se você conhece Jesus prontamente o achará nas tristezas, nos livramentos e nos triunfos dele através deste maravilhoso salmo.

DIVISÃO
Os três primeiros versículos são prefácio no qual a decisão de bendizer Deus é declarada. A misericórdia que livra é belamente exaltada na poesia do versículo 4 ao 19; e então o cantor feliz, do versículo 20 ao 28, protesta que Deus agiu retamente ao favorecê-lo desta forma. Cheio de alegria grata, ele novamente retrata seu livramento e antecipa vitórias futuras do versículo 29 ao 45; e no fechamento fala com presciência dos gloriosos triunfos do Messias, da semente de Davi e do ungido do Senhor.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A determinação do amor, a lógica do amor, as tribulações do amor, as vitórias do amor.
James Hervey tem dois sermões sobre o "Amor a Deus" baseados neste texto.

VERS. 2. As muitas excelências de Jeová para seu povo.
VERS. 2. Deus - a porção totalmente suficiente de seu povo (C. Simeon's Works, vol. 5, p. 85).

VERS. 3. Resolve-se orar; louvor é dado; resultado esperado.

VERS. 4-6. Retrato vívido de uma alma desesperada, e os recursos que procura na hora extrema.

VERS. 5 (primeira cláusula). A condição de uma alma convencida do pecado.
VERS. 5 (segunda cláusula). A maneira em que armadilhas e tentações se organizam, por feitura de Satanás, para nos atrapalhar ou nos impedir.

VERS. 6. A hora, a maneira, o escutar e o responder da oração.
VERS. 7. O tremer de todas as coisas na presença de um Deus irado.
VERS. 10. Agentes celestiais e terrestres subservientes aos propósitos divinos.
VERS. 11. A escuridade na qual Jeová se esconde. Por quê? Quando? E depois?
VERS. 13. Trevas e chuvas. "Granizo e brasas de fogo" (ARA). O assustador em sua relação a Jeová.
VERS. 16. O cristão, como Moisés, "tirado de águas profundas". O versículo inteiro é um assunto nobre; pode ser ilustrado pela vida de Moisés.
VERS. 17. O canto da vitória do santo sobre Satanás, e todos os demais inimigos.
VERS. 17 (última cláusula). Motivo ímpar, mas sólido, para esperar auxílio divino.
VERS. 18. A "arte" do inimigo. "Eles me atacaram no dia da minha desgraça." O inimigo acorrentado: "Mas o Senhor foi o meu amparo."
VERS. 19. A razão da graça, e a posição em que ela coloca seus escolhidos.
VERS. 21. Integridade de vida, sua medida, sua fonte, seu benefício e seus perigos.
VERS. 22. A necessidade de considerar as coisas sagradas, e a impiedade de negligenciá-las de forma descuidada.
VERS. 23. O coração reto e "aquele" seu estimado pecado ( Sermão de W. Strong).
VERS. 23. Peccata in deliciis; um discurso de pecados acariciados (P. Newcome).
VERS. 23. A tentação certa da retidão (Dr. Bates).
VERS. 25. A eqüidade do proceder divino (C. Simeon).
VERS. 26. Ecos, na providência, graça e juízo.
VERS. 27. Consolação para os humildes, e desolação para os altivos.
VERS. 27 (segunda cláusula). Os olhares altivos são abatidos. Num modo de graça e justiça. Entre santos e pecador. Um tema amplo.
VERS. 28. Uma esperança confortável para um estado desconfortável.
VERS. 29. Crer nas façanhas narradas. Variedade, difíceis em si, fáceis no acontecimento, completadas, a impunidade e a dependência da operação divina.
VERS. 30. O modo, a palavra e a guerra de Deus.
VERS. 31. Um desafio.
1. Aos deuses. O mundo, o prazer. Quais dentre estes merecem o nome?
2. Às rochas, confiança própria, superstição. Em quais podemos confiar?
VERS. 32-34. Posições que testam, adaptações graciosas, realizações elegantes, permanências seguras, reconhecimento agradecido.
VERS. 35. "O escudo da vitória." O que é? A fé. De onde vem? "Tu me dás." O que alcança? "Salvação" - o escudo da salvação. Quem já o recebeu?

VERS. 36. A benevolência divina em arranjar a nossa sorte.

VERS. 39. O Cavaleiro da Cruz da Salvação armado para a batalha.

VERS. 41. Orações que nada alcançam - na terra e no inferno.

VERS. 42. A derrota certa, o vexame final, a ruína do mal.

VERS. 43 (última cláusula). Nossa distância natural e pecaminosa de Cristo não é barreira nenhuma para a graça.

VERS. 44. Avanços rápidos do evangelho em alguns lugares, progresso lento em outros. Considerações solenes.

VERS. 46. O Deus vivo, e como abençoá-lo e exaltá-lo.

VERS. 50. A grandeza da salvação, "grandes vitórias"; seu canal, "o Rei"; e sua perpetuidade, "para sempre".

SALMO 19

ASSUNTO
Seria perder tempo investigar o período específico em que esse poema encantador foi composto, pois não há nada em seu título ou assunto que nos ajudasse nessa pesquisa. O cabeçalho, "Para o mestre da música, salmo de Davi", nos informa que Davi o escreveu, e que foi entregue ao Mestre encarregado da música no santuário para o uso dos adoradores reunidos. Nos primeiros dias, o salmista, enquanto vigiava o rebanho de seu pai, se dedicou ao estudo dos dois grandes livros de Deus - a natureza e a Escritura; e ele havia penetrado tão completamente no espírito destes dois únicos volumes de sua biblioteca que pôde com crítica devota comparar e contrastá-los, magnificando a excelência do autor como vista em ambos. Como são tolos e ímpios aqueles que em vez de aceitar os dois tomos sagrados e deleitar-se em ver a mesma mão divina em cada um, gastam todas as suas faculdades mentais tentando achar discrepâncias e contradições. Podemos estar seguros de que os verdadeiros "Vestígios da Criação" nunca entrarão em contradição com Gênesis, nem um "Cosmos" correto seria encontrado em desacordo com a narrativa de Moisés. É mais sábio aquele que lê tanto o livro-mundo, quanto o Livro-palavras como dois volumes da mesma obra, e que sente respeito a eles: "Meu Pai escreveu todos os dois".

DIVISÃO
Este canto se divide em três partes, até tratadas distintamente pelos tradutores em nossa versão. As coisas criadas mostram a glória de Deus, 1-6. A palavra mostra sua graça, 7-11; Davi ora por graça, 12-14. Assim, louvor e oração se combinam, e aquele que aqui canta a obra de Deus no mundo exterior roga por uma obra de graça em seu interior.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. "Os sermões astronômicos" [Astronomical Discourses], de Chalmer, sugerem ao pastor muitos modos de manejar este tema. O poder, a sabedoria, a bondade, a pontualidade, a fidelidade, a grandeza e a glória de Deus são muito visíveis nos céus.
VERS. 1-5. Um paralelo entre os céus e a revelação da Escritura, dando importância a Cristo como o Sol central das Escrituras.
VERS. 1. Os céus declaram a glória de Deus. Podemos nos unir nesse trabalho: nobreza, prazer, utilidade e dever de tal ocupação.

VERS. 2. Vozes do dia e da noite. Pensamentos do dia e da noite.

VERS. 3. "Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz", mas lê-se este versículo combinado ao versículo 4, o que sugere a eloqüência de uma vida reservada, discreta - silenciosa, porém, ouvida.

VERS. 4. Em que sentido Deus é revelado a todas as pessoas.

VERS. 4, 5, 6. O Sol da Justiça.
1. Seu tabernáculo.
2. Seu aparecimento como noivo.
3. Sua alegria como campeão.
4. Seu circuito e sua influência.

