Expresse e mantenha compromisso com o casamento
Divórcio e separação não são opções
Leia Romanos 7:2-3; Mateus 5:31-32; 19:3-9; 1 Coríntios
7:10-11. O casamento é um compromisso para a vida inteira. Se nos divorciarmos em desacordo com as Escrituras,
temos que buscar reconciliação com nosso cônjuge ou permanecer solteiro.
Novo casamento não é uma opção.
Obviamente, você não vai querer nunca que seu cônjuge
cometa adultério, daí se segue que cada um tem que esperar sinceramente
que o casamento continue.
1 Coríntios 7:2-5 — Uma vez que a união sexual é correta
somente dentro do casamento (Hebreus 13:4), marido e mulher têm que
satisfazer, um ao outro, os desejos de afeição sexual. Eles não devem
separar-se voluntariamente, exceto por consentimento mútuo ou
temporariamente, por motivos espirituais.
Às vezes, casais perturbados resolvem separar-se. A
separação causa não somente tentação sexual, mas enfraquece o
compromisso matrimonial e aumenta a possibilidade de divórcio. Dúvidas
de um sobre a conduta do outro e motivos aumentam. Os problemas não
podem ser discutidos e resolvidos.
A Bíblia exige, evidentemente, que ambos os esposos vejam o
matrimônio continuamente como compromisso.
Expresse seu compromisso com o casamento
Algumas pessoas dirão:
"Eu gostaria de nunca ter-me casado com você."
"Eu gostaria que você tivesse morrido."
"Eu deveria ter-me divorciado de você há muitos anos."
"Se isto não parar, vou procurar um advogado."
"Estou saindo, e não sei se voltarei."
Na ausência de base bíblica para o divórcio, todas essas
afirmações são pecaminosas, porque destroem a segurança e o compromisso
do casamento. Elas não exprimem amor, mas são usadas como arma para
ameaçar e agredir o cônjuge.
Não somente é pecaminoso praticar o erro, também é
pecaminoso desejar praticar o erro ou ameaçar cometer o erro.
Provérbios 4:23 — As fontes da vida procedem do coração.
Pecamos porque permitimo-nos pensar e falar sobre nosso desejo de pecar.
Veja também Mateus 5:21,27,33-37, etc.
Mateus 12:35-37 — A boca fala conforme a abundância do
coração. Seremos justificados ou condenados pelas nossas palavras.
Na ausência de base bíblica para o divórcio, os cristãos
jamais devem fazer qualquer coisa que aparente justificar ou levar a
separação ou divórcio. Em vez disso, devem deliberadamente expressar e
promover o compromisso. "Eu realmente amo você. Quero tentar resolver
nossos problemas, e quero que tenhamos um bom casamento."
Expresse apreciação e louve pelo que é bom
Filipenses 4:6-7 — Sejam conhecidas diante de Deus as suas
petições, com ações de graças. Mesmo quando estamos preocupados com
nossos problemas, precisamos lembrar-nos de sermos agradecidos por
nossas bênçãos.
Freqüentemente, em tempos de desavenças, ficamos tão
agastados com nosso cônjuge, que deixamos de expressar apreciação pelas
boas qualidades que ele tem. Isto tende a aumentar desproporcionalmente
o problema.
Os esposos devem expressar apreciação por suas esposas
Gênesis 18:22 — Não era bom o homem ficar só, por isso Deus
fez a mulher para ser uma companheira para ele. A mulher que desempenha
o papel que Deus lhe deu é boa para o esposo. Ela foi criada por Deus
justamente para esse fim.
Provérbios 18:22 — Aquele que encontra uma esposa encontra
uma boa coisa e obtém favor de Deus. Portanto, os esposos digam isso.
Provérbios 12:4 — Uma mulher digna é a coroa de seu esposo.
Se assim é, então que o esposo expresse sua apreciação por ela
(Provérbios 19:14; 31:10).
