mendigo
Falava com um colega e amigo ao telefone. A conversa era muito especial. O assunto era motivador e, acima de tudo, com um homem de Deus. O meu coração ferveu de maneira tal que fiquei inspirado com uma expressão que jorrou dos lábios daquele profeta de Deus: “qualquer coisa serve”.
Fui várias vezes abordado por pedintes e meninos de rua, que quando percebem que não receberão nada, chegam a ponto de dizer: “Pelo amor de Deus, qualquer coisa serve”. Um fato inquestionável é que nós recusamos “qualquer coisa” que alguém queira nos oferecer, não é verdade? Vejamos algumas áreas.
Na área sentimental, uma garota ou um rapaz não gostaria de ter como namorado, quem sabe um esposo ou uma esposa, alguém que “fosse qualquer um”. O que ouvimos é: “tem que ser alto, olhos azuis, verdes, cor de mel, que impressiona no físico, atraente, bem remunerado, alegre, charmoso e que nunca tenha namorado alguém”.
Na área profissional,”não serve “qualquer trabalho”. Há sempre no coração de todos o desejo de ter uma boa função com um ótimo salário. Aliás, é de praxe ouvir: “Se não for por tanto eu não trabalho”.
No mundo empresarial, muitos profissionais querem os melhores empregados e não qualquer um. Uma empresa que tem visão investe na vida dos funcionários e em cursos para ganhar sempre da concorrência, e por aí vai.
Na vida espiritual, na caminhada com Jesus, muitos têm tido esta concepção de que para o Reino de Deus “qualquer coisa serve”. Serve qualquer oração mesmo que seja meteórica, serve uma leitura bíblica de qualquer jeito, serve apresentar os dons e talentos de qualquer jeito, a qualquer hora, e como quero. Quando sou solicitado a cumprir com o meu dever de devolver a Deus o dízimo que é santo (Lv 27.32; Dt 12.), faço uma oferta como se fosse o dízimo, porque “o importante é participar”, não importa como. Outros dizem: “Deus entende”, “qualquer coisa serve”, e “Ele conhece o meu coração”.
Quando chega a hora de apresentar a minha gratidão com as ofertas que deveriam sair do coração, novamente vem aquele voz do inferno dizendo: “Qualquer coisa serve, pois Deus não olha para a aparência. Ele é bonzinho, sempre compreensivo. O importante não é o quanto se dá nem a hora e a qualidade, pois para Deus, qualquer coisa serve”. Interessante também que, na hora de pedir, tem que ser para “ontem”, precisa ser uma roupa de marca, um tênis da onda, a melhor comida, os melhores passeios, uma casa tipo castelo. Um carrinho? Jamais? Tem que ser uma carreta. Mas quando Deus diz: “Posso ser adorado com sua vida?”. Aí a maioria diz, claro, isto é fácil, pois para o Senhor, “qualquer coisa serve”.
O rei Davi deixa uma linda lição para nós: “Jamais oferecerei ao Senhor Holocaustos que não me custem nada” (2Sm 24.24). Dói o meu coração quando vejo Deus realizando tantos benefícios, alguns até impossíveis aos nossos olhos, o que poderíamos chamar de milagres, na vida de tantos; e tais beneficiados, quase ou nunca chegam com uma oferta de gratidão ao Deus da compaixão. São vidas marcadas por espíritos de miséria, avareza e usura. Ai dos que esquecem a gratidão. Quem deseja ouvir, ouça: qualquer coisa nem o nosso semelhante merece, a menos que “esse qualquer coisa” seja a única e melhor coisa que tenho; o pior, ou até mesmo nada, para o Diabo e todos que pensam que para Deus qualquer coisa serve!
Mas para o Deus do amor, devo apresentar as primícias da excelência, o meu melhor
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