VERS. 5. "Com a alegria de um herói". A alegria da força, a alegria do trabalho santo, a alegria da recompensa antecipada.

VERS. 6. O poder penetrante do evangelho.

VERS. 7 (primeira cláusula). Escritura Santa.
1. O que é - "lei".
2. De quem é - "do Senhor"
3. Qual o seu caráter - "perfeito".
4. Qual o seu resultado - "tornam sábios os inexperientes" - converte a alma.
VERS. 7 (segunda cláusula).
1. Os estudiosos.
2. Livro da classe.
3. Professor.
4. Progresso.
VERS. 7 (ultima cláusula). A sabedoria de uma fé simples.

VERS. 8 (primeira cláusula). O poder de alegrar o coração que a Palavra tem.
1. Fundada em sua justiça.
2. Real em sua qualidade.
3. Constante em sua operação.
VERS. 8 (segunda cláusula). Ungüento dourado para os olhos.

VERS. 9. A pureza e a permanência da verdadeira religião, e a verdade e a justiça dos princípios sobre os quais é fundada.

VERS. 10. Dois argumentos para que ame os estatutos de Deus - proveito e prazer.
VERS. 10. Os deleites inexprimíveis de meditar sobre a Escritura Sagrada.

VERS. 11 (primeira cláusula):
1. O quê? "Advertido".
2. Como? "Por eles".
3. Quem? "Teu servo".
4. Quando? "É" - tempo presente.
VERS. 11 (segunda cláusula). Recompensas evangélicas - "Em", não por guardá-las.

VERS. 12, 13. Os três graus de pecado - secreto, presunçoso, imperdoável.

VERS. 13. "Pecados da Soberba" (Sermão de Spurgeon).
VERS. 13 (última cláusula). "A grande transgressão." O que não é, o que pode ser, o que envolve e sugere.

VERS. 14. Uma oração a respeito de nossas coisas sagradas.
VERS. 14. Todos desejam agradar. Alguns agradam a si mesmos. Alguns agradam os homens. Alguns procuram agradar a Deus. Assim fazia Davi.
1. A oração mostra sua humildade.
2. A oração mostra seu afeto.
3. A oração mostra a consciência do dever.
4. A oração mostra uma consideração pelo interesse próprio (William Jay).
VERS. 14. A harmonia do coração e dos lábios necessária para aceitação.

SALMO 20

ASSUNTO
Nós temos diante de nós um Hino Nacional, bom para ser cantado na eclosão de uma guerra, quando o monarca cinge sua espada para a luta. Se Davi não fosse fustigado com guerras, talvez nunca tivéssemos sido favorecidos com salmos como este. São necessárias as tribulações de um santo para que ele possa produzir consolação para outros. Um povo feliz roga aqui a favor de um soberano querido e, com coração amoroso, clama a Jeová: "Deus salve o rei". Deduzimos que esse cântico devesse ser cantado em público, não só pelo tema do canto, mas também pela dedicatória: "Ao mestre da música". Sabemos que seu autor foi o doce cantor de Israel, pelo título curto, "Um salmo davídico". A ocasião exata que o sugeriu, já seria pura tolice imaginar, pois Israel estava quase sempre em guerra nos dias de Davi. Sua espada pode ter ficado amassada por golpes, mas nunca ficou enferrujada. Kimchi lê o título, a respeito de Davi, ou, para Davi, e está claro que o rei é o assunto bem como o compositor do canto. Basta um momento de reflexão para perceber que esse hino de oração é profético do nosso Senhor Jesus, e é o brado da antiga igreja a favor de seu Senhor, quando ela o vê em visão suportando uma grande guerra de aflições em prol dela. O povo militante de Deus, com o grande Capitão da salvação à frente, pode rogar ainda com sinceridade para que prospere em sua mão o que agrada ao Senhor. Procuraremos nos ater a essa visão do assunto em nossa curta exposição, mas não podemos restringir nossos comentários.

DIVISÃO
Os primeiros quatro versículos são uma oração pelo sucesso do rei. Os versículos 5, 6 e 7 expressam confiança resoluta em Deus e seu Ungido; o versículo 8 declara a derrota do inimigo, e o versículo 9 é um apelo final a Jeová.

DICAS PARA O PREGADOR
Este salmo tem sido muito usado em sermões de coroação, ações de graças e jejuns e uma infinidade de bajulações chocantes e absurdas foi acrescentado pelos capelães-de-trincheiras da igreja no mundo. Se os reis fossem diabos, alguns teriam louvado seus chifres e cascos; porque mesmo que algumas de suas majestades foram servos muito obedientes do príncipe das trevas, esses falsos profetas chamavam-nos de "mui graciosos soberanos", e ficavam tão deslumbrados em sua presença como se tivessem contemplado a visão beatífica (C.H.S).
Salmo inteiro. Um canto leal e oração para súditos do rei Jesus.
VERS. 1. Duas grandes misericórdias na hora de grandes apuros - ser ouvido junto ao trono, e defendido pelo trono.
VERS. 1, 2.
1. As dificuldades do Senhor em sua natureza e sua causa.
2. Como o Senhor se exercitou em suas dificuldades.
3. Não devemos ser espectadores pouco comovidos com as dificuldades de Jesus (Hamilton Verschoyle).
VERS. 1-3. Um modelo de desejos bons para nossos amigos.
1. Incluem a piedade pessoal. A pessoa de quem se fala ora, vai ao santuário e oferece sacrifício. Devemos desejar a graça para nosso amigo.
2. Apontam para cima. As bênçãos são reconhecidas distintamente como sendo divinas.
3. Não excluem problemas.
4. São eminentemente espirituais. Aceitação.

VERS. 2. Ajuda do santuário - um tópico sugestivo.

VERS. 3. O respeito infindo de Deus pelo sacrifício de Jesus.

VERS. 3, 4. O grande privilégio dessa aceitação quádrupla no Amado.



VERS. 5. Alegria na salvação, para decisão e prática.
VERS. 5. Erguendo a bandeira. Confissão clara de fé e lealdade, declaração de guerra, alto índice de perseverança, afirmação de posse, sinal de triunfo.
VERS. 5 (última cláusula). Prevalece a intercessão de nosso Senhor, e a aceitação de nossas orações através dele.

VERS. 7. Confiança da criatura. Aparentemente poderosa, bem adaptada, aparatosa, ruidosa. Confiança fiel. Silente, espiritual, divina.
VERS. 7. "O nome do Senhor, o nosso Deus." Reflexões confortáveis vindas do nome e do caráter do verdadeiro Deus.

VERS. 8. A virada das mesas.

VERS. 9. "Concede vitória", Salva, Senhor. Uma das orações mais curtas e mais sólidas da Bíblia.
VERS. 9. (última cláusula).
1. A quem nos chegamos, e o que acontece. "A um rei."
2. Como nos chegamos, e o que significa. "Nós clamamos."
3. O que queremos, e no que isso implica. "Ele nos ouve."

SALMO 21

ASSUNTO
O título nos dá pouca informação; é simplesmente: "Ao mestre da música, um salmo de Davi". Provavelmente, tenha sido escrito por Davi, cantado por Davi, relacionado a Davi, e na intenção de Davi se referir, até onde pudesse o sentido alcançar, ao Senhor de Davi. Evidentemente, é o companheiro adequado do salmo 20, e está na sua posição apropriada ao lado dele. O salmo 20 antecipa o que esse vê como já realizado. Se oramos hoje por um benefício e o recebemos, nós precisamos, antes que o Sol se ponha, louvar a Deus por essa misericórdia, ou então, caso contrário, mereceremos ser negados da próxima vez. O salmo já foi chamado de "o canto triunfal de Davi", e podemos lembrar-nos dele como sendo a Triunfante Ode Real. "O rei" se sobressai nele todo, e nós o leremos com proveito verdadeiro se for doce a nossa meditação no Senhor enquanto o fazemos. Devemos coroá-lo com a glória da nossa salvação; cantando sobre seu amor, e louvando o seu poder. O salmo seguinte nos levará ao pé da cruz; este nos introduz aos degraus do trono.