1 Pedro 3:7 — O esposo deverá honrar sua esposa. Contudo,
muitos esposos criticam mais do que honram. Com que freqüência você
deliberadamente diz ou faz alguma coisa com a intenção de honrar sua
esposa? Deve ela se considerar honrada simplesmente porque já se
passaram alguns minutos desde a última vez que você a insultou?
Provérbios 31:28-31 — Uma mulher digna deverá ser louvada
por seu esposo. Você louva sua esposa quando ela prepara uma refeição,
limpa a casa, cuida dos seus filhos, ou cumpre as responsabilidades dela
como uma cristã? Ou você só critica, quando você pensa que ela erra?
Um esposo freqüentemente tem um sentimento de satisfação e
realização pelo seu trabalho. Ele recebe pagamento regularmente e
promoções ocasionais. Mas a esposa trabalha dia após dia em casa com a
família. Se o esposo não expressar apreciação, a esposa ainda encontrará
um sentimento de realização vendo seus filhos se desenvolverem, e em
saber que, acima de tudo, Deus está apreciando. Mas ela terá um
sentimento muito maior de segurança e de ser indispensável se seu esposo
lhe disser que aprecia o que ela faz.
Deus nos diz para louvarmos nossas esposas quando elas
fazem o bem. Se o fizermos, ela achará mais fácil cumprir o seu papel
como dona de casa submissa.
As esposas devem expressar apreciação por seus esposos
Romanos 13:7 — Todos os cristãos devem honrar a quem a
honra é devida. Este é um princípio geral. Ele ensinará os esposos a
honrar suas esposas, mas também ensinará as esposas a honrar seus
maridos.
Efésios 5:33 — Porque o esposo é a cabeça da esposa
(versículos 22-24)ela deverá respeitá-lo (reverenciá-lo). Certamente,
isto inclui expressar apreciação por ele.
Senhoras, se seu esposo trabalha todos os dias no seu
emprego para sustentar você e a família, com que freqüência você lhe diz
que o aprecia? Ou você pega o salário dele e o gasta sem uma palavra de
agradecimento? Quando ele faz um trabalho braçal pela casa para você, ou
gasta parte do seu tempo com os filhos, ou cumpre seu papel como um
homem cristão, você lhe diz que o aprecia?
Provavelmente a maior necessidade que a esposa tem é uma
sensação de segurança sabendo que é amada e indispensável. Provavelmente
a maior necessidade que o homem tem é a sensação de valor pessoal ao
saber que é respeitado e admirado. Ambas estas necessidades são
satisfeitas se esposo e esposa expressarem apreciação um pelo outro.
Se você estiver com raiva e aborrecida com seu cônjuge,
faça estas duas coisas: ì Faça uma lista honesta de cada boa qualidade
que ele possui e de cada boa obra que ele faz. Faça-a tão completa
quanto você puder. Depois, a cada dia, tome a firme disposição de
expressar amor ao seu companheiro. Encontre alguma coisa especial que
ele fez e expresse sua apreciação por isso. Isto ajudará
significativamente quando chegar o tempo de discutir seus problemas, e
também fará com que seus problemas pareçam muito menos sérios.
Discuta o problema
Disponha-se a dialogar.
Algumas vezes um cônjuge fica com tanta raiva que se recusa
a conversar. Alguns homens pensam que têm o direito de tomar decisão sem
discussão.
O esposo deverá estar disposto a considerar os pontos de
vista de sua esposa.
Efésios 5:25-33 — O esposo é cabeça como Jesus é cabeça da
igreja. Mas Deus ouve nossos pedidos em oração (Filipenses 4:6).
Efésios 5:28-29 — O esposo deve amar sua esposa como ele
ama ao seu próprio corpo, mas o corpo comunica suas necessidades à
cabeça para que ela tome as decisões de acordo com o que é melhor.
Tiago 1:19 — Todo homem deverá ser pronto para ouvir,
tardio para falar, tardio para irar-se.
1 Pedro 3:7 — O esposo tem que tratar sua esposa com
compreensão. Mas, desde que os homens não são leitores de pensamentos,
isto requer ouvir aos pontos de vista dela (veja Mateus 7:12).