DIVISÃO
A divisão dos tradutores atenderá a todos os propósitos. Ação de graças por vitória, versículos 1 a 6. Confiança em mais sucesso, versículos 7 a 13.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A alegria de Jesus e seu povo na força e na salvação de Deus.
VERS. 1, 2. A doutrina da ressurreição de Jesus Cristo contida no texto pode ser considerada sob três aspectos:
1. Como resposta à oração.
2. Sua alegria nela - mesmo na ressurreição.
3. Como um anexo necessário disso - nossa própria preocupação individual na glória dele e em sua alegria (Hamilton Vieschoyle).

VERS. 2. O bem-sucedido advogado.

VERS. 3 (primeira cláusula). As misericórdias de prevenção.
VERS. 3 (primeira cláusula). DEUS INDO À NOSSA FRENTE, ou Deus antecipando nossas necessidades pelas suas dispensações misericordiosas. Deus evita que nos sobrevenham males com as bênçãos de sua bondade:
1. Quando entramos no mundo.
2. Quando pessoalmente nos tornamos transgressores.
3. Quando entramos nas obrigações e nos cuidados da vida madura.
4. Quando, no desenrolar geral da vida, adentramos em novos caminhos.
5. No escuro "vale da sombra da morte".
6. Dando-nos muitas misericórdias sem que as peçamos; e assim criando ocasião, não para petição, mas para louvor somente.
7. Abrindo-nos as portas do céu e abastecendo o céu com todas as provisões para nossa bem-aventurança (Samuel Martin).
VERS. 3. (segunda cláusula). Jesus coroado.
1. Suas obras anteriores.
2. O domínio concedido.
3. O caráter da coroa.
4. O "coroador" divino.

VERS. 4. Jesus eternamente vivo.

VERS. 5. A glória do mediador.

VERS. 6. Jesus é uma bênção para sempre.

VERS. 7. Jesus, e o exemplo de fé e de seus resultados.

VERS. 8. O pecador oculto será desentocado e privado de toda esperança de encobrimento.

VERS. 8, 9. A certeza e o terror do castigo dos ímpios.

VERS. 11, 12. A culpa e o castigo das más intenções.

VERS. 12. A retirada do grande exército do inferno.

VERS. 13. Uma doxologia devota.
1. Deus exaltado.
2. Só Deus exaltado.
3. Deus exaltado por sua própria força.
4. Seu povo cantando os seus louvores.
. 6. "Seu ungido." Nosso Senhor como o Ungido. Quando? Com que unção? Como? Para que posições?
VERS. 6. "Ele o ouvirá." É o sempre prevalecente Intercessor.
VERS. 6. "O poder salvador" de Deus, a força mais usada e mais habilidosa de sua mão.
VERS. 6 (primeira cláusula). "Agora sei." O momento em que a fé em Jesus enche a alma. A hora em que a certeza é dada. O período em que em um brilho, uma verdade, penetra na alma.


 

 

SALMO 22-30

TÍTULO
Ao mestre de música. De acordo com a melodia A corça da manhã (Aijeleth Shahar). Um salmo de Davi. Este poema de excelência singular foi entregue ao mais excelente dos cantores do templo; o chefe entre dez mil é digno de ser exaltado pelo principal Músico; nenhum mero cantor deve estar encarregado de tal composição; precisamos atentar para convocar nossas melhores habilidades quando Jesus é o tema do louvor. As palavras Aijeleth Shahar são enigmáticas, e seu sentido é incerto; alguns dizem que se referem a um instrumento musical usado em ocasiões de lamento, mas a maioria fica com a tradução de nosso subtítulo, "Concernente à corça da manhã". Esta interpretação é assunto de muita indagação e conjectura. Calmet acreditava que o salmo era dirigido ao mestre da música que encabeçava uma banda chamada "Corça da manhã", e Adam Clarke acredita ser essa a mais provável de todas as interpretações, embora pessoalmente se incline a crer que nenhuma interpretação deva ser tentada, e crê ser este um título meramente arbitrário e sem sentido, tais como os orientais sempre tinham o hábito de acrescentar a seus cânticos. Nosso Senhor Jesus é tantas vezes comparado a uma corça, e suas caçadas cruéis são descritas tão pateticamente neste salmo mais emotivo, que não podemos senão crer que o título indica o Senhor Jesus sob uma metáfora poética bem conhecida; em todo caso, Jesus é a corça da manhã sobre a qual Davi canta aqui.

ASSUNTO
Este é, acima de todos os outros, O SALMO DA CRUZ. Pode ter sido realmente repetido palavra por palavra por nosso Senhor quando estava pendurado na árvore; seria ousado demais afirmar que foi assim, mas mesmo um leitor casual poderá aventar essa possibilidade. Começa com "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" e termina, segundo alguns, no original com "Está terminado" ("Está consumado"). Em expressões lamentosas que surgem de profundezas inexprimíveis de angústia, podemos dizer que não há outro salmo igual a este. É a fotografia das horas mais tristes de nosso Senhor, o registro de suas palavras ao morrer, o lacrimatório de suas últimas lágrimas, o memorial de suas alegrias expirantes. Davi e suas aflições podem estar aqui em um sentido muito modificado, mas como a estrela é oculta pela luz do sol, aquele que vê Jesus provavelmente nem vê nem tem interesse em ver Davi. Temos diante de nós uma descrição tanto da escuridade como da glória da cruz, os sofrimentos de Cristo e a glória que se seguirá. Suspira-se pela graça de chegar perto e contemplar essa grande cena! Devemos ler reverentemente, descalçando-nos como Moisés diante da sarça ardente, pois se há terra sagrada em alguma parte da Bíblia, ela está neste salmo.

DIVISÃO
Do começo até o versículo 21, é um clamor plangente por auxílio, e do versículo 21 ao 31, um muito precioso antegozo de livramento. A primeira divisão pode ser subdividida no versículo dez, sendo os versículos 1 a 10 um apelo baseado no relacionamento pactual; e de 10 a 21 um igualmente sincero rogo que vem da iminência de seu risco de vida.

DICAS PARA O PREGADOR
SALMO INTEIRO
O volume intitulado Christ on the Cross [Cristo na cruz], do reverendo J. Stevenson, tem um sermão sobre cada versículo. Daremos os títulos por serem sugestivos. Ver. 1. O brado. 2. A queixa. 3. O reconhecimento. 4-6. O contraste. 6. A vergonha. 7. A zombaria. 8. O insulto. 9-10. O apelo. 11. A súplica. 12-13. O assalto. 14. A fraqueza. 15. A exaustão. 16. A perfuração. 17. O olhar de insulto. 18. O repartir das vestes e o sorteio. 19-21. A importunidade. 21. O livramento. 22. A gratidão. 23. O convite. 24. O testemunho. 25. O voto. 26. Satisfeitos os humildes; dos que buscam o Senhor há louvores; a vida eterna. 27. A conversão do mundo. 28. A entronização. 29. O autor da fé. 30. A semente. 31. O tema eterno e a obra. O completamento da fé.

VERS. 1. O brado do Salvador que morre.

VERS. 2. Oração não respondida. Pergunte o porquê; incentive nossa esperança a respeito; inste para que se continue na importunação.

VERS. 3. O que quer que Deus faça, precisamos ter em mente que ele é santo e é para ser louvado.

VERS. 4. A fidelidade de Deus nas eras passadas é um pedido para o tempo presente.

VERS. 4, 5. Santos antigos.
1. Sua vida. "Eles confiaram."
2. Sua prática. "Eles clamaram, choraram."
3. Sua experiência. "Não se decepcionaram."
4. Sua voz para nós.

VERS. 6-18. Cheio de sentenças marcantes sobre o sofrimento de nosso Senhor.

VERS. 11. As dificuldades de um santo, seus argumentos em oração.

VERS. 20. "Salva-me" (NVI). "Livra a minha alma" (ARA). A alma de um homem será muito preciosa para ele.

VERS. 21 (primeira cláusula). "A boca dos leões." Homens de crueldade. O diabo. Pecado. Morte. Inferno.

VERS. 22. Cristo como irmão, pregador, preceptor.
VERS. 22. Um doce assunto, um glorioso pregador, um relacionamento de amor, um exercício celestial.

VERS. 23. Um dever triplo: "louvem-no", "glorifiquem-no", "temam-no"; em direção a um objeto, "o Senhor"; para três personagens, "vocês que temem ao Senhor, descendentes de Jacó, descendentes de Israel", que são apenas uma pessoa.
VERS. 23. Glória a Deus o fruto da árvore em que Jesus morreu.

VERS. 24. Um fato consolador na história, testemunhado por experiência universal.
VERS. 24. (primeira cláusula). Um temor comum desfeito.

VERS. 25. Louvor público.
1. Um exercício deleitoso - "louvor".
2. Uma participação deleitosa - "Meu louvor".
3. Um objeto digno - "a ti".
4. Uma fonte especial - "de ti".
5. Um lugar apropriado - "na grande congregação".
VERS. 25 (segunda cláusula). Votos. Que votos fazer, quando e como fazê-los, e a importância de pagar os votos.

VERS. 26. Banquete espiritual. Os convivas, o alimento, o anfitrião e a satisfação.
VERS. 26 (segunda cláusula). Os interessados serão cantores. Quem são? O que farão? Quando? E qual a razão de esperar que o façam?

VERS. 27. (última cláusula). Vida eterna. Que vidas? Fonte de vida. Maneira de vida. Por que eternamente? Qual a ocupação? Que consolo se tira disso?
VERS. 27. A natureza da verdadeira conversão, e a extensão dela sob o reinado do Messias (Andrew Fuller).
VERS. 27. O triunfo universal do cristianismo é certo.
VERS. 27. A ordem da conversão.

VERS. 28. O império do Rei dos reis como é, e como será.

VERS. 29. Graça para os ricos, graça para os pobres, mas todos perdidos sem ela.
VERS. 29 (última cláusula). Um texto pesado sobre a vaidade da autoconfiança.

VERS. 30. A perpetuidade da igreja.
VERS. 30 (última cláusula). História da Igreja, a essência de toda a história.

VERS. 31. Perspectivas futuras para a igreja.
1. Conversões certas.
2. Pregadores prometidos
3. Gerações sucessivas abençoadas.
4. O Evangelho publicado.
5. Cristo exaltado.

SALMO 23

TÍTULO
Não há nenhum título inspirado para este salmo, e não é necessário, pois ele não registra nenhum evento especial, e não precisa de outra chave além daquela que todo cristão pode encontrar em seu próprio peito. É a Pastoral Celeste de Davi; uma obra poética excelente, que nenhuma das filhas da música pode superar. A clarinada da guerra aqui dá lugar ao cachimbo da paz, e aquele que tão recentemente chorou as mágoas do Pastor em melodia ensaia as alegrias do rebanho. Sentado sob uma árvore frondosa, com seu rebanho em volta, como o pastorzinho de Bunyan no Vale da Humilhação, visualizamos Davi cantando essa pastoral incomparável com um coração cheio de alegria; ou, se o salmo é o produto de seus anos avançados, temos certeza de que sua alma se voltou em contemplação para os solitários ribeiros de água que ondulavam sussurrantes entre os pastos do deserto, onde nos primeiros dias ela fazia sua morada. Esta é a pérola dos salmos, cujo esplendor suave e puro deleita os olhos; uma pérola da qual Helicon não precisa se envergonhar, embora o Jordão o reivindique. Desse canto delicioso pode-se afirmar que sua piedade e sua poesia são iguais, sua doçura e sua espiritualidade são incomparáveis.

A posição deste salmo é digna de nota. Segue o salmo 22, que é peculiarmente o Salmo da Cruz. Não há pastos verdes, não há águas tranqüilas do outro lado do salmo 22. Só depois que lemos "Meu Deus, meu Deus, porque me desamparaste?" é que chegamos a "O Senhor é meu Pastor". Precisamos conhecer por experiência o valor do derramamento de sangue, e vermos a espada acordada contra o Pastor, antes que possamos verdadeiramente conhecer a doçura do cuidado do bom pastor.

Já se disse que aquilo que o rouxinol é entre os pássaros, esta ode divina é entre os salmos; pois tem soado docemente nos ouvidos de muitos pranteadores em sua noite de choro, e o tem podido esperar por uma manhã de alegria. Eu me aventuro a compará-la também à cotovia, que canta enquanto sobe, e sobe enquanto canta, até que some de vista, e mesmo então não nos deixa sem ouvi-la. Observe as últimas palavras do salmo - "Habitarei na casa do Senhor para sempre" -; são notas celestiais, mais adequadas às mansões eternas do que a esses lugares de moradia abaixo das nuvens. Ó, que nós possamos entrar no espírito do salmo enquanto o lemos, e então viveremos a experiência dos dias do céu aqui na terra!

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Trabalhe a comparação entre um pastor e suas ovelhas. Ele governa, guia, alimenta e as protege; e elas o seguem, o obedecem, o amam e confiam nele. Pesquise se somos ovelhas; mostre a sina dos cabritos que se alimentam ao lado das ovelhas.
VERS. 1 (segunda cláusula). O homem que está além do alcance da penúria para o tempo presente e a eternidade.

VERS. 2 (primeira cláusula). O descanso de crer.
1. Vem de Deus - "Ele me faz".
2. É fundo e profundo - "deitar", repousar.
3. Tem sustento sólido - "em verdes pastagens".
4. É assunto para louvor constante.
VERS. 2. O elemento contemplativo e o elemento ativo são satisfeitos.
VERS. 2. A frescura e a riqueza das Sagradas Escrituras.
VERS. 2 (segunda cláusula). Em frente. O Guia, o caminho, os confortos da estrada, e o viajante nela.

VERS. 3. Restauração graciosa, direção santa e motivos divinos.

VERS. 4 O silêncio macio do trabalho do Espírito.
VERS. 4. A presença de Deus é o único apoio seguro na morte.
VERS. 4. Vida na morte e luz nas trevas.
VERS. 4 (segunda cláusula). A calma e a quietude do fim do homem bom.
VERS. 4 (última cláusula). Os sinais do governo divino - a consolação dos obedientes.

VERS. 5. O guerreiro banqueteado, o sacerdote ungido, o hóspede satisfeito.
VERS. 5 (última cláusula). Os meios e os usos do ungir do Espírito Santo contínuas vezes.
VERS. 5. Providenciais abundâncias, e qual o nosso dever a respeito disso.

VERS. 6 (primeira cláusula). A bem-aventurança do contentamento.
VERS. 6. Na estrada e em casa, ou atendentes celestiais e mansões celestiais.