Se o pecado está envolvido, ambas as partes têm que discutir
Lucas 17:3-4 — Aquele que acredita que o outro pecou, deve
repreendê-lo. Isto certamente se aplica no lar como em qualquer lugar
(Levítico 19:17, 18; Mateus 18:15; Provérbios 27:5, 6).
Mateus 5:23-24 — Aquele que for acusado de pecado deve
estar disposto a conversar para procurar reconciliação. Outra vez, isto
seguramente se aplica no lar.
Observe que a pessoa que crê ter sido ultrajada e a pessoa
que é acusada de fazer o mal estão, ambas, obrigadas a discutir o
assunto. Se o conflito no lar deve ser resolvido, ele precisa começar
pela discussão. "Calar a boca" não é uma opção.
Observe, contudo, que a "hora" adequada para discutir
também é importante. Discutir na frente das crianças ou quando você
estiver extremamente irritado pode não ser bom. Se for assim, não "cale
a boca" somente. Em vez disso, concorde em discutir mais tarde o
assunto, e acerte uma hora quando você o discutirá. Marque um encontro e
cumpra-o!
(Mateus 18:15-17; Provérbios 10:17; Gálatas 6:1; Provérbios
13:18; 15:31, 32; 29:1; 25:12; 9:8; 12:1).
Falem para resolver o problema, não para ferir um ao outro
Mateus 5:24 — A meta é reconciliar-se, não ferir as
pessoas. Freqüentemente estamos querendo falar, mas somente com o
propósito de impor nossa vontade. Procuramos conseguir uma vitória,
provar que a outra pessoa está errada, etc. O propósito deverá ser
encontrar uma solução nas Escrituras (Levítico 19:18).
Romanos 12:17,19-21 — Não retribua o mal com o mal, nem
busque vingança, mas retribua o mal com o bem. Algumas vezes um casal
começa a tentar resolver um problema, mas um insulta o outro, então o
outro replica com outro insulto. Logo a meta se torna ver quem pode
ferir mais a outra pessoa.
Muitas discussões terminam sendo brigas, porque deixamos
que o problema se torne uma oportunidade para atacar um ao outro.
Discuta o problema para resolvê-lo, não para ferir os sentimentos um do
outro.
Quando apresentar um problema, introduza-o objetivamente e
mantenha o foco sobre o problema específico. "Querida, há um problema
sobre o qual precisamos conversar..." Não amplie o problema para atacar
o caráter da outra pessoa. Evite dizer "Você é mesmo egoísta, isso é que
é," ou "Por que você não pode ser como a esposa de Fulano"?
Ouça o ponto de vista de seu cônjuge
Uma "discussão" exige que ambos ouçam e falem. Na prática,
contudo, muitos cônjuges só querem expressar seus próprios pontos de
vista.
Tiago 1:19 — Cada homem deve ser rápido no ouvir, tardio no
falar, tardio em irar-se. Não entre na discussão achando que a outra
pessoa não tem razões válidas para seu ponto de vista. Devemos ser
rápidos no querer ouvir, e tardios para apresentar nossos pontos de
vista, especialmente quando estamos irados.
Sugestão: Comece a discussão convidando seu cônjuge a
explicar seu ponto de vista. Não comece atacando a posição que você acha
que ele mantém e defendendo seu próprio ponto de vista. Comece fazendo
perguntas destinadas honestamente a ajudar você a entender o que ele
pensa. "Você poderia explicar-me porque você fez isso, desse modo...?"
"Você não pensou em fazer assim?" Pode ser que ele tenha considerado sua
idéia e tem alguns motivos válidos para preferir outra abordagem.
Não domine a discussão. Deixe a outra pessoa expressar seus
pontos de vista. Você aprecia quando outros só atacam seus pontos de
vista, mas recusam-se a ouvir o que você tem a dizer? "Ame a seu próximo
como a si mesmo," e o trate como você gostaria de ser tratado (Mateus
7:12).
Examine honestamente a evidência
João 7:24 — "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela
reta justiça.