SALMO 24

TÍTULO
Um salmo de Davi. Pelo título nada aprendemos senão sua autoria, que é interessante e nos leva a observar as maravilhosas operações do Espírito sobre a mente do doce cantor de Israel, capacitando-o a tocar a corda lamentosa no salmo 22, a despejar gentis notas de paz no salmo 23, e aqui a pronunciar tons majestosos e triunfais. Podemos fazer ou cantar todas as coisas quando o Senhor nos fortalece.
Este hino sacro provavelmente foi escrito para ser cantado quando a arca da aliança foi tirada da casa de Obede-Edom, para permanecer dentro de cortinas sobre o monte de Sião. As palavras não são impróprias para a dança sagrada de alegria na qual Davi foi à frente no caminho naquela ocasião jubilosa. O olho do salmista olhava, no entanto, além da subida típica da arca para a sublime ascensão do Rei da glória. Nós o chamaremos O CANTO DA ASCENSÃO.

DIVISÃO
O salmo forma um par com o salmo 15. Consiste de três partes. A primeira glorifica o verdadeiro Deus e canta o seu domínio universal; a segunda descreve o verdadeiro Israel, aquele que pode ter comunhão com ele; e a terceira retrata a subida do verdadeiro Redentor, que abriu as portas do céu para a entrada de seus eleitos.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O grande proprietário, suas terras e seus servos, seus direitos e sofrimentos.
VERS. 1. "Do Senhor é a terra."
1. Mencione outros requerentes - ídolos: papa, homem, diabo.
2. Julgue a causa.
3. Execute o veredicto. Use nossa substância, pregue em toda parte, reivindique todas as coisas para Deus.
4. Veja como fica gloriosa a terra quando ela leva o nome de seu Mestre.
VERS. 1 (última cláusula). Todos os homens pertencem a Deus. Seus filhos ou súditos, seus servos ou escravos, suas ovelhas ou seus bodes.

VERS. 2. Propósitos divinos realizados por meios singulares.
VERS. 2. Fundou-a sobre os mares. Instabilidade de coisas terrestres.

VERS. 3. A pergunta importantíssima.

VERS. 4 (primeira cláusula). Ligação entre moralidade externa e pureza interna.
VERS. 4 (segunda cláusula). Homens julgados por seus gostos que lhe dão prazer.
VERS. 4. "Mãos limpas."
1. Como limpá-las.
2. Como conservá-las limpas.
3. Como poluí-las.
4. Como conseguir que fiquem limpas de novo.

VERS. 4, 5. Caráter manifesto e favor recebido.
VERS. 5 (segunda cláusula). O homem bom recebendo justiça e precisando de salvação, ou o sentido evangélico de passagens aparentemente jurídicas.

VERS. 6. Aqueles que realmente buscam comunhão com Deus.

VERS. 7. Acomode o texto à entrada de Jesus Cristo em nossos corações.
1. Há obstáculos, "portais", "portas".
2. Precisamos removê-los: "abram-se".
3. A graça precisa capacitar-nos: "abram".
4. Nosso Senhor entrará.
5. Ele entra como "Rei", e "Rei da glória".
VERS. 7. A ascensão e suas lições.

VERS. 7-10:
1. Seu título - "O Senhor dos Exércitos".
2. Suas vitórias, implícitas na expressão. "O Senhor forte e valente na guerra".
3. Seu título como mediador, "o Rei da glória".
4. Sua entrada com autoridade no lugar santo. ("Messias" de John Newton).

VERS. 8. O poderoso herói. Seu status, seu poder, suas batalhas, suas vitórias.

VERS. 10. A soberania e a glória de Deus em Cristo.

SALMO 25

TÍTULO
Um salmo de Davi. Davi é retratado neste salmo como numa miniatura fiel. Sua confiança santa, seus muitos conflitos, sua grande transgressão, seu arrependimento amargo e suas aflições profundas estão todos presentes aqui, para que enxerguemos o próprio coração do "homem segundo o coração de Deus" (At 13.22). É evidentemente uma composição de Davi em idade mais avançada, pois menciona transgressões de sua juventude, e, pelas referências às artimanhas e à crueldade de seus muitos inimigos, não será especulativa demais a teoria de atribuir o salmo ao período em que Absalão encabeçava a grande rebelião contra ele. Este foi chamado o segundo dos sete Salmos Penitentes. É a marca de um verdadeiro santo que suas tristezas lhe lembrem os seus pecados, e sua tristeza pelo pecado o voltar para o seu Deus.

ASSUNTO E DIVISÃO
Os vinte e dois versículos deste salmo começam, no original, pela ordem do alfabeto hebraico. É o primeiro exemplo que temos de um acróstico ou cântico alfabético inspirado. Esse método pode ter sido adotado pelo escritor para ajudar a memória; e o Espírito Santo pode ter usado isso para nos mostrar que as graças do estilo e as artes poéticas podem ser empregadas legitimamente a seu serviço. Por que não se pode santificar para fins nobres toda a inteligência e criatividade do homem, colocando-a sobre o altar de Deus? Pela singularidade da estrutura do salmo, não é fácil descobrir quaisquer divisões marcantes; há grandes mudanças de pensamento, mas não há variação de assunto; os estados de espírito na mente do escritor são dois - oração e meditação -, e conforme aparecem, um por vez, devemos dividir os versículos. Oração de Sl 25.1-7; meditação, Sl 25.8-10; oração Sl 25.11; meditação Sl 25.12-15; oração Sl 25.16-22.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Engenharia celestial para elevar uma alma presa à Terra.
VERS. 1. Devoção genuína descrita e recomendada.

VERS. 2. A alma ancorada, e as duas rochas das quais quer livramento.

VERS. 3. Decepção ou vergonha fora do lugar e em seu lugar.

VERS. 4. Divindade prática é o melhor estudo; Deus é o melhor professor; Oração é o meio de entrar na escola.

VERS. 4-5. Mostre. Ensine. Guie. Três classes na escola da graça.
VERS. 5.
1. Santificação desejada.
2. Conhecimento procurado.
3. Segurança apreciada.
4. Paciência exercida.
VERS. 5. Tu és Deus, meu salvador. Um texto rico e sobejante.
VERS. 5 (última cláusula). Como passar o dia com Deus (Matthew Henry).

VERS. 6. A antigüidade da misericórdia.

VERS. 6-7. As três coisas para lembrar.
VERS. 7 (primeira cláusula). O melhor Ato de Esquecimento (Thomas Fuller).
VERS. 7. O esquecimento desejado e o lembrar suplicado. Observe "meu..." e "teu...".

VERS. 8. Atributos opostos agindo juntos. Deus ensinando pecadores - uma grande maravilha.

VERS. 9 (primeira cláusula). Pureza moral é necessária para um juízo bem equilibrado.

VERS. 10. A misericórdia e a fidelidade de Deus na providência, e as pessoas que podem fruir disso o consolo.

VERS. 11. Uma oração modelar. Confissão, argumento, rogo.
VERS. 11. A grande culpa não é obstáculo para o perdão do pecador que volta (Jonathan Edwards).

VERS. 12. A santidade é a melhor segurança para uma vida bem ordenada. Livre arbítrio na escola, questionada e instruída.

VERS. 13. Um homem descansado para o tempo e a eternidade.

VERS. 14. 1. Um segredo, e quem o sabe.
1. Uma maravilha, e quem a vê.

VERS. 15.
1. Como nós somos. Um pássaro tolo.
2. Qual é nosso perigo? "A armadilha."
3. Quem é nosso amigo? "O Senhor."
4. Qual é nossa sabedoria? "Meus olhos."

VERS. 16. Uma alma desolada buscando companhia divina, e um espírito afligido, clamando por misericórdia divina. Nosso Deus é o bálsamo para todas as nossas feridas.
VERS. 16-18. Davi é um requerente bem como sofredor; e nunca nos ferirão essas tristezas que nos levam para perto de Deus. Por três coisas ele ora:
1. Livramento. Somos convocados a desejar isso, sempre com resignação à vontade divina.
2. Ser notado. Um olhar de bondade da parte de Deus é desejável em qualquer hora e em quaisquer circunstâncias, mas em aflição e dor, é como vida vinda da morte.
3. Perdão. Provações são capazes de avivar um sentimento de culpa (William Jay).

VERS. 18. Duas coisas nos são ensinadas aqui:
1. Que um olhar bondoso vindo de Deus é muito desejável na aflição:
(a) É um olhar de observação especial;
(b) É um olhar de compaixão terna;
(c) É um olhar de apoio e assistência (com Deus, poder e compaixão vão juntos).
2. O fortificante mais doce na aflição seria a certeza do perdão divino:
(a) Porque o problema é bem capaz de trazer à memória nossos pecados;
(b) Porque um sentimento de estar perdoado em grande medida removerá todos os temores estressantes de morte e julgamento.
Melhoria
1. Que adoremos a bondade de Deus, que alguém tão grande e glorioso chegue a olhar favoravelmente sobre qualquer um de nossa raça pecaminosa.
2. Que o benefício recebido pelo Senhor olhando para nós em aflições passadas, nos ponha a orar, e nos anime a ter esperança, de que agora ele nos olhará novamente.
3. Se um olhar de Deus é tão confortável, o que deve ser o céu! (Samuel Lavington).
VERS. 18.
1. É bom quando nossas tristezas nos fazem lembrar de nossos pecados.
2. Quando somos tão sinceros para ser perdoados quanto somos para ser livrados.
3. Quando trazemos ambas as coisas ao lugar certo em oração.
4. Quando somos submissos sobre nossas tristezas - "Olhe" - mas bem explícitos sobre nossos pecados - "Perdoe".

VERS. 19. Os inimigos espirituais do santo. Seu número, malícia, artimanhas, poder.

VERS. 20. Preservação da alma.
1. Seu caráter duplo: "Guarda" e "livra".
2. Sua terrível alternativa: "Não me deixes decepcionado."
3. Sua garantia eficaz: "Eu me refugio em ti" - Em ti está a minha confiança.
VERS. 20. Um guardar sobre-humano, um temor natural, uma confiança espiritual.

VERS. 21. O caminho aberto da segurança em ação, e o caminho secreto da segurança em devoção.

VERS. 22. A vida de Jacó, como típica da nossa, poderá ilustrar esta oração.
VERS. 22. Uma oração para a igreja militante.

SALMO 26

TÍTULO
Um salmo de Davi. O doce cantor de Israel aparece diante de nós neste salmo como quem suporta a censura; nisso ele foi o modelo do grande Filho de Davi, e é um exemplo encorajador para nós, para que levemos o peso da calúnia ao trono da graça. É simples conjetura imaginar que este apelo ao céu foi escrito por Davi na ocasião do assassinato de Is-Bosete, por Baaná e Recabe, para protestar sua inocência de toda e qualquer participação naquele assassínio traiçoeiro; o teor do salmo certamente concorda com a ocasião suposta, mas com tão tênue dica não é possível ir além de conjectura.

DIVISÃO
A unidade de assunto é mantida tão nitidamente que não há divisões claras. David Dickson fez um resumo admirável com estas palavras: "Ele apela a Deus", o supremo Juiz, no testemunho de uma consciência tranqüila, testemunhando, primeiro, seu esforço de andar retamente como um crente, Sl 26.1-3; segundo, de se guardar do contágio de conselho mau, causas pecaminosas, e exemplos dos ímpios, Sl 26.4-5; terceiro, de seu propósito de continuar a se comportar santa e justamente, por amor de compartilhar dos privilégios públicos do povo do Senhor na congregação, Sl 26.6-8. Com isso, ele ora para ser livre do juízo que virá sobre os ímpios, Sl 26.9-10, segundo seu propósito de fugir dos pecados deles, Sl 26.11, e encerra a oração com o consolo e a certeza de ter sido ouvido, Sl 26.12.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Duas companhias inseparáveis - fé e santidade.
2. A bem-aventurança do homem que as possui. Ele não precisa temer o juízo nem o perigo no caminho.
3. O único meio de obtê-las.
VERS. 1 (última sentença) O poder sustentador da confiança em Deus.

VERS. 2. Exame divino. Sua variedade, severidade, natureza penetrante, exatidão, convicção, quando se deve desejá-lo, e quando é temido.

VERS. 3. Deleite para os olhos e segurança para os pés; ou o composto celestial de piedade - motivação e movimento, apreciação e ação, graça gratuita e boas obras.
VERS. 3. Teu amor está sempre diante de mim. Será bom seguir a Davi e guardar a misericórdia de Deus diante de nossos olhos. Isso deve ser feito de quatro modos:
1. Como assunto de contemplação.
2. Como fonte de encorajamento.
3. Como estímulo ao louvor.
4. Como exemplo para imitar (William Jay).

VERS. 4. Pessoas hipócritas. Quem são. Por que devem ser evitadas. O que acontecerá com elas. Dissimuladores. Descreva essa família numerosa. Mostre quais são seus objetivos. O mal feito a crentes pela sua astúcia. A necessidade de afastar-se delas, e o fim temível dessas pessoas.

VERS. 5. Más companhias. Os casos de maus resultados, respostas para desculpas dadas, avisos apresentados, insistência em motivos para parar com isso.

VERS. 6. A necessidade de santidade pessoal a fim de prestar culto aceitável.

VERS. 7.
1. A vocação do crente - um publicador.
2. O autor selecionado, e a qualidade de suas obras. "Tuas maravilhas."
3. A modalidade da propaganda - "falando de todas as tuas maravilhas".

VERS. 8. A casa de Deus. Por que a amamos. O que amamos nela. Como mostramos nosso amor. Como nosso amor será recompensado.

VERS. 9. "The Saint's Horror at the Sinner's Hell" (O horror que o santo tem do inferno do pecador) - é título de um sermão de Spurgeon.

VERS. 11. Os melhores homens necessitam de redenção e misericórdia; ou, o caminhar externo diante dos homens, e o caminhar secreto com Deus.

VERS. 12. De pé com segurança, posição honrada, louvor agradecido.
VERS. 12 (última cláusula). Salmodia da congregação, e nossa participação pessoal nela.

SALMO 27

TÍTULO E ASSUNTO
Nada se conclui pelo título de quando o salmo foi escrito, pois o cabeçalho, "Um salmo de Davi", é comum a tantos salmos; mas se é possível julgar pela matéria do cântico, o escritor estava sendo perseguido por inimigos, Sl 27.2-3, estava barrado da casa do Senhor, Sl 27.4, acabava de se separar de pai e mãe, Sl 27.10, e estava sujeito a difamação, Sl 27.12; não houve tudo isso junto quando Doegue, o edomita, falou contra ele para Saul? É um cântico de esperança feliz, que casa bem com aqueles que estão em provação, que aprenderam a se apoiar no braço do Todo-Poderoso. O salmo pode com proveito ser lido de uma maneira tríplice, como sendo a linguagem de Davi, da Igreja, e do Senhor Jesus. Assim a plenitude da Escritura se mostra ainda mais maravilhosa.

DIVISÃO
O poeta primeiro proclama sua confiança segura em seu Deus, Sl 27.1-3, e como ama a comunhão com ele, Sl 27.4-6. Ele, então, passa à oração, Sl 27.7-12, e conclui com um reconhecimento do poder sustentador da fé em seu próprio caso e com a exortação a outros para que sigam seu exemplo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). A relação da iluminação à salvação, ou a necessidade de luz se os homens querem ser salvos.
VERS. 1. O herói cristão e as fontes secretas de sua coragem.
VERS. 1. O desafio destemido do crente.

VERS. 2. O caráter, o número, o poder e a crueldade dos inimigos da igreja, e o modo misterioso como têm sido derrotados.