Procure honestamente conhecer os fatos; talvez a outra
pessoa não tenha feito o que você pensa que ela fez. Pergunte pelas
razões pelas quais a outra pessoa mantém seu ponto de vista. Talvez ela
tenha razões que você não considerou.
Só então apresente evidência para seu ponto de vista. Não
faça ataques e acusações. Não salte para conclusões nem aponte motivos.
Se você não tiver prova, faça perguntas. Não faça acusações a menos que
tenha prova. Reconheça a obrigação de provar o que você diz ou então não
o diga!
Mateus 18:16 — Pela boca de duas ou três testemunhas cada
palavra pode ser estabelecida. (Atos 24:13). Não considere seu cônjuge
culpado de mal feito enquanto a evidência não estiver clara. Não o
condene na base de opinião ou de aparências inconsistentes, porque você
não vai querer que ele o condene nessa base.
João 12:48; 2 Timóteo 3:16-17 — As Escrituras têm que nos
guiar em matérias de certo e errado. Elas nos julgarão no último dia. Se
há princípios bíblicos relativos ao assunto, os cônjuges devem
estudá-los juntos.
Examine honestamente sua própria conduta, motivos, etc
Considere honestamente a possibilidade de você estar
errado, ou que você possa, ao menos, ter contribuído para o problema.
Não encontre defeito apenas em seu cônjuge. Talvez você possa melhorar.
Gênesis 3:12-13 — Quando o primeiro casal pecou, Deus os
confrontou. O homem culpou a mulher e a mulher culpou a serpente. Todos
erraram, mas nenhum deles queria admitir seu erro. Isto é típico. Mesmo
quando somos culpados, queremos que outros agüentem ou partilhem a
culpa. "Olhe o que ele, ou ela, fez!"
Provérbios 28:13 — "O que encobre suas transgressões jamais
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." Se
uma família tem problemas sérios, quase invariavelmente há pecado, mas o
culpado, ou culpados, culpam outros, tentam justificar, etc. (2
Coríntios 13:5).
O orgulho evita que reconheçamos e admitamos nossa culpa. A
maioria das pessoas, quando estuda um tópico como este, pode pensar em
montes de pontos que se aplicam a seus cônjuges, e que tal você?
Honestidade e humildade levam-nos a buscar a verdade e a
admitir quaisquer erros que tenhamos cometido. E lembre-se, mesmo se não
estamos convencidos de ter causado um problema, o amor nos leva a querer
envolver-nos e ajudar a resolvê-lo. (1 Tessalonicenses 5:21; Salmos
32:3, 5; Gálatas 6:1).
Seja paciente e domine seu temperamento
1 Coríntios 13:4 — O amor é paciente. Ficamos facilmente
irritados quando um assunto não é resolvido rapidamente. Resolver alguns
problemas pode levar muito tempo, melhorando gradualmente. Não desista.
Não espere que seu cônjuge mude da noite para o dia. Dê-lhe tempo
(Romanos 2:7; Gálatas 6:7-9; 2 Tessalonicenses 3:5).
Provérbios 18:13 — Responder a um assunto antes que
tenhamos ouvido completamente, é tolice. Às vezes estamos prontos para
julgar um assunto antes que tenhamos meditado sobre ele do começo até o
fim. Não tome decisões precipitadas.
Não pense que você pode chegar a uma decisão final na
primeira vez em que um assunto aparece. Dê tempo a você e a seu cônjuge
para pensar sobre o que foi discutido. Se sua discussão inicial não leva
a uma solução, peça tempo para pensar sobre ela. Prometa discuti-la
novamente mais tarde. É mais provável que você chegue a uma conclusão
racional, e seu cônjuge saberá que você levou o assunto a sério.
Provérbios 15:1 — Uma resposta delicada afasta a ira, mas
uma palavra áspera atiça a raiva. Não permita que seu temperamento faça
você perder sua objetividade e recorra a ferir a outra pessoa. A raiva
não é necessariamente pecaminosa, mas pode ser dominada, de modo a não
nos levar ao pecado (Efésios 4:26; Tiago 1:19-20).
David Pratte
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