VERS. 3. Paz cristã.
1. Mostrada na previsão calma da dificuldade.
2. Demonstrada na tolerância confiante da aflição.
3. Sustentada pelo auxílio divino e pela experiência passada, Sl 27.1-2.
4. Produzindo os mais ricos resultados, glória a Deus.

VERS. 4. A vida cristã modelar.
1. Unidade de desejo.
2. Sinceridade de ação.
3. Intimidade de comunhão.
4. Qualidade celestial da contemplação.
5. Progresso na educação divina.
VERS. 4. O afeto da estima moral para com Deus (Thomas Chalmers).
VERS. 4. Um suspirar por Deus (Sermão de R. Sibbes).
VERS. 4 (última clausula). Ocupações do Dia do Senhor e os deleites celestiais.
VERS. 4. (cláusula final). Matérias para se perguntar no Templo dos dias antigos, abertas à luz do Novo Testamento.

VERS. 6. O triunfo atual do santo sobre seus inimigos espirituais, sua gratidão na prática, e os louvores em viva voz.

VERS. 7. Oração. A quem é dirigida? Como? Clamo. Quando? Fica indefinido. No que se baseia? Misericórdia. O que precisa? Ser ouvida, respondida.

VERS. 8. O bem-sucedido requerente (Sermão de R. Sibbes).
VERS. 8. O eco.

VERS. 9.
1. Deserção censurada vivamente em todas as suas formas.
2. Experiência solicitada.
3. Auxílio divino implorado.
VERS. 9. O horror dos santos diante do inferno dos pecadores (James Scot).

VERS. 10. A porção do órfão, o consolo dos perseguidos, o paraíso dos que partem.

VERS. 11. O caminho do homem simples desejado, descrito, aprovado divinamente, "o teu caminho", "vereda segura", e ensinada por Deus, "Ensina-me... Senhor", "conduze-me".

VERS. 13. Fé, sua precedência sobre a visão, seus objetivos, seu poder sustentador.
VERS. 13. Ver para crer. Título de sermão de Spurgeon.

VERS. 14. A posição do crente, "Espere"; sua condição, "Coragem"; seu apoio, "viverei até"; sua perseverança, "espere" repetido segunda vez; sua recompensa.

SALMO 28

TÍTULO E ASSUNTO]
Novamente, o título "Um salmo de Davi" é geral demais para nos dar qualquer sugestão sobre a ocasião em que foi escrito. Sua posição, seguida ao salmo 27, parece ser proposital, porque é um par adequado e dá seqüência àquele. É outra daquelas "canções da noite" para as quais a pena de Davi era tão prolífica. Diziam os antigos naturalistas que o espinho no peito do rouxinol é que o fazia cantar. As tristezas de Davi o faziam eloqüente em salmodia santa. O principal clamor desse salmo é para que o suplicante possa não ser confundido com os perpetradores da iniqüidade por quem ele expressa a maior aversão; o salmo pode satisfazer qualquer santo caluniado, que sendo mal entendido pelos homens, e tratado por eles como pessoa indigna, está ansioso de se postar corretamente perante o julgamento de Deus. O Senhor Jesus pode ser visto aqui pleiteando ser representante de seu povo.

DIVISÃO
Os primeiros dois versículos imploram seriamente uma audiência com o Senhor numa hora de emergência cruel. No Sl 18.2-5, a porção dos maus é descrita e desaprovada. Em Sl 28.6-8, o louvor é dado pela misericórdia do Senhor em ouvir orações, e o salmo conclui com uma petição geral por toda a hoste de crentes militantes.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). A decisão sábia do pecador na hora de desânimo.
VERS. 1. O temor do santo de se tornar como os ímpios.
VERS. 1. O silêncio de Deus - que terror pode estar nisso.
VERS. 1 (última cláusula). Até que ponto pode afundar uma alma quando Deus esconde a face.

VERS. 1-2. Oração.
1. Sua natureza - um "grito":
(a) Palavras: o sinal de vida,
(b) A expressão de dor,
(c) O rogo de necessidade,
(d) A voz de sinceridade profunda.
2. Seu objetivo - "Ó Senhor, minha Rocha." Deus como nosso funda-mento, refúgio e amigo imutável.
3. Seu alvo - "Ouve", "Não permaneça calado." Esperamos uma resposta, resposta clara e manifesta, resposta rápida, resposta adequada, resposta efetiva.
4. Seu meio de comunicação - "as mãos para o teu lugar santíssimo". Nosso Senhor Jesus, o propiciatório verdadeiro.

VERS. 3. As pessoas para serem evitadas, a condenação para ser temida, a graça para nos guardar das duas coisas.

VERS. 4. Medida por medida, ou castigo proporcional ao merecimento.
VERS. 4. Empenhe-se pela medida do pecado, e não pelo mero resultado. Portanto, alguns são culpados de pecados que foram incapazes de cometer.

VERS. 5. Negligência culpável em que se persiste constantemente, perdendo muita benção, e envolvendo terrível condenação.

VERS. 6. Orações respondidas, um retrospecto e cântico.

VERS. 7. As posses do coração, confiança, experiência, alegria e música.
VERS. 7. Adorar a Deus por suas misericórdias.
1. O que Deus é para o crente.
2. Qual deve ser a disposição de nosso coração para com ele (C. Simeon).

VERS. 8. Todo o poder é dado aos crentes por causa de sua união com Jesus.

VERS. 9. "Uma oração pela igreja militante" é o título de um sermão de Spurgeon.

SALMO 29

TÍTULO
Um salmo de Davi. O título não nos dá nenhuma informação além do fato que Davi é o autor desse cântico sublime.

ASSUNTO
Parece ser opinião geral dos comentaristas modernos que este salmo pretende expressar a glória de Deus conforme é ouvida no trovão retumbante, e vista na tempestade equinocial. Assim como o salmo 8 deve ser lido à luz do luar, quando as estrelas estão brilhantes, e como o salmo 19 precisa dos raios do Sol nascente para realçar sua beleza, este salmo pode melhor ser recitado sob a asa negra da tempestade, ao rebrilho do raio, ou em meio ao crepúsculo dúbio que prenuncia a guerra dos elementos. Os versículos marcham à musica dos estampidos do trovão. Deus está conspícuo em toda parte, e toda a Terra se cala ante a majestade de sua presença. A palavra de Deus na lei e no evangelho é também retratada aqui em sua majestade de poder. Ministros verdadeiros são filhos do trovão, e a voz de Deus em Cristo Jesus é cheia de majestade. Assim, temos as obras e a palavra de Deus reunidas: e que nenhum homem as ponha abaixo por uma falsa idéia de que teologia e ciência podem ter qualquer possibilidade de se opor uma à outra. Nós, talvez, por um vislumbre profético, possamos contemplar neste salmo as temidas tempestades dos últimos dias e a segurança do povo eleito.

DIVISÃO
Os primeiros dois versículos são uma chamada à adoração. De Sl 29.3-10, o caminho da tempestade é traçado, os atributos da palavra de Deus são repetidos, e Deus é magnificado em toda a terrível grandeza de seu poder; e o último versículo fecha a cena docemente com a promessa segura de que o onipotente Jeová dará tanto força como poder ao seu povo. Que passem o céu e a terra, o Senhor certamente abençoará seu povo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O dever de atribuir nossa força e sua honra a Deus; a penalidade de negligenciar fazer isso; o prazer de fazê-lo.
VERS. 1. Glorificação nacional deve ser no Senhor.

VERS. 2 (primeira cláusula). Tributos reais, o tesouro real, súditos leais pagando o devido, o rei os recebendo. Contrabandistas e guardas.
VERS. 2. (segunda cláusula). Ritualismo inspirado. O que fazer? Adorar. A quem? Ao Senhor. Como? Na beleza da santidade. Ausência de todas as alusões a lugar, hora, ordem, palavras, forma, vestimentas.

VERS. 3. A voz de Deus é ouvida na turbulência e acima da turbulência, ou em grandes calamidades pessoais e nacionais.

VERS. 4. O poder e a majestade do evangelho. Ilustre com os versículos seguintes.
VERS. 4 (última cláusula). "A voz majestosa" é o título de um sermão para Spurgeon.

VERS. 5. O poder do evangelho para quebrar, quebrantar.

VERS. 6. O poder inquietador do evangelho. Perturba.

VERS. 7. O fogo que vai com a palavra. Este é um assunto amplo.

VERS. 8. O acordar e alarmar lugares ímpios, irreligiosos, com a pregação da palavra.

VERS. 9 (última cláusula):
1. Templo incomparável.
2. Culto unânime.
3. Motivação forçosa.
4. Entusiasmo geral, "glória".

VERS. 10. O governo sempre presente e imperturbado de Deus.

VERS. 11. As bênçãos gêmeas da mesma fonte; as duas bênçãos, um só povo, um só Senhor.
VERS. 11. As duas vontades, as duas bênçãos, um único povo, um único Senhor.

SALMO 30

TÍTULO
Um salmo e canto na dedicação da casa de Davi; ou melhor, um salmo; um cântico de dedicação para a casa. Por Davi. Um cântico de fé visto que a casa de Jeová, aqui tencionada, Davi não viveu para contemplar. Um salmo de louvor, visto que um juízo terrível havia sido suspenso, e um grande pecado, perdoado. Pela nossa versão inglesa ou portuguesa, parece que este salmo foi pensado para ser cantado na construção daquela casa de cedro que Davi construiu para si, quando não mais precisou se esconder na Caverna de Adulão, mas já se tornara um grande rei. Se esse foi o sentido, seria bom observar que é direito o crente quando se muda dedicar sua nova morada a Deus. Devemos chamar nossos amigos cristãos e mostrar que, onde nós habitamos, Deus habita, e onde temos uma tenda, Deus tem um altar. Mas como o canto se refere ao templo, para o qual era alegria de Davi depositar material, e para o terreno que comprou mais tarde no passar dos anos, o terreiro de Araúna, precisamos nos contentar com a fé santa que previu o cumprimento da promessa feita a ele com respeito a Salomão. A fé pode cantar:

"Gloria a ti por toda a graça
que eu ainda não provei."

Em todo este salmo, há indicações de que Davi estivera muito aflito depois de se ter, presunçosamente, imaginado estar seguro. Quando os filhos de Deus prosperam de um jeito, geralmente, são provados de outro, porque poucos de nós podemos ter pura prosperidade. Mesmo as alegrias da esperança precisam ser misturadas com as dores da experiência, e tanto mais quando o conforto cria segurança carnal e autoconfiança. Não obstante, o perdão logo seguiu o arrependimento, e a misericórdia de Deus foi glorificada. O salmo é um cântico, não uma lamúria. Que seja lido à luz dos últimos dias de Davi, quando ele havia contado seu povo, e Deus o castigou, e, depois, em misericórdia, mandou o anjo embainhar a espada. No terreiro de Araúna, o poeta recebeu a inspiração que rebrilha nesta ode deleitoso. É o salmo da numeração do povo, e da dedicação do templo que comemorou a suspensão da praga.

DIVISÃO
Em Sl 30.1-3, Davi exalta o Senhor por livrá-lo. Em Sl 30.4-5, convida os santos a se unirem com ele para celebrar a compaixão divina. Em Sl 30.6-7, confessa a falta pela qual foi castigado. Sl 30.8-10, repete a súplica que ofereceu, e conclui com a comemoração de seu livramento e voto de louvor eterno.

DICAS PARA O PREGADOR
Título. Dedicação da casa, e como arranjá-la.
Salmo inteiro. Neste poema, podemos ver o funcionamento da mente de Davi antes, e sob, e depois da calamidade. 1. Antes da calamidade: Sl 30.6. 2. Sob a calamidade: Sl 30.7-10. 3. Depois da calamidade: Sl 30.11-12 (William Jay).

VERS. 1 (primeira cláusula). Deus e seu povo exaltando um ao outro.
VERS. 1 (segunda cláusula). A felicidade de ser preservado para não ser o escárnio dos inimigos.
VERS. 1. A decepção do diabo.

VERS. 2. O homem doente, o médico, a campainha da noite, o remédio, e a cura; ou, um Deus da aliança, um santo enfermo, um coração em choro, uma mão que cura.

VERS. 3. Erguimento e preservação, duas misericórdias diletas; vistas como mais ilustres por haver dois terríveis males, a sepultura, e a cova; logo rastreados até o Senhor. (Tu) tiraste-me...

VERS. 4. Canto, um culto sagrado; santos especialmente convocados; divina santidade, um assunto ótimo; Memória, uma ajuda positiva nele.

VERS. 5. A ira de Deus em relação a seu povo.
VERS. 5. A noite de choro, e a manhã de alegria.
VERS. 5. Vida no favor de Deus.
VERS. 5. A natureza passageira da aflição do crente, e a permanência da sua alegria.

VERS. 6. Os perigos singulares da prosperidade.
VERS. 6-12. A prosperidade de Davi o embalou num estado de segurança indevido. Deus lhe mandou essa aflição para despertá-lo. Os estados sucessivos de sua mente estão marcados aqui claramente; e devem ser considerados sucessivamente à medida que são apresentados à nossa vista.
1. Sua segurança carnal.
2. Sua negligência espiritual.
3. Suas orações fervorosas.
4. Sua recuperação rápida.
5. Seu reconhecimento agradecido (Charles Simeon).

VERS. 7 (primeira cláusula). Segurança carnal; suas causas, seus perigos e suas curas.
VERS. 7 (última cláusula). Os gemidos piedosos de uma alma em treva espiritual.

VERS. 8. Ligado ao versículo 3 - a oração é o remédio universal.

VERS. 9 (primeira cláusula). Argumentos com Deus pela vida continuada e favor renovado.
VERS. 9 (última cláusula). A ressurreição, um tempo no qual o pó louvará a Deus e declarará a sua verdade.

VERS. 10. Duas pedras preciosas de oração; curtas, mas completas e necessárias.
VERS. 10. Senhor, sê tu o meu auxílio. Vejo muitos cair; eu também cairei, se não me sustentares. Sou fraco; sou exposto à tentação. Meu coração é enganoso. Meus inimigos são fortes. Não posso confiar no homem; não ouso confiar em mim mesmo. A graça que recebi não me protege sem ti. Senhor, sê tu o meu auxílio. Em cada dever; em cada conflito; em cada aflição; em cada esforço de promover a causa do Senhor; em cada tempo de prosperidade; em cada hora que vivemos, esta oração curta e inspirada cabe bem. Que possa fluir de nossos corações, estar freqüentemente em nossos lábios, e ser respondida em nossa experiência. Pois se o Senhor nos ajuda, não há nenhuma obrigação que não possamos executar; não há inimigo que não possamos vencer; não há dificuldade que não possamos superar ("Daily Remembrancer" ["Diário de lembranças"] de James Smith).

VERS. 11. Transformações. Repentinas; completas; divinas, tu; pessoais, "para mim"; graciosas.
VERS. 11. Em veste de alegria. Abra a metáfora. Dança santa.
VERS. 11. A mudança de veste do crente: ilustre com a vida de Mordecai ou José do Egito; mencione todas as vestes que o crente pode precisar "vestir", como enlutado, como pedinte, como criminoso.

VERS. 12. Nossa glória, e sua relação com a glória de Deus.
VERS. 12. O fim das dispensações graciosas.
VERS. 12. Silêncio - quando se peca.
VERS. 12 (última cláusula). O voto do crente e a hora de fazê-lo. Veja o salmo todo.